Fanfic: Era só pra ficar | Tema: Era só pra ficar

A semana passou tranquila. Eu e o Bruno estávamos ótimos e muito felizes. Implorei para ele voltar a morar com a gente, e depois de muita insistência, ele acabou cedendo. Com o Matheus também estava tudo bem... Ele estava indo bem no trabalho e bem na sua vida amorosa com a Juliana. O meu bebê também estava bem. Havia ido ao hospital durante a semana, e depois de ter feito vários exames, o médico comentou que estava tudo ótimo com o bebê e pediu para que eu continuasse no mesmo ritmo de dedicação.

Quanto ao Carlos e o Rodrigo, eles haviam sumido um pouco, mas não deixaram de me ligar, nem mandar mensagens. Enfim, a semana passou numa boa. Quando chegou no sábado, as coisas começaram a desandar. Eu e o Bruno estávamos sentados no sofá namorando quando ouvimos a campainha tocar. Segui até a porta rapidamente e quando abri a mesma me deparei com a Bianca. Assim que ia perguntar o que ela estava fazendo ali, ela entrou me estapeando.

Luiza: Sua louca, me solta - Gritei enquanto tentava tirar suas mãos de mim. O Bruno logo se aproximou e tirou a Bianca de cima de mim. Ele a soltou fora de casa e parou na minha frente.
Bruno: Você está doida?
Bianca: Sai da frente, Bruno! A minha conversa não é com você, é com essa aí - Gritou, apontando pra mim. Eu ia responder, mas o Bruno me interrompeu.

Bruno: Você não tem nada pra falar com ela. Sai daqui!
Bianca: Tenho sim - Falou, ainda me olhando - Eu disse para você ficar longe dele!
Luiza: Acontece que você não é ninguém pra mandar em mim!
Bruno: Acho que você que precisa ficar longe de mim - Falou sério, lhe encarando - Eu não quero problemas pra minha vida, ok? Se desiluda, eu não gosto de você. Eu gosto da Luiza, e você já deveria saber disso. - Ela ia responder, mas o Bruno logo prosseguiu - E não adianta você querer atrapalhar as nossas vidas porque não vai dar certo. 
Bianca: Nossa, como o amor é lindo - Disse, soltando uma risada irônica - Não dou um mês pra estar tudo acabado novamente!
Luiza: Se depender da gente não vai acabar mais nunca - Pisquei.
Bianca: Mas se depender de mim... - Pausou, soltando em seguida uma de suas risadas irônicas - Vou infernizar a vida de vocês!
Bruno: Por que você não vai cuidar da sua vida? Assim você ganha mais - Finalizou, batendo em seguida a porta em sua cara.

Assim que o Bruno se virou para mim, lhe abracei e lhe apertei forte. Meu coração apertou e aquela vontade de chorar apareceu. Encostei a cabeça no seu ombro e deixei com que algumas lágrimas caíssem. Ele pareceu perceber o meu choro e logo me apertou mais ao seu corpo.

Bruno: Ei meu anjo, não deixa com que as palavras dessa garota te atinja - Afastou um pouco pra me olhar.
Luiza: Ela está obcecada por você, Bruno. Ela está totalmente fora de si. E ela vai acabar fazendo alguma coisa pra... - Ele me interrompeu, colocando o dedo em cima dos meus lábios.
Bruno: Seja lá o que ela esteja pensando em fazer, não vai nos abalar e não vai destruir o que já construimos. Juntos somos mais fortes que ela e qualquer um, então se acalme. Não tem porque temer - Selou nossos lábios, me arrancando um sorriso sem jeito. 

O Bruno passou o resto da tarde tentando me acalmar, e conseguiu. Durante a noite, saímos para jantar num restaurante ali perto e logo depois seguimos para a praia. No meio do caminho alguém nos parou. Meu coração acelerou ao lhe reconhecer. Dei um passo pra trás e puxei a mão do Bruno.

-XX-: Lembram de mim? - Falou com um sorriso cínico.

Era o Felipe. O antigo amigo do meu irmão. Aquele que juntou-se com o seu bando e bateu no Bruno, chegando a levá-lo até para o hospital. 

Bruno: O que você quer com a gente? - Perguntou, posicionando-se na minha frente.
Felipe: Calma, paz aí - Sorriu malandro - Só os encontrei aqui e resolvi vir falar. Não pode?
Luiza: Não! Você não deveria estar nem por aqui. Deveria estar preso e... - Ele me interrompeu.
Felipe: Ah, você quer que eu relembre do que eu sou capaz? É isso mesmo? - O Bruno ficou mais a minha frente e encarou o Felipe com uma expressão séria.
Bruno: Sai daqui! Não queremos briga - Ele encarou o Bruno e deu um sorriso sarcástico.
Felipe: Está com medo de apanhar de novo, não é?

Bruno: Não me provoca! - Falou, e eu podia jurar que a sua expressão não era nada boa. 
Felipe: E se eu provocar? Você vai fazer o quê? Me bater? - Soltou uma risada alta - Cuidado para não ir parar no hospital novamente - Logo vi as mãos do Bruno se fecharem em punho e respirei fundo enquanto colocava as mãos sob as suas.
Luiza: Vamos sair daqui! - Sussurrei no seu ouvido, porém, ele continuou paralisado, encarando o Felipe.
Felipe: Ei gatinha - Falou, agora me olhando de baixo para cima - Cara, eu não tinha reparado em você. Até que está gostosinha, hein? Que... - O Bruno lhe interrompeu, partindo para cima dele e o segurando pela gola da camisa.
Bruno: Se liga por que se não quem vai acabar parando no hospital é você - Falou furioso. Segundos depois vi alguns garotos se aproximarem e encararem o Bruno.
-XX-: Solta ele, ou você morre - Desviei o olhar para o garoto que havia falado e o vi com um revólver nas mãos apontando para o Bruno. Me desesperei e me aproximei do meu namorado, lhe puxando dali.

Luiza: Calma gente, calma - Falei, nervosa. O Bruno soltou o Felipe e se posicionou novamente em minha frente. Minhas pernas tremiam e meu coração estava a mil. Respirei fundo e apertei a mão do Bruno.
Felipe: Ué, já recuou? O que uma arma não faz, não é? - O Bruno ia responder, mas eu fui mais rápida.
Luiza: Para com isso, Felipe! - Gritei, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas. Desviei o olhar para o carinha que estava armado e o vi abaixar o revólver.
Felipe: Só paro se você me der um beijinho - Disse, mostrando um sorriso malicioso. O Bruno ia partir novamente para cima dele, mas o carinha armado voltou a lhe apontar o revólver, e então ele recuou.
Bruno: Por favor... Nos deixem em paz - Pediu, tentando controlar a voz. O Felipe soltou mais uma risada e logo lhe encarou.
Felipe: Está se borrando de medo!

Luiza: Felipe, para, por favor. O que você está ganhando com isso? Nos deixa em... - Ele me interrompeu.
Felipe: Eu já disse, só paro quando você me der um beijinho - Sorriu e o Bruno fechou novamente as mãos em punho.
Luiza: Deixa de agir feito criança e toma vergonha na sua cara. Você... - Ele me interrompeu.
Felipe: É melhor você se calar antes que eu acabe com vocês! - Disse, se aproximando. O Bruno continuou na minha frente e deu um passo na sua direção.
Bruno: Não mexe com ela!
Felipe: Com você posso mexer, não é? - Puxei a mão do Bruno e apertei forte enquanto sentia as lágrimas descerem sem parar. Meu coração agora devia ter acelerado ainda mais e minhas pernas não paravam de tremer. E agora não eram só as pernas... Era o corpo todo.
Luiza: Bruno... - Falei, sentindo minha respiração falhar e a minha cabeça girar - Eu não estou bem... Não estou! - Sussurrei, fechando os olhos logo em seguida, sentindo então meu corpo cair.