Fanfic: Tardes Negras - AyA [ FINALIZADA ] | Tema: Anahi e Alfonso

Dia seguinte.

Poncho: Aqui estoy yooooooooo, abriéndote mi corazóóón. Llenaando tu falta de amooor, cerrandole el paso al dolooooor. No temas yo te cuidaréééé, solo aceptaame... ♪

Any: Alguém faz ele parar, por favor?

Ele cantava e dançava com as figurantes que estavam ali. Estava se aproximando de Any...

Poncho: Aquí estoy yo para darte mi fuerza y mi alieeeentooo, y ayudarte a pintar mariposas en... Ai!

Any: Nem tente encostar em mim. - Ela havia aplicado o golpe Colucci [O que a Mia dá um tapa em cada bochecha e depois um na testa do Miguel]

Poncho: Ô esse povo que acorda de mal humor... David não pegou no tranco ontem? Devia ter me deixado fazer o que eu tava fazendo.

Any: Eu não vou responder. Se me dá licença, eu não tenho mais cenas hoje. - Saindo do cenário.

Poncho: Eu também não. - Andando com ela - E os nossos camarins ficam um do lado do outro. Que coisa, não?

Ela bufou.

Poncho: Sabe que eu passei a noite inteira pensando naquele seu carinho? Mesmo exagerando um pouco no fim, tava gostoso.

Any: Pena que o seu caminhãozinho não pode aguentar nem metade dessa areia aqui, né? - Andava sem olhá-lo.

Poncho: Tá me estranhando, é? E sabia que meu caminhãozinho já aguentou bem mais que esse montinho aí.

Any: Uhun.

Eles continuaram andando, Poncho pensava numa maneira de prolongar a conversa, e talvez alguma forma de prender-se com ela no camarim.

Poncho: Escuta, você toma remédio?

Any: Não, bonitinho, eu sou normal. Quem precisa de remédios aqui é você.

Poncho: Remédio pra não engravidar.

Any: Porque isso? - Ela finalmente olhou pra ele.

Poncho: Porque eu não gosto de usar camisinha, você sabe.

Any: E...

Poncho: E não se faça de besta. Você entendeu.

Any: Bonitinho, se você pensa, imagina, sonha que o que aconteceu naquele dia vai voltar a acontecer, acho melhor você acordar.

Poncho: Eu sei que vai, é só eu querer. E olha, você já até parou de me chamar de Alfonso. Bonitinho é bem mais carinhoso.

Any: Eu não vou. E ai de você se tentar, já tem muita sorte que eu não fale nada por ter que sentir essa língua nojenta enchendo minha boca de germes por causa da sua brincadeirinha de me irritar.

Poncho: Veremos. Veremos... O David começou a ensaiar hoje, não foi?

Any: É.

Poncho: Deve ser legal, fazer teatro no gelo. Ainda mais com a Chenoa, ainda mais pra ele.

Any: O que você quer dizer com isso?

Poncho: Ué, um reencontro é um reencontro.

Any: Acho que ainda não entendi aonde você quer chegar.

Poncho: Pelo amor, bonitinha, vai dizer que não lembra que os dois são amiguinhos há anos?

Any: E...

Poncho: E que qualquer um sabe que eles tiveram algo a mais.

Any: Há uns 5 anos.

Poncho: Mas você sabe que recaídas são normais, ainda mais com uma mulher daquela.

Any: O David, diferentemente de outros, quando namora sério, é sério.

Ele captou a indireta, mas não o motivo.

Ela entrou no seu camarim e ele foi junto, fechando a porta.

Any: Que foi? - Com as mãos na cintura, encarando-o.

Poncho: Tá na hora de terminar o que nós começamos ontem, não?

Any: 1º: Tira esse `nós` da frase, não existe nós eu e você. 2º: Você pode pegar essa mãozinha boba, e fazer muito bem o que tava fazendo ontem, e em si mesmo, e sozinho. Dá licença?

Poncho: Eu não penso que seja tão... Ah! - Ele tirou o celular do bolso - Bueno?

Any revirou os olhos e se assustou quando ele praticamente gritou `Laura!` e depois começou a falar italiano. Ela não entendia muito da língua, mas conseguiu captar algumas coisas, até que Poncho, como se tivesse esquecido dela, saiu dali. Pelo menos havia esquecido dos `planos`.

Meia hora depois, quando estava indo embora, ela escutou falando em seu camarim, ainda em italiano.