Fanfics Brasil - 3 Manhã de outono

Fanfic: Manhã de outono | Tema: Christopher Uckermann e Dulce Maria


Capítulo: 3

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capitulo 3


Durante os dias que se seguiram, estava extremamente reservado, e Dulce apenas o observava. Era apenas christopher, repetia para si mesma, seu guardião, tão familiar quanto o antigo casarão e os enormes carvalhos que o rodeavam. Mas havia algo diferente nele, e não sabia definir exatamente o que era.
— christopher, está zangado comigo? — perguntou, uma noite, enquanto ele subia para se arrumar para sair.
Ele fez uma careta.
— Por que acha isso, Dulce?
Ela deu de ombros e forçou um sorriso.
— Parece distante.
— Minha mente está assoberbada, querida — ele disse calmamente.
— Por causa da greve? — arriscou.
— Isso e alguns outros problemas — concordou ele. — Se suas perguntas tolas tiverem acabado, vou sair.
— Desculpe. Não quero mantê-lo longe dos campos dourados de trigo.
— Campos dourados?
— Onde você se entrega às loucuras da juventude — explicou ela, com uma sofisticação impressionante. Então, virou-se e foi para a sala de estar, onde Phillip e Maude conversavam.
Ele riu suavemente.
— Sua calcinha está aparecendo.
Ela rodopiou, segurando a saia e olhando para baixo.
— Onde?
Ele subiu as escadas rindo, enquanto ela o fitava.
Mais tarde, Dulce o viu descendo as escadas, vestindo calças escuras, camisa de seda branca ligeiramente aberta no pescoço e casaco de tweed, o que lhe dava um ar esportivo. Com que mulher ele irá se encontrar? Será que ela saberia apreciar toda aquela masculinidade vibrante e obscura? Olhá-lo era o bastante para acelerar o coração de Dulce. Involuntariamente, lembrou-se da noite da sua festa de boas-vindas e do olhar estranho no rosto de christopher quando ele ia beijá-la, mas desistiu. Essa hesitação a deixara confusa, embora tentasse não pensar a respeito. christopher seria extremamente assustador, se não fosse seu irmão de consideração.
Nan Barrington veio visitá-la logo na manhã seguinte, a fim de irem cavalgar. Parecendo delicada e frágil em seu culote de montaria, ela usava um suéter azul, no mesmo tom de seus olhos.
Suspirou ao passar por Dulce; seus olhos esquadrinhavam a área à procura de Blake.
— Ele saiu — adiantou-se Dulce, com um sorriso zombeteiro.
Nan parecia muito decepcionada.
— Oh! — exclamou, com o semblante triste. — Achei que ele pudesse vir conosco.
Kathryn preferiu não mencionar que christopher faria quase tudo, menos entrar para um mosteiro, na tentativa de evitar a companhia de sua amiga. Isso levaria a perguntas, e principalmente a respostas, que ela achava melhor Ignorar.
— Lá está ela, a menina dourada — disse Phillip, do alto da escada, fitando aquela pequena loura com um interesse exagerado. — Sua mocinha sedutora!
Nan riu deliciosamente.
— Ah, Phil, você é tão brincalhão. Venha cavalgar conosco e me deixe provar que ainda posso ganhar de você com grande vantagem.
Ele fez uma pose irônica.
— Nenhuma menina me deixa para trás — divertiu-se. — Vamos lá!
Dulce guiou-os pela porta, puxando seu suéter verde para baixo, até que cobrisse os quadris, para se aquecer do frio da manhã.
— Está gelado aqui fora — murmurou. Levou as mãos à cabeça para testar a força do elástico que segurava seu Cabelo. O vento soprava com força.
— Frio e gostoso — concordou Phillip. — É incrível Como christopher  não tem tempo para montar — mencionou, fitando Dulce com curiosidade. — Passou todo o tempo trabalhando. E, como os Leeds vão chegar no sábado, ele terá sorte se conseguir algum tempo para buscá-los no aeroporto.
— Vocês continuam brigando? — sondou Nan, olhando para Dulce.


Dulce ergueu a cabeça e observou o caminho que se estendia à sua frente, enquanto pegavam o atalho para o antigo estábulo, com suas baias de cercas brancas. Seguindo pelo caminho, havia um gazebo, cuidadosamente escondido, cercado por almofadas confortáveis, dispostas pelo chão. Dulce sempre considerara aquele lugar um ambiente loucamente romântico; e sua imaginação viajava sempre que ia para lá.
— christopher e eu estamos nos entendendo bem — disse, ignorando a acusação implicante de sua amiga.
— Não há nada mais fácil — concordou Phillip, sorrindo. — Eles nunca se vêem.
— Nos vemos, sim — discordou Dulce. — Lembra a outra noite, quando christopher tinha um encontro?
Nan olhou para Phillip.
— Ele está atrás de quem? — perguntou ela, rindo. Phillip encolheu os ombros de maneira fatalista.
— Quem sabe? Parece que é a loura que trabalha no escritório, a nova secretária dele, se é que podemos acreditar em fofoca de trabalho. Mas disseram que ela sabe soletrar.
— Certo, christopher gosta de louras — riu Dulce, fingindo estar se divertindo exageradamente.
— Aqui está uma loura que ele evita — resmungou Nan. — O que há de errado comigo?
Phillip passou o braço ao redor do ombro dela amigavelmente.
— Sua idade, querida — informou. — Blake gosta de mulheres maduras, sofisticadas e completamente imorais. Isso a deixa fora da disputa.
Nan suspirou com pesar.
— Nunca pude competir.
— christopher ia nos buscar depois do treino de líder de torcida, lembra? — disse Dulce, lançando um olhar luxurioso para o gazebo, ao passar por ele. — Ele ainda nos vê mascando chiclete e dando risadinhas.
— Odeio chiclete — enfatizou Nan.
— Eu também — concordou Phillip. — Deixa um gosto... Ah, olá — interrompeu-se, sorrindo para christopher.
O homem mais velho parou na frente deles, vestindo um terno cinza elegante, blusa branca de seda impecável e gravata combinando. Era o próprio magnata, digno e refinado.
— Bom dia — disse christopher com frieza. Ele sorriu para Nan. — Como vai a sua mãe?
— Muito bem, christopher. — Nan suspirou, aproximando-se para segurar o braço dele com seus dedos finos. — Você tem tempo para cavalgar conosco?
— Como eu gostaria, pequenina — disse. — Mas já estou atrasado para uma conferência.
Dulce athryn deu meia-volta e saiu correndo para o estábulo.
— Vou na frente — gritou por cima do ombro. — O último a chegar é mulher do padre!
Ela correu praticamente todo o caminho que levava até o estábulo, chocada com seu próprio comportamento. Sentia-se estranha. Enjoada. Ferida. Vazia. Ver Nan tocando o braço de christopher havia despertado uma onda de ,: fúria dentro dela. Queria bater em sua amiga, apenas por tê-lo tocado. Não estava entendendo seus sentimentos.
Distraidamente, entrou no estábulo e começou a preparar os arreios, a rédea e a sela. Mal reparou quando o pequeno cavalo castanho ficou pronto para ser montado. Ele empinou nervosamente, como se sentisse o humor instável dela e reagisse à sua inquietação.
Nan juntou-se a ela, enquanto levava Sundance para fora do estábulo, em direção ao sol da manhã.
— Onde está Phil? — perguntou Dulce, tentando controlar o tom de sua voz.
Nan encolheu os ombros.
— christopher o arrastou para o escritório para algum tipo de conselho de guerra. Pelo menos, pareceu ser isso.
— Ela suspirou. — christopher parecia muito furioso com ele.
— Seu rosto se iluminou. — Como se não gostasse da idéia de ver Phillip cavalgando comigo. Dull, você acha que ele está com ciúmes? — perguntou, animada.
— Isso não me surpreenderia — Dulce mentiu, lembrando-se dos comentários de christopher sobre sua amiga. Mas, franzindo o cenho, ela se perguntava se aquilo era sério. Por que não queria que Phillip cavalgasse com elas?
Dulce sabia que christopher achava que, às vezes, Phillip adotava uma postura muito irresponsável em relação ao empreendimento multi-empresarial da família. Mas por que impedir que ele fizesse esse passeio matinal, a não ser que... Ela não queria pensar nisso. Se Nan tivesse razão, não queria saber.
— Apronte-se e vamos lá — gritou Dulce. — Estou ansiosa para galopar!
— Por que veio correndo para cá? — perguntou Nan, antes de entrar no estábulo e preparar o seu cavalo. — Apresse-se — ordenou Dulce, ignorando a pergunta. — Maude quer que eu a ajude a preparar alguns cardápios para a visita dos Leeds.
Nan preparou o cavalo rapidamente, a pequena égua chamada Whirlwind, bem disposta como um dia ensolarado de verão.
As duas meninas cavalgaram envoltas por um silêncio amigável. Dulce fitava as colinas verdes, já coloridas pelos tons do outono; ao longe, as árvores começavam a assumir a coloração levemente dourada, que logo passaria a um laranja brilhante, vermelho e, por fim, vinho. O ar estava limpo e fresco, e os campos já estavam sendo revirados, esperando pelas plantações da primavera.
— Isso não é delicioso? — perguntou Dulce, respirando profundamente. — A Carolina do Sul deve ser o estado mais bonito do país.
— Você só diz isso porque nasceu aqui — implicou Nan.
— É verdade. — Ela puxou as rédeas e se inclinou para a frente, apoiando os braços na sela e observando a água prateada que corria pelo rio Edisto.
— Você sabe quantas plantações de arroz havia em Charleston antes da Guerra Civil? — murmurou, lembrando-se de livros que havia lido sobre as grandes plantações, com seus belos campos e diques.
— Lamento, Dull, mas não sou tão apaixonada por História como você. Às vezes, até me esqueço em que ano foi a guerra de 1812.
Dulce sorriu para a amiga e todo o ressentimento que nutria desapareceu. Afinal, Nan não podia fazer nada em relação ao que sentia por christopher. Nan não era culpada por Dulce sentir essa atração tão desmedida por ele.
— Vamos cavalgar pela floresta — disse repentinamente, guiando Sundance. — Adoro o cheiro do rio, e você?
— Eu também — concordou Nan. — Estou logo atrás de você.
christopher foi jantar em casa essa noite, um fato tão raro que suscitou comentários.
— Não há mais mulheres disponíveis? — implicou Phillip, sentado à mesa, provando a caçarola de frango da sra. Johnson.
— Phillip! — Maude o repreendeu, com olhos desaprovadores, interrompendo a ação de levar um garfo cheio de frango à boca.
christopher arqueou a sobrancelha para o irmão. A blusa azul esportiva estava um pouco aberta no pescoço; para Kathryn, ele estava vibrante e perigosamente atraente. Precisava se concentrar ao máximo para não olhar para ele.
— Você já teve a sua quota essa manhã — observou christopher secamente.
— Foi por isso que me arrastou para o escritório antes que eu pudesse aproveitar a companhia das garotas? — riu Phillip.
— Eu precisava da sua ajuda, irmão.
— Claro. Da mesma maneira que Sansão precisava de uma manada de cavalos para ajudá-lo a derrubar as pilastras.
— Eu queria ressaltar — começou Maude gentilmente — que a sra. Johnson passou uma hora preparando esse frango, que está delicioso, e vai acabar azedando no meu estômago. Dulce lançou um olhar divertido para a tia.
— Você devia ter tido filhas — sugeriu. Maude olhou para christopher, e logo para Phillip.
— Não tenho tanta certeza. É muito difícil imaginar christopher usando saia e salto alto.
Ao rir, Dulce engasgou com o purê de batata, e Phillip precisou aproximar-se e dar-lhe tapinhas nas costas.
— Que bom que DulceKathryn acha algo engraçado — disse christopher, naquele tom frio que ela tanto odiava. — Ela não estava bem-humorada hoje de manhã.
Dulce tomou um gole de café e seus olhos verdes fulminaram-no, do outro lado da mesa.
— Não lembro de ter falado com você, christopher — murmurou.
— Não — ele concordou. — Estava ocupada demais esbravejando para me cumprimentar educadamente.
Como ele podia ser tão cego?
— Com licença — disse, com arrogância —, mas não esbravejo.
Ele levou a xícara de café até aos belos lábios, sem |tirar os olhos do rosto de Dulce. Havia algo duro e obscuro neles que a enfurecia.
— Esforce-se um pouco mais, querida — desafiou-a calmamente.
Suas feições delicadas se endureceram.
— Não tenho medo de você — disse, forçando um sorriso.
Ele a fitou intensamente, contraindo um canto da boca.
— Posso lhe ensinar a ter.
— Basta, crianças — interrompeu Maude, indicando, com os olhos voltados para Dulce, exatamente a quem se referia. — Esse é o momento da refeição, lembram? A indigestão faz mal para a alma.
Phillip suspirou ao provar a musse de limão.
— Isso nunca os impediu antes.
Dulce amassou o guardanapo, colocou-o ao lado do prato e levantou-se.
— Acho que vou tocar um pouco de piano, se ninguém se opuser.
— Não por muito tempo, querida, ou christopher não vai conseguir dormir — aconselhou Maude. — Lembre-se que ele tem que acordar às cinco da manhã para ir ao aeroporto em Charleston apanhar os Leeds.
Dulce sorriu graciosamente para christopher.
— Claro — disse com a voz doce. — Ele precisa dormir tranqüilamente para descansar sua beleza.
— Pelo amor de Deus, você está pedindo... — disse christopher, com uma voz que a deixou arrepiada.
— Vá, menina! — aconselhou Phillip, empurrando-a na direção da sala de estar. Ele a acompanhou e fechou a porta com um suspiro exagerado, apoiando-se nela.
— Ufa! — respirou, rindo com os olhos. — Não abuse da sorte, querida. Tem sido muito difícil conviver com ele nesses últimos dias e, hoje de manhã, ele fez um leão parecer um bichinho de estimação.
— Não é sempre assim? — ela resmungou.
— É — admitiu ele. — Mas se você mencionar a secretária dele, pode acabar tendo úlceras.
Ela o fitou enquanto se encaminhava para o piano.
Sentou-se e aqueceu os dedos.
— Se ele quer secretárias bonitas, que não saibam datilografar, é problema dele. Agora, fique quieto, Phil. Estou cansada de ouvir falar de christopher.
Ela começou a tocar o segundo concerto para piano de Rachmaninoff, enquanto Phillip a fitava, pensativo, por um tempo longo demais.


 


obrigado a quem estiver lendo 


comentem! bjx da Ray!!



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Autor(a): rayzasavinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • paolla.ponny Postado em 27/07/2014 - 21:55:41

    Arg! Como o Christopher é chato com a Dulce!! Ele acha que ela é uma criança!!

  • paolla.ponny Postado em 26/07/2014 - 01:53:52

    Oii! Primeira a comentar!! Meu trauma é Ponny, mais estou lendo fics Vondy tbm!! Já estou gostando da fic! Bjo! =D


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