Fanfic: Era só pra ficar | Tema: Era só pra ficar

Acabei voltando para a sala ao terminar de preparar a janta. O Felipe não estava mais lá, o que me causou certa estranheza. Fui no banheiro e no quarto do Matheus, e não o encontrei. Fui dar uma olhada no meu quarto, e lá estava ele, vidrado nas minhas fotografias.

Luiza: Posso saber o que você está fazendo aqui?
Felipe: Opa - Ele se virou assustado e me encarou - Eu ia no banheiro, mas acabei entrando na porta errada - Sorriu sem jeito e mudou de assunto - Gostei das suas fotos, estão lindas. 
Luiza: Hm, obrigada - Falei sem jeito - Acho melhor você esperar lá na sala.
Felipe: Tudo bem - Ele colocou as fotografias do lado e veio na minha direção. Assim que abri a porta, avistamos o Bruno. 
Bruno: O que esse cara está fazendo aqui?
Luiza: Ele... - Fiquei sem palavras.
Felipe: Vim esperar o Matheus. 
Bruno: E precisava esperar aqui no quarto da Luiza?
Felipe: Bom, ela me convidou. E eu não ia perder essa oportunidade, né? - O Bruno me olhou com uma expressão raivosa, me fazendo revirar os olhos - Brincadeira, cara. Eu estava procurando o banheiro e sem querer vim parar aqui. 
Bruno: Nossa. Que desculpa, hein? - Ele riu. 
Luiza: É a verdade, Bruno - Ficou calado, apenas me olhando.
Felipe: Opa, vou esperar na sala - Ele se afastou e seguiu para a sala.

Eu e o Bruno ficamos nos encarando por um momento em pleno silêncio. 

Luiza: Não vai dizer nada?
Bruno: Acho que você que tem que me dizer algo, né?
Luiza: Não, não. Nem aconteceu nada. 
Bruno: E por que você ficou toda perdida quando eu perguntei o que ele estava fazendo aqui?
Luiza: Eu não fiquei perdida, só fiquei surpresa, não esperava te encontrar bem nessa hora. 
Bruno: Bem nessa hora?
Luiza: É. Na hora que estavámos saindo do quarto. Você ia entender tudo errado. Ou melhor, está entendendo tudo errado! - Ele ficou calado - Você não confia em mim?
Bruno: Em você eu confio. Mas não confio nesse cara - Ele revirou os olhos - Ele tentou alguma coisa? - Assenti.
Luiza: Me agarrou e tentou me beijar - Respondi sem graça. 
Bruno: Hm... E você?

Luiza: E eu o quê?
Bruno: O que você fez?
Luiza: Ora, eu pedi para ele me soltar - Ele ficou me olhando em silêncio. Resolvi mudar de assunto - Então, falou com o seu pai?
Bruno: Falei. Ele meio que vendeu a casa para o meu tio e agora minha prima vai morar lá - Eu ia falar, mas ele continuou - Ela vem estudar aqui.
Luiza: Hm. E você vai morar com ela? - Perguntei apreensiva.
Bruno: Acho que sim. Vai ser melhor.
Luiza: Como assim vai ser melhor?
Bruno: Ora, vai ser melhor porque não vou mais dar trabalho para vocês aqui, nem... - Lhe interrompi. 
Luiza: Você nem dá trabalho. 
Bruno: Ai, Luiza... - Lhe interrompi novamente.
Luiza: É melhor você dizer logo que quer sair daqui e ir morar com a sua priminha. Simples - Ele riu.

Bruno: Então. Amanhã eu volto pra casa.
Luiza: Hm, tá bom então - Desviei o olhar e me virei para o quarto. Entrei e quando ia fechar a porta, fui impedida pelo Bruno. 
Bruno: O que foi?
Luiza: Nada - Falei baixo. Ele me puxou e me abraçou forte. Depois de um tempo abraçados, voltou a falar - Fica aqui comigo. 
Bruno: Eu estou aqui com você, meu amor - Me afastei um pouco e lhe olhei.
Luiza: Fica aqui em casa. Não vai embora, por favor - Pedi sem graça e o vi abrir um sorriso lindo.
Bruno: Gostou da minha presença na sua casa, né? Eu sei.
Luiza: Bobo - Segurei sua mão e apertei - Você vai ficar?
Bruno: Vou - Sorri e lhe abracei forte. Ele me apertou e me suspendeu no ar. 
Luiza: Eu te amo tanto. 
Bruno: Eu também, meu amor - Ele me soltou e olhou nos meus olhos - Cada vez mais me apaixono por você - Sorri sem graça e então ele me deu um selinho.

Luiza: Então - Desviei o olhar - Vamos jantar?
Bruno: Caramba, eu me declaro pra você, e você fala isso? - Ele riu. 
Luiza: Bobo, você quer que eu fale o quê?
Bruno: Quero que você se declare para mim também. 
Luiza: Ah, poxa - Falei sem jeito.
Bruno: Tem vergonha? - Ele ria. Senti meu rosto esquentar.
Luiza: Tenho - Desviei o olhar novamente um tanto envergonhada.
Bruno: Boba... Não precisa ficar assim - Ignorei.
Luiza: Tá, vamos jantar - Lhe puxei, mas ele não veio. Me virei pra ele e o encarei.

Ele não falou nada, apenas se aproximou, me abraçou e me beijou logo em seguida. O beijo foi calmo e não demorou muito. Me separei dele com um selinho e sorri. 

Bruno: Agora sim, vamos jantar! - Falou, já me puxando.

Passamos pela sala e o Matheus já havia chegado, e estava agora conversando com o Felipe. Seguimos para a cozinha e jantamos em silêncio. Ao acabar lavamos os pratos e subimos para o meu quarto. 

Luiza: Então... O que vamos fazer agora? 
Bruno: Ora, tem tanta coisa pra fazer - Respondeu enquanto sentava ao meu lado na cama. 
Luiza: Tipo o quê? - Lhe encarei e o vi dar um sorriso safado - Ih, nem quero mais saber - Ele riu. 
Bruno: Boba. Vamos dar uma volta na praça?
Luiza: Ótimo, vamos sim! - Ele sorriu - Espera, deixa só eu me trocar - Falei equanto me levantava. Ele me puxou de volta pra cama e me abraçou por trás.
Bruno: Nem precisa, você está linda assim. Aliás, você fica linda de todo jeito - Senti meu rosto esquentar. 
Luiza: Você deu pra me deixar sem graça agora, né? - Ele riu e me virou pra ele.
Bruno: Desculpa - Passou a mão em meu rosto - Adoro te deixar assim, toda vermelhinha - Eu ri.
Luiza: Ok, chega de papo, né? Vamos? - Ele apenas assentiu e então nos levantamos empolgados para o passeio.