Fanfic: Era só pra ficar | Tema: Era só pra ficar

Passamos o caminho todo conversando. Assim que chegamos, demos uma volta na praça e logo sentamos em um banquinho.

Luiza: Quando a sua prima vem?
Bruno: Caramba, você não esquece mais da minha prima, né? - Ele riu - Estou até estranhando isso.
Luiza: É besta demais mesmo - Comentei enquanto ria e revirava os olhos.
Bruno: Boba - Ele me abraçou de lado - Acho que ela vem segunda.
Luiza: Hm... E ela vai estudar onde? No nosso colégio?
Bruno: Não, não! Ela já acabou. Parece que vai fazer um cursinho e tal.
Luiza: Hm. Ela é inteligente? - Ele riu.
Bruno: Ih, você está muito interessada na minha prima. 
Luiza: Não é isso, é que... - Me interrompeu.
Bruno: É que o quê? Confesso que estou doidinho para saber - Ele ria.

Luiza: Ah Bruno, deixa pra lá - Desviei o olhar pra frente e fiquei observando um casal que sentava ali perto. Suas expressões eram sérias e eles pareciam discutir. 
Bruno: Para de olhar a vida dos outros - Beijou o meu pescoço, me fazendo arrepiar. Ele pareceu sorrir e continuou beijando.
Luiza: Para, Bruno - Pedi, já fechando os olhos. Ele passou a boca pelo meu pescoço e subiu para a orelha, onde deu uma leve mordida. Enquanto isso, suas mãos passeavam entre meus cabelos e minhas costas. Abri os olhos rapidamente, me afastei e lhe encarei- Chato - Ele riu alto, parecia se divertir com aquilo.
Bruno: Todos os seus pontos fracos: pescoço, orelha, cabelo e costas. 
Luiza: Nossa, não sabia que você me conhecia tanto assim - Mostrei um sorriso sem jeito e então o vi se aproximar. 
Bruno: Te conheço muito mais do que você imagina - Me inclinei e aproximei também, deixando meu rosto a centímentros do seu.
Luiza: Duvido - Quase sussurrei e o vi sorrir. Me afastei e voltei a sentar normalmente.
Bruno: Não duvide - Me virei pra ele - Sei até o que você está pensando agora - Eu ri.

Luiza: Duvido - Repeti. 
Bruno: Sei sim - Agora foi a sua vez de se aproximar e deixar o rosto perto do meu - Você está doidinha pra me beijar, mas está evitando que isso aconteça - Tentei desviar os olhos, mas os seus prenderam os meus - Do que você tem medo?
Luiza: De nada - Respondi sem graça.
Bruno: Resposta errada, Lú. Você tem medo sim, tem medo de ser feliz. Tem medo que eu te faça feliz. Tem medo desses momentos que só nos trazem alegria - Ele sorriu - Ou seja, tem medo de tudo que diga respeito a sua felicidade.
Luiza: Não é isso - Consegui por fim desviar o olhar.
Bruno: E o que é então?
Luiza: Nada - Olhei pra frente e logo senti um beijo no meu rosto. 
Bruno: Deixa eu te fazer feliz. 
Luiza: Você já me faz feliz. 
Bruno: Você não entendeu - Ele virou o meu rosto pra ele e me encarou - Eu quero que você se liberte, quero que você se abra para o amor, para esse nosso amor. Quero te fazer feliz como a minha namorada e futura esposa - Eu ri. 
Luiza: É... Até que tinha uma desconfiança de que você era afeminado mesmo - Ele fechou a cara e olhou para frente.

Bruno: Valeu Luiza. Falo mais nada - Eu ri mais ainda e o vi revirar os olhos.
Luiza: Bobo - Ele ficou calado e com o olhar fixo na sua frente - Olha pra mim - Ele não olhou, passou as mãos nos olhos e abaixou a cabeça. Senti um aperto no peito e levantei sua cabeça - Você está chorando? - Ele me olhou e pude ver seus olhos cheios de água. Lhe abracei forte - Por que você tá chorando?
Bruno: Nada - Lhe apertei - É só que... Eu amo uma garota que também diz que me ama, mas não parece, ela só me esnoba, cara - Ele soltou um suspiro pesado e continuou - Eu não aguento isso. 
Luiza: Bobo. Ela te esnoba porque gosta de te ver com a expressão irritada - Eu ri e o senti me apertar - E pode ter certeza, ela te ama sim, te ama mais que tudo. Ela tem esse jeito marrento e mostra ser durona, mas no fundo é caidinha, doidinha por você - Ele me olhou e sorriu. Retribui o sorriso - Sabe o que ela mais quer? - Sua expressão logo encheu-se de expectativa - Ela quer viver esse amor. Quer te fazer feliz e ser feliz, sem se importar com mais nada.

Ele não respondeu, ficou apenas me olhando com um sorriso bobo. Sorri sem graça e me aproximei um pouco. Ele fez o mesmo e segurou meu rosto delicadamente.

Bruno: Você é tudo pra mim - Ele acariciou meu rosto, enquanto olhava meus olhos. Sorri.

O Bruno então aproximou mais o rosto do meu enquanto fechava os olhos lentamente. Fiz o mesmo. Logo pude sentir seus lábios brincando com os meus e logo depois o beijo foi iniciado com leveza. Ao longo dos segundos o beijo foi se tornando mais intenso. Depois de quase perder o fôlego, paramos com um selinho, mas não nos afastamos. Nossos rostos ainda estavam próximos, sua testa estava encostada na minha e seus lábios quase tocavam os meus.

Bruno: Quer namorar comigo? - Perguntou aos sussurros enquanto acariciava meu rosto.
Luiza: Quero - Respondi com um sorriso bobo. Ele sorriu e me deu um selinho. 
Bruno: Espero que esse nosso namoro não seja como o outro que só durou alguns minutos - Ele riu enquanto afastava um pouco, me fazendo rir junto com a lembrança. 
Luiza: É mesmo - Disse aos risos - Esse vai ser diferente, é. 
Bruno: Com certeza. Aquele era de mentira, por isso que não deu certo. Mas esse é diferente, é de verdade - Me encheu de selinhos, o que segundos depois acabou transformando-se num beijo. 

Depois de tanto nos beijar e namorar, resolvemos voltar para casa, afinal, já estava bem tarde. Pudemos notar assim que chegamos que não havia ninguém. Tomei um banho, coloquei meu pijama e fui no quarto do Math ver o que o Bruno estava fazendo. Ao abrir a porta, o vi apenas de cueca. Ele me encarou e eu sorri envergonhada.

Luiza: Opa, volto outra hora - Ele riu e veio em minha direção.
Bruno: Pode entrar, Lú - Me puxou e fechou a porta.

Me sentei na cama do Math e fiquei olhando para o lado enquanto ele trocava de roupa. Segundos depois pude lhe sentir me abraçar. Saímos da cama do Math e fomos para o seu colchão. Nos deitamos de conchinha e ficamos conversando até tarde.

Bruno: Você bem que poderia dormir aqui comigo, né? 
Luiza: Não, não. O Math acabaria com você - Mostrei um sorriso.
Bruno: É mesmo - Falou desanimado.

Luiza: Falando no Math, ele já deve estar chegando, né? - Comentei enquanto me virava pra ele - Acho melhor eu ir para o meu quarto. 
Bruno: Ah não, Luiza. Fica aqui comigo.
Luiza: Tenho que ir, meu amor - Lhe dei um selinho - E também já estou morrendo de sono - Ele fez bico - E você também, né? - Logo ele negou com a cabeça.
Bruno: Fica mais pouco.
Luiza: Amanhã eu fico o dia todinho com você, tá? - Lhe dei um selinho demorado e me levantei. Ele ficou me olhando com uma expressão tristonha - Dorme bem e sonha comigo - Mandei beijo e ele riu. 
Bruno: Feiosa, eu te amo.
Luiza: Eu também - Sorri e logo segui para o meu quarto. 

Os pensamentos daquela noite maravilhosa logo invadiram minha mente quando deitei na cama, o que me arrancou ainda longos sorrisos antes de finalmente conseguir dormir.