Fanfic: Era só pra ficar | Tema: Era só pra ficar

Assim que chegamos na sala, avistamos o Otávio e o Bruno conversavam, mas logo pararam ao notar nossa presença. O Otávio se levantou e logo seguiu na direção do Matheus. Logo eles se abraçaram e fizeram um toque estranho.

Otávio: Não mudou nada, continua o mesmo feioso de sempre - Eles riram.
Matheus: Olha quem fala - Bateu no ombro dele e perguntou malicioso - E as gatinhas? Pegando todas? 
Otávio: Ah claro, como sempre - Ele piscou - E você? Ih, não precisa nem perguntar, né? - O Math ia responder, mas eu lhe interrompi. 
Luiza: Ah Tavinho, eu não te falei? O Math não está mais pegando todas, só uma! Está apaixonadinho - Ele me encarou aos risos.

Matheus: Cala a boca, Lú. Ninguém te chamou na conversa.
Otávio: Ei, não fala assim com a minha pequena - Disse, me puxando e me abraçando de lado. 
Matheus: Você sempre defendendo a Luiza - Ele revirou os olhos e nós rimos.
Otávio: Pois é, tenho que defender, né? - Ele beijou minha bochecha e eu sorri. Desviei o olhar para o Bruno e percebi que ele me encarava. Me afastei um pouco dos meninos e fui me sentar ao seu lado. 
Bruno: Acho que eu estou sobrando aqui - Disse enquanto me olhava. Desviei o olhar para o Math e o Otávio, esses que conversam animadamente, e depois voltei o olhar para o Bruno.
Luiza: Claro que não. Estou aqui pra conversar com você.
Bruno: Mas daqui a pouco já vai esquecer de mim de novo e... - Lhe interrompi. 
Luiza: Não vou, prometo - Falei, lhe olhando. Ele ficou calado por um tempo, mas depois voltou a falar.
Bruno: Vou dar uma volta, tá? Depois eu volto - Ele ia se levantar, mas puxei seu braço e então ele me olhou.

Luiza: Vai me deixar aqui sozinha?
Bruno: Você não está sozinha. Está com o seu irmão e com seu amigo de infância - Ele sorriu e se levantou, dessa vez não lhe impedi. Ele se dirigiu até a porta e depois saiu. Na mesma hora, o Otávio e o Math pararam de conversar e me olharam.
Matheus: Ele foi pra onde?
Luiza: Dar uma volta - Dei um pequeno sorriso e logo eles se aproximaram. O Math sentou ao meu lado e o Otávio no outro sofá - Mas então, qual era o assunto da conversa mesmo?
Otávio: Mulheres - Ele riu e eu revirei os olhos.
Luiza: Ih, vamos falar de outra coisa, né? É melhor - Eles riram e logo mudaram de assunto. 

Começamos a falar da nossa infância e das várias histórias e experiências que passamos juntos. Estávamos bem empolgados conversando sobre isso, quando o celular do Matheus tocou. Ele logo saiu pra atender e logo voltou. 

Matheus: Então, vou dar uma saída. Vou ver a... - Ele mesmo se interrompeu e logo depois continuou - Volto logo - Ele sorriu e saiu. Eu e o Otávio nos olhamos e começamos a rir.

Otávio: Quem é essa que está mexendo com o coração de pedra do seu irmão, hein?
Luiza: Bem que eu gostaria de saber, mas não faço ideia de quem seja - Fiz uma pausa e logo continuei - Só tenho que lembrar de agradecer muito a essa menina assim que eu a conhecer, pois, ela está fazendo uma revolução nele, viu?
Otávio: Concordo plenamente - Ele riu - Pelo que eu me lembre, o Math era super fechado nessas coisas de se envolver. 
Luiza: Pois é. E você também, né? É igualzinho a ele. Só quer saber de pegar.
Otávio: Eu? - Perguntou fingindo desentendimento. Eu assenti e logo ele soltou uma risada alta - Ih, não é bem assim, Lú. 
Luiza: E como é?

Otávio: Ora... Eu gosto de pegar sim, admito. Mas estou sempre aberto pra me envolver. Ou seja, se eu pegar uma mina gente boa e tal, eu posso acabar me envolvendo numa boa. Mas, se a coisa começar a ficar sério mesmo, aí eu caio fora.
Luiza: E porque cai fora? Se você se envolver, tem que aguentar as consequências depois, que no caso, seria um compromisso sério.
Otávio: Nem sempre, Lú. As coisas nem sempre funcionam assim - Arqueei a sobrancelha e o vi rir - Esquece. Não vamos falar nisso, né? - Assenti - Então, o que tem pra comer aí, hein? Estou com fome - Ele riu e eu ri junto. 
Luiza: Ih, que folgado - Me levantei e puxei sua mão - Vamos fazer alguma coisa, vem comigo - Ele se levantou e me seguiu até a cozinha.

Decidimos fazer pipoca. Peguei o pacote e coloquei no microondas. Enquanto isso, ficamos conversando sobre os piqueniques que fazíamos quando éramos menores. Logo a pipoca ficou pronta e então voltamos pra sala, cada um com um pratinho cheio de pipoca. Sentamos no mesmo sofá e começamos a comer.

Otávio: Ih, acho que essa pipoca não vai matar minha fome não. 
Luiza: Vixe, você não almoçou não, foi? - Perguntei aos risos enquanto me virava um pouco pra ele.
Otávio: Não. Na verdade, eu ia almoçar aqui, sabe? Mas aí acabei chegando meio tarde e aí vocês pareciam já ter almoçado - Eu ri.
Luiza: Besta, por que você não me avisou que vinha pra almoçar? Eu podia... - Ele me interrompeu.
Otávio: Deixa pra lá, Lú. Agora foi - Disse, entupindo-se de pipoca.

Luiza: Deixa pra lá nada - Me levantei - Vou aqui preparar alguma coisa pra você comer - Ele me puxou, fazendo com que eu sentasse no sofá.
Otávio: Não precisa, pequena.
Luiza: Precisa sim, você está morrendo de fome aí e... - Ele me interrompeu, tampando a minha boca com a sua mão cheia de pipoca. Quase me engasguei com tanta pipoca e então comecei a tossir. Ele bateu nas minhas costas e riu. Mastiguei e logo engoli todas aquelas pipocas - Quer me matar, é? - Falei, lhe encarando e segurando o riso. 
Otávio: Desculpa - Ele segurou o riso também - Só queria te fazer calar a boca - Ele soltou uma risada e eu revirei os olhos enquanto ria e lhe mostrava a língua - Ih, quem mostra a língua pede beijo - Falou, divertindo-se.
Luiza: Eca - Fiz careta e ele riu ainda mais.

Otávio: Eca, é? - Ele colocou a pipoca do lado e me puxou mais pra perto. Paralisei, pensando no que ele poderia fazer. Ele percebeu minha reação e riu ainda mais - Que foi? Está pensando que eu vou te beijar, é? 
Luiza: Besta, claro que não - Falei sem graça. Ele não parou de rir e me puxou mais, envolvendo logo depois as suas mãos na minha barriga - Ah não, nem pense em fazer isso - Ele não disse nada, apenas começou a fazer cócegas em mim. Comecei a rir e me contorci, deitando no seu colo pra fugir das cócegas, porém, não consegui fugir totalmente. Ele continuou com as cócegas enquanto eu morria de rir. Ele só parou quando ouvimos a porta da sala se abrir. Olhamos pra mesma e avistamos o Bruno parado lá, observando a nossa cena - Então... - Iniciei, me levantando e me ajeitando meio sem jeito - Meu namorado agora chegou pra me defender das suas cócegas - Eu ri enquanto me aproximava do Bruno. 
Otávio: Assim não vale - Ele riu enquanto nos encarava. Desviei o olhar para o Bruno, esse que continuava calado. Ele forçou um sorriso e saiu da sala, partindo em direção ao quarto. Engoli em seco e voltei o olhar para o Otávio - O que deu nele?

Luiza: Deve ser ciúmes - Sorri sem graça. 
Otávio: Ah não, não me diga que ele está com ciúmes de você comigo? - Assenti - Nossa, não tem nem motivo pra isso. Somos apenas amigos.
Luiza: Pois é. Mas ele é assim mesmo. Se brincar, ele tem ciúmes de mim até com o Math - Ele riu. 
Otávio: Que exagero, Lú. 
Luiza: Mas é verdade - Ele apenas balançou a cabeça e se levantou. 
Otávio: Acho melhor eu ir - Assim que eu ia responder, ele continuou - Diz ao Math que qualquer dia desses eu apareço aqui de novo - Assenti. Ele se aproximou de mim, me deu um beijo na testa e se dirigiu até a porta - Fica bem, pequena - Sorri e acenei. Ele sorriu de volta e partiu.