Fanfic: Acontece que eu te amo(Adaptada) Mayte & Christian TERMINADA | Tema: Chaverroni Romance/Hot
A primeira semana passou rápido e, no sábado da segunda semana, quando eu tive uma folga, levei Helena para passear num shopping e comprarmos alguns itens pessoais. Estávamos numa loja de brinquedos quando Helena encontrou uma menina linda, de uns cinco anos mais ou menos, brincando com uma boneca. Ela aproximou-se da garotinha e logo fez amizade.
Ela sentia a necessidade de ter uma irmã, sentia-se sozinha, quando menorzinha cobrava isso de mim. Eu achei tão lindo ela cuidar daquela garotinha como se fosse sua irmã. Paguei o que ela pediu e retornei ao
local onde elas estavam e, surpreendentemente, um homem estava sentado com a garotinha no colo e brincando com as duas meninas. Ele estava de costas e só quando me aproximei que ele se virou e eu o
reconheci.
Fazia mais de sete anos que não nos víamos. Ele continuava bonito. Os cabelos lisos e castanhos continuavam os mesmos. Seu sorriso era o mesmo dos dentes brancos perfeitos de quem usou aparelho ortodôntico por muito tempo. Pensei que ele fosse me ignorar, mas ele não fez isso, afinal de contas, Rodrigo sempre foi muito sensato e racional, com exceção de quando quis casar-se comigo quando eu tinha apenas dezoito anos.
Ele hoje contava trinta e três anos e ainda possuía os mesmos traços dos vinte e cinco de quando namorávamos. Ele colocou a garotinha no chão e se dirigiu a mim, surpreso, abrindo os braços longos para me aninhar num abraço.
— Que surpresa boa, Mayte! Nunca pensei que fosse voltar a te encontrar um dia. Apesar de querer sempre.
Como você está, o que está fazendo, onde mora? Eu soube por amigos em comum que você não morava mais no Brasil.
— Eu estou bem, Rodrigo. Estou trabalhando com o jornalismo. Graças a Deus, faço o que gosto, e estou morando aqui mesmo, voltei para o Brasil há pouco tempo. – Não quis dizer que havia me casado e que morava com o pai de minha filha, por isso tratei de mudar logo de assunto, perguntando sobre ele.
— Estou na capital, como sabe, sou promotor, tenho essa filha linda...
— Que bom, Rodrigo, você se casou. Construiu uma família.
— Não casei, tenho uma filha. É, me envolvi com pensão alimentícia, mas nada de confusão. A mãe da minha filha também é uma promotora e estamos tranquilos quanto a isso, nada de brigas para o bem dela.
— E como ela se chama?
— A mãe dela? Você não a conhece.
— Não, como se chama sua filha.
— Maria.
— Que lindo! Ótima escolha.
E quando fui cumprimentar a garotinha, essa, muito inteligente que era, corrigiu o pai, dizendo que o nome dela era Maria Mayte. Fiquei realmente sem jeito, a menina tinha o meu nome. Olhei para Rodrigo e ele me lançou
um sorriso torto e sem graça.
— Não pude evitar. Acho que o primeiro e grande amor a gente nunca esquece mesmo. Mesmo aprendendo a viver sem ele, é um amor que dilacera a alma, você leva anos para fazê-lo dormir até que ele fica lá, dormindo, pois um outro grande e mais poderoso amor surge na figura de uma filha.
Pensei no que Rodrigo falava sobre nunca esquecer o primeiro amor e me vi refletida naquelas palavras. Eu começava a entender que não havia esquecido Christian. Eu apenas o havia colocado para dormir em meu
coração.
— Nem sei o que dizer, Rodrigo.
— Não diga nada, apenas aceite tomar um sorvete comigo e com minha filha.
— É pra já!
Até aquele momento, eu não havia falado nada sobre Helena ser minha filha. Quando sentamos na sorveteria, ele me perguntou sobre ela, pensando se tratar de minha irmã mais nova. Ele pensou que fosse filha de minha mãe com Joaquim. Quando eu contei que era minha filha, percebi que ele fazia contas mentalmente e, de cabeça baixa, olhando para o sorvete que tomava, mexendo de maneira que não ia tomá-lo, me perguntou de quem.
— Mayte, eu não sou excelente em matemática, mas... namoramos quando você tinha dezesseis para dezessete anos, estávamos juntos quando você fez dezoito, nunca tivemos nada, eu...
— Rodrigo, esse não é o lugar para falarmos sobre isso.
— Quem é ele, Mayte? Foi por causa dele que você não aceitou meu pedido? Você já estava grávida de outro?
— Não! Eu não estava grávida. Por favor, Rodrigo, vamos mudar de assunto agora.
— Eu mereço saber.
Helena e Maria Mayte, que não estavam tão atentas à conversa, então, na tentativa de impedir que elas ouvissem alguma coisa, ofereci-lhes mais sorvete e vibraram com a oportunidade de, além de tomar mais sorvetes, andar nos brinquedos da praça de eventos onde estávamos, dessa forma foi possível que conversássemos sem que corrêssemos riscos.
— Mayte, eu não consegui parar de pensar em você esse tempo todo. E agora que eu te encontrei, não quero mais te perder. Perder você duas vezes não é saudável. Outra coisa que não parei de pensar é em quem é o
pai dessa criança.
— Você não conhece.
— Olha que eu conheço um monte de gente, hein...
— É, mas pra que mexer nisso agora?
— Eu preciso saber, Mayte. Você me traiu com ele, foi por isso que não aceitou meu pedido de casamento? Eu me lembro de que você era toda indecisa sobre sexo e, de repente, você faz, tem uma filha e ele ainda te
abandona?
— Não foi nada disso, Rodrigo.
— Quem é o pai?
— Rodrigo, por favor...
— Por favor, Mayte!
— O nome dele é Christian Chavez. De fato, eu o conheci quando ainda namorávamos, mas nunca tivemos nada, apenas me encantei com ele.
— Christian Chavez? O mesmo Christian Chavez, presidente do Jornal de maior circulação do Estado? O mesmo jornal em que você começou estagiando? Mas ele era um velho, Mayte!
— Ele não é um velho! Conhecemo-nos fora do jornal e nos encontramos quando eu estagiava lá, era caloura na universidade, mas...
— Você me traiu com ele?
— Eu já disse que não. Foi depois que rompemos. Não quis me casar com você porque não podia te enganar, não queria me casar e nos fazer infelizes.
— E me fez infeliz sozinho.
— Pior seria se eu tivesse me casado com você sem amá-lo.
— Eu te amaria do mesmo jeito. Ouvi dizer que ele se casou recentemente. Ele sabe da existência de sua filha.
— Rodrigo, eu sinto que vou te decepcionar de novo, mas você tem que saber. Christian não me abandonou à própria sorte... não exatamente assim. Ele não sabia que eu havia engravidado.
— Pior ainda. Se ele não sabe que tem uma filha, eu posso ser o pai dela.
— Não, Rodrigo. Eu nunca menti para minha filha sobre o pai dela. Eu também nunca contei a ele sobre a existência dela, até eu trabalhar com Tomás, seu irmão, e descobrir tudo e exigir que eu contasse a verdade a Christian.
— Então ele sabe agora e mesmo assim não se importa? Vai ver ele não tem idade para cuidar de uma criança. Meu Deus, Mayte, como você teve coragem? Um cara velho demais pra você.
— Para com isso, Rodrigo. Ele não era velho para mim, tampouco o é agora. E agora ele sabe, sim, da existência de Helena e ficou muito zangado comigo por não haver contado, ameaçou tirá-la de mim, eu morava nos EUA na época e ele entrou com um pedido de guarda, então precisei voltar.
Você é pai, você entende, eu não podia permitir que ele a roubasse de mim.
— E por isso você voltou?
— Voltei.
— Nenhum juiz é louco o bastante para tirar a guarda de uma mãe, a não ser que tenha motivos sérios. Ele tem que ouvir o ministério público, eu falo com alguns amigos meus para saber quem é o de seu caso e você fica livre desse canalha.
— Ah, Rodrigo, o juiz do qual você fala não se encaixa no que julgou meu caso. Ele é completamente sem noção, maluco mesmo. Estamos no ocidente, meu Deus, senti-me como se tivesse sido estuprada e ter de casar com meu ofensor para que ele não seja punido. Gostaria de ter te encontrado antes. Infelizmente, te encontrei só agora, eu não sabia a quem recorrer, então...
— O que eu não entendi é que agora ele sabe da existência de sua filha e quer ter direitos sobre ela, mas casou-se recentemente com outra.
— Sim, ele se casou. Mas a notícia sobre o casamento dele foi comigo.
— Você se casou com ele, Mayte? Mas, por quê?
— Eu precisava.
— Ele te coagiu a casar com ele? Ele não tem caráter. Eu jamais faria uma coisa dessas com você. Se ele amasse a menina, não faria você sofrer dessa maneira. Ele é mesmo um idiota egocêntrico!
— Vamos esquecer isso. Agora temos que ir. Está ficando tarde.
Apesar da loucura que foi o dia e o reencontro com Rodrigo, dormi bem naquela noite. Eu e Helena passamos o domingo na piscina, foi muito bom para nós. Na manhã seguinte, eu tinha muito trabalho a fazer e pretendia
dar continuidade a uns projetos que havia pensado em desenvolver, paralelo aos debates políticos.
Atrasei-me e Helena já estava de pé, a empregada já a havia preparado e eu corri para tomar um banho. Não gostava de me atrasar, pois tendia a esquecer uma coisa ou outra e Gilda, minha colega de trabalho, que havia conhecido antes de ser transferida para os EUA, adorava fazer chacotas comigo e um certo alemão. Ela era muito agradável, transbordava alegria aquela mulher. Sabia exatamente quando eu não estava bem e quando estava. Ultimamente, ela dizia que eu não estava muito bem, a luz em meus olhos não estava brilhando, estava se apagando e não gostava de me ver assim. Eu podia considerá-la uma boa amiga, pois sempre nos demos muito bem. Hoje, ela me disse que eu não estava tão bem quanto queria aparentar. E quando Gilda diz, Gilda está certa.
— É verdade, Gil. Eu ando pensando em meus projetos e quero que você me ajude, só isso. É muita coisa.
— Mas eu sempre ajudo e você sabe disso, mas alguma coisa está deixando-a tensa e você não diz o que é.
— Eu esqueci o meu celular em casa. E você sabe, sou escrava dele. Mas, tudo bem, na hora do almoço, quando eu for levar Helena para casa, eu o pego.
— Christian já chegou?
— Não.
— Quando ele chega, então?
— A qualquer momento.
— Por que você não chega em casa e se prepara toda para recebê-lo, hein? Por que não veste aquela lingerie especial e o seduz loucamente?
Quando você voltou da lua de mel, parecia bem, agora só quer saber de trabalho. Você precisa se cuidar, menina.
— Gil, você não tem jeito mesmo. E ele não confirmou quando volta.
Quando ele confirmar, vou ouvir o seu conselho.
— Vocês são recém-casados. Mantenha a chama acesa o máximo que puder. Com homem é assim, minha querida, a gente deixa ele ir bem longe, bem longe mesmo, só que a corda, filha, está presa no fim no pezinho dele.
A gente finge que ele é livre, mas, no fundo... está preso pra sempre.
— Você e suas teorias, né? Mas, tudo bem, eu vou em casa na hora do almoço e hoje nós não poderemos almoçar juntas, tudo bem pra você?
— Por mim, tudo bem. É por uma boa causa.
Autor(a): jessica_ponny_steerey
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Na hora do almoço, fui buscar Helena na escola, levei-a para casa e, para minha surpresa, Christian estava em casa. Ele mal respondeu “boa tarde” quando eu o cumprimentei. Não me importei, senti que tudo ficara tenso novamente com a sua volta. Subi para o quarto, entrei no banheiro, tomei um banho enquanto ele estava falando com ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 16
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andy_limaah Postado em 25/06/2016 - 13:20:34
AHHHHHHHHHHHH me mataaaaaaaa, MEU DEUS DO CÉU EU ESPEREI ESSA FIC ACBAR PRA PODER COMENTAR * GRITOS* SINCRAMENT EU JÁ sabia, desde o dia do contrato ele fazia aquilo só pra reconquistar ela :') chorando litros aqui <3
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vondy4everponny Postado em 15/08/2014 - 01:15:34
Eu ODEIO quando suas fics acabam...eu gosto tanto delas amiga :/ Essa, com certeza, é uma das mais especiais, juro. Sempre quis loucamente ler uma fic chaverroni assim e fiquei totalmente apaixonada nessa web, de verdade. Parabéns e espero mais uma fic sua, porque tipo, eu AMO suas fics doidas. kkkk
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vondy4everponny Postado em 15/08/2014 - 00:25:49
Noooooossa, quanta coisa eu perdi! :o ELES SE CASARAM, poooorra! Mas o Chris é mega bipolar, socorro kkkkkkk! Eles só ficam calmos um com outro depois de um hot, vai entender...Poxa, não acredito que ele trai ela , chateada ao extremo :/ Nem parece o Chris que ela conheceu no cinema, tadinha da Mai, mas ela SAMBOU na cara da vadia u.u
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paolla.ponny Postado em 13/08/2014 - 20:51:32
Amore...estou parando no cap 16, amanhã eu tento te alcançar kk eu sou meio lerda... tenho q passar na sua outra fic ainda!! Omg tchau!! Bjo bjo!!
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paolla.ponny Postado em 13/08/2014 - 20:48:58
Christian trata a Mai como se ela fosse uma children !!! Chris ENXERGUE!! Ela é uma mulher, ok? Acho q ele sofre de um distúrbio de bipolaridade :S Ps: Meus comentários são confusos pacas!! Kkk Mas da pra entender né??
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paolla.ponny Postado em 13/08/2014 - 20:25:18
Bom, começando rsrs --- achei bom a Mai ter dado um chute na bunda daquele Rodrigo, q na minha opnião não tem cérebro, tem testículos!! Nossa fiquei pasma com o Christian Chato kk (entendeu?? Chavez -> Chato kk parei!) Como ele é grosso! Mds eu bateria nele! ' to no cap 12' rsrs estou meio atrasada, mais ta valendo né???
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paolla.ponny Postado em 13/08/2014 - 20:08:33
Ooii!!! To começando no comecinho kkkkk eu tinha começado e depois parei (vixi meu comentário é o q mais tem a palavra do verbo 'começar' mds) mas eu vou começar [ô palavrinha viu!] a comentar de onde parei ok?? Não estranhe meus comentários, pq vou comentar os capitulos antigos tbm blz??? Kkk eu sou de repetir as palavras percebeu?? Kkkk
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vondy4everponny Postado em 12/08/2014 - 22:20:56
Amiga, to lendo aqui os capitulos perdidos...Passei pra falar que eu CHOREI, sério, chorei com o encontro dele com a filha, que lindos *--------* Awn, chorei, só isso. To sensível agora </3
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vondy4everponny Postado em 31/07/2014 - 23:59:22
Cara, Christian é meio maluco! Ele desdenha da Mai e depois quer mandar nela, tratando-a como criança?Não entendo ele! Se entrega logo Pollito! Até seu irmão jogou charme pra ela! Posta mais Jess, agora! kk *-*
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vondy4everponny Postado em 31/07/2014 - 19:39:38
OMG! Ele não pode ser casado! Christian é filho dela pronto e acabou kkkkkkk! AMÉM! Espero! Se ele for casado vou mata-lo! Coitada da Mai, foi mó insultada por dar um chute na bunda do Rodrigo KKKKKKKKKK Eu ri, que doido! Chris não deveria tratá-la assim, AFF! Que grosso! O namorado da mãe dela já faço ideia de quem seja ... u.u