Fanfic: Uma Noite no Deserto AyA adaptada (finalizada) | Tema: AyA, Ponny

Esperança inútil.

Precisava de meia hora sob uma ducha gelada para que isso acontecesse.

Quando ele chegou na cozinha, o desejo dela escalou ainda mais.

-Ei, este trabalho é meu. – ele lhe tirou o prato da mão e empurrou-a da pia com o quadril.

Embora o contato fosse casual, ela tremeu.

-Any, você está bem?

 Ela engoliu em seco.

-Sim, obrigada.

Foi um prazer.

- E... Hayley o pressionou para tirar aquelas fotos. Se você não quiser sua fotografia na revista, converso com meu editor, explico a situação:

-Não tem problema, Any.

- Mas... é como se você estivesse dando aprovação da realeza para as minhas receitas.

- Tudo bem para mim. Aprovo seu mousse de framboesa.

Muito.

Any suspirou.

-Isso não vai lhe causar problemas em Harrat Salma?

- Não. Hayley só fotografou um amigo seu, comendo mousse no seu pátio. – Alfonso continuou lavando a louça. – Quem eu sou não tem a ver com isso.

-Mas as pessoas irão reconhecê-lo.

-E daí?

Any desistiu. Se aquilo não o incomodava, por que deveria incomodá-la?

Ele lhe sorriu.

-Na verdade, gostei. Foi divertido.

-Hayley comentou que você está acostumado a ser fotografado.

-Estou.

-Mas ela achou que você fosse modelo ou algo assim. E estava convencida de que você era gay.

Alfonso riu.

-Se ela soubesse que, durante todo esse tempo que eu lambia aquela colher, estava pensando em provar você.

- Oh, Deus.

- Alfonso – sussurrou ela.

A expressão provocativa desapareceu dos olhos dele, sendo substituída por algo muito mais intenso.

-Vai acontecer, Any –murmurou ele suavemente. – Mais cedo ou mais tarde, vai acontecer. Entre você e eu.

Mesmo que ela estivesse pensando naquilo, fora fantasia. Agora era realidade, o que a deixou em pânico.

-Eu não...

-Namora? Assim disse Hayley. – Alfonso umedeceu os lábios. – Ás vezes regras são feitas para serem quebradas.

Da última vez que quebrara uma regra, acabara com o coração partido. Sem mencionar a falência profissional. Apesar de saber que a situação com Alfonso era diferente, os velhos medos a deixavam em silêncio. Queria Alfonso. Queria- o muito. Mas, no fundo, temia se envolver.

Como se adivinhasse seus medos, ele murmurou:

-Vai ser ótimo. Você só precisa confiar em mim.

Confiança. Uma questão difícil.

Any não tinha certeza se podia confiar em alguém.

-Eu... – Ela parou e meneou a cabeça.

- Any, eu não vou machucar você. – Pegando-lhe a mão, ele a virou, beijou –lhe a palma e fechou os dedos sobre o beijo.

- Acho que, no momento, você precisa de espaço para respirar, portanto vou embora. Mas sabe onde estou se me quiser.

Se ela o quisesse?

É claro que o queria. Mas aquilo era muito complicado.

- Mais tarde, habibti – disse ele suavemente. – Mais tarde.

por hoje é só, agora só segunda. beijos!

comentem....