Fanfic: Monalisa, deusa com ar de menina | Tema: Monalisa

Apesar de toda vergonha estampada em seu rosto corado, podia sentir sua ansiedade em seus passos rápidos em direção da casa, seu nervosismo ao apertar minha mão por diversas vezes e sua entrega a cada olhar e sorriso que me lançava. Quanto a mim, tentava me concentrar nos pequenos preparativos que faria quando chegássemos, porém, parecia impossível pensar em qualquer outra coisa ao observar aqueles traços que deixavam-a tão mais linda e que tanto me envolviam. Alguns poucos passos e finalmente chegamos na casa que também trazia muitas lembranças, principalmente na área da piscina. E foi exatamente para aquele lugar que a levei. Ela me encarou confusa e risonha, parecendo perguntar-se se era ali que teríamos nossa primeira vez. 

Bernardo: Eu volto já, meu amor. Me espera aqui, tá? - Pedi risonho ao observar sua expressão ainda confusa. Lhe dei um selinho demorado e antes de me afastar, senti seu toque frio em meu braço.
Monalisa: Vamos... Er... Na piscina? - Perguntou tímida, corando imediatamente. Ri ainda mais e voltei a me aproximar, lhe dando um novo selinho. 
Bernardo: Não poderia ver cada detalhe de seu corpo na piscina, então, sem chances - Sussurrei perto de seu ouvido enquanto tentava controlar a risada por imaginar a vermelhidão do seu rosto. E ao me afastar, pude confirmar minha suspeita - Você fica linda assim, sabia? - Perguntei ao lhe tocar o rosto, fazendo-a suspirar sem graça. 
Monalisa: Por que você faz isso hein? - Negou com a cabeça envergonhada enquanto desviava a atenção para baixo. Ergui seu queixo no mesmo instante e lhe enchi de poucos e demorados selinhos. Ela logo retribuiu todos e por fim me deixou sair dali.

Depois de colocar um preservativo no bolso, pegar alguns cobertores e também um violão no quarto que parecia ser do Gabriel, voltei a descer para a área da piscina. A Mona, que parecia tão distraída observando a água parada da piscina, virou-se para mim ao ouvir os passos.

Monalisa: Ué - Ergueu a sobrancelha ao observar o objeto, me fazendo sorrir sem jeito - Por que trouxe o violão? 
Bernardo: Só para contribuir para a noite... Dar um clima mais romântico, sabe? - Respondi ainda sem jeito, vendo-a soltar uma gargalhada alta - O que foi? Você não gostou? - Perguntei e logo continuei, não lhe deixando tempo de resposta - Mas é claro que não... Isso foi ridículo! Que ideia patética essa minha - Disse por fim, colocando o violão em cima de uma das cadeiras. 
Monalisa: Bobo - Riu ainda mais enquanto se aproximava - Não estou rindo disso... Aliás, até gostei da ideia - Respondeu enquanto parecia querer controlar a risada, envolvendo seus braços em minha nuca logo - Estou rindo dessa sua face romântica tão forte, que por sinal, nem sabia que existia - Concluiu ainda risonha, me fazendo revirar os olhos divertido. 
Bernardo: Na verdade, nem eu mesmo imaginei que pudesse ter um lado desse - Comentei enquanto ria junto e lhe dava demorados selinhos - Você quem me leva a agir assim, sabia? Como um bobo apaixonado - Sorri um tanto atrapalhado, vendo-a fazer o mesmo. Para esconder um pouco a vergonha que sentia no momento, lhe dei um novo selinho e logo a puxei dali para o "lugar ideal".

Como já era de se esperar, suas expressões de surpresa e encantamento apareceram ao observar aquele local junto com a bela vista que o mesmo proporcionava. Aquele espaço ficava ainda na casa, no canto dos fundos da área da piscina. Existiam ali algumas poucas árvores ao redor e uma vista privilegiada para o imenso mar.

Monalisa: Que visão é essa? - Perguntou admirada enquanto colocava o violão de lado e seguia para perto de uma curta grade, visualizando melhor cada detalhe - Isso é perfeito, Bernardo! - Suspirou, me fazendo sorrir satisfeito. Estiquei um cobertor perto da grade, coloquei os outros em cima e logo segui para perto da minha amada, abraçando-a por trás - Até o céu parece mais bonito visto daqui. 
Bernardo: É mesmo. Além disso, o céu parece estar ao nosso favor hoje - Disse enquanto admirava o mesmo, desviando em seguida o olhar para o rosto da Monalisa, esse que parecia ser o foco principal da lua, afinal, a mesma refletia toda sua luz naquele belo ponto.
Monalisa: Com certeza - Respondeu sorridente, me despertando um pouco - Fomos presenteados pelo céu todo estrelado e também por essa lua maravilhosa - Disse encantada, me fazendo abrir um sorriso bobo. Beijei-lhe o ombro e logo passei os beijos para seu pescoço, vendo o mesmo se arrepiar em instantes. 
Bernardo: Nós livres pra voar nesse céu que hoje tá tão lindo - Cantei baixinho, quase aos sussurros, enquanto continuava passeando com os lábios pelo seu pescoço - Carregado de estrelas e a lua tá cheia refletindo o seu rosto, dá um gosto de pensar... - Continuei, subindo e parando com os lábios em sua orelha, depositando ali leves beijos - Eu, você, o céu e a noite inteira pra amar.

Seu corpo que havia permanecido imóvel durante o pequeno trecho da música, estremeceu ao final do mesmo, fazendo meu sorriso estender-se ainda mais. Lhe apertei firme e fui aos poucos virando-a para mim com uma certa delicadeza, vendo em instantes seus belos olhos grudados nos meus, transmitindo a intensidade de sempre. Já seu rosto, que ainda era refletido pela lua, estava com uma expressão além de encantamento. Ela estava radiante, maravilhada e paralisada com tudo aquilo, assim como eu, confesso. Sentia meu coração pulsar fora do normal só por vê-la, por tê-la ali em meus braços, por sentir seu cheiro, seus toques e além de tudo, o seu amor. Sorri novamente ao pensar nisso e logo a vi retribuir no mesmo instante que subia com as mãos para meu rosto, fazendo-me fechar os olhos instintivamente, suspirando baixo com seu toque tão leve junto com aquele cheiro gostoso que ela trazia.

Em seguida senti sua respiração misturar-se com a minha e também seu doce hálito, me desconcertando por completo. Envolvi seu corpo num abraço apertado ao mesmo tempo que aproximava ainda mais nossos lábios, tocando-os por fim. E assim iniciamos um beijo calmo, apaixonado e duradouro. Aproveitamos a sintonia dos nossos lábios e línguas, que sempre existia, para moldar aquele momento. Aos poucos, ainda entre o beijo, fui lhe tomando no colo, fazendo-a sorrir boba, e então segui para o cobertor que havia dobrado ao chão. Depois de me ajoelhar, deitei-lhe calmamente e logo deitei por cima, mas sem deixar meu peso sob o seu. Apoiei-me no braço que deixei ao seu lado e logo fui parando o beijo para recuperar um pouco do fôlego. Lhe dei alguns selinhos demorados e então abri os olhos, encontrando de imediato com os seus, esses que tinham agora um brilho inexplicável e diferente, que paralisou-me totalmente. E ela, por sua vez, pareceu prender-se junto aos meus.

E assim ficamos por longos segundos, e até mesmo minutos, encarando e admirando o brilho e intensidade do olhar do outro, cada qual procurando transmitir da sua maneira a alegria que era sentida naquele momento. Não só a alegria. Mas também o desejo, a cumplicidade, a confiança, a atração, o amor e todos os outros sentimentos que se faziam presentes.