Fanfic: Never Gonna Be Alone AyA | Tema: Ponny - RBD

Ele conseguiu as distrair bastante, mas na hora que foi embora elas grudaram em sua perna e só soltaram com uma promessa de que ele voltaria sempre. A família jantou entre palhaçadas das crianças e então colocaram Alice na cama e se dirigiram ao quarto de Nicole para conversar e explicar tudo que estava acontecendo. Ela estava deitada já, abraçada ao ursinho esperando os pais, para ela ia ganhar uma história de contos de fada, mas hoje a história seria diferente.

Anahí – Oi.

Nicole – Mami eu já sei qual eu quero! Quero a da Cinderela! Olha to já nanando quase! - Se cobriu rapidamente. A loira olhou para o marido.

Alfonso – Antes nós quremos falar com você. Tudo bem? - Os dois sentaram na cama e ela assentiu.

Anahí – É sobre suas pintinhas.

Nicole – Elas sumiram né mamãe? Não sou dalmata. - Fez bico.

Alfonso – Elas sumiram sim, amor, mas elas podem voltar. - A filha sorriu. - Só que... Nós precisamos tirá-las de vez e pra isso você vai ter que ser uma princesa muito forte.

Nicole – Por quê? - Virou a cabecinha, sentindo a mãe acariciar seus cabelos.

Alfonso – Porque o tio Ale e os amigos dele vão te ajudar e talvez você possa se sentir um pouquinho cansada, com mais sono...

Nicole – Ah! Por causa das pintinhas?

Anahí- Si. - Mordeu o lábio. Tentava segurar o choro.

Nicole – Mas eu não gosto de ficar cansada mamãe. Não quero mais as pintinhas! Os dalmatas não ficam cansadinhos nem com sono! - Reclamou de bico e pegou na mão da mãe.

Anahí – Eu sei, meu amor, nós vamos mandá-las embora. E enquanto não conseguimos você tem que contar tudo que sentir pra mim e pro papai ok?

Nicole – Tá. Mas vai doer?

Alfonso – Papai vai fazer de tudo para que não doa, mas precisa ser boazinha e obedecer o tio Ale. Confia em mim?

Nicole – Si. - Ela ficou um pouco pensativa.

Anahí – Tá tudo bem, filha? - Nicole assentiu. - Mesmo?

Nicole – Vão me furar?

Anahí – Talvez uma vez ou outra, bem pouquinho.

Nicole – Por quê? - Estava confusa, não entendia porque devia ser boazinha, deixar que a furassem, por que se sentiria mal?

Alfonso – Pra curar as manchinhas. - Tocou seu nariz e ela deixou uma lágrima cair.

Anahí – No... No llores mi amor. - Nicole agarrou mais no braço dela.

Alfonso – Está com medo? - A filha assentiu. - Não precisa ter medo, eu e a mamãe não vamos deixar nada de ruim te acontecer. Não chora filha. - Passou o dedo em sua lágrima.

Nicole – Papai eu to dodói de manchinha?

Alfonso – É. Mas logo a gente vai curar. - Piscou e beijou sua mãozinha.

Nicole – Só vou ficar com soninho né?

Alfonso – É sim. E vai ficar uns dias sem ir ao colégio tudo bem?

Anahí – Alguns dias também vai conversar com uma moça bem legal! Vai poder falar tudo, é uma amiga da mamãe e do papai. - Se referia a psicóloga.

Ela ficou mais assustada e o abraçou, começando a chorar. Não sabia a gravidade, mas só de pensar em injeção e tudo mais... Não gostava.

Alfonso – Tudo bem, princesinha. - Fechou os olhos, a abraçando mais e afagando suas costas. - Papai tá aqui tá bom? Ninguém vai te machucar.

Nicole – Eu não quero furinhos. - Soluçou.

Anahí – Nós vamos pedir pra eles não te darem esse furinho tá? - A filha assentiu se acalmando.

Alfonso – Vamos dormir? A mamãe vai contar uma história muito legal, ela acabou de contar pra Alice. Quer? - A menina assentiu, sem sair do colo dele. - Minha princesinha. - Sorriu a deitando em seu colo e beijando todo seu rostinho. Ela sorriu.

Anahí – To com ciúmes. - Fez bico e beijoucou a bochecha da filha, que rindo pegou na mão da mãe. - Bueno, eu vou começar então prestem atenção heim! - Apontou o dedo, fingindo estar brava.

Anahí fantasiou uma história enquanto a menina fechava os olhos no colo do pai. Não demorou nada e ela já estava nos seus sonhos, naqueles em que tudo era perfeito, onde tinham príncipes, princesas, fadas e doendes. Os dois só pelo olhar entenderam que a partir dali ainda vinha muita coisa pela frente, que era hora de ser mais forte que nunca e salvar a filha de qualquer mal que pudesse lhe atingir. Naquela hora seriam ela, vinte e quatro horas por dia. Sabiam que essa tinha sido uma explicação mínima e a primeira de muitas outras que teriam que dar. Sabiam o gênio da filha, sabiam que ela iria perguntar sempre e se negar a fazer muitas coisas por medo ou dor. Isso os matava por dentro a cada segundo que se passava. A acomodaram na cama e foram para o quarto, conseguiram cochilar bem pouco devido ao cansaço da noite passada não dormida, mas para eles os sonhos nãos eram nada bonitos, não dessa vez.