Fanfic: Era só pra ficar | Tema: Era só pra ficar

Seguimos para o shopping no carro do Bruno. Compramos nosso ingressos, nossos lanches e logo entramos. Ficamos conversando e namorando até o filme começar. Assim que começou, nos calamos e tentamos prestar atenção no enredo. O filme até que era legalzinho e até prendeu minha atenção. Porém, o Bruno começou a beijar meu pescoço e então me desconcentrei totalmente.

Luiza: Para, Bruno - Sussurei enquanto fechava os olhos e sentia meu corpo se arrepiar - Me deixa ver o filme. 
Bruno: Ah poxa, mas está tão chato esse filme - Falou enquanto dava leves mordidas no meu pescoço e acariciava minha coxa. 
Luiza: Tá não... Está legalzinho - Falei, abrindo os olhos e tentando voltar a atenção para o filme - E para de me atentar - Ele soltou uma risada baixa perto do meu ouvido e se afastou um pouco. 
Bruno: Chata - Sussurrou e apertou minha perna. Ignorei e tentei novamente me concentrar.

O filme passou rápido, as vezes o Bruno me provocava, mas nem ligava muito. Assim que acabou, seguimos para a praça de alimentação. Pedimos um lanche qualquer e nos sentamos numa mesa ali perto. Fiquei observando as pessoas enquanto comia, até que cruzei meu olhar com uma certa pessoa. Ele sorriu pra mim e veio na minha direção.

Luiza: Droga - Sussurrei, desviando o olhar pra mesa.
Bruno: O que foi, amor? - Lhe olhei e quando ia responder, a certa pessoa me interrompeu. 
Henrique: Nossa, que coisa boa te encontrar aqui, Lú - Lhe encarei e dei um sorriso sem jeito.
Luiza: Pena que não posso dizer o mesmo.
Henrique: Poxa, assim você me magoa - Disse meio que predendo o riso. 
Bruno: Ei, quem é você? - O Henrique lhe encarou e sorriu.

Henrique: Prazer, sou o Henrique, antigo paquera da Lú - Ele me olhou - Antigo, e quem sabe futuro paquera, né? - Ele sorriu. 
Bruno: Haha, isso é piada, né? - Ele novamente voltou o olhar para o Bruno, parecendo confuso - Eu sou o Bruno, o namorado da Luiza - Falou, me puxando mais para o seu lado e dando um sorriso. O sorriso do Henrique se desfez e então ele me encarou. 
Henrique: Você não me disse que tinha namorado. 
Luiza: É, mas tenho - Sorri - E por favor, você pode nos dar licença? É que eu tenho mais o que fazer aqui com o meu amor - Falei, me virando para o Bruno e aproximando meu rosto do dele, lhe beijando logo em seguida. Ele correspondeu ao beijo e sorriu entre o mesmo. 

Ficamos ali até nos faltar fôlego, assim que paramos, pude notar que o Henrique já não estava mais por perto. Suspirei aliviada e sorri pra mim mesma. Voltei o olhar para o Bruno e percebi que ele me encarava.

Bruno: Como assim antigo paquera? - Perguntou sério.
Luiza: Ah - Desviei o olhar - Longa história.
Bruno: Não tem problema, eu escuto - Lhe olhei de volta e soltei um suspiro pesado. 
Luiza: Então, pra começo de história, o Henrique é primo do Otávio - Ele revirou os olhos e eu logo continuei - Bom, como eu era muito amiga do Tavinho, acabei me tornando amiga do Henrique também, até porque ele vivia na casa do primo. E eu e o Math vivíamos na casa do Tavinho e eles na nossa - Ele revirou os olhos novamente e eu sorri - Depois o Otávio foi embora, mas o Henrique continou a ir lá pra casa, e passava um bom tempo, sabe? - Ele assentiu - Em um desses dias, acabamos nos beijando. E, por sinal, foi o meu primeiro beijo - Fiz uma pausa, esperando sua reação, porém ele continuou na mesma, então continuei - Depois desse dia ficamos mais alguns e depois ele acabou me dando um fora - Ele sorriu - Então, foi isso.

Bruno: Que idiota - Assenti. 
Luiza: Muito! - Desviei o olhar, deixando que o silêncio reinasse. E foi o que aconteceu. Depois de longos segundos, ele resolveu falar.
Bruno: Vocês se encontraram no almoço do Otávio ontem? - Percebi seu olhar em mim e então lhe olhei. 
Luiza: Sim, e... - Ele me interrompeu.
Bruno: E o quê? - Perguntou sério.
Luiza: Ele tentou me beijar - Falei quase num sussurro. Sua expressão mudou rapidamente, então tratei de continuar - Mas eu me afastei e aí não aconteceu nada!
Bruno: Argh! - Resmungou, levantando-se e passando o olhar pela praça de alimentação logo em seguida - Cadê aquele idiota? Ele vai ver com quem se meteu! - Me levantei rapidamente e fiquei na sua frente.
Luiza: Ei, sem confusão, ok? Não aconteceu nada! - Ele me encarou. 
Bruno: Mas podia ter acontecido, né? E se ele tentar de novo? E se... - Lhe interrompi.
Luiza: Vai ser bem difícil encontrar esse garoto de novo. E mesmo se eu encontrar, eu não vou deixar ele fazer nada, tá? - Lhe abracei. Ele pareceu relaxar, mas ficou calado - Vamos pra casa? - Perguntei, voltando a lhe encarar. Ele apenas assentiu.

Seguimos pra casa em silêncio. Durante o caminho, o Otávio me ligou, confirmando a praia de amanhã. Confirmei tudo e fiquei conversando com ele até chegar em casa. Assim que chegamos, desliguei o celular. Já estava a caminho do meu quarto quando senti a mão do Bruno puxando meu braço. Lhe olhei rapidamente.

Bruno: É assim, né? - Franzi a testa, um tanto confusa - Você fica um tempão falando com seu amiguinho e depois nem liga pra mim, nem lembra que eu existo - Eu sorri e me aproximei dele. 
Luiza: Que dramático esse meu namorado - Falei, envolvendo os braços na sua nuca. Ele continuou sério, apenas me encarando.
Bruno: Não é drama - Eu ia falar, mas ele continuou - Então quer dizer que amanhã vocês vão sair?
Luiza: Vamos. E você vai com a gente - Falei, beijando o seu rosto - Nem pense em dizer que não;
Bruno: Luiza, você sabe que... - Lhe interrompi.
Luiza: Eu vou te dar atenção, tá? Prometo - Ele revirou os olhos e eu sorri, lhe dando um selinho logo em seguida. Nesse exato momento, o Math saiu do seu quarto todo arrumado - Vai pra onde?

Matheus: Fazer uma burrada! - Eu e o Bruno nos entreolhamos confusos e depois voltamos o olhar para o Math com uma certa curiosidade - Então, vou jantar na casa da Juliana e lhe pedir em casamento aos seus pais.
Luiza: O quê? - Perguntei surpresa.
Matheus: Qual foi? Que espanto é esse? Até parece que é coisa de outro mundo - Ele riu. 
Bruno: Pior que é de outro mundo sim. O "Matheus galinha" casando, imagina? - Ele perguntou, me olhando. 
Luiza: Isso é mentira, só pode.
Matheus: Pior que não é - Ele revirou os olhos enquanto parava de rir - Então, vou ter que fazer isso, vou ter que casar porque se não o pai dela a coloca pra fora de casa se descobrir da gravidez e... - Lhe interrompi. 
Luiza: Math, fala sério! O que está acontecendo de verdade? Isso não pode estar vindo de você! Primeiro você decide arrumar um emprego, agora quer casar com a Juliana! Sério, você não está normal. 
Bruno: Não está mesmo. Sabe o que é isso? É o amor! - Olhamos pra ele - Tá na cara que o Matheus está apaixonado pela Juliana, né? Por isso que ele está mudando e... - O Math lhe interrompeu.

Matheus: Qual é? Eu não estou apaixonado coisa nenhuma. Só estou tentando tomar um rumo na vida, só isso. 
Luiza: Aff Math, e pra quê você vai pedir a garota em casamento? Pelo que eu saiba, a gente só casa quando gosta da pessoa - Ele revirou os olhos.
Matheus: Até parece que hoje em dia ainda é assim - Eu ia falar, mas ele continuou - E agora deixa eu ir se não vou me atrasar - Disse, seguindo em direção a porta e saindo logo depois. Olhei para o Bruno e vi a sua expressão de assustado. Aposto que a minha expressão era a mesma.
Luiza: O Math está doido, só pode! 
Bruno: É - Concordou, envolvendo os braços na minha cintura e me puxando mais pra perto - O amor deixa as pessoas assim - Ele sorriu e eu retribui. Logo senti seus lábios nos meus, e então iniciamos um beijo.

Passamos o resto da noite namorando e conversando. Quando deu meia-noite resolvemos dormir. Tomei um banho antes e segui pra minha cama. Quem estava lá era o Bruno, deitado todo esparramado. Sorri e me deitei ao seu lado, me acochegando nos seus braços. Ele me apertou forte e depois começou a me acariciar. 

Bruno: Dorme bem, meu amor - Ele sussurrou. Eu tentei responder, mas minha voz não saiu. O sono me dominava por completo e eu estava quase inconsciente. Subi meus lábios pelo seu rosto a procura dos dele. Ele, parecendo perceber, grudou seus lábios nos meus, selando-os - Eu também te amo - Ele pareceu sorrir e então sorri junto. Me aconcheguei mais ainda nele e logo dormi.