Fanfic: Uma Noite no Deserto AyA adaptada (finalizada) | Tema: AyA, Ponny

hoje só vou postar o penultimo capitulo, porque ainda vou escrever o ultimo capitulo, tentarei postar logo. espero que gostem.

postando...

CAPITULO CARTOZE.

Seguir seu coração.

O problema era, pensou Alfonso, que metade de seu coração queria Any desesperadamente. Especialmente agora que sua família a aceitaria. Contudo, sua metade sensata sabia que seria injusto pedir a Any que desistisse de sua vida inteira por ele.

Teria que fazer a coisa certa por ela. Teria que dizer adeus. Mas não faria isso ao telefone. Queria conta-lhe pessoalmente que a amava mais que tudo, e por isso estava lhe dando liberdade.

Então telefonou-lhe:

-Habibti? Estou voltando para Inglaterra.

-Quando?

-Meu voo decola esta noite.

-Então o esperarei no aeroporto.

Ele sabia que deveria recusar educadamente, mas precisava vê-la. Precisava sentir seu aroma. Sentir falta de Any era uma dor física em suas entranhas. Portanto, ele lhe disse o horário do voo.

-Mas não me encontre na sua caminhonete. Ligarei para Rafiq e pedirei que leve meu carro até você.

-Vai me deixar dirigir seu carro?

Ele riu.

- É apenas uma caixa sobre rodas, habibti.

- Mas e se eu o arranhar quando for estacionar?

-É um pedaço de metal, habibti. Será consertado. – Ele não se importaria com um arranhão no carro, contudo se ela estivesse bem. – De qualquer forma, você dirige bem, e tenho certeza que não vai arranhá-lo.

-Tudo bem- concordou ela.

-Eu te amo, Any – sussurrou ele, e lhe deu o horário do voo. – Estarei com você em breve.

ANY EXAMINOU o quadro de voo no saguão do aeroporto, rezando, em sua ansiedade, para que o voo não estivesse atrasado.

Finalmente, avistou Alfonso caminhando na sua direção.

Com uma única mala na mão, estava vestido com camiseta preta, jeans e óculos escuros. Visivelmente, não tinha se barbeado desde o dia anterior. E ela nunca tinha visto um homem tão deleitável.

Não podendo mais esperar, correu para ele. Então os braços fortes a rodearam, enquanto ele lhe cobria a boca com um beijo saudoso e apaixonado.

-Any senti muito sua falta – murmurou ele, entrelaçando os dedos no cabelo dela. –Espero que tenha estacionado perto.

Enquanto caminhavam para o carro, Alfonso sentiu sua tensão diminuir.

A dor da saudade desapareceu. Estar com Any o fazia sentir-se pleno inteiro. Ele a deixou dirigir. Porque sabia que a conversa que iriam ter iria feri-la, assim como iria partir seu próprio coração em dois.

-Então, para onde vamos? – perguntou ela. – Sua casa ou a minha?

-Não importa.

-Minha então – decidiu Any.

Provavelmente era o melhor, pensou ele. Porque ao menos ela estaria na casa dela a salvo. E seria ele quem caminharia....

Bem, dirigiria para ir embora

Queria tocá-la. Queria muito fazer amor com ela. Envolvê-la em seus braços e levá-la a um clímax espetacular.

Mas sabia que não seria justo com Any. Não quando iriam ter uma conversa decisiva. Então forçou-se a controlar sua libido.

No momento em que eles entraram em casa. Alfonso estava tremendo pelo esforço de não tocá-la

-Você comeu? – perguntou Any.

-Não estou com fome, -E era verdade. A refeição servida no avião tivera gosto de cinzas, e ele mal a tocara. – Any precisamos conversar. – Alfonso gesticulou em direção aos sofás da sala de estar.

Sem uma palavra, ela se sentou. Ele se sentou no sofá oposto, sabendo que, se a tocasse somente uma vez, não seria capaz de seguir com sua decisão.

-Any, sinto muito sua falta. Estar longe de você me fez perceber o quanto eu te amo... não, deixe-me terminar – disse ele, levantando uma mão para impedi-la de falar. – É muito difícil dizer. – Alfonso engoliu o nó na garganta. –Conversei com minha mãe sobre você.

-Entendo. – Any uniu as mãos no colo. –Eu lhe disse que não seria uma esposa aceitável.

-Expliquei à minha mãe como me sinto ao seu respeito. Ela disse que não seria fácil, mas que aceitaria você, e o resto de Harrat Salma a seguiria. – Ele mordeu o lábio. –Mas ela também me fez perceber quantas coisas estaria lhe pedindo para desistir. Seu lar, sua família, sua profissão... sua vida inteira. E falando com Luke, entendi que, quando você constrói algo do nada, isso se torna uma parte sua impossível de deixar.

-Ele suspirou. – Quero que seja feliz, Any. Não posso ser tão egoísta e pedir para desistir de tudo por mim. Então, esta noite, quero dizer adeus. Deixá-la apenas com meu amor e minha benção para o futuro. E espero que encontre alguém que a mereça. – A voz dele era rouca de emoção. – Alguém que a ame tanto quanto eu, mas que não seja tão complicado.

Ela ficou em silencio por um longo tempo.

Bem, ele podia entender isso.

-Irei embora agora.

-E se eu -perguntou Any quando ele se levantou – não quiser ir embora?

Alfonso a olhou, não entendendo muito bem.

-O que?  

- Eu disse – repetiu ela-, e se eu não quiser desaparecer de sua vida?

-Você precisa desaparecer.

-Não. – Any levantou-se também. – Você não foi o único que falou com sua mãe.

Aquilo não estava fazendo sentido. Talvez a dor de perde-la tivesse perturbado seu cérebro.

-Você falou com a minha mãe? Quando?

-Não com a sua. Falei com a minha. – Os olhos de Any estavam muito claros. – E ela disse para seguir o meu coração.

Exatamente o que a mãe dele dissera.

O coração de Alfonso disparou. Ela estava dizendo...

- E meu coração fica com você, Alfonso. – Então ela adicionou as duas palavras que ele lhe ensinara na sua própria língua.

- Auhiboka, habibti.

Ela o amava.

-Any – sussurrou Alfonso, então estava ao lado dela em segundos, levantando-a nos braços e beijando-a... um beijo profundo, ardente e poderoso do centro de seu ser.

Ele mal teve ciência de carregá-la escada acima e para o quarto. Não tinha ideia de como o quando se despiram.

 Tudo que ele queria sentir era o toque da pele de Any contra a sua, seu aroma doce, o gosto único e magnifico de sua amada. E então, finalmente os corpos estavam fundidos e se tornaram um só ser. A derradeira intimidade que tanto almejava para Harrat Salma.

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