Fanfic: Era só pra ficar | Tema: Era só pra ficar

Acordei ao sentir pequenas gotas geladas no meu rosto. Abri os olhos com dificuldade e senti minha cabeça voltando a girar.

Bruno: Meu amor, está tudo bem... Tudo bem - Sussurrou enquanto passava as mãos no meu rosto.
Luiza: Eu tô bem, Bruno - Sussurrei e abri mais os olhos. Lhe encarei e vi seu rosto cheio de lágrimas e com uma expressão perdida. Ele respirou fundo e me abraçou - Cadê eles? Cadê? - Perguntei, sentindo o medo voltar.
Bruno: Ei, calma! Eles já estão longe daqui - Falou, me abraçando apertado. Desviei o olhar e vi que estávamos no meio de uma roda com bastante gente.
Luiza: Eu quero sair daqui - Pedi, voltando a olhar para o Bruno.
Bruno: Calma, a ambulância já está vindo.
Luiza: Não precisa... Estou bem - Respondi, sentindo meus olhos enchendo-se d`água - Só estou com medo.

Bruno: Boba... Não precisa ter medo, estou aqui pra te proteger - Sussurrou enquanto me olhava.
Luiza: Me tira daqui, Bruno. Por favor!
Bruno: Vamos esperar a... - Lhe interrompi.
Luiza: Não, eu não quero... Eu quero sair daqui - Pedi. Ele assentiu, me pegou no colo e me levou até o táxi mais próximo.

Durante o caminho, o Bruno me acariciava e me falava palavras bonitas enquanto eu não parava de chorar. Chegamos em casa e não vimos o Math. Ele me levou para o meu quarto e me colocou na cama.

Bruno: Eu vou pegar um copo de água com açúcar pra você se acalmar. Já volto! - Falou, já levantando. Puxei sua mão rapidamente, fazendo-o me encarar.
Luiza: Não vai, não me deixa aqui sozinha - Lhe implorei enquanto voltava a chorar.
Bruno: Calma, meu amor - Pediu, voltando para onde estava. Ele segurou o meu rosto e me deu um selinho demorado - Não precisa ter medo. Já estamos em casa, protegidos. Eu vou na cozinha correndo e volto logo, prometo - Me deu mais um selinho, se afastou e seguiu para a cozinha.

Nesse mesmo instante ouvi o meu celular apitar avisando que havia chegado mensagem. Peguei o mesmo e li a mensagem que dizia: "Gostou do susto? Foi só o começo!". Não havia o número de ninguém, mas já podia até imaginar de quem era aquilo. Senti meu corpo voltando a tremer e logo senti mais lágrimas caindo. Assim que o Bruno chegou no quarto, ele pareceu se desesperar com a minha situação e logo se aproximou de mim, deixando o copo na mesinha ao lado e me abraçando forte.

Luiza: Foi... foi... Foi ela, Bruno! Foi... Foi ela - Tentei falar entre soluços - Ela não estava brincando quando disse que ia infernizar a nossa vida... Não tava! - Tentei continuar com dificuldade enquanto lhe apertava mais naquele abraço.

Bruno: Do que você está falando, Lú? - Perguntou, se afastando um pouco e me olhando. Peguei meu celular e lhe mostrei a mensagem. Depois de ler, o Bruno voltou a me encarar com um semblante irritado - Essa garota está doida, só pode! - Falou raivoso, mas logo sua expressão mudou e ele voltou a me abraçar - Fica calma, meu amor. Fica calma, eu estou aqui com você - Acariciou os meus cabelos - E não vou deixar que nada aconteça... Nem com você, nem com o nosso bebê! - Tentou me acalmar.
Luiza: Eu estou com muito medo... Muito! - Lhe apertei.
Bruno: Não fique. Vou te proteger de tudo e de todos - Falou com a voz calma. Apertei os olhos e respirei fundo. Ele se afastou um pouco, pegou a água que estava na mesinha e me deu - Bebe um pouco.

Ao pegar o copo vi que as minhas mãos estavam trêmulas. O Bruno também viu e logo colocou suas mãos por cima das minhas. Bebi um pouco e lhe devolvi o copo. Ele colocou de lado e voltou a me olhar.

Bruno: Eu estou com você, meu amor... Fica calma, tá? - Pediu, me puxando para o seu colo. Lhe apertei forte e fechei os olhos enquanto sentia o seu cheiro e tentava me acalmar. 
Luiza: Dorme aqui comigo? - Pedi num sussurro enquanto sentia suas carícias nas minhas costas.
Bruno: Durmo - Sussurrou de volta.

Ficamos mais um tempo assim, abraçados. Logo depois segui para o banheiro para tomar um longo banho, e então voltei para o quarto. O Bruno já estava lá, deitado. Me deitei ao seu lado e me aconcheguei nos seus braços. Logo ele começou a me acariciar e então o sono começou a me dominar. Não demorou muito para que eu dormisse.

Acordei no meio da madrugada com uma dorzinha na barriga. Tentei me levantar, mas o Bruno me prendia no seu abraço. Me virei um pouco para ele e fiquei lhe olhando enquanto esperava a dor passar. Logo passou, mas mesmo assim não consegui dormir. Acariciei o Bruno e fiquei lhe observando até que ele mexeu um pouco e abriu os olhos lentamente.

Bruno: O que foi, meu amor? - Perguntou num sussurro enquanto parecia fazer um grande esforço para não fechar os olhos novamente. 
Luiza: Nada não - Sussurrei, aproximando nossos rostos e lhe dando um selinho. Ele sorriu e fechou os olhos. Fechei os meus também e fiquei esperando o sono voltar.