Fanfic: Era só pra ficar | Tema: Era só pra ficar

Juntamente com a quinta-feira, enfrentamos mais um dia de estudos. Foi tudo tranquilo nas aulas, e durante uma delas, o professor resolveu passar um trabalho em dupla, e o Fernando logo me chamou para fazer com ele. Assim que tocou para o intervalo, ele veio falar comigo sobre o trabalho. Resolvemos fazer na minha casa. Assim que saí da sala dei de cara com o Bruno. 

Bruno: Estava sozinha aí com o Fernando? - Dei uma olhada na sala e percebi que não havia mais ninguém ali. 
Luiza: É, estávamos combinando sobre um trabalho - Falei, lhe puxando. Ele me acompanhou calado.

Logo compramos nossos lanches e sentamos no banquinho de sempre.

Bruno: Com tantas pessoas na sua sala, por que você foi inventar de fazer trabalho logo com ele? - Ignorei sua pergunta e continuei a comer meu sanduíche - Isso é só para me deixar com ciúmes - Lhe olhei e o vi me encarando sério.
Luiza: Não vamos começar, ok? - Ele desviou o olhar e voltou a comer seu lanche. 

Ficamos em silêncio por um bom tempo, assim que acabei de comer, ele voltou a falar.

Bruno: Vão fazer o trabalho na sua casa? 
Luiza: Sim, hoje de tarde.
Bruno: Hm, não vou nem sair de casa - Revirei os olhos.
Luiza: O professor ainda não passou esse trabalho pra sua sala?

Bruno: Não, acho que vai passar agora, depois do intervalo - Eu ia falar, mas ele me continuou - Já estou até imaginando quem vou chamar pra fazer dupla comigo - Ele riu e eu logo entendi quem seria.
Luiza: Você não é nem doido de chamar a Juliana - Ele riu mais, me provocando.
Bruno: Por que não?
Luiza: Você ainda pergunta? - Indaguei nervosa - E digo logo: Se você for mesmo fazer esse trabalho com ela, vai ser bem longe da minha casa, ouviu?
Bruno: Pode deixar, eu faço na minha antiga casa. Quem sabe a Bianca me ajuda no trabalho, né? - Lhe encarei super séria. Ele apenas riu, devia estar se divertindo com a minha expressão.
Luiza: Está pedindo pra morrer, né mocinho?
Bruno: Se quiser me matar, pode. Mas só se for me matar de amor - Ele ria enquanto me puxava mais para perto. Me afastei e fechei a cara - Ei ciumenta linda, olha pra mim - Ignorei e fiquei olhando pra frente. Ele se aproximou e virou o meu rosto pra ele - Não era pra levar a sério - Fiquei calada - Ô Lú, uma brincadeirinha as vezes não faz mal a ninguém, né?

Luiza: As suas brincadeirinhas são muito chatas, Bruno - Ele pareceu segurar o riso e eu revirei os olhos.
Bruno: Deixa de coisa e vem cá - Ele me puxou mais pra perto e me deu um selinho demorado. Tentei me afastar, mas não consegui. 
Luiza: Me promete uma coisa...
Bruno: O quê?
Luiza: Promete que não vai fazer trabalho com a... - Antes que eu terminasse, ele começou a rir. Revirei os olhos novamente e me levantei. Ele também levantou e me abraçou forte enquanto ria - Coisa chata, vou te bater - Disse raivosa enquanto tentava me afastar.
Bruno: Também te amo, amor - Me encheu de selinhos e nesse mesmo instante, ouvimos o sinal do fim do intervalo tocar. 
Luiza: Já sabe, né? - Me afastei.
Bruno: Sei de nada - Ele riu, me deu um último selinho, se virou e partiu pra sua sala.

As últimas aulas foram tranquilas e passaram bem devagar. Assim que tocou, guardei minhas coisas e saí da sala. O Bruno estava na porta me esperando.

Bruno: Não vai me bater, tá? Mas... - Revirei os olhos e comecei a andar rápido, o deixando sozinho - Ei, me espera - Ele correu atrás de mim e parou na minha frente. O encarei - Pode ficar tranquila, eu não chamei a Juliana - Ele riu, se divertindo - Só queria ver a sua reação mesmo.
Luiza: Argh, chato! - Sorri sem graça e o puxei. 

Logo depois do almoço, ouvi a campainha tocar. Levantei e fui ver quem era. Ao abrir, me deparei com um garoto de rosto familiar. Fiquei lhe observando, tentando adivinhar da onde lhe conhecia. Ele ficou sem graça com os meus olhares e sorriu tímido.

-xx-: O Bruno está? 
Luiza: Está sim - Sorri sem graça e olhei para o Bruno, esse que já estava vindo na minha direção. Ao ver o garoto na porta, ele sorriu e fez lá uns toques com o mesmo. 
Bruno: E aí cara - Ele me olhou, mas logo voltou o olhar para o tal garoto - Essa é a minha namorada, a Luiza - O Bruno sorriu, me abraçando de lado - Lú, esse é o Lucas... Ele estuda lá na minha sala.
Luiza: Estranho. Acho que nunca te vi pelo colégio - Ele sorriu.

Bruno: Ah, ele é novato. 
Lucas: É, e além disso, costumo ficar mais na sala - Falou sem jeito, coçando a nuca. 
Luiza: Ah, entendi. Prazer - Sorri - Er, pode entrar - Abri passagem e logo ele passou. Assim que fui fechar a porta, vi o Fernando se aproximando. Ao me ver, ele acelerou o passo e sorriu. 
Fernando: Nossa, não precisava ficar me esperando na porta, Lú - Disse ao chegar mais perto, me fazendo bobo. 
Luiza: Bobo. É que... - Me interrompeu. 
Fernando: Relaxe, já sei.

Logo começamos a fazer o trabalho. Fizemos no chão mesmo, pois o Bruno e o Lucas ocuparam a mesa. As vezes olhava para o Bruno e o via nos olhando. Sua expressão estava insegura, prestava atenção em todos os movimentos do Fernando. Eu apenas ria baixinho e voltava a prestar atenção no trabalho. Acabamos antes de anoitecer. O Bruno e o Lucas também. Preparei um lanche rápido para os meninos e comemos todos juntos enquanto conversávamos. 

Lucas: Tenho que ir - Falou depois de um longo tempo de conversa.
Fernando: Eu também - Olhou o relógio - Já está tarde. 
Luiza: Não querem esperar para o jantar? - Percebi o Bruno revirar os olhos e soltei uma breve risada.

Fernando: Acho melhor não - Sorriu e levantou. O Lucas fez o mesmo.
Luiza: Estão com medo da minha comida? - Eles riram. Os levei até a porta e logo os vi partir. Voltei para o sofá e sentei ao lado do Bruno, o abraçando - Olha aí, nem aconteceu nada de mais.

Bruno: Claro! Ele não era nem doido de tentar algo. 
Luiza: Ui - Eu ri, mas logo controlei o riso - Gostei do Lucas, ele é bem legal - Ele me olhou sério - Que foi? - Segurei o riso. 
Bruno: Nada - Ele ficou me olhando por um tempo e logo desviou o olhar.

Nesse mesmo instante a porta abriu, revelando logo em seguida o Matheus e a Bianca.