Fanfic: Monalisa, deusa com ar de menina | Tema: Monalisa

Bernardo: Que milagre é esse que não vão para nenhuma festa hoje? - Perguntei aos meus amigos enquanto tentava prestar atenção em um programa. Estávamos todos reunidos na sala depois de termos devorado uma grande pizza naquela tediosa noite de segunda-feira - Meia-noite agora, acho que ainda dá tempo para uma festinha, não?
Gabriel: Não tem nenhuma festa boa hoje - Comentou cabisbaixo enquanto mexia em seu celular - Já tentei procurar algo aqui, mas realmente parece não ter nada. 
Renato: Pois é, também não encontrei nenhuma festinha - Disse em seguida, também com o olhar em seu celular. Ri ao observá-los daquele modo, tão focados em seus celulares. E pior que eram os três, aquilo estava realmente virando um vício - É melhor deixarmos para amanhã, porque hoje não vai ter mais nada.
Miguel: E mesmo se tivesse algo hoje eu não iria... Amanhã cedo vou sair com a Tereza. 
Renato: Como sempre, não é? - Bufou, arrancando algumas risadas - Você esqueceu dos amigos, só sai com ela agora.
Bernardo: Ih rapaz, olha o ataque de ciúmes - Comentei risonho e ouvi no segundo seguinte a campainha tocar - Ué, quem será uma hora dessas? - Perguntei confuso enquanto encarava meus amigos, esses que tinham as expressões parecidas com a minha. Respirei fundo, levantei rapidamente e segui até a porta. Posso jurar que minha primeira expressão ao ver aquele rosto foi de tamanho espanto e surpresa - Charles? O que você quer?
Charles: Preciso muito conversar com você, Bernardo. É sobre a Monalisa... - Lhe interrompi no mesmo instante.
Bernardo: A Monalisa é passado... Já pode ir - Comentei apressado enquanto tentava fechar a porta. Ele segurou firme a mesma e me encarou sério. 
Charles: Liguei para diversas pessoas para conseguir o endereço da república. E agora que estou aqui, só vou embora te levando junto - Disse ainda sério, me surpreendendo um pouco - A Monalisa está precisando de você.

Meu mundo pareceu parar quando ouvi meu velho amigo comentando sobre a Monalisa. Confesso que de início não consegui acreditar em absolutamente nada que o Charles dizia, mas depois ele foi me convencendo com suas palavras de que a Mona havia feito o que fez para proteger a mim e aos meninos. Fiquei em êxtase, pois agora sabia o verdadeiro motivo para ela ter me tratado de forma tão fria e indiferente na noite que me deixou. E pude sentir meu corpo, minha mente, e principalmente meu coração, um tanto mais relaxados por saber que ela ainda me amava. Minhas forças pareciam ter voltado com aquela revelação e eu podia me sentir novamente bem comigo mesmo. Porém, toda a sensação de relaxamento e bem-estar foi embora ao perceber que a Monalisa corria riscos e que estava em perigo. Senti meu corpo todo retrair em raiva ao ouvir do Charles a forma como a minha namorada estava sendo tratada. Ela parecia estar vivendo todo o pesadelo de anos atrás, e isso era doloroso para mim assim como devia estar sendo para ela. Tratei de me levantar no mesmo instante para agir e tirá-la daquele lugar, mas fui interrompido pelo meu velho amigo. Ele então passou a contar os últimos relatos feitos pela Monalisa daqueles dias, e surpreendeu, tanto a mim quanto aos meus amigos, ao contar sobre a maneira chocante e traumatizante que o Aleff havia morrido. Senti meu corpo retrair ainda mais, não apenas pela raiva que aumentava, mas também pelo medo. Meus olhos arderam ao imaginar a Monalisa naquele lugar, sendo tratada de forma cruel e observando cenas tão fortes como a que o Charles acabara de contar. Eu precisava tirá-la daquele lugar, precisava salvá-la o quanto antes. 

Bernardo: Me passa o endereço dessa casa agora - Pedi apressado enquanto me levantava do sofá em um pulo - Preciso tirar a Monalisa de lá o mais rápido possível. 
Charles: Sim, precisamos tirá-la rápido de lá. Mas não podemos arriscar tanto - Comentou enquanto também levantava - Temos que ter um plano em mente para agir da forma certa. 
Miguel: O Charles tem razão - Concordou, pegando em seguida um papel juntamente com uma caneta do armário pequeno ao lado - Temos que montar uma estratégia e a polícia tem que estar presente.