Fanfic: Uma Noite no Deserto AyA adaptada (finalizada) | Tema: AyA, Ponny

Capítulo quatro.

Na manhã seguinte, Any achou que estava preparada para encarar Alfonso. Até que descobriu que isso não era verdade.

Porque, quando abriu a porta para ele, Alfonso a desarmou com um sorriso doce e um grande vaso de violetas rústicas.

-São violetas púrpuras, e parecem que atraem borboletas. –

Os olhos dele sorriram. – Eu adoraria ter lhe dado um buque de rosas ou lírios, mas não quero que pense que estou comprando você.

Então, ele lhe dera algo menos suntuoso, e o tipo de presente que agradava muito mais a Any. As violetas seriam perfeitas para seu pátio.

-Obrigada, são lindas- E Alfonso encontrara tempo em seu dia para encontrar aquelas flores. Sabia que não enviara alguém a floricultura, mas escolhera o vaso pessoalmente.

-Onde as achou?

- Em uma pequena floricultura perto da minha casa. Vão combinar com seus tomilhos, mesmo que sejam cultivados.

-Violetas e tomilhos? – Tomilhos era bonito, mas era uma erva aromática, e aquelas violetas ela usaria para decorar um bolo. Do que ele estava falando?

Então, Alfonso recitou:

- “Cheiro de tomilho selvagem, da sincera violeta e da graciosa primavera...”

-Poesia. – Embora nada que Any reconhecesse.

- Shakespeare. Sonho de uma noite de verão.

Ela sorriu.

- Desculpe, não conheço. Nunca fui ao teatro.

-Você gosta de filmes?

-Sim, mas não tenho tempo de ir ao cinema. Também não assisto tevê.

-O que você faz para relaxar?

Any reprimiu as imagens que lhe vieram a mente... de Alfonso amor com ela, e de como isso seria relaxante.

-Cozinho- respondeu simplesmente.

-O que é mais do que um trabalho para você. É sua paixão.

-É minha vida- replicou ela, e esperou que ele entendesse.

Alfonso fechou a porta, mas em vez de segui-la para a cozinha, parou diante de uma aquarela no hall, a favorita de Any, um dos campos de lavanda em Provença.

-Esta é uma linda pintura – Ele olhou a assinatura – Amy Finch. É parente seu?

-É minha mãe.

Ele a acompanhou até a cozinha.

-Já ficou tentada a seguir os passos dela?

-Não a minha paixão sempre fora cozinhar. Todavia, a arte culinária sempre exige criatividade, uma vez que a apresentação faz parte dos pratos. – Uma saudade de casa a entristeceu subitamente... o que era loucura, porque continuava na Inglaterra. Amy é quem se mudara para o exterior.

-Em dias chuvosos, nas férias, mamãe pegava o velho livro de culinária da prateleira, abria-o ao acaso, então fechava os olhos e circulava os dedos sobre a página... onde o dedo parasse, cozinharíamos a receita. Ou improvisávamos, se não tivéssemos todos os ingredientes em casa.

- Você é próxima de sua mãe?

- Não a vejo com a frequência que gostaria, mas nos falamos bastante. Ela mora na França agora... em Provença. Aquele quadro é a vista da casa dela- Any abriu a estufa, colocou o vaso de violetas perto dos vasos de lavanda e fechou a porta.

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