Fanfics Brasil - Cap. 1 1,2,3 em Paris

Fanfic: 1,2,3 em Paris | Tema: Romance,traição,


Capítulo: Cap. 1

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— Paris! Oh, Paris!


Saint-Germain-des-Prés, Chique, animado e próximo do centro, este bairro está repleto de locais para tomar café, de restaurantes, antiquários, galerias de arte e boutiques da moda. Notas musicais de Boris Vian, poemas de Jacques Prévert e palavras de Sartre ainda pairam neste labirinto de ruas cheias de charme. Mas... nem tudo na vida de um habitante desse magico lugar são flores... Hanna precisa ir ao dentista. Ao dentista? Sim! Que inusitado, não ? Infelizmente nosso conto fantástico não começa com nada romântico.


—Oi, eu vim fazer um orçamento, preciso saber em quanto fica meu tratamento dentário.— diz Hanna aflita para a recepcionista.


—Qual o seu nome, senhorita?


—Hanna Bianchi.


—Aguarde, que em breve te chamarão.


—Obrigada.


 


Hanna segura sua bolsa ,gigante rosa que contraria toda a moda do mundo, abre o zíper da bolsa e conta seu mísero dinheiro que juntou durante meses. Fonte de renda? Adrian, seu namorado. Eles não moram junto, mas como ele mora longe, ele vive mandando pequenas quantias de dinheiro para que ela não tenha nenhuma necessidade. Ela não faz parte de uma família rica. A carne que ela come, infelizmente não é da macia. Porem, tudo que ela ganha de seu namorado, ela guarda e usa para a própria sobrevivência. Não estamos falando de uma pobretona sem classe, ela tem muita classe. Só não tem dinheiro próprio. Ela se veste muito bem, seus cabelos esvoaçantes e seu decote chamam muita atenção, mas seu namorado não pode nem sonhar que ela saiu de casa assim.


—Boa tarde!—diz um rapaz ao entrar acompanhado com uma senhora loira e gorda.


—Boa tarde...— responde Hanna, só que tão baixo, que ninguém foi capaz de ouvir.


Ela esta tremendo, e seu coração quase saindo pela boca, faz muito tempo que ela não encara um dentista, esse cheiro de dentista é enlouquecedor.


—Boa tarde meus amores!— diz uma mulher jovem de cabelos negros e ar infantil. Parece voz de professora de jardim de infância.


Hanna sabe que essa é a dentista que fara o orçamento de seus dentes. Ela esta muito nervosa mas tenta se acalmar, afinal, ela já foi tantas vezes ao dentista quando era crianças. Em um relance de olhar ela perceber que esta sendo observada pelo rapaz que entrou agora a pouco. Não sei como, mas ele foi parar atrás da bancada onde estava a recepcionista. Será ele um recepcionista também? Hey! Ele estava olhando pra Hanna, e quando ela percebeu ele fugiu o olhar disfarçando com a mão no rosto. Hanna puxa a blusa pra cima percebendo que o causador desse olhar pode ter sido o seu decote. Ela suspira fundo. Além de estar nervosa, ainda ter que ficar sendo encarada por funcionários que aparentemente não tem nada pra fazer. Alguns minutos passam, ate que a dentista chama Hanna para a consulta.


Hanna pega sua enorme bolsa, coloca no ombro e entra. A dentista é insuportavelmente simpática e doce, e logo da a facada, quer dizer o orçamento. Depois dos preços dados, Hanna é chamada por uma outra dentista que seria a responsável por sua primeira obturação. Obvio, depois de Hanna passar na recepção e fazer o pagamento.


O dente foi arrumada, uma anestesia foi aplicada, Hanna fica deitada e quase de cabeça pra baixo na cadeira do dentista, quando de repente a dentista sai da sala para buscar as massas. As paredes são metade de vidro. Tentando se acalmar na cadeira, ela se depara com a visão do rapaz da recepção observando ela pelo vidro da parede. Ele esta encarando ela descaradamente!  Afinal, o que esse cara quer hein? Não se pode ter privacidade nem de boca aberta numa cadeira de dentista não? Sem noção...


A dentista volta termina o que havia começado e diz que Hanna pode ir embora. Ela chama um taxi e vai.


Pareceu rápido e fácil, mas a imagem daquele rapaz sondando ela, não saiu da cabeça dela. Afinal, o que ele queria? Quem era ele? Ninguém nunca olhou ela assim. Quem seria ele...


Uma semana se passou e Hanna voltou ao dentista, sabendo que teria que passar por uma anestesia, e pelos olhares do desconhecido rapaz. Ou será que ele, nunca mais apareceria? Se preocupar se ele estaria la de novo, era uma coisa que intrigava ela. Porque ela se preocuparia com isso? Nem ela sabe.


Mais uma vez, ela foi atendida, e nos intervalos em que o dentista saia da sala para preparar o material, o cara aparecia olhando pela vidraça.


Ela viu que, não era coisa da cabeça dela, ele parecia querer dizer alguma coisa. Não é normal ser encarada assim, é? Obvio que não!  Ela não fugiu o olhar enquanto ele a encarava... ele queria dizer algo, e ela precisava e queria entender.


Ele parecia que iria invadir a sala a qualquer momento. Mas ele não fez nada, além de correr quando a dentista se aproximou da sala.


Hanna ficou confusa mais uma vez. Quem era aquele rapaz e o que ele queria?


Obvio que se tratava de um funcionário desocupado, mas porque ele estava fazendo aquilo?


Ela novamente teve o dente obturado, chamou o taxi e foi embora para casa.


Mas dessa vez, sua curiosidade tinha aumentado, ela tinha que saber quem era aquele rapaz de qualquer jeito. Horas e horas de pesquisas em sites e jornais, e de nada adiantou. Sua ultima opção, foi na manhã seguinte, ligar para a clinica dentaria, e inventar uma historia qualquer a ponto de descobrir o nome do cara.


—Clinica Dentaria Paris, bom dia, em que posso ajudar?—dizia a recepcionista mecanicamente.


—Oi, eu quero falar com... desculpe, não sei exatamente o nome dele, é um rapaz de estatura mediana, cabelo médio encaracolado. Preciso falar com ele sobre... uma prótese dentaria da minha avo.


—Qual o nome da sua avo? —disse a recepcionista desconfiada.


—Dona Maria.— disse Hanna, dando um golpe de mestre, afinal, todas as velhas da redondeza se chamavam Maria.


—Nossa, são tantas Marias. Bem, você deve estar falando do Doutor Betto.


—Ah, sim. Muito obrigada... —disse ela desligando rapidamente.


 


Hanna se abraçou ao celular ainda com o coração batendo forte, Doutor? Mas como assim Doutor? Como um rapaz que se veste como as recepcionistas pode ser um Doutor? Hanna fica meio desconfiada. Mas agora pelo menos ela tem um nome pra investigar.


Mero engano achar que encontraria algo sobre o Doutor Betto. Nada encontrado novamente. Como um rapaz pode não ter rede social? Ele aparenta ter menos de 30 anos, muito menos. Como pode ser? Enfim... Não tem muito o que fazer, a não ser esperar a próxima semana.


Toda semana, Hanna havia sido atendida por um dentista diferente, e nessa semana provavelmente seria novamente isso. Sentada na cadeira de plástico de sempre, Hanna ouve seu nome ser chamado pelo dentista. Um tanto quanto estranho, pois, normalmente o dentista aparecia onde ela estava para guiar ela ate a sala. Mas bem, talvez as coisas haviam mudado.


Quando ela coloca os pés, na sala 02 de sempre, ela percebe uma movimentação estranha pela parede de vidro, uma briga entre duas senhoras acontecia na recepção, o dentista preocupado com seu patrimônio, correu ate o local para separar a briga.


Cadeiras e copos descartáveis com agua eram arremessados para todos os cantos. Hanna pela primeira vez deu graças a Deus por estar protegida de tudo na sala do dentista.


De repente, um rapaz entra na sala rindo e falando coisas lá de fora.


—Você viu aquilo? Estão quebrando tudo lá fora!—dizia ele enxugando o cabelo.



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Autor(a): Lost Angel

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Essa obviamente era a oportunidade que ele precisava pra se aproximar de vez de Hanna, sim, estou falando que o rapaz que acabou de entrar na sala é o tal Doutor Betto. —Sim, eu vi. Quer o espelho?— disse Hanna pegando o espelho que estava sobre uma pia. —Sim, por favor...— disse ele se olhando no espelho. —Parece que a coisa lá ...



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