Fanfic: 1,2,3 em Paris | Tema: Romance,traição,

Betto percebe que Hanna esta tremula, ele vai ate a cozinha, pega um copo de agua e entrega na mão dela.

—Beba, vai te acalmar...

—Quem me garante que não tem nenhum veneno nessa agua?

—Como pode pensar isso?—diz Betto se sentando na cama.

—Eu não sei o que pensar, Doutor Betto.— diz Hanna olhando de maneira acusadora.

—Caramba, esta ouvindo...?—diz Betto correndo ate a janela.

—O que foi agora? Gnomos?

—Não, para de ser irônica! Meus pais chegaram.

—Em uma carruagem?—diz Hanna se levantando pasma.

—São pais a moda antiga! Vamos, temos que recebe-los. E não se esqueça, comporte-se como minha namorada e tudo ira ocorrer muito bem! —diz Betto grudando na mão de Hanna e puxando ela para a sala.

Hanna mal chega na sala e já são surpreendidos pela entrada dos pais de Betto. Uma senhora vestida com um longo e antigo vestido preto, e um senhor com terno preto e uma cartola da mesma cor.

—Filho, de um abraço em seu velho pai!— diz o senhor aparentemente simpático.

—Sem exageros! Vai amassar a roupa de seu pai.— diz a velha com cara de ranzinza.

—Estou feliz em ter vocês aqui de novo...

—Quem é essa?— diz a velha olhando Hanna, arqueando a sobrancelha.

—Meu nome é Hanna.

—Eu perguntei pro meu filho... quem é essa Betto?

—Como a senhora insistiu tanto que eu arrumasse uma noiva, aqui esta! Minha mais nova, namorada.—diz Betto apresentando Hanna como se fosse um troféu.

—Não acredito. Não sinto que sejam namorados.

—Mãe, não fale assim, vai magoar ela.— diz beijando a testa de Hanna.

—Ridícula. Não se veste bem, veja essas botas, parece uma pião de rodeio americano. Odeio, americanos.

—Ah... mãe,  era pra isso que a senhora queria que eu arrumasse uma namorada? Para humilha-la?

—Tudo bem, já falei tudo que eu tinha que falar em relação ao que achei dela. Mas... apesar de ver em seus olhos que esta apaixonado, não acredito que vocês dois realmente estejam juntos.

—Quer que provemos? Nos podemos provar!

—Beije ela.

—Não!—diz Hanna em um impulso nervoso.

—Hanna, meu amor... não precisa ter vergonha!— diz Betto disfarçadamente desesperado.

—Beije seu namorado agora!— diz a velha com uma bengala nas mãos.

—Pronto!—diz Betto dando um rápido selinho em Hanna sem dar tempo para que ela se defenda.

—Muito bem. Sentem todos.—diz a velha parecendo a dona da casa.

—Por favor papai, deixe que eu guardo o seu chapéu. —diz Betto.

—Sua namorada é muito bonita Betto.—diz o senhor.

—Obrigada...—diz Hanna .

—Ah, pai, mãe, essa é a Hanna, e Hanna, essa é Julieta e Romeu, meus pais. Pronto! Agora estão devidamente apresentados! Quase me esqueci.—diz Betto limpando algumas gotas de suor que escorriam de seu rosto.

—Já que são namorados... melhor dizendo, noivos, Hanna já deve saber o que você faz pelas noites de Paris.

—Ma... mãe...  —gagueja Betto tentando frear a língua maldosa de dona Julieta.

—Ela deve saber que você luta contra vampiros nas noites de sangria pelas ferragens da glamorosa Torre Eiffel. Deve saber que, suas noites se resumem a salvar pessoas inúteis de coisas sobrenaturais. E por fim... obviamente, deve saber que você é um bruxo.

—Ai meu Deus.—sussurra Hanna pasma diante de tanta coisa nova.

—Hanna, não é bem assim...não se assuste com as coisas que ela diz.—sussurra Betto no ouvido direito de Hanna.

 —Não me diga que ela não sabia? Não seja hipócrita meu filho. Diga a ela toda a verdade sobre a nossa família. Não renegue suas raízes. Diga a ela, que você é um Bruxo.

—Não mãe, eu não vou ficar repetindo isso feito um idiota.

—Diga aqui, ou eu quebro todos os ossos... dela. —diz Julieta apontando o dedo para Hanna.

—O que???— diz Hanna assustada.

—Eu sou um bruxo.— diz Betto olhando para Hanna.

—Muito bem. Agora podemos ir Romeu. Nosso filho já cumpriu com a primeira parte da obrigação dele. Lembre-se, Betto, se você não me obedecer, eu te arranco todos os poderes que um dia nossa família te deu. E a sua brincadeirinha noturna, vai acabar. Ande na linha.— diz Julieta dando 3 tapinhas na cara do pobre Betto.

—Boa viagem.—diz  Betto olhando fixamente para a porta.

O silencio toma conta da sala, os velhos lentamente pegam suas coisas e saem pela porta, Scarbi, a criatura estranha finalmente fecha a porta, selando o clima pesado que a visita deixou.

—Amado mestre...

—Hoje não Scarbi, não me pergunte nada.

—Com licença mestre.

—Vamos para o meu quarto Hanna. Temos muito o que conversar.

—Eu não vou com pra lugar nenhum. Me solta.

—Eu só quero que você saiba que... tudo que ela disse é verdade.— diz Betto se jogando no sofá.

—Bruxo? Cadê a sua vassoura hein?

—Esqueça essa ideia de bruxo dos filmes e series de tv. Eu sou um cara normal, mortal, que recebeu ensinamentos de magia desde pequeno. E que carrego o peso do sobrenome. Só isso!

—Ah, claro! Você é só um bruxinho. Sua mãe é uma psicopata e seu pai um poste. Sua vida é incrível! E sabe o que é mais incrível? Eu não fazer parte dela. Com licença, Doutor Betto.

—Ahn?

Betto fica olhando de boca aberta, Hanna sair pela porta decidida a ir embora. Ele pensa em ir atrás, mas agora isso só iria piorar as coisas. Hanna esta desnorteada, tanta coisa doida foi dita, como acreditar em tanta loucura? Afinal o que teve de verdade nisso tudo? Deve ser só um pesadelo, ela vai acordar a qualquer momento.