Fanfic: Firmamento... Vondy | Tema: DyC/família

Pov Dulce

—Christopher? — ele estava perto da escrivaninha lutando para colocar o relógio no pulso.

—Oi?

—Falou com o Bernardo? — sentei na ponta da cama.

— Sim. Ele não vai mais fazer aquilo. Pode colocar isso pra mim? — Apontou o relógio na minha direção. Sorri assentindo e ele veio sentando ao meu lado.

—Como não consege colocar um relógio? — perguntei fechando a presilha.

—É diferente dos outros. Obrigada — ele olhou para mim sorrindo. Sorri também.

Como era possível que depois de vinte anos de casados eu ainda pudesse amar tanto ele? E hoje amo mais do que antes.

—Vai chegar mais cedo hoje?

—Sim, marquei paciente só até as seis da noite. — toquei o rosto dele — Quando chegar tira essa barba.

—Te amo — ele me deu um selinho demorado.

—Também de te amo — puxei ele pelo pescoço e dei outro beijo mais apertado.

—Vamos — beijou minha testa e levantei. Peguei o que precisava e voltamos a cozinha de mãos dadas.

Christopher chamou Sophia e Bernardo, entraram no seu Audi q7, família grande, carro grande, e se foram. Rebeca e Renata ainda demoraram um bom tempo para lavar as mãos entre brincadeiras. Como a maioria das vezes andávamos no carro de Christopher eu poderia ter um carro menor, Audi a7. Elas entraram no carro como sempre batendo a porta com força.

—Renata, sabe fazer porta? — olhei para ela pelo espelho?

—Desculpa mãe.

—Coloquem o cinto. — Coloquei o meu e dei partida após abrir o portão da garagem. — Quando as provas de vocês começam? — Havíamos acabado de voltar das ferias no meio do ano.

—Próxima semana.

—Quero ver as duas estudando. Não quero notas baixas ou ficam sem mesada. — As duas responderam Sim em unisom. — Renata? Quem é seu namorado?

—Eu não tenho namorado — ela respondeu rápido logo após se mexer no banco, ou seja, estava mentido.

—Vamos, eu sei a verdade. Assuma, e não vou brigar com você.

—Você me dedurou? Eu vou te matar Rebeca. — Ela disse furiosa olhando para a irmã. Parei o carro no sinal e virei meu corpo para o banco de trás.

—Renata ela fez o que deveria fazer. E se eu souber que matou sua irmã, você morre também. Então é melhor essa família parar de falar que são assassinos. — Ela suspirou enraivada e cruzou os braços.

—É o João — o sinal abriu e voltei para a frente — ele é da minha sala.

— O loirinho?

—Sim.

—Renata eu não vejo problema nenhum em você estar namorando.
So acho você novinha demais. — Dei de ombros.

—Obrigada mãe — ela passou os braços em volta do meu pescoço por trás do banco.

—Porém haverá regras. Eu não quero que passe a noite acordada conversando com ele. E se as suas notas baixarem, já era namoro. E eu não quero netos.

—Tudo bem, não se preocupe, não vai ser vovó.

—E o papai? — Rebeca perguntou entrando na conversa.

—Por isso que eu tenho pena de você Renata. — Sorri. — Eu deixei mas seu pai tem que deixar. — Continuei sorrindo.

—Mãe ele não precisa saber.

—Claro que precisa. Não vou esconder nada dele. E ele com certeza não vai deixar. Se ele souber é capaz de mandar você pra um internato, não duvide disso. Então é melhor acabar logo com isso antes que ele descubra e você vire freira. — Bateu os pés no chão do carro engilhando os lábios.

Rebeca ria escondido da cara da irmã, eu também não fiquei para trás. Logo parei meu carro em frente a escola e Renata desceu sem se despedir, batendo a porta com força.

—Tchau mamãe — Rebeca me beijou ma bochecha.

—Tchau querida. Seu pai que vem te buscar a tarde.

—Ok. Tchau — ela desceu do carro e correu para a porta da escola.

Esperei elas entrarem na escola e sai em direção a minha clinica.
Dez minutos depois parei meu carro no estacionamento, retoquei meu batom e sai do carro levando minha bolça.

—Bom dia Sandra — sorriu me apoiando no balcão.

—Bom dia — ela sorriu juntando alguns papeis.

—Tem muito paciente hoje?

—Há mais agora na manha do que a tarde. A primeira já esta ali esperando. — Apontou com a cabeça para uma das moças que estava sentada no sofá.

—Obrigada. Quando eu ligar pode deixa-la entrar.

—Aah, antes que eu me esqueça, Maite esta de esperando na sua sala — deu de ombros.

—Tudo bem. — Sorri de novo e sai pelo corredor andando até minha sala.

Após acabar a faculdade de medicina me especializei em cardiologia, passei quase oito anos trabalhando no pronto-socorro, dava plantões e as cirurgias eram estressantes, sem contar no numero de pacientes que morriam de enfarto no pronto-socorro. Então eu e minha melhor amiga Maite tivemos a ideia de construir essa clinica, fiz especialização em cirurgias plásticas e faciais, e ela já era anestesista. Foi uma ótima combinação, depois de um tempo aumentamos a clinica, e hoje está entre as melhores e maiores da capital do Mexico.

Entrei sem bater na porta, afinal o consultório era meu.

—Graças a Deus que chegou não aguentava mais esperar — ela estava sentava na cadeira com as pernas na mesa.

—Então porque esperou? — caminhei ate a mesa e sentei na minha cadeira.

—Nossa teve uma noite péssima ontem. Não é mesmo?

—Não, minha noite foi ótima. — Suspirei — é que eu não gosto de Segundas.

—Tudo bem. Eu so estou aqui pra dizer que o Eduardo passou a noite em claro. — Ela disse levando o corpo para frente se apoiando na mesa. — Você sabe o que aconteceu? Ele não quis falar comigo nem com Christian — ela baixou o olhar mordendo o lábio inferior.

Maite era casada a dez anos com Christian, melhor amigo de Christopher, alias foi através dele que eu e Christopher nos conhecemos. Eu, Maite e Christian nos conhecemos desde a oitava série e desde a nona série eles namoram. Maite não queria casar antes de acabar a faculdade, mas acabou engravidando e seus pais a obrigaram a casar, mas não foi um problema porque Christian havia acabado a faculdade de direito e já trabalhava.

—Eles terminaram — suspirei decepcionada.

—De novo?

—Sim. E foi ele que terminou.

—Mas porque?

—Ela não sabe. Também passou a noite acordada, até chorou hoje de manhã. Christopher ficou furioso.

—Devo imaginar. Qualquer um que convive com eles ficaria. Não aguento mais esse vai e vem deles.

—Nem eu. Tô preocupada, eles estão no inicio da faculdade, não podem se dispersar assim. — Sempre fui muito preocupada com a educação dos meus filhos.

—Você tem razão, eles já namoram a tanto tempo, — fez aspas com os dedos — agora eu não sei, depois que entraram na faculdade ele vive terminando com ela sem motivos.

—Deveria conversar com ele.

—Ok, vou fazer. Agora tenho que ir. — Levantou — vamos almoçar juntas?

—Claro — assenti.

—Até mais tarde — ela caminhou ate a porta e saiu.

Esqueci de dizer, Maite também faz sessões de acupuntura. Peguei o telefone e liguei para Sandra pedindo pra trazer a primeira paciente.

Ooiii, está ai mais dois capítulos. Comentem pf... bjs.

dulamaucker: Tinha que ser você né nena?! Obrigada, me ajuda muito...