Fanfic: 1,2,3 em Paris | Tema: Romance,traição,
Hanna esta super apreensiva, ela roía a unha quando Betto puxou seu dedo da boca.
—Não roa unha...
—Desculpe... quer dizer, eu não tenho que pedir desculpa. Não tem nada de mal em roer a unha.
—Tem sim... sua boca não foi feita pra roer unha. Se eu não posso beija-la, sua unha também não pode toca-la.—diz Betto rindo enquanto tira o cinto.
—Aqui é sua casa?—diz Hanna soltando o cinto e olhando para a casa que esta a sua frente.
—Sim, antiga não? Herdei de meus bisavós.
—Parece aconchegante.
—Sim, isso é verdade. Tem jeito de casa de avo!
—Engraçado...—diz Hanna rindo— eu acho que já sonhei com essa visão.
—Jura? Viu! Ate os sonhos jogam a nosso favor.—diz Betto gesticulando de um jeito magico.
—Como você fez isso?—diz Hanna assustada ao ver pontos luminosos saírem das palmas das mãos de Betto.
—Ah...—coçando a cabeça— efeitos especiais! Vamos entrar pra dentro, esta começando a garoar. — diz Betto mudando de assunto.
—Ah, sim... vamos.
Hanna anda cuidadosamente pelos poucos degraus que levam ate a porta da bela casa de Betto, ele abre a porta e guia ela pelos corredores. A casa é incrível, encantadora. Tudo cheira a Paris. Cada móvel com uma poeira charmosa, e os livros antigos em uma prateleira deixam um ar um tanto medieval.
Encantada pelas doces formas da casa, Hanna mal percebe que foi guiada para o aconchegante quarto de Betto. Um típico quarto masculino, com meias jogas no chão, roupas mal dobradas e cheiro de... creme de barbear.
—Pode sentar na minha cama Hanna. Ou na poltrona logo atrás de você se preferir.—diz Betto tirando o casaco preto que vestia, deixando transparecer seu uniforme branco e azul.
—Vou sentar na poltrona. —diz Hanna sentando timidamente.
—Pois bem! Aqui esta o poema...—diz Betto catando um papel amassado de cima de um criado mudo.
—Pode ler, fique a vontade!— diz Hanna abraçada a bolsa.
— Ok, vamos lá... “O céu de Paris, hoje esta nublado. O que seria das nuvens se não fosse o sol? Seria traição dizer que as nuvens preferem o sol? As nuvens sempre tão radiantes ao redor do sol. Ao redor da luz, elas se tornam negras e sem vida. Poderia as nuvens fazer chover em um olhar de alguém que nunca se viu? Como ter paz em minha alma, sabendo que essa historia jamais acontecera, pois o romance escrito não inclui a mim. Porque fui me apaixonar pela princesa de um outro conto? Será que meu papel é simplesmente não ter um papel? Não faço parte de sua historia, e isso me dói! Ainda sinto a angustia que isso me traz, eu não olho pra traz, quando eu te vejo não quero parar de te olhar, e eu sei que pra você eu só sou um problema... mas ainda sim, estou aqui declamando um falso poema... e por mais que não se sinta, você é muito amada... e nesse papel, não esta escrito nada.”—diz Betto mostrando as faces do papel branco sem nada escrito.
—Você improvisou isso tudo?
—Sim... —diz Betto rindo.
—Não acredito que me fez vir aqui pra isso...
—Pra isso o que?—diz Betto segurando Hanna.
—Pra ouvir tanta coisa sem nexo!
—Chefe! Chefe!—gritou uma criatura pequena de orelhas pontudas e olhos esbugalhados.
—Credo, o que é isso???—disse Hanna tentando se esconder atrás de Betto.
—O que quer Scarbi?—disse Betto.
—Seus pais, amado mestre! Eles estão chegando em meia hora!
—Como ficou sabendo?
—Vi no caldeirão amado mestre.—disse a feia criatura esfregando as mãos.
—Cuide para que tudo ocorra bem Scarbi. Faça o jantar como sempre, e arrume a mesa.
—Sim, amado mestre.
—Pode ir agora.
—Amado mestre...
—Sim, Scarbi?—disse Betto desconfiado.
—O senhor se lembra o que seus pais disseram que viriam fazer. Não se lembra?
—Sim, Scarbi.
—Se trata de sua escolha amado mestre?—disse a criatura olhando Hanna de cima a baixo.
—Scarbi, fora daqui!—diz Betto em voz alta.
—Mas amado mestre....
—Cai fora!—diz Betto apontando pra porta.
—Sim senhor.— diz a criatura se retirando com cara de tristeza.
—Que diabos era isso?— diz Hanna assustada e irritada.
—Scarbi, meu criado. Empregado, ou escravo! Alguma coisa do tipo! Ele fica no meu pé desde que eu nasci! Se trata de um... ser magico.
—Ser magico? Você fumou droga?
—Não eu não uso alucinógenos.
—O que eu estou fazendo aqui afinal!—diz Hanna ameaçando ir embora.
—Não! Você não pode ir. Eu preciso que você me ajude.
—O que quer de mim? Quer meu sangue pra alimentar os seus monstros?
—Não, quero que se apresente como namorada no jantar.
—Ah, então essa atração toda que tu fingiu sentir por mim, tudo parte de um plano, pra me apresentar pros seus pais?
—Meus pais não são tão comuns. Se eu não apresentar uma namorada hoje, eles podem...—respira fundo—tirar os meus poderes.
—Poderes? Ah, agora você tem poderes? Cada louco que me aparece. Tchal!
—Não! Isso tudo é serio! E eu não menti quando disse que você era amada. Eu não paro de pensar em você. E isso tudo é estupidamente verdadeiro.
—Se eu te ajudar com seus pais, você jura que me deixa em paz?
—Não posso jurar. Mas farei de tudo pra te deixar em paz.
—Então eu te ajudo. E você esquece que eu existo.
—Tudo bem.—diz Betto soltando os ombros de Hanna.
Autor(a): Lost Angel
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Betto percebe que Hanna esta tremula, ele vai ate a cozinha, pega um copo de agua e entrega na mão dela. —Beba, vai te acalmar... —Quem me garante que não tem nenhum veneno nessa agua? —Como pode pensar isso?—diz Betto se sentando na cama. —Eu não sei o que pensar, Doutor Betto.— diz Hanna olhando de maneira acusad ...
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