Fanfic: Alicerces. | Tema: Drama,Novela,Romance,Amor.
Expliquei a situação a ele, olhei a hora no relógio.
-Vamos perder a primeira aula- Edgar falou
-Ainda bem, eu odeio aquele professor idiota, é aula dele agora.
-Eu preciso fazer uma coisa importante!-falei me levantando da cadeira e pedindo parada, descendo do ônibus logo em seguida.
-Mais tarde falo com você.-falei
-Ei você vai pra onde???
-Peguei outro ônibus e fui para o centro, de lá peguei outro e fui parar no presídio onde se encontra o meu pai, o horário de visitas já tinha começado, só havia mulheres , idosos e crianças na fila de espera para entrar. Ninguém da minha idade.Eu não sei se eu iria poder entrar.
-Eu acho que você não vai poder entrar.-uma mulher na minha frente falou.
-Eu também achei isso.
-Você é de menor não é mesmo? E além do mais está com farda de escola e está aqui em horário de aula e dia de semana.
-Poxa, mas é que eu preciso muito ver meu pai, preciso falar com ele.
-Você deve gostar mesmo do seu pai viu. Porque nenhum menino da sua idade se aventura em sair de casa pra chegar aqui e visitar seu pai.
-Não gosto dele, só preciso falar umas coisas a ele que há muito queria falar e que ele precisa também saber.
-Entendo. Se não te deixarem entrar, passe junto comigo, digo que você é meu acompanhante.
-Poxa, obrigado mesmo!-falei.
Não me impediram de entrar, fui direcionado pra uma sala pra falar com meu pai. Ele tinha um sorriso largo no rosto, que ia de um lado ao outro, parecia não acreditar que eu estava alí.
Ele veio me abraçar, mas evitei contato físico.
-Filho!!! você veio me ver, que saudade de você , Meu Deus!
-Tá bom pai.
-Você ainda está com ódio de mim?
-Você acha que o que você fez foi pouca coisa não foi? Graças a você agora mamãe está cega de um olho e com os movimentos do pulso afetado.
-Filho, eu me arrependo mortalmente por tudo isso, eu juro. Desde aquele dia que não ponho uma gota de alcool na minha boca , nem nunca mais botarei. E além do mais, me converti, pertenco ao grupo evangélico daqui do presídio, quero ser outra pessoa. Mudeu, estou aqui pra pagar o meu crime, estou trabalhando aqui dentro, a cada dia de trabalho são menos dias de pena.
-Tá bom , terminou com seu discurso para presidente?
-Não acredita na minha mudança?
-Pode ser verdade esse seu arrependimento e sua mudança, mas não vai trazer a melhora de mamãe.
-Eu pensei que você nunca iria vir aqui me ver.
-Pai, eu tenho pena de você, não gosto mais de você.e mamãe também não, quando você sair daqui ,nem pense em voltar pra casa, nem eu quero nem ela quer, e além do mais, mamãe já está com outro, planejam se casar e tudo, estão no maior amor.ela não gosta mais de você, agora é tarde para se arreper. Não vai trazer sua família de volta.
-Maurício! Que pörra é essa???
-E além do mais, ele pagou a cirurgia dela, ela está em SP agora, se preparando para recuperar a visao do seu olho e o movimento do seu pulso.
-Filho,você vem até aqui pra me arrasar? Eu preferia que você não viesse se fosse pra me deixar triste.
-Só vim lhe deixar informado do que se passa no momento, a verdade doi , mas precisa ser dita, antes lhedizer agora pra não evitar surpresas inesperadas depois.
-Eu te amo filho.
-Pena que eu não possa dizer o mesmo...
-Não me abandone, não faça como sua mãe, me apoie, acredite na minha mudança, me ajude a voltar pra sua mãe, eu mudei, me arrependi , aqui na prisão me dei conta do que eu perdi, vocês são tudo pra mim , não faça isso comigo, preciso de alguém pra me apoiar, acreditar que quero fazer diferente.
-Anos de tormenta, sofrimento e violência não podem e nem conseguem ser apagados de uma hora pra outra pai. As pessoas só dão valor as coisas depois que perdem. E se você tentar fazer alguma maldade conosco quando sair daqui ou quando tentar fugir de tanta raiva depois de saber dessa notícia, que eu lhe conheço muito bem e sei que você tá borbulhando de raiva, sabia que agora temos advogados, e que agora eu sou um homem, e esatrei pronto, com unhas e dentes , disposto a defender minha mãe , e nenhum cafajeste que não honra e não faz jus à palavra pai se aproxime de novo dela para machucá-la , se caso tentar isso acontecer de novo , quem será preso não vai ser você, e sim eu.
Fui embora.
Escutei seu choro antes de bater a porta. Os policiais entraram logo em seguida para recolherem ele de volta à sua cela. Enquanto fui guiado para fora do presídio por outros guardas.
Não sei se fui rude demais com ele, apenas dei a ele o que ele merecia, não poderia e nem conseguiria tratá-lo bem depois de anos maltratando minha mãe, há coisas que quando sofremos que nunca esquecemos.Talvez um dia eu e mamãe possamos perdoá-lo.
Ou não.
Chorei no caminho de volta pra casa, a solidão das paredes vazias e brancas sem retrato me entristeciam, resolvi subir pra casa das meninas Fabí e cia. Pra me animar um pouco e esquecer essa manhã péssima que tive.
Autor(a): LucasC
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No dia seguinte cheguei na escola, e logo assim que entro sou abordado por Celina que vem correndo até mim e me dá um abraço. -Meu amoor, que saudades de você! Por que você faltou ontem? senti a sua falta! -Eu tive que resolver um problema.-falei Ela estava me abraçando, mas já fazia um tempão, já estava me sufo ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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emile Postado em 29/07/2014 - 03:31:38
to adorando, vc escreve muito bem continua
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lubas Postado em 27/07/2014 - 17:42:28
ok amor , jájá postarei um novo. bjs
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vondy321 Postado em 27/07/2014 - 17:26:05
Oiiee,continua PELO AMOR DE DEUSSS