Fanfic: Tardes Negras - AyA [ FINALIZADA ] | Tema: Anahi e Alfonso

Dia Seguinte.

Havia sido uma noite difícil para os dois.

Anahí deixou os sentimentos saírem quando chegou em casa. Desabou no sofá da sala, chorando pela dor daquele tapa. Não a dor física, mas a dor de saber que Poncho estava certo pelo que havia dito e feito, mesmo que tivesse exagerado. Ignorou cada toque dos telefones que tinha, provavelmente era Mai querendo saber o que aconteceu. Nunca havia se sentido tão arrependida por não ter contado a ele. Tudo logo naquele momento, só porque ela estava tentando mostrar a Poncho que queria que ele ficasse. Que precisava dele... Dormiu de madrugada, quando o cansaço falou mais alto, e só acordou porque Bela estava lambendo sua mão. Não havia posto a comida no comedor dela de noite. A pequena devia estar morrendo de fome.

Poncho também havia tido uma má noite. Não dormiu. Saiu da Televisa sem rumo, quando deu por si estava na entrada de Naucalpan de Juarez, uma cidade próxima a capital. Voltou e ficou rodando, sem rumo. Pensando. Estava arrependido também. Aquele tapa não era necessário. De cabeça fria pôde pensar bem. O melhor seria conversar com Any, pedir desculpas e tentar entender seu lado, e fazer que ela visse o seu também. Era o tipo de problema que deviam resolver juntos, era isso que deviam fazer. Só passou em casa para tomar um banho, trocar de roupa e foi trabalhar.

Mas algo havia passado despercebido por eles no dia anterior. Algo não, alguém.

Any percebeu que havia algo estranho ao chegar na Televisa. Todos os olhares se voltavam pra ela quando passava. Perguntou-se se estava tão mal assim. Chegou a escutar os comentários de alguns, mas não faziam sentido pra ela.

Poncho a esperava no camarim.

Ela não disse nada, só o encarou.

Poncho: Talvez não adiante eu dizer isso agora, mas desculpa. Eu exagerei ontem. Tomei só as minhas dores, esqueci que você tinha sofrido, e que talvez ainda sofresse. Aquele tapa foi um grande erro. Eu descarreguei a raiva em você. Não devia ter feito isso. A gente precisa sentar e conversar direito, numa boa. - Ele parecia desanimado, não havia sentimentos em sua voz. Não havia nada, nem nela, nem nele.

Any: Tudo bem. No almoço, ou no fim do dia, se quiser...

Poncho: Você... Não. Any, acontece - Ele se levantou e segurou os ombros dela - que nós temos um problema. Um bem grande, eu diria.

Any: O quê?

Ele vacilou. Abriu a boca, mas não falou. Engoliu em seco.

Poncho: Vem comigo. - Pegou a mão dela e puxou, sem esperar uma resposta.

Continua...

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