Fanfic: ela é o cara | Tema: vondy, hot, rbd

 Caminhei junto a Anahí ate uma grande quadra coberta, quando entramos observei o lugar.

A quadra era espaçosa, com uma pequena arquibancada de cada lado, havia duas portas ao lado de cada arquibancada, com símbolos “♀” e “♂”, supostamente os banheiros, o chão da quadra era de madeira e aas vezes com o passar dos pés fazia um assovio irritante, algo como “ziiiiiiiii”, as amigas de Anahí já estavam lá ajeitando a musica em um radio portátil, as garotas e Annie fizeram uma fileira na quadra, Anahí me apontou um microfone sem fio.

(ouçam essa musica “supostamente Dul quem canta” http://www.vagalume.com.br/megan-mccauley/tap-that.html)

Anahí: e um e dois e sete e oito – isso era o que Anahí falava antes de começarem.

Dulce: Oh snap, look at that There you go Where you at

Elas começaram a dançar, eu desisti de observá-las, achei que não deviam ser animadoras, não me animam nem um pingo, talvez se chamadas de dançarinas torcedoras fosse mais coerente.

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Anahí: não tem erro! Está perfeito.

Dulce: acabou! Obrigado! – apontei as mãos ao céu.

Anahí: dulcita! Minha fofa.

Dulce: vai me pedir o que agora?

Anahí: você terá de usar uniforme.

Dulce: pirou? Se acha que eu vou vestir essas roupinhas ridículas de lideres, você pode ir ao manicômio mais próximo.

Anahí: eu não vou a manicômio nenhum; e você vai usar o uniforme.

Dulce: por que acha que eu cortei? Por que era ridículo.

Anahí: você não tem escolha. Beijo! Te encontro na praia. – saiu rebolando aquele cú seco.

Dulce: se eu tivesse uma lâmpada mágica eu desejaria que Anahí evapora-se! – sussurrei depois que ela saiu da quadra.  

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Era quase hora do show, eu estava no vestiário com as outras meninas, lutei muito para não usar o uniforme, não adiantou.

 Usei aquele treco cafona.

Estavam todas prontas, Anahí era a única de cabelos soltos, as outras usavam rabo de cavalo, eu também deixei minhas madeixas livres.

Anahí: e ai gente? Todas prontas?

XXX: to nervosa Annie, e se eu vomitar? – disse uma morena de voz chorosa.

Anahí: calma Hilary vai ficar tudo bem.Vem

Todas se juntaram a Anahí fazendo um bolinho de gente, eu também; colocamos a cabeça para o centro do abraço como fazem os times em conversas particulares.

Anahí: todas juntas! O time depende de nós e decepcionar não existe nosso vocabulário! Pompons?

Loira: ok!

Anahí: uniforme?

Loira: ok!

Anahí: força de vontade?

Todas menos eu: OK!

Todas me olharam.

Dulce: ok. – falei e balancei os malditos e piniquentos pompons.

Alguém abriu a porta do vestiário.

XXX: um minuto para começar.

Anahí: let’s go girls!

saíram em fila indiana do vestuário gritando “vai panters” e “vamos arrasar”, balançando aquele troço que coça pra cima e requebrando.

Paramos na entrada do estádio lotado, olhei em volta, os jogadores com os capacetes enormes sentados nos bancos especiais, as pessoas com caras pintadas da cor dos times nas arquibancadas, os gritos ensurdecedores dos torcedores, as lideres rivais já em fila no lado esquerdo do campo.

Locutor: um jogo clássico como esse não poderia faltar uma inovação das nossas lideres de torcida. – falou com aquela voz engraçada de locutor de radio misturada com padre de igreja – as panters trouxeram a aluna mais talentosa na arte de cantar do High scholl new art, Dulce Maria! – deu ênfase no meu nome – enquanto o High Scholl Big Tech trouxe sua única cantora, mas muito talentosa a Frida White! – conheço esse nome de outros carnavais, a garota que roubou minha roupa quando eu tomava banho no acampamento – venham para o ring meninas!

Anahí: Dulce faça sua parte – com isso me puxou para o lado da Frida e correu com as outras meninas para um canto do campo.

Um nervosismo subiu em minhas veias, aqueles malucos com cara pinta de guache lá do colégio me faziam a maior pressão.

Obvio, eu já havia inúmeras vezes feito apresentações nos palcos da escola, mas só naqueles palcos, nunca pra um estádio inteiro.

Hora de mudar a tática, já estou para com cara de pingüim há uns dois minutos.

Penso no lugar que eu queria estar agora. Viajo do Canadá para o México em questão de segundos, estou na casa da minha tia, a velha e sem graça Vera, estou em cima de um palquinho improvisado, em mais uma bobagem de família, abro a boca para cantar.

A voz não sai.

Fecho os olhos com força e quando os abro o cenário da casa no campo da Vera é mais real, o barulho da torcida diminui, torna-se um fraco zumbido.

Olho para o sofá da sala imaginaria, os rostos conhecidos e o da... Minha mãe.

Sorriu abertamente, esqueço tudo e todos, de onde estou de verdade e canto, para ela, para minha mãe. Talvez, ela realmente me ouça, de algum lugar, talvez.

Dulce: “http://www.vagalume.com.br/megan-mccauley/tap-that.html”

Minha ilusão se tornou quase uma realidade; para mim era verdade, minha mãe estava igual a como estava em uma foto tirada em um ano novo, cabelos curtos, vestido branco, sorriso brilhante.

Mas aos poucos o cenário torna-se translúcido até desaparecer, noto que estou de volta à quadra, as panters dançavam, ainda achava engraçado.

A mascote do time, uma jaguar, dança ao meu lado e sem intenção acompanhei o coitado fantasiado de jaguar em seus passos engraçados, requebrando e balançando os braços de forma meio cômica.