Fanfic: Uma Noite no Deserto AyA adaptada (finalizada) | Tema: AyA, Ponny

Na segunda – feira de manhã, Any estava uma pilha de nervos. E ficou chocada ao perceber que estava mais ansiosa por um simples convite para almoçar do que já ficara em apresentar qualquer trabalho importante.

Para começar, não tinha ideia do que vestir.

Era hora do almoço, portanto poderia manter o estilo casual.

Jeans e camiseta. Todavia, seria uma discussão de negócios.

Talvez o vestido preto que usava para visitar os clientes. Não. Da última vez que o usara, Alfonso a beijara loucamente, fazendo-a querer rasgá-lo do corpo,

Ainda queria que ele fizesse isso.

Mas precisava cuidar dos negócios primeiro.

No fim, escolheu calça preta, blusa azul e um xale preto. De saltos altos, parecia mais profissional do que casual. Particularmente porque aplicou uma maquiagem e prendeu o cabelo.

Tinha tempo suficiente para passar uma hora no laptop...

Pretendendo planejar sua coluna para o mês seguinte, e tentar não pensar sobre o fato de querer quebrar todas as regras e fazer amor com Alfonso naquela tarde.

-Srta. Finch? Por aqui, por favor.

-Obrigada, Rafiq.

Era estranho estar sentada no banco de trás de um enorme carro preto. Estava mais acostumada a dirigir sua pequena caminhonete ou pegar o metrô. Rafiq era educado e falava pouco, e, quando ela tentou argumentar sobre Alfonso, ele se calou ainda mais. Alfonso podia confiar em seu assistente guarda-costas.

Então Rafiq parou na garagem. Deu a volta para abrir a porta de Any, e a escoltou para o foyer de um bloco moderno de apartamentos.

-Você não vem comigo? – perguntou ela.

-Alfonso me deu a tarde de folga. Mas ele sabe onde estou, se precisar de mim.

Rafiq era intimo o bastante do patrão para usar seu primeiro nome. Pensou Any. Com ela, foi normal, embora tivesse lhe sorrido e agradecido pelos cafés e lanches durante as manhãs que Alfonso brincara de ser seu aprendiz.

-Tenha uma boa tarde, Rafiq.

Ele sorriu.

Você também, srta.Finch. Aperte o interfone – instruiu ele, gesticulando para o botão.

Então Alfonso morava na cobertura. Aquilo não a surpreendeu. Ela apertou o interfone.

Após uma pausa, ele atendeu.

-Estou no terceiro andar, Any. Pegue o elevador.

Ela fez isso e, quando saiu do elevador no corredor do terceiro andar, havia duas portas. Uma obviamente a levava a escada e a outra ao apartamento de Alfonso. Any respirou fundo e bateu.

Alguns minutos depois, ele abriu e sorriu-lhe. E a expressão intensa nos olhos cor de âmbar a fez sentir uma pulsação entre as pernas.

- Olá. Entre, Any. – Alfonso a conduziu para dentro.

 O tapete era tão lindo que ela tirou os sapatos para não arruiná- lo, e a lã macia acariciou seus pés, enquanto o seguia para sala de estar. O cômodo era enorme, claro e arejado, com o que parecia ser uma varanda ao lado de fora das janelas que iam do chão ao teto. As paredes eram pintadas de cor de areia, e cortinas ricas em tons claros estavam posicionadas para receber a claridade. Havia uma escultura sobre a mesinha, e porta- retratos sobre a cornija de uma lareira adornada de pedras preciosas.

Embora Any estivesse acostumada a frequentar casas de ricos e famosos, o apartamento dele era incrível. Revelava extremo bom gosto e muita riqueza. Um mundo completamente diferente do seu. Um outro lembrete do grande abismo entre os dois.

Mas aqueles olhos cor de âmbar a fitavam de uma maneira que aquecia o seu corpo inteiro. E ela passava o fim de semana argumentando consigo mesma: aquilo seria seguro. Um caso sem elos. Não iria sair machucada. Tudo daria certo

-O que você gostaria de beber? – perguntou Alfonso.

-Alguma coisa suave, por favor.

-Claro. Acompanhe-me.

A cozinha era quase tão grande quanto a sua, incrivelmente organizada e moderna, com todo tipo de equipamento que a tentava, mas não cabia no seu orçamento. Em vez de uma ilha central, havia uma mesa de granito no meio.

Any tirou uma caixa de dentro de sua bolsa e entregou a ele.

-Eu lhe trouxe isso. Para agradecê-lo pelo almoço. – O mesmo tipo de chocolate caro que ele lhe dera a semana anterior. E lembrava que Alfonso gostava de chocolates escuros, ricos e condimentados.

Ele abriu a caixa e sorriu.

-Adoro estes. Obrigado. Vão combinar com gahwa saada.

- o café árabe tradicional – no fim de nossa refeição – murmurou ele.

Havia um aroma delicioso na cozinha. Any reconheceu o cheiro de alho e tomates. E ele falava sobre café árabe.

-Fez um prato típico de sua terra natal? – adivinhou ela.

-Você perguntou se eu sabia cozinhar. Então pensei em lhe mostrar em vez de dizer. Deixei tudo pronto ontem a noite, para que os pratos pegassem gosto dos temperos.

-Mas... como um príncipe, você não tem empregados?

-Em Harrat Salma, sim. Aqui, não. De qualquer forma, cozinhar me relaxa, me dá tempo de pensar. – Alfonso deu de ombros. – Comida árabe envolve tempo. Paciência. – Ele lhe prendeu os olhos. – Uma virtude que é sempre recompensada.

Any achou que sabia exatamente que tipo de recompensa ele tinha em mente.

A mesma que estava em sua cabeça.

Mas ele falara algo em deixar os alimentos no tempero que a surpreendeu.

-Se sabe cozinhar bem, então por que precisa que eu cozinhe para você?

- porque habibti, nãoposso estar na cozinha e em uma reunião de negócios ao mesmo tempo. A lei da física não permite. – Ele pegou um jarro na geladeira e serviu dois copos de cristal. – De qualquer forma, ya hala.

Bem-vinda a minha casa.

-Obrigada. – Ela deu um gole – Isso é refrescante.

-É o tradicional sharbat de laranja. E o que há no suco? – testou Alfonso.

- Laranja fresca espremida e água gasosa... e, com certeza você deixou menta embebecida por algum tempo.

-Nada mal. Mas faltou um ingrediente.

- Qual?

- Água de flor de laranjeira. – ele tirou uma garrafa da geladeira e entregou-lhe.

Any inalou.

-Isso ficaria maravilhoso nos sorvetes, e para dar sabor as bolachinhas que os acompanham.

-Boa ideia. Lembrarei disso. Então, está pronta para almoçar, habibti?

-Há algo que possa fazer para ajudar?

- Está tudo pronto. Venha sentar-se. – Alfonso a conduziu a sala de jantar. A mesa era enorme, e em um dos cantos havia uma mesa de tampo de vidro que ela supunha ser o local de trabalho dele, mas todos os equipamentos de escritório estavam escondidos atrás dos vidros foscos.

 Por hoje é só fiz um capitulo max para compensar, porque ontem estava sem animo para escrever. espero que gostem o hot acontecerá daqui a alguns capitulos, mas está proximo. beijos!

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