Fanfics Brasil - 32 Acontece que eu te amo(Adaptada) Mayte & Christian TERMINADA

Fanfic: Acontece que eu te amo(Adaptada) Mayte & Christian TERMINADA | Tema: Chaverroni Romance/Hot


Capítulo: 32

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No check in do hotel, em Veneza, nos registramos e subimos. O Hotel se chamava A La Commedia, coincidentemente — pois eu estava achando tudo aquilo uma grande comédia — e ficava a apenas 200m da Ponte Rialto.


Acomodamo-nos e tratei logo de ir tomar um banho. Após tantas horas de viagem, todos merecem um banho quente e relaxante. Sentia-me pouco à vontade com ele naquele quarto de hotel, pois o que havia acontecido
entre nós no quarto de nossa casa, quando nos beijamos e, indubitavelmente, deixamos aflorar nosso desejo, mesmo ele sendo tão cínico em seguida.


Não tenho esperanças de que minha vida com ele vá ser das melhores, pelo que eu pude avaliar, ele está bastante inconstante, oscilando entre o cavaleiro medieval, estúpido e grosseiro e o gentleman inglês, que faz a corte da donzela que pretende desposar. Tipicamente bipolar! O bom mesmo foi relaxar naquela enorme banheira com água quente e espumas borbulhantes. Acho que dormi, pois só percebi que havia demorado tanto quando abri os olhos e o vi ali, sentado à beira da banheira, me olhando.


Por um momento, esqueci-me de quem se tratava, onde estávamos ou o que havia acontecido, eu realmente me desliguei dos problemas, só conseguia olhar para aqueles olhos verdes que me hipnotizavam. Ele sorria.


Seu sorriso era branco e encantador. Sua boca carnuda e bem desenhada era um convite à lascívia. Era um sonho lindo! Deus, não era um sonho, era verdade. Ele estava ali, à minha frente. Só depois me lembrei de onde estava. Percebi que ele já havia tomado banho e trocado de roupa graças ao banheiro ao lado, procurei o roupão e esse estava longe.


— Eu a assustei?


— Sim... Não... é que eu acho que dormi, não percebi as horas passarem.


— É verdade, você dormiu, mas foi apenas durante uma hora. Você demorava tanto no banho e estava tão silenciosa que vim conferir o que havia acontecido. Você sabe que é extremamente perigoso tomar banho de banheira e adormecer? Você poderia se afogar.


— Então você veio conferir se eu ainda estava viva?


— Basicamente. Bem, se terminou, apronte-se, teremos que sair.


— Prefiro ficar aqui e descansar.


— Esteja pronta em meia hora. – E dando essa última “ordem”, jogou o roupão em minha direção. Eu pensei: “ pronto, já foi possuído por seu gêmeo mau.” Sinceramente, aquela instabilidade já não era mais novidade, o pior estava apenas começando. Eu não sei o que ele veio tratar aqui, mas, como boa jornalista, me interessava bastante.


O negócio foi uma palestra seguida de explanações, vídeos, discursos muito proveitosos e importantes para a economia do país, porém o jantar não ficou por conta desse encontro. Saímos e ainda bem que fomos a esse
compromisso, pois não sei se teria assunto para conversar com ele.


Discutimos sobre o que vimos no encontro e demos nossas opiniões, divergimos e concordamos em algumas coisas, foi bastante salutar para ambos, ao menos não brigamos.


Tivemos uma noite bastante pacífica, isso eu posso dizer, pois fizemos alguns passeios típicos de turistas, a pé, sem brigas, sem animosidades ou troca de ironias, parecíamos amigos.


Voltamos ao hotel e novamente o silêncio constrangedor tomou conta de nós no elevador. Subimos ao quarto, ele tirou o paletó e a camisa, pendurando-a no tripé, e se dirigiu ao banheiro. Entrei no outro banheiro, tomei meu banho e me vesti lá mesmo. Chegando no quarto, ele estava deitado na cama, vestindo apenas um calção de cetim. Senti-me constrangida, pois não sabia o que fazer, estava na dúvida se deitava na cama ou no sofá que eu vira na antessala do quarto. Mas o sofá não acomodaria bem meu corpo, uma vez que eu era alta, e, sinceramente, dormir no sofá não era comigo. Fiquei parada de pé e, finalmente, perguntei:


— Você vai dormir aí?


— Claro! Você está vendo outra cama?


— Não. Mas eu pensei que você fosse... eu não pensei que...


— Fala logo!


— Eu... eu... eu não pensei que fossemos dormir juntos.


— Dormir na mesma cama não significa que teremos que dormir juntos.


— Mas...


— O quê? Do que você tem medo, Mayte? De implorar mais uma vez?


Como eu odiei o que ele falou naquele momento. Não permitiria que ele percebesse que havia me atingido e não me calei na resposta.


— Você até que tem razão! A culpa é minha. Mas, sinceramente, acho que você é quem tem tanto medo, pois não se esqueceu mesmo, hein!


— Você tem razão. Eu nunca me esqueci. O que sei é que nos casamos, concordamos em fingir, mas não quer dizer que não vou ter alguns direitos sobre você e você obrigações com seu marido. Mas vou saber esperar pacientemente.


— Em que século você pensa que nós estamos? Direitos sobre mim, obrigações com você? Pode esperar sentado que em pé cansa.


— Veremos, minha querida.


— Não vou dormir com você.


— Não foi o que pareceu ontem.


— Carência, apenas isso. Vocês, homens, não sentem vontade de ter sexo? Pois sim, você já ouviu falar em igualdade de sexos, não? Hoje em dia fazemos muito isso, sexo sem compromisso.


Então me deitei na cama bem afastada dele e bem encolhida. Ele ficou de costas para mim. Na manhã seguinte, dormia bem relaxada quando senti um peso em meu quadril e que estava presa pela cintura a
Christian, como há oito anos. Lentamente, o afastei de meu corpo para que não acordasse, não que ele pesasse tanto, mas me segurava firmemente, eu mal consegui tirar sua perna, suas mãos me prenderam ainda mais. Congelei naquele momento ao ouvi-lo pronunciar meu nome.


Ele estava sonhando comigo, no mínimo, procurando uma maneira de me ofender ainda mais.


Obrigatoriamente, tive que ficar deitada e abraçada a ele, pois ele me prendia com força, então me forcei a dormir um pouco mais e sonhei com coisas loucas. Acho que me agitei com o sonho, pois acordei com Christian balançando meu ombro e dizendo “ está tudo bem, Mayte, é apenas um sonho!” Quando o vi, tinha os cabelos molhados, vestindo apenas uma calça comprida jeans e descalço. Os anos foram muito gentis com ele. Estava ainda mais bonito com aquele corpo bem definido. Como seria bom se o tempo pudesse voltar. Eu não me arrependo daquela noite, apenas do que nos transformamos hoje. Estamos tão diferentes. Olho para ele e sinto apenas uma atração sexual, mas quando me lembro da maneira como me trata, essa atração se acaba quase que instantaneamente.


— Você estava sonhando. É comum você falar durante o sono?


— Não sei. Nunca dormi com ninguém para saber.


— Você está querendo me dizer que nunca dormiu com ninguém a não ser comigo?


— Eu não disse isso.


— Você passou a noite inteira falando. Até dormindo você tem um gênio difícil. Tive que passar a noite acalmando você.


Nem me dei ao trabalho de responder aquela provocação. Levantei-me da cama e fui logo tomar um banho, escovar os dentes e tomar o café da manhã. Mas, quando olhei no relógio, já passava do meio-dia. Nossa, como dormi. Bem, eu ainda estava de roupão quando voltei ao quarto e perguntei se ele tinha algum compromisso hoje, então me respondeu: “ sou todo seu!” Não por isso, sinta-se livre, falei.


— O que você pensa que vai fazer? Sair sozinha?


— E por que não?


— Vá sonhando, “meu amor”. Agora se troque, iremos almoçar e depois conhecer alguns pontos turísticos; à noite, vista-se com roupas sociais, pois iremos a um coquetel do Il Corriere d’Italia.


Como sempre, o dia foi muito proveitoso, fizemos passeios pelos principais pontos turísticos de Veneza como os tradicionais passeios de gôndola e tomamos os famosos sorvetes... hum, deliciosos. Na manhã seguinte, fomos a Roma e ficamos três noites. Visitamos os museus vaticanos, subimos a cúpula da Igreja de San Pietro, no Vaticano, e como não podia faltar, a Fontana de Trevi. Lá, ele me deu algumas moedas para eu jogar na fonte e fazer um pedido. Se eu jogasse uma moeda, voltaria à Itália, e quanto mais moedas eu jogasse, mais chances eu teria de que meu pedido fosse realizado. Ele me disse que jogou três. Na manhã seguinte,
viajaríamos à Sicília e de lá seguiríamos para a Toscana.


Uma noite, quando estávamos na Sicília, jantávamos no restaurante do hotel que ficava num terraço e dava para uma vista belíssima, ficamos até mais tarde, bebemos um pouco mais, observávamos a vista e muitos casais namoravam ao nosso redor quando ele, talvez envolvido pelo clima e pelo vinho, me beijou. Eu também havia bebido por insistência dele, mas não o suficiente para me deixar sem raciocínio, o fato é que ele visivelmente não parecia estar tão lúcido. O beijo que ele me deu foi tão louco e inesperado que nem deu tempo para eu evitar. Ele me puxou para o elevador, para irmos ao quarto, e eu me deixei embalar por sua loucura. Sozinhos no elevador, ele me abraçou e me beijou como se fosse me possuir ali mesmo, nos beijávamos insaciáveis de desejo, ele pegou minha mão e a levou ao seu membro para mostrar o quanto estava excitado. De repente, nem sei como, estávamos no quarto, deitados na cama, nos beijando e tirando as roupas apressadamente. Naquele momento, o pouco de lucidez que me restava veio à tona. Senti-me excitada, era verdade, mas me lembrei das últimas vezes em que respondi às suas carícias. Soltei-me de suas garras e corri ao banheiro para me desvencilhar dele e tomar um banho frio, pois eu também precisava me acalmar.


Quando voltei, ele estava deitado na cama, caído em sono profundo.


Achei melhor assim. O que foi aquela loucura toda? Foi apenas o momento e nos deixamos envolver pelo clima romântico da Sicília, dos casais enamorados no terraço do restaurante? Estava tudo meio confuso agora.


Percebi que todas as vezes em que tivemos contato físico, senti certo prazer, se eu já não o amava mais, porque tinha que lutar contra esse desejo que me possuía quando ele me tocava?


Voltamos três semanas depois. Assumi meu posto de editora chefe no canal de TV, e, como era ano eleitoral, - escolheríamos o novo prefeito de Recife - eu trataria de coisas sérias, não apenas noticiários cotidianos, pois sempre me identifiquei com a política, e, para mim, os debates e as propostas políticas de cada candidato eram coisas pelas quais eu me interessava.


Enfim, tudo estava indo muito bem no trabalho e pouco via Christian, quando ele chegava, ou eu estava trabalhando já em casa, no escritório, ou estava dormindo.


Todas as manhãs, ele levava Helena para a escola e eu a buscava no almoço. Três vezes por semana, ela ficava o dia inteiro por conta das atividades extracurriculares e ele sempre a pegava ao final do dia.


Levávamos essa rotina já há dois meses, não brigávamos, só de vez em quando soltávamos nossas farpas.


Para quem disse que minha vida iria se tornar um inferno, ela até que estava pacata.


Nesses dois meses, nunca fizemos sexo. E nunca mais tivemos contato algum, principalmente como o da última vez na Sicília. Às vezes, quando eu acordava antes dele, ele estava sempre abraçado a mim pela cintura, puxando-me ao encontro de seu corpo. Eu sempre tentava me desvencilhar, mas não conseguia, era patético, pois tinha que ficar ali abraçada até ele acordar, e o pior de tudo é que eu gostava daquele contato.


Ele me parecia sempre tão cansado e tão frágil quando estava ali, dormindo indefeso. Não tenho certeza, mas acho que as pessoas pensavam que éramos um casal perfeito, pois estávamos sempre juntos nas solenidades do meu trabalho ou no dele, bem como nas festas de fim de semana que porventura surgissem ou na escola de Helena, sempre sorrindo, de mãos dadas — porque ele sempre me prendia. Vez ou outra ele deixava escapar um beijo em meu pescoço, mas quando chegávamos em casa, éramos totalmente mudos.


Hoje pela manhã, ele me avisou que iria viajar e passar duas semanas fora. Achei ótimo, assim eu ficaria mais à vontade naquela casa que, apesar do conforto, não sentia que era ali que eu morava. Eu tentaria aproveitar a
piscina no fim de semana com Helena.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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A primeira semana passou rápido e, no sábado da segunda semana, quando eu tive uma folga, levei Helena para passear num shopping e comprarmos alguns itens pessoais. Estávamos numa loja de brinquedos quando Helena encontrou uma menina linda, de uns cinco anos mais ou menos, brincando com uma boneca. Ela aproximou-se da garotinha e logo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 16



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  • andy_limaah Postado em 25/06/2016 - 13:20:34

    AHHHHHHHHHHHH me mataaaaaaaa, MEU DEUS DO CÉU EU ESPEREI ESSA FIC ACBAR PRA PODER COMENTAR * GRITOS* SINCRAMENT EU JÁ sabia, desde o dia do contrato ele fazia aquilo só pra reconquistar ela :') chorando litros aqui <3

  • vondy4everponny Postado em 15/08/2014 - 01:15:34

    Eu ODEIO quando suas fics acabam...eu gosto tanto delas amiga :/ Essa, com certeza, é uma das mais especiais, juro. Sempre quis loucamente ler uma fic chaverroni assim e fiquei totalmente apaixonada nessa web, de verdade. Parabéns e espero mais uma fic sua, porque tipo, eu AMO suas fics doidas. kkkk

  • vondy4everponny Postado em 15/08/2014 - 00:25:49

    Noooooossa, quanta coisa eu perdi! :o ELES SE CASARAM, poooorra! Mas o Chris é mega bipolar, socorro kkkkkkk! Eles só ficam calmos um com outro depois de um hot, vai entender...Poxa, não acredito que ele trai ela , chateada ao extremo :/ Nem parece o Chris que ela conheceu no cinema, tadinha da Mai, mas ela SAMBOU na cara da vadia u.u

  • paolla.ponny Postado em 13/08/2014 - 20:51:32

    Amore...estou parando no cap 16, amanhã eu tento te alcançar kk eu sou meio lerda... tenho q passar na sua outra fic ainda!! Omg tchau!! Bjo bjo!!

  • paolla.ponny Postado em 13/08/2014 - 20:48:58

    Christian trata a Mai como se ela fosse uma children !!! Chris ENXERGUE!! Ela é uma mulher, ok? Acho q ele sofre de um distúrbio de bipolaridade :S Ps: Meus comentários são confusos pacas!! Kkk Mas da pra entender né??

  • paolla.ponny Postado em 13/08/2014 - 20:25:18

    Bom, começando rsrs --- achei bom a Mai ter dado um chute na bunda daquele Rodrigo, q na minha opnião não tem cérebro, tem testículos!! Nossa fiquei pasma com o Christian Chato kk (entendeu?? Chavez -> Chato kk parei!) Como ele é grosso! Mds eu bateria nele! ' to no cap 12' rsrs estou meio atrasada, mais ta valendo né???

  • paolla.ponny Postado em 13/08/2014 - 20:08:33

    Ooii!!! To começando no comecinho kkkkk eu tinha começado e depois parei (vixi meu comentário é o q mais tem a palavra do verbo 'começar' mds) mas eu vou começar [ô palavrinha viu!] a comentar de onde parei ok?? Não estranhe meus comentários, pq vou comentar os capitulos antigos tbm blz??? Kkk eu sou de repetir as palavras percebeu?? Kkkk

  • vondy4everponny Postado em 12/08/2014 - 22:20:56

    Amiga, to lendo aqui os capitulos perdidos...Passei pra falar que eu CHOREI, sério, chorei com o encontro dele com a filha, que lindos *--------* Awn, chorei, só isso. To sensível agora </3

  • vondy4everponny Postado em 31/07/2014 - 23:59:22

    Cara, Christian é meio maluco! Ele desdenha da Mai e depois quer mandar nela, tratando-a como criança?Não entendo ele! Se entrega logo Pollito! Até seu irmão jogou charme pra ela! Posta mais Jess, agora! kk *-*

  • vondy4everponny Postado em 31/07/2014 - 19:39:38

    OMG! Ele não pode ser casado! Christian é filho dela pronto e acabou kkkkkkk! AMÉM! Espero! Se ele for casado vou mata-lo! Coitada da Mai, foi mó insultada por dar um chute na bunda do Rodrigo KKKKKKKKKK Eu ri, que doido! Chris não deveria tratá-la assim, AFF! Que grosso! O namorado da mãe dela já faço ideia de quem seja ... u.u


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