Fanfic: Era só pra ficar | Tema: Era só pra ficar

Acordei um tanto tarde na manhã do sábado. Assim que desci para comer algo, avistei o Matheus e o Bruno conversando.

Luiza: Bom dia, coisas lindas. 
Matheus: Acordou de bom humor? Isso é um milagre!
Luiza: Não é para tanto - Mostrei a língua e logo comecei a preparar minha comida.
Bruno: Deve ter sonhado comigo, por isso que acordou toda feliz - Eu ri. 
Luiza: Coitado - Me sentei ao seu lado e antes de começar a comer, voltei a falar - Não seria nem sonho caso você estivesse, seria pesadelo, isso sim.

Bruno: Está vendo como a sua irmã me trata? 
Matheus: Pode ter certeza, comigo é bem pior - Sorri e comecei a comer - Mas isso só mostra que ela nos ama muito. 
Luiza: Ou não.
Matheus: Ou sim. Nunca ouviu falar que a gente só implica com quem a gente ama?
Bruno: Nossa, então a sua irmã deve me amar muito, viu? Porque do jeito que ela implica comigo... - Lhe interrompi.
Luiza: Só implico porque você é muito chato! Nem tem nada haver com essa de amar não - Eles riram e eu ignorei.

Acabei de comer e fui lavar os pratos, o Bruno me ajudou. Já o Math disparou para a rua e disse que só voltava a noite. Preparamos um almoço rápido e depois seguimos para a sala.

Bruno: O que vamos fazer agora? - Perguntou enquanto sentava no sofá. Sentei ao seu lado e lhe encarei. 
Luiza: Estudar, que tal? - Ele fez careta.
Bruno: Tem coisa melhor para fazer, não acha? - E então me abraçou de lado e aproximou o rosto. Já íamos nos beijar quando a campainha tocou. Me afastei rapidamente e fui ver quem era. Era o Felipe.
Felipe: Oi minha linda - Deu um sorriso safado. O Bruno deve ter ouvido sua voz, pois se aproximou e parou ao meu lado. O Felipe revirou os olhos ao lhe ver.
Bruno: O que você quer? - Ele ignorou e me olhou. 
Felipe: O Matheus está?
Luiza: Não. 
Felipe: Hm. E posso esperar por ele aí na sua casa? - Eu ia responder, mas o Bruno acabou respondendo.

Bruno: Não. Ele vai chegar tarde, muito tarde. E suponho que você não vai querer segurar vela por todo esse tempo, né? - Ele revirou os olhos novamente.
Felipe: Ok, mais tarde eu venho então - Avisou e logo partiu. 
Luiza: Nossa... Que simpatia, hein? - Eu ri enquanto fechava a porta e voltava com o Bruno para o sofá. 
Bruno: Tem que ser assim, Lú - Comentou, já me puxando.
Luiza: Ciumento - Ele deu um sorriso sem graça e eu lhe dei um selinho. 
Bruno: Vamos passar o dia todo sozinhos nessa casa - Ele mordeu meu lábio e deu um sorriso safado - Tem coisa melhor? 
Luiza: Tem sim - Ele ignorou e me beijou. 

Ficamos um bom tempo assim até que o celular dele nos interrompeu. Paramos com um selinho demorado e logo ele atendeu.

Bruno: Alô? - Segundos depois ele voltou a falar - Como assim? Quando ela vem? - Depois de uma longa pausa, ele falou: - Tudo bem então - Ele desligou e me encarou.
Luiza: O que aconteceu?
Bruno: Eu vou voltar pra casa - Antes de perguntar por quê, ele continuou: - Parece que meu pai "emprestou" a casa ao meu tio, alguma coisa assim.
Luiza: Ah, vai morar com seu tio?
Bruno: Bom, pelo que eu entendi, não é o meu tio que vem, é a minha prima. Então, acho que vou morar com ela sim. 
Luiza: Prima? Que prima?
Bruno: Uma aí, Bianca. Você não sabe nem quem é, então nem vou falar - Fiz bico. 
Luiza: Por que ela vem morar aqui?
Bruno: Não sei direito. Meu pai me contou a parada por alto. Hoje eu vou me encontrar com ele e aí vejo isso. 
Luiza: Hm... Quantos anos ela tem?
Bruno: Sei lá, deve ter a minha idade.

Luiza: Hm - Fiquei calada.
Bruno: Ela é uma gatinha - Lhe encarei enquanto fechava a cara. Ele riu - Não precisa ficar com ciúmes, Lú - Ignorei.
Luiza: Você tem mesmo que ir morar com ela?
Bruno: Não sei - Eu ia falar, mas ele continuou - Mas estou pensando seriamente em ir. Aqui estou sendo muito maltratado.
Luiza: Maltratado? Poxa - Desviei o olhar.
Bruno: Boba - Ele me abraçou de lado - Mas, falando sério agora, nem tem mais nenhum motivo pra ficar aqui. Eu só ia passar uns tempos porque estava sem onde morar. E agora é diferente, né? Posso voltar para a minha casa.
Luiza: Não - Falei rápido demais e um pouco alto, lhe provocando sorriso bobo.
Bruno: Por que não?
Luiza: Ora, porque você não pode morar sozinho com uma mulher.
Bruno: Claro que posso! Não vejo nenhum problema nisso.

Luiza: Mas eu vejo. 
Bruno: Qual?
Luiza: Ora... - Parei e fiquei pensando no que falar. 
Bruno: Não tem problema nenhum, Lú. E você nem pode falar, mora sozinha com um homem.
Luiza: Mas é diferente, ele é meu irmão. 
Bruno: E ela é minha prima.
Luiza: Então... Existem riscos dos primos se agarrarem, já com os irmãos não, isso não acontece - Ele riu.
Bruno: Está pensando que eu vou agarrar a minha prima? É esse seu medo? - Ele ria cada vez mais. Fiquei totalmente sem graça.
Luiza: Vai que bate a carência e... - Ele me interrompeu. 
Bruno: Só vai bater a carência se você não cuidar bem de mim - Dei um sorrisinho sem jeito e desviei o olhar.

Luiza: Mas vai que ela te ataque no meio da madrugada e tal? 
Bruno: Lú, para. Não vai acontecer nada disso - Ele ria.
Luiza: Ninguém sabe, né? - Ele ficou calado, apenas aos risos - Hm... Ela tem namorado? 
Bruno: Não sei - Fiquei um momento calada e depois voltei a falar. 
Luiza: De que horas você vai falar com seu pai?
Bruno: Não sei. Por que você está tão preocupada com isso, hein? - Perguntou enquanto passava a mão no meu rosto. 
Luiza: Nada poxa - Respondi sem graça. O vi segurar o riso e revirei os olhos.
Bruno: Vamos esquecer isso, tá? Vamos aproveitar esse sabadão que é melhor!
Luiza: É, é melhor mesmo. 
Bruno: Então, o que vamos fazer?