Fanfic: Dream On - by Ginn L. | Tema: Vocaloid (o tema não interfere muito na história, então não é preciso ser fã de Vocaloid para ler)
- Meninaaas!! Me ajudem aqui! – a garota de cabelos loiros e cacheados gritou, torcendo para que as amigas a escutassem. Seus olhos azuis num tom turquesa encaravam a porta da sala, na esperança de que alguém surgisse para ajuda-la.
Seelena, ou também chamada de SeeU ou See, a dose de açúcar de sua turma, estava tentando fechar uma mala enorme, que parecia estar empanturrada de roupas. O sofá onde a mala estava se encontrava cheio de bolsas, malas, sacolas e maletas. Não é todo dia que se viaja praticamente para o outro lado do mundo, principalmente levando em conta que além de uma viagem, aquela era uma mudança.
- MENINAAAAAAAS! – por um instante SeeU desejou que não existissem sobrados, pelo menos assim ela não teria que gritar igual cabrita para que suas amigas a escutassem.
- See-See, eu não falei que era pra levar pouca bagagem? – uma jovem de cabelos avermelhados e grandes olhos amendoados adentrou a sala. Caroline Cul, ou apenas Cul, a mais velha, a mais séria e a mais profissional da turma. Tinha 17 anos, apenas um ano mais velha que as outras quatro, mas o único ano podia ser facilmente confundido com uma quantia bem maior de diferença de idade. Ela carregava uma bolsa e uma mala e tinha uma expressão impaciente no rosto. - Eu falei que era pra levar o básico, o resto nós compramos lá mesmo com a graninha que a gente tem juntado.
- Mas, se lá não tiver as roupas que eu gosto? Preciso me prevenir! – falou SeeU, batendo os pés no chão. Não gostava quando era contrariada.
- Querida, nós estamos indo para New York, se lá não tiver as roupas que você gosta, te mandarei pra Marte! - falou Cul, com uma pitada de elegância pairando em suas palavras, como sempre.
- Meninaaaas!! O taxi que vai levar a gente pro aeroporto chegou!! – Mia Iang, ou apenas IA (devido a repetição das duas letras tanto em seu nome quanto no sobrenome), parou no batente da porta da sala. Seus cabelos palidamente loiros e compridos balançando junto com a leve brisa que adentrava pela janela do cômodo. Seus olhos eletricamente azuis pareciam ansiosos e não paravam quietos, olhando para todos os cantos, como se quisesse capturar cada detalhe da casa que estava deixando pra trás.
- Então fala pra SeeU que essas milhões de malas que ela quer levar não cabem no taxi! – Cul apontou pra mala cor-de-rosa de Seelena.
- Mas eu estou levando poucas coisas! – a dos cabelos cacheados chiou.
- O que exatamente você está levando See? - perguntou IA com um leve sorriso no rosto. Era sempre bom ter uma pessoa que soubesse manter o consenso entre a turma e IA certamente era essa pessoa.
- Cinco malas, três bolsas, quatro maletas, duas sacolas e a minha guitarra. - falou Seeu, ficando de joelhos em cima da mala rosa.
- Ai meu Deus! Vamos falir só pra pagar o peso extra da sua bagagem. - falou IA, segurando a risada e indo até a amiga para ajudá-la com a mala problemática.
- Gente o taxista tá ficando nervoso! – uma magrelinha de cabelos num tom próximo ao lilás adentrou a sala batendo palmas. Yuzuki Yukari, vulgo Yuyu. Talvez ela fosse a faísca que incendiava a turma das cinco garotas.
- Se eu falar pra vocês que o taxista é bem gostoso, vocês vão se apressar? – uma cabeleira azulada com pontas arroxeadas passou pela porta da sala. Aoki Lapis, ou Aoki Encrenca, como suas amigas a chamavam. A santinha do pau-oco da turma. Aparência de anjo, atitudes longe de serem angelicais.
- Fechei - falou IA, após conseguir fechar a mala de Seelena. Todas as jovens soltaram suspiros aliviados.
- YAY - gritou SeeU levantando os braços. Mas não era a toa que ela era conhecida como a mais atrapalhada das cinco garotas. Em um instante ela estava agitando os braços, no outro ela estava com a cara no chão, choramingando enquanto as amigas explodiam em risadas. Riram e riram, até que ouviram uma buzina. Ah é, nós vamos viajar pra New York daqui uma hora, tinha me esquecido.
- Vamos! - falou Cul batendo palmas.
E as meninas pegaram as bagagens, deram um rápido adeus á casa onde haviam morado juntas por dois anos e se espremeram no táxi que ficou lotado de malas e garotas coloridas.
Quando chegaram ao aeroporto, estavam tão animadas que quase esqueceram de fazer o check-in. Teriam esquecido completamente se não fosse por Cul, o cérebro da turma.
- Será que lá na Cantarella tem meninos bonitos? - perguntou SeeU quando estavam se dirigindo ao avião. Cantarella era uma das escolas de música mais renomadas dos EUA. Ficava em NY, e as garotas haviam ganhado bolsas de estudo para ela, por isso estavam se mudando de sua casa em Tokio, para uma nova casa em New York. Cantarella era uma escola como outra qualquer, com as matérias normais, os mesmos armários, os mesmo corredores, porém com um grande diferencial: obviamente, as aulas de música. As garotas formavam uma banda chamada Dark Lights e por esse e outros motivos, queriam mais que tudo, viver de música, sendo ela seu único ganho e forma de conquistar tudo que elas desejavam.
- Tomara que tenha! – respondeu Yuzuki com os olhos brilhando.
- Meninas, foco! – Cul estralou os dedos - Nós temos que focar na nossa carreira como cantoras, valorizem seus sonhos! Meninos estão em segundo plano!
- Ok Cul. - choramingaram as quatro restantes.
Então chegaram ao avião. SeeU se sentou com IA, Lapis com Yuzuki e Cul preferiu se sentar sozinha numa das poltronas individuais. O avião levantou voo, nenhuma das meninas ficou alarmada, pois já estavam acostumadas a viajar de avião. SeeU e IA passaram a viagem conversando e imaginando sobre como deveria ser a escola Cantarella; Lapis e Yuzuki viajaram ouvindo músicas e cantando baixinho; Cul, por ser a mais culta, passou a viagem lendo seu livro de Biologia, que as meninas já haviam tentando atear fogo, mas Cul chegou bem na hora em que Yuzuki estava encostando o fósforo em chamas no livro, e interrompeu o atentado. Graças a isso seu livro havia ficado todo chamuscado, mas ainda sim Cul conseguia lê-lo.
O avião chegou em New York após longas horas de cochilos, conversas, cantorias e olhares perdidos pelas janelinhas redondas do avião. As meninas desembarcaram já eram 13:00. Pegaram um táxi que iria levá-las até a nova casa. Elas já haviam passado férias em New York, mas ainda assim ficavam boquiabertas com a grandiosidade da cidade, seus prédios enormes, seus letreiros coloridos e seus outdoors imensos. Viraram numa das avenidas mais importantes da cidade e não puderam conter os sorrisos e suspiros. NY era maravilhosa!
- Essa cidade me dá vontade de cantar. - falou Cul olhando pela janela do táxi. Os olhos castanhos refletindo todas as luzes da cidade.
- Então que tal cantarmos alguma coisa? - perguntou SeeU jogando um braço ao redor da amiga.
- Que tal nossa versão mais que perfeita de Paradise? - perguntou Yuzuki do banco do passageiro em frente, se referindo à música do Coldplay que as cinco tanto amavam. Haviam feito covers dela há algum tempo atrás, transformando a canção já bem animada numa música ainda mais alto astral.
- Que tal você ser um pouco menos modesta? – Cul gargalhou.
- Vamos lá! – Seelena bateu palmas e no instante seguinte a harmonia das cinco vozes juntas se espalhou por cada cantinho vazio do táxi, dando, se é que era possível, ainda mais cor para as avenidas de New York.
When she was just a girl
(Quando ela era apenas uma garota)
She expected the world
(Ela tinha expectativas com o mundo)
But it flew away from her reach
(Mas isso voou além de seu alcance)
So she ran away in her sleep
(Então ela fugiu em seu sono)
And dreamed of para-para-paradise
(E sonhou com o para-para-paraíso)
Para-para-paradise
(Para-para-paraíso)
Para-para-paradise
Para-para-paraíso
Every time she closed her eyes
(Toda vez que ela fechava os olhos)
When she was just a girl
(Quando ela era apenas uma garota)
She expected the world
(Ela tinha expectativas com o mundo)
But it flew away from her reach
(Mas isso voou além de seu alcance)
And bullets catch in her teeth
(E balas foram pegas com seus dentes)
Life goes on
(A vida continua)
It gets so heavy
(Fica bem pesada)
The wheel breaks the butterfly
(A roda corrompe a borboleta)
Every tear, a waterfall
(Cada lágrima, uma cachoeira)
In the night
(Na noite)
The stormy night
(Na noite tempestuosa)
She closed her eyes
(Ela fechou seus olhos)
In the night
(Na noite)
The stormy night
(Na noite tempestuosa)
Away she flies
(Pra longe ela voou)
And dreamed of para-para-paradise
(E sonhou com o para-para-paraíso)
Para-para-paradise
(Para-para-paraíso)
Para-para-paradise
(Para-para-paraíso)
Whoa-oh-oh oh-ooh oh-oh-oh
E passaram a viagem assim: cantando, felizes e animadas com a nova vida. De Tokio para New York era uma mudança brusca, porém divertida e um tanto empolgante. Elas passariam por problemas sim, obstáculos estavam na lista, mas elas sabiam que saíriam por cima sempre, porque uma tinha a outra e a outra tinha a uma. Juntas elas aproveitariam ao máximo a nova vida que haviam ganhado.
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Notas da Autora: Hey você que está lendo isso, gostaria de agradecer por ter se interessado pela minha fanfic (pela capa, pela sinopse, pelo tema, whatever) e ter criado coragem de clicar nela e começar a lê-la. Espero não ter decepcionado vocês com o primeiro capítulo! Como já dito antes, a fanfic é sobre Vocaloid por causa dos personagens, mas a história não tem um tema realmente e o fato de ser sobre Vocaloid não influencia na história, como vocês devem ter percebido. A fanfic fala sobre sonhos, música, romance... Acho que o certo é dizer que fala sobre a adolescência. Eu vou citar algumas músicas ao longo dos capítulos, hoje, no caso, citei Paradise da banda Coldplay :) Quem quiser saber como as personagens são, vão lá nas minhas fotos que eu já coloquei fotos de cada personagem citada nesse capítulo! Espero que tenham gostado, até o próximo!
Autor(a): GinnLima
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
* SeeU narrando * Depois de alguns minutos dentro do táxi, chegamos ao endereço que meu pai havia dito. Eu e as meninas havíamos juntado uma grana durante anos para que pudéssemos viajar para New York e tentar ganhar bolsa na Cantarella, mas nossos pais haviam feito tudo debaixo dos panos e quando nos demos conta, eles estavam batend ...
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