Fanfics Brasil - 1 Manhã de outono

Fanfic: Manhã de outono | Tema: Christopher Uckermann e Dulce Maria


Capítulo: 1

215 visualizações Denunciar


CAPITULO UM


O orvalho cobria a relva verde, e uma leve brisa de setembro animava o ar da manhã.Dulce Maria  jogou os longos cabelos vermelhos para o lado e riu animadamente. O som assustou o cavalo no qual estava montada, fazendo-o mexer-se, nervoso, sobre o pasto úmido.
— Calma, rapaz — disse delicadamente, acariciando-Ihe a crina.
Ele se acalmou, reagindo à carícia familiar. Ela ganhara Sundance quando ele ainda era um potro, presente de Christopher  em seu aniversário de 16 anos. Agora, Sundance era um cavalo adulto, com cinco anos, mas ainda fazia algumas brincadeiras infantis. Ele se assustava com facilidade e era muito sensível. Exatamente como Dulce Maria.
Os olhos castanhos dela brilhavam de animação enquanto observava o horizonte em tons rosa e amarelo, colorindo o céu da alvorada. Era muito bom estar de volta. A escola só para meninas havia refinado suas boas maneiras e lhe ensinara a ter um porte mais elegante, como uma modelo, mas não havia diminuído de maneira alguma seu entusiasmo pela vida, nem a paixão que sentia pela casa de Greyoaks. Embora a casa dos Hamilton, na Carolina do Sul, não fosse a casa em que nascera, mas a da família que a acolhera, ela amava cada colina e árvore daquele terreno, como se fosse uma legítima Hamilton.
Um risco colorido chamou sua atenção. Ela virou Sundance e viu Phillip Uckermann vindo em sua direção, galopando pela relva em um árabe puro-sangue, num casaco de couro que brilhava ao sol. Sorriu enquanto o observava. Se Christopher  o visse montado em um de seus garanhões premiados, certamente seria um desastre. No entanto, para a sorte de Phillip, Christopher  estava na Europa a negócios. Maude podia proteger o filho mais novo, mas Blake não protegia ninguém.
— Oi! — gritou Phillip, sem fôlego. Ele puxou as rédeas, parando bem diante dela, e respirou, jogando para trás o cabelo rebelde. Seus olhos castanhos cintilaram, travessos, enquanto ele observava sua figura esbelta montada no cavalo, como de costume. Mas seu olhar ficou sério quando viu que ela não usava capacete.
— Sem capacete? — repreendeu-a.
Ela fez beiço, deixando seus lábios cheios e suaves ainda mais protuberantes.
— Não brigue comigo — pediu. — Era apenas um passeio, e odeio usar aquela coisa o tempo todo.
— Uma queda já bastaria para fazer um estrago — declarou ele.
— Você parece o Christopher !
Ele sorriu ao ver aquele olhar rebelde.
— Foi uma pena ele não ter estado aqui quando você chegou. Mas ele volta no fim da semana, em tempo para a festa dos Barrington.
Christopher  odeia festas — relembrou ela. Baixou os olhos, fitando o couro elegante da sua sela. — E me odeia também, durante a maior parte do tempo.
— Não odeia — devolveu Phillip. — Mas você sempre o deixa irritado, sua bruxinha rebelde. Eu me lembro da época em que todos vocês veneravam o meu irmão mais velho.
Ela fez uma careta, olhando para o horizonte, onde cavalos árabes puro-sangue pastavam, com os pêlos negros reluzindo ao sol.
— Eu deixo ele irritado? — indagou ela. — Ele só foi gentil comigo uma vez, quando minha mãe morreu.
— Ele se preocupa com você, como todos nós — disse gentilmente.
Ela sorriu, calorosa, e esticou a mão num impulso, tocando o braço dele.
— Pareço ingrata, mas não é isso. Você e sua mãe sempre foram legais comigo. Vocês me acolheram em sua casa, me colocaram na escola. Como posso ser tão ingrata?
Christopher  também teve um pouco a ver com isso — relembrou ele secamente.
Ela jogou o cabelo para trás, impaciente.
— Pode ser — admitiu, relutante.
— Terminar o colégio foi idéia dele.
— E eu odiei! Eu queria ir para a faculdade e estudar ciências políticas.
Christopher  gosta de receber os compradores — relembrou ele. — Um curso de ciências políticas não lhe ensina a ser uma boa anfitriã.
Ela deu de ombros.
— Embora você e Christopher  sejam meus primos, não vou ficar aqui para sempre — disse. — Um dia, vou me casar. Sei que devo muito à sua família, mas não vou passar a vida toda sendo a anfitriã de Christopher ! Ele podia se casar e atribuir essa função à esposa dele. Se é que vai conseguir encontrar uma mulher corajosa o bastante — ela acrescentou, rabugenta.
— Você deve estar brincando, prima — zombou ele. — As mulheres correm atrás dele como formigas atrás do açúcar. Blake pode escolher a mulher que quiser, e você sabe disso.
— Deve ser por causa do dinheiro dele, porque certamente não é sua personalidade animada que as atrai!
— Você está chateada porque ele não a deixou passar o fim de semana com Jack Harris — implicou Phillip.
Imediatamente, o rubor tomou conta de sua face.
— Eu não sabia que Jack tinha planejado ficarmos sozinhos na casa de campo — protestou. — Achei que os pais dele também estariam lá.
— Mas, diferente de você, Blake foi tirar essa história a limpo. — Ele riu ao ver a expressão dela. — Nunca vou me esquecer da cara dele, quando Jack veio buscar você. Nem da de Jack quando foi embora, sozinho.
Ela tremeu ao se lembrar disso.
— Prefiro esquecer essa cena.
— Com certeza. Desde então, você vem tentando atacar Christopher , mas não consegue atingi-lo, não?
— Nada o atinge — murmurou ela. — Ele não reage enquanto eu brigo e reclamo. Quando acha que já ouviu o bastante, fala com aquela voz fria e me dá as costas. Vai ficar feliz quando eu for embora — disse, com voz tranqüila.
— Você ainda não está indo a lugar algum, não é? — perguntou ele, de repente.
Ela lançou-lhe um olhar malicioso.
— Eu havia pensado em me juntar à Legião Estrangeira Francesa — admitiu. — Será que aceitam minha inscrição antes do fim de semana?
Ele riu.
— Em tempo de escapar de Christopher ? Você está sentindo falta dele.
— Estou? — perguntou, fingindo-se de inocente.
— Seis meses é bastante tempo. Já deve ter se acalmado.
Christopher  nunca esquece — suspirou ela. Dulce deixou o olhar perdido, fitando a casa de pedra que havia ao longe, com seus lindos arcos e grandes carvalhos, erguidos como sentinelas ao redor do casarão.
— Não há necessidade ter uma crise nervosa — disse Phillip, consolador. — Vamos apostar corrida até a casa e podemos tomar o café-da-manhã.
Ela suspirou, cansada.
— Tudo bem.
Os olhos escuros de Maude se acenderam quando os dois entraram na elegante sala de jantar e se sentaram na grande mesa de madeira.
Ela tinha a pele morena e os olhos astutos e escuros, como seu filho mais velho. Além disso, também era tão direta e irritadiça quanto ele. Maude não tinha nada a ver com Phillip. Não era gentil ou suave no trato como ele, tampouco tinha a coloração pálida que dominava o rosto dele. Ele havia herdado essas características do falecido pai, e não da mãe, que não se importava em acordar um deputado às duas horas da manhã para fazer perguntas sobre a legislação.
— É bom tê-la em casa, querida — disse Maude a Dulce, esticando a mão graciosa para tocá-la. — Tenho estado cercada por homens.
— É verdade — disse Phillip secamente, servindo-se de ovos mexidos. — Matt Davis e Jack Nelson quase se digladiaram por causa dela na festa, na semana passada.
Maude o fitou.
— Não foi bem assim — protestou.
Dulce deu um sorriso malicioso e tomou um gole de café. Maude mudou de posição, incomodada.
— De qualquer maneira, eu queria que Christopher  estivesse em casa. Essa crise no escritório de Londres aconteceu em um péssimo momento. Eu tinha planejado algo especial para sexta à noite. Uma festa de boas-vindas para você. Teria sido perfeito...
— Não preciso de Blake para que a minha festa seja perfeita — disparou Dulce, sem pensar.
Maude ergueu as sobrancelhas finas e escuras.
— Você ficará revoltada com ele para sempre? — repreendeu-a.
Os dedos se Dulce se contraíram ao redor da xícara de café.
— Ele não precisava ter sido tão duro comigo! — reclamou.
— Ele tinha razão, Dulce Maria, e você sabe disso — afirmou Maude. Ela se inclinou para a frente, apoiando o braço na mesa. — Querida, você não pode esquecer que acabou de completar vinte anos. Christopher  tem 34 e sabe muito mais sobre a vida do que você já teve tempo de aprender. Nós a acolhemos — acrescentou, franzindo o cenho. — Às vezes, me pergunto se isso é justo.
— Pergunte ao Christopher  — devolveu, amarga. — Ele me manteve em uma bolha por anos.
— É o instinto protetor dele — disse Phillip, com um sorriso divertido. — Ele lhe dedica um cuidado quase maternal.
— Se eu fosse você, não diria isso a ele — comentou Maude.
— Não tenho medo do meu irmão mais velho — respondeu. — Só porque ele é mais forte do que eu, não preciso... Pensando bem, acho que você tem razão.
Maude riu.
— Você é encantador. Gostaria que Christopher  tivesse um pouco de sua capacidade de levar as coisas numa boa. Ele é muito intenso.
— Tenho uma palavra melhor para defini-lo — murmurou Dulce.
— Não é incrível — perguntou Phillip à sua mãe — como ela fica corajosa quando Christopher  não está por perto?
— É sim — Maude assentiu. Ela sorriu para Dulce. — Anime-se, querida. Deixe-me lhe contar o que Eve Barrington planejou para sua festa de boas-vindas, no sábado à noite. Era o que eu ia fazer se Christopher estivesse aqui...
Ao chegar na festa, Dulce descobriu que a organização estava impecável. O florista entregara vasos de flores secas de cores fulgurantes, além de arranjos de margaridas e mosquitinhos para decorar a mesa do bufê. A festa, que deveria ser uma reunião íntima, tinha mais de cinqüenta convidados, nem todos contemporâneos de Dulce. Ela percebeu que vários deles eram políticos. Mande estava fazendo lobby para que os legisladores protegessem uma área da Carolina do Sul, impedindo que se tornasse uma zona comercial. Certamente, ela havia pedido para Eve incluir aqueles políticos na lista de convidados, especulou Dulce.
Nan Barrington, filha de Eve e uma das amigas mais antigas de Dulce, puxou-a para o lado enquanto os músicos tocavam rock.
— Minha mãe odeia rock — confessou enquanto a banda tocava. — Não sei por que ela contratou essa banda, já que eles só tocam isso.
— Por causa do nome — arriscou Dulce. — A banda se chama Glen Miller, com um "N" só. Provavelmente, sua mãe achou que eles tocassem o mesmo tipo de música de Glenn Miller.
— Minha mãe é assim — concordou Nan, rindo. Ela passou o dedo pela borda do copo com ponche. O cabelo louro brilhava enquanto olhava ao redor. — Achei que Blake fosse vir depois que chegasse de viagem. Já são mais de dez horas.
Dulce sorriu para a amiga. Nan era apaixonada por Blake desde a adolescência. Ele, no entanto, fingia não ver, tratando-as apenas como adolescentes.
— Você sabe que Christopher  odeia festas — relembrou ela.
— Não pode ser por falta de acompanhantes — suspirou Nan.
Dulce franziu o cenho. Segurando seu copo, se perguntou por que aquela afirmação a incomodava tanto. Sabia que Christopher  tinha várias namoradas, mas fazia muitos anos que ela não convivia com ele em Greyoaks. Mesmo que precisasse ficar lá, tinha muitas coisas que ele podia fazer. Podia visitar parentes na França, na Grécia e até mesmo na Austrália. Podia fazer cruzeiros com amigas como Nan. Havia eventos escolares, amigas para visitar, festas para ir. Não havia por que ficar em Greyoaks. Principalmente depois da última briga com Blake, por causa de Jack Harris. Ela suspirou, lembrando como ele fora duro. Jack Harris ficara completamente constrangido enquanto Blake dizia tudo o que pensava, com a mesma voz fria e cortante, que sempre acompanhava seus momentos de irritação. Quando ele se virou para Dulce, ela precisou se controlar para não fugir. Estava realmente com medo dele. Não que ele fosse agredi-la. Era um medo diferente, estranho e constante.
— Por que franziu a testa? — perguntou Nan.
— Franzi? — Ela riu, deu de ombros e bebeu o ponche. Fitou o vestido azul de alça da amiga alguns centímetros mais baixa do que ela. —Adorei sua roupa.
— Não chega nem aos pés da sua. — Nan suspirou, observando o vestido branco e delicado de Dulce, em estilo grego, deixando um ombro nu. As várias camadas de chiffon flutuavam a cada movimento. — Seu vestido é um sonho.
— Tenho uma amiga estilista, em Atlanta — explicou, sorrindo. — Esse é da primeira coleção dela. Ela promoveu um desfile naquela nova loja de departamento na Peachtreè Street.
— E, além disso, tudo fica bem em você — disse Nan, com sinceridade. — Você é bem alta e esbelta.
— Magrela, como Christopher  diz. — Ela riu e, de repente, congelou ao ver aqueles olhos escuros e sombrios, em um rosto duro como granito.
Ele continuava tão alto e grande quanto ela se lembrava, com aquele encanto musculoso e masculinidade ostensiva. O cabelo negro brilhava sob a luz do candelabro que pendia do teto. O rosto bronzeado tinha uma arrogância nata, herança de seu avô, que criara um pequeno império a partir das cinzas dos antigos estados da Confederação. Seus olhos eram frios, mesmo ao longe. Ele apertou os lábios, deixando transparecer um pouco de crueldade. Dulce tremeu involuntariamente, enquanto ele analisava o vestido revelador que ela usava, claramente recriminando-a.
Nan seguiu o olhar dela, e seu rosto de acendeu.
— É Christopher ! — exclamou. — Dulce, você não vai cumprimentá-lo?
Ela engoliu em seco.
— Vou, claro — respondeu, vendo Maude se aproximar para cumprimentar seu filho mais velho enquanto Phillip acenava carinhosamente do outro lado da sala.
— Você não parece muito entusiasmada — observou Nan, analisando o rubor nas faces da amiga e o leve tremor em suas mãos.
— Ele vai ficar furioso porque não estou usando laço no cabelo e carregando meu ursinho de pelúcia — disse, com uma risada triste.
— Você não é mais criança — declarou Nan, defendendo a amiga, apesar da atração que sentia por Christopher .
— Diga isso a ele — suspirou. — Viu? — murmurou, quando ele ergueu a cabeça arrogante e sinalizou para que ela se aproximasse. — Estou sendo intimada.
— Não seja tão dramática, como Maria Antonieta a caminho da guilhotina — sussurrou Nan.
— Não consigo evitar. Meu pescoço está formigando. Nos vemos depois — despediu-se, caminhando na direção de Christopher  com um sorriso lânguido.
Ela se adiantou, passando pelos convidados, com o coração aos solavancos, batendo com força, no mesmo ritmo do rock que sacudia as paredes. Aqueles seis meses não haviam apagado a última briga. A julgar pelo olhar áspero de Christopher , a discussão continuava fresca em sua mente.
Ele deu uma tragada no cigarro, olhando fixamente para ela. Dulce percebeu como ele estava perigosamente atraente no terno escuro. A seda branca da camisa contrastava perfeitamente com a pele morena e a beleza arrogante. O cheiro da colônia oriental dele penetrou-lhe as narinas, ecoando sua masculinidade vibrante.
— Oi, Christopher  — cumprimentou-o, nervosa, contente ao ver que Maude havia desaparecido no mar de políticos. Assim, não precisava fingir seu entusiasmo.
Ele a analisou de cima a baixo, demorando-se no decote que revelava vislumbres enfeitiçantes de seus pequenos seios.
— Está fazendo propaganda de si mesma, Dull? — perguntou asperamente. — Achei que você tivesse aprendido a lição com Harris.
— Não me chame de Dull — devolveu ela. — E não é mais decotado do que a roupa das outras mulheres.
—Você não mudou nada — ele suspirou. — Cheia de fogo, renda e com as pernas trêmulas. Achei que você fosse amadurecer depois da formatura.
Os olhos esmeralda dela ardiam.
— Tenho vinte anos, Christopher ! Ele ergueu a sobrancelha.
— O que quer que eu faça?
Ela começou á dizer que não queria que ele fizesse nada, mas, de repente, a raiva desapareceu.
— Ah, Christopher  — lamentou-se. — Por que você tem que estragar a minha festa? Estava tão divertida...
— Para quem? — perguntou ele, olhando para vários dos políticos presentes. — Para você ou para Maude?
— Ela está tentando salvar os animais ao longo do rio Edisto — disse, indiferente. — Eles querem expandir parte dessa região.
— Sim, vamos salvar as cobras e os mosquitos, a todo o custo! — concordou ele, zombeteiro, embora Dulce soubesse que ele era preservacionista, como Maude.
— Lembro que você foi à TV para apoiar a proposta a favor da floresta nacional.
Ele levou o cigarro aos lábios.
— Sou culpado — admitiu com um leve sorriso. Olhou paia o grupo de rock e seu sorriso desapareceu — Eles todos estão tocando a mesma musica?
— Não sei. Achei que você gostasse de música — implicou.
— Gosto, mas isso — acrescentou, lançando um olhar para o grupo — não é música.
— Para a minha geração, é — ela respondeu, desafiando-o. — Se você não gosta de música contemporânea, por que veio até aqui, seu ermitão velho?
Ele deu um leve tapinha na bochecha dela.
— Não seja tão espertinha. Vim porque não a vejo há seis meses, se quer saber a verdade.
— Para quê? Para me levar para casa e gritar comigo no caminho?
Ele juntou as sobrancelhas escuras.
— Já fiz muito isso? — perguntou resumidamente.
— Não o bastante — ela respondeu com um sorriso imprudente, bebendo o restante do ponche.
— Está sendo ousada, menina? — indagou ele, calmamente.
— É autopreservação, Christopher  — admitiu suavemente, olhando para ele por sobre o copo vazio, que ainda repousava nos lábios. — Estou anestesiando meus nervos, para não me incomodar quando você começar a me irritar.
Ele deu outra baforada.
— Isso foi há seis meses — ele disse severamente. — Já esqueci.
— Não, não esqueceu — suspirou ela, vendo a raiva que brotava nele. — Eu realmente não sabia o que Jack estava planejando. Provavelmente eu devia saber, mas não sou tão vivida assim.
Ele exalou profundamente.
— Não, com certeza não é. Eu achava que isso era bom, mas, na verdade, quanto mais velha você fica, mais me questiono,
— Era exatamente o que Maude estava dizendo — murmurou ela, perguntando-se se ele lia a mente das pessoas.
— Talvez ela esteja certa. — Ele a fitou intensamente, analisando o vestido diminuto e revelador. — Esse vestido não é adequado para sua idade.
— Quer dizer que não se importa se eu crescer? — perguntou docemente.
Ele ergueu a sobrancelha laconicamente.
— Não sabia que você precisava da minha permissão.
— Parece que preciso — insistiu ela. — Se eu fizer algo em relação a isso, você vai correr atrás de mim.
— Isso depende do tipo de amadurecimento a que você se refere — respondeu ele, apagando o cigarro. — Promiscuidade está fora de cogitação.
— Não no seu caso!
Ele jogou a cabeça para cima, com os olhos em chamas.
— Que diabos minha vida particular tem a ver com você? — perguntou, com a voz gélida.
Ela quis retroceder.
— Eu só estava brincando, Christopher  — defendeu-se, sussurrando.
— Não estou rindo — limitou-se a dizer.
— Você nunca ri comigo — disse ela, com a voz áspera.
— Pare de agir como uma adolescente infantil.
Ela mordeu o lábio inferior, tentando conter as lágrimas que se acumulavam em seus olhos.
— Com licença. Vou brincar com minhas bonecas. Obrigada pelas boas-vindas calorosas — acrescentou, antes de misturar-se à multidão, afastando-se dele. Pela primeira vez, desejou nunca ter ido morar com a família de Christopher .


 


comentem bjx da Ray!!



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): rayzasavinon

Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

CAPÍTULO DOIS Durante o restante da noite, tentou evitar Christopher, grudando-se em Nan e Phillip como uma sombra, enquanto cuidava das feridas emocionais. Christopher parecia nem notar. Estava com Maude e um dos congressistas mais jovens do grupo, imerso em uma discussão.— Sobre o que será que eles estão conversando agora? — p ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • paolla.ponny Postado em 27/07/2014 - 21:55:41

    Arg! Como o Christopher é chato com a Dulce!! Ele acha que ela é uma criança!!

  • paolla.ponny Postado em 26/07/2014 - 01:53:52

    Oii! Primeira a comentar!! Meu trauma é Ponny, mais estou lendo fics Vondy tbm!! Já estou gostando da fic! Bjo! =D


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais