Fanfic: Era só pra ficar | Tema: Era só pra ficar

A terça-feira logo chegou. O dia foi bastante tranquilo, bom, pelo menos no horário da manhã. No fim da tarde, depois de termos estudado bastante, alguém resolveu atrapalhar ao ligar para o celular do Bruno. 

Bruno: Oi Bia - Revirei os olhos - Para quê? - Pperguntou depois de um tempo - Nem vai dar, tenho que estudar... Chama o Matheus ou o Felipe pra te fazer companhia - Ele sorriu e me olhou. Segundos depois voltou a falar - Depois a gente se fala, tchau. 
Luiza: Ah, então quer dizer que a priminha queria que você a fizesse companhia? - Ele assentiu - Coitada, ela que espere, rum - Desviei o olhar para o livro, esse que logo foi tirado de perto de mim. 

Bruno: Chega de estudar, né? Vamos namorar um pouquinho - Sorriu enquanto já me puxava para o seu colo. Sorri sem graça e lhe abracei. 
Luiza: Essa sua prima não tem jeito, viu? Ficou com o Math e ainda continua correndo atrás de você... 
Bruno: Fazer o que se eu sou  irresistível, né? Todas correm atrás de mim - Comentou aos risos.
Luiza: Ih, que convencido. Até parece que é assim - Eu ri também. 
Bruno: É verdade poxa, as meninas são tudo caidinhas por mim.
Luiza: Iludido - Segurei o riso e fiz bico.
Bruno: Precisa ficar com ciúmes não, meu amor - Beijou meu bico com leveza - Sou somente seu. 
Luiza: É mesmo. E não divido com ninguém, muito menos com essa sua priminha - Ele riu. 
Bruno: Boba - Me apertou firme em seus braços e logo aproximou seu rosto - Eu te amo muito - Sussurrou enquanto passava os lábios nos meus. Sorri e lhe beijei.

Ficamos nos beijando e namorando por um longo tempo. Depois resolvemos preparar a janta. Tomamos banho e jantamos. Já íamos para sala quando o Math apareceu na cozinha com a Bianca. 

Bianca: Boa noite - Ela beijou o rosto do primo e me deu um sorriso forçado. 
Matheus: Então gente, trouxe a Bia para cá pra ela não ficar sozinha lá na casa - Revirei os olhos - Bom, vou lá tomar banho. Já venho - Ele piscou pra Bianca e partiu. 
Bianca: Então... Qual era o assunto? - Perguntou enquanto olhava o Bruno fixamente.
Bruno: Nenhum - Ele sorriu sem graça.
Bianca: Não tem problema, a gente arruma - Ela piscou e se aproximou do primo, o abraçando - Você nem foi me fazer companhia, priminho - Falou manhosa - Fiquei tristinha. 
Bruno: Eu estava estudando - Comentou, afastando-se um pouco. 
Luiza: Pra falar a verdade ele estava comigo, sabe? - Comentei, já me aproximando do Bruno - E aí ele não iria me deixar pra te fazer companhia... - Eu ia continuar, mas ela me interrompeu. 
Bianca: Péssima escolha, priminho. Acho que eu sou uma companhia bem melhor do que essa sua namoradinha aí.

Luiza: Haha, acho que não, hein? Tanto é que ele preferiu ficar aqui comigo do que ir te fazer companhia - Sorri. Ela revirou os olhos e ficou calada - Ué, se calou por quê? Aguenta não, né?
Bruno: Lú, para com isso, deixa de coisa.
Luiza: Ela que começou - Comentei raivosa.
Bianca: Não comecei nada.
Luiza: Começou sim, e não aguentou a pressão - Eu ri. A Bianca ia falar, mas o Bruno a interrompeu.
Bruno: Parem, vocês estão agindo como duas crianças - Lhe olhei feio - Estou mentindo? 
Bianca: Relaxe, priminho. Por mim, eu nem dirijo mais a palavra a essa aí - Ela revirou os olhos. 
Luiza: Bom mesmo - Me virei e saí da cozinha, os deixando a sós. Ainda pude ouvir o Bruno me pedir para esperar, mas logo em seguida a Bianca falou algo que não deu para escutar muito bem.

Segui para o meu quarto e bati com a porta. Depois de trancar a mesma ouvi alguém bater naquela madeira pelo outro lado.  

Bruno: Luiza, abre aqui - Gritou enquanto girava a maçaneta em vão. Fiquei calada - Me deixa entrar, sério - Dessa vez ele falou com a voz um pouco mais baixa. Continuei em silêncio - Vai ficar com raiva por causa dessa besteira? - Me levantei, abri a porta e o encarei. 
Luiza: Você ficou do lado da sua prima e ainda me chamou de criança - Ele revirou os olhos.
Bruno: E você acha que está agindo como? Como uma adulta? - Eu ia falar, mas ele me interrompeu - Não tinha para quê fazer aquela cena.

Luiza: Realmente. Deveria ter guardado meus ciúmes para mim mesma - Falei enquanto fechava a porta. Ele empurrou a mesma e se encostou, me impedindo de fechá-la. 
Bruno: Para com essa besteira.
Luiza: Pode ser besteira para você, mas para mim não é, ok? Do mesmo jeito que você não gosta de ver o Felipe dando em cima de mim, eu também não gosto de ver essa sua prima dando em cima de você - Ele ficou calado - E por favor, me dê licença, eu tenho que estudar. 
Bruno: Ok, vou estudar com você. 
Luiza: Quero estudar sozinha.
Bruno: Ah não, só por causa daquilo você ficou assim? Está vendo, Luiza? Tá vendo como você é infantil?

Luiza: É o meu jeito. Se você não gostar, problema seu, não estou aqui pra agradar ninguém - Falei zangada, lhe arracando risadas. 
Bruno: Parou, ok? - Me puxou e logo me abraçou - Você não é assim, Lú - Fechei os olhos e retribui o abraço. 
Luiza: Odeio sentir ciúmes, odeio - Ele passou a mão nos meus cabelos e se afastou um pouco, me olhando nos olhos. 
Bruno: Você sabe que não precisa se preocupar com isso, né?
Luiza: Não tem como - Ele sorriu e acariciou o meu rosto - E eu não sou infantil, ok?
Bruno: É sim, quando está com ciúmes - Me deu um selinho - Você se transforma - Ele riu e eu revirei os olhos. 
Luiza: Você não pode nem falar.
Bruno: Eu não fico assim. Eu me controlo. 
Luiza: Eu também me controlo. Se fosse outra já tinha dado uns tapas nessa sua priminha - Falei, trincando os dentes. Ele riu ainda mais e me puxou. Quando já íamos nos beijar, o Matheus apareceu. 
Matheus: Ei, cadê a Bianca?

Bruno: Ué, ela não está na sala?
Matheus: Não, nem na sala, nem na cozinha, nem em lugar nenhum. 
Luiza: Deve ter ido pra casa então. 
Bruno: Mas ela nem sabe o caminho - Ele me soltou - E já está tarde, ela não podia ter ido sozinha - Disse virando-se - Vou lá atrás dela.
Luiza: Não, Bruno - Ele me olhou. 
Bruno: É minha prima, Luiza. Tenho que ir.
Luiza: Não precisa ir. O Math vai, né? - Falei, lhe olhando. O Bruno ignorou e partiu - Droga.
Matheus: Ciúmes? - Ele riu. 
Luiza: Por que você não foi atrás dela? Você quem tinha que ir e não ele - Entrei no quarto e fechei a porta com força antes mesmo dele responder.

Sentei na cama e fiquei pensando em várias coisas que poderiam acontecer com o Bruno e a Bianca sozinhos. "Será que ele ia resistir? E se ele me traísse?" Balancei a cabeça, afastando esse e todos os outros pensamentos. Tentei destrair um pouco no computador, mas estava difícil. Me levantei e segui para a sala, onde acabei encontrando o Felipe. 

Felipe: Boa noite, meu amor - Mostrou um sorriso safado.
Luiza: Boa - Respondi sem graça - Cadê o meu irmão?
Felipe: Foi ali na esquina - Ele se aproximou - E o seu namoradinho? Saiu, né?
Luiza: É, mas ele já deve estar chegando.
Felipe: Nossa, se eu fosse ele não te deixaria sozinha nem por um minuto - Falou, me puxando pra ele. Tentei me afastar, mas ele me prendeu em seus braços e alargou o sorriso. 
Luiza: Dá para me soltar? - Ele apenas negou com a cabeça enquanto me arrastava até a parede e me encostava na mesma - Sai daqui... Agora - Ele ignorou, beijou o meu pescoço e logo passou a morder de leve, me fazendo arrepiar. Tentei lhe empurrar, mas foi em vão - Me solta, eu vou gritar - Ele parou e me olhou.

Felipe: Se você fizer isso vai ser pior. 
Luiza: Me solte, agora! - Pedi firme. Ele riu e aproximou o rosto, logo virei o meu. 
Felipe: Seja uma garotinha boa, Lú. Não vou fazer nada demais com você - Ele ria enquanto passava os lábios no meu rosto. Já ia falar quando ouvimos a porta abrir. Olhamos para a mesma e logo avistamos o Bruno.
Bruno: O que é isso aqui?
Luiza: Esse cara aqui que quer me agarrar - Tentei lhe empurrar e dessa vez ele não me prendeu. Me afastei rapidamente e segui para perto do Bruno.
Felipe: Mentir é feio, hein Lú? - Ele riu - Pode confessar que... - Lhe interrompi.
Luiza: Não é mentira, ok? Você sabe muito bem disso - Ele ignorou e seguiu em direção a porta.

Felipe: Quando precisar de mim de novo é só ligar meu amor, você sabe o meu número - Piscou e então encarou o Bruno, esse que impedia a passagem - Com licença, corninho.

O Bruno não respondeu nada, apenas lhe deu um soco no meio da cara, e deve ter sido muito forte, pois o Felipe ficou tonto e cambaleou para trás. O Bruno foi para cima e lhe deu mais um, logo o Felipe caiu.

Bruno: Isso é pra você aprender a não mexer com a namorada dos outros - Gritou furioso.
Felipe: Você me paga - Tentou se levantar. Nesse momento o Math apareceu. 
Matheus: Ei, o que houve aqui?
Bruno: Pergunta pra sua irmã - Falou furioso e saiu em direção ao quarto. Tentei lhe seguir, mas o Math puxou meu braço.
Matheus: O que aconteceu?
Luiza: Esse seu amiguinho aí estava tentando me agarrar - Quase gritei. O Math olhou para o Felipe com cara de poucos amigos.
Matheus: Isso é verdade? - Ignorei, me soltei e fui atrás do Bruno.

Assim que cheguei no quarto pude ver o Bruno colocando uma mala sobre a cama. Revirei os olhos e me aproximei. 

Luiza: Quer dizer que você vai embora? - Ele não respondeu, pegou suas roupas e jogou dentro da mala. Entrei na sua frente e lhe encarei - Você acha mesmo que eu iria te trair? - Ele finalmente me olhou. 
Bruno: Vocês estavam quase se beijando. 
Luiza: Ele estava tentando me beijar, mas eu não queria. Eu estava lhe afastando, mas... - Me interrompeu.
Bruno: Tem certeza que você não queria? - Revirei os olhos novamente. 
Luiza: Não. Não queria. Prefiro mil vezes o seu beijo do que o beijo de qualquer outra pessoa - Falei lhe abraçando. Ele ficou paralisado - Chato. 
Bruno: Chata é você, rum - Disse com a expressão fechada - Quase me traiu.

Luiza: Você bem que estava merecendo - Ele franziu a testa - Foi lá atrás da sua priminha e me abandonou aqui. Era pra eu ter dado o troco.
Bruno: Primeiro, eu tinha que ir atrás dela. né? Vai que ela fosse assaltada ou coisa do tipo? - Revirei os olhos - Segundo, não te abandonei, só te deixei por alguns minutos. E terceiro, se você desse o troco, eu... - Lhe interrompi.
Luiza: Shiu - Lhe dei um selinho - Vamos esquecer isso - Ele me olhou sério. 
Bruno: Quero você bem longe desse Felipe, ouviu? - Segurei o riso e assenti. Nesse mesmo instante o Math apareceu no quarto. 
Matheus: Ué, vai embora? - Perguntou com o olhar na mala.
Bruno: Não mais - Falou sem graça. Sorri e sua expressão voltou a ficar séria - Cadê aquele cara? Ainda está aí?
Matheus: Já foi e acho meio difícil ele voltar. 
Luiza: O que você fez, hein Math?

Matheus: Nada que ele não merecesse. Ele pensa que é quem pra mexer com a minha irmã assim? - Indagou bravo, me arracando uma risada baixa. 
Luiza: Que amor esse meu irmão - Ele revirou os olhos.
Bruno: Ei, eu também sou um amor. ok? - Ele me abraçou e beijou meu pescoço. Me arrepiei e sorri.
Luiza: Ah claro, você é o meu amor - Lhe dei um selinho - Só meu.
Matheus: Melação aqui não, por favor - Rimos.
Luiza: Ok, a gente sai então - Puxei o Bruno, mas ele continuou parado.
Bruno: Tenho que arrumar isso, né? - Desviou o olhar para a mala.
Luiza: Eu te ajudo - Peguei umas peças de roupa e coloquei de volta no guarda-roupa enquanto o Bruno fazia o mesmo.
Matheus: E a Bianca? Chegou bem em casa? - Lhe encarei furiosa, fazendo-o rir.

Luiza: Tinha que lembrar dela, né? Aff.
Matheus: Estressada - Ignorei.
Bruno: Então, chegou bem sim.
Luiza: Ela tentou alguma coisa com você? - Perguntei insegura.
Matheus: Como assim? - Perguntou antes mesmo do Bruno responder - A Bianca está dando em cima de você?
Luiza: Está sim - Respondi pelo Bruno - Está dando em cima descaradamente, aquela vaca - Desviei o olhar para o Math - Até pensei que ela fosse abaixar o fogo ficando com você, mas parece que não, parece que piorou. 
Bruno: Realmente - Ele riu - Acho que seu irmão não está dando conta do recado.
Matheus: Ei caramba, aí não, hein? É que ela ainda não entrou na minha. Mas é rapidinho pra entrar. Relaxe, logo logo ela vai esquecer até que tem primo.
Luiza: Opa, essa eu quero ver - Nós rimos.

E ficamos assim, conversando até tarde. Quando o sono bateu resolvi ir dormir. 

Bruno: Dorme bem - Selou nossos lábios assim que chegamos no meu quarto. 
Luiza: Você também. E não esquece: Eu nunca vou te trair, nunca vou fazer nada que te magoe, ok? Eu te amo demais, meu amor. 
Bruno: Sei disso - Ele sorriu e me encheu de selinhos - E eu digo o mesmo - Mordeu o lábio, parecendo apreensivo.
Luiza: Quer me contar algo?
Bruno: Não tenho nada pra contar - Sorriu sem graça.
Luiza: Tem certeza? 
Bruno: Então - Ele respirou fundo - A Bianca tentou me agarrar - Fiquei calada, apenas observando sua expressão - Mas eu juro, juro que não fiz nada. Ou melhor, fiz. A afastei de perto de mim e vim logo embora.
Luiza: Eu sabia.

Bruno: Sabia o quê?
Luiza: Que ela tinha tentado algo, ora. Essa menina é uma atirada mesmo. E você ainda foi atrás.
Bruno: Mas... - Lhe interrompi.
Luiza: Mas nada. Não foi o Math que a trouxe pra cá? Então, ele que a levasse de volta - Revirei os olhos.
Bruno: Tá bom poxa. Na próxima eu não vou atrás dela, ok? - Ele me abraçou forte.
Luiza: Bom mesmo, rum - Ele me apertou enquanto ria.
Bruno: Ciumenta - Ignorei e me afastei um pouco. 
Luiza: É melhor você ir antes que o Math venha aqui te buscar - Ele riu e me deu um último selinho. Se virou e então partiu para seu quarto.