Fanfics Brasil - Noites do Oriente {DyC} (Terminada)

Fanfic: Noites do Oriente {DyC} (Terminada)


Capítulo: 13? Capítulo

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qoeridas leitoras jah arrumei o capitulo 12


 


 


CAPITULO X


 


Dulce acordou nos braços de Christopher.
Antes de fazer qualquer movimento, ele abriu os olhos e ela sentiu por um instante,
que seu amor não era ignorado.


- Bom dia - Christopher disse, beijando-a
com carinho no rosto.


- Bom dia - respondeu, com ternura.


- Nosso casamento começou ontem à noite -
ele falou, par surpresa dela. - Não há mais por que fugir, chérie...


No fundo do seu ser, Dulce sabia que não
poderia fugir nunca mais àquela verdade. Christopher era seu marido,
desejava-a, e bastava aceitar isso. O que tinham experimentado juntos
ultrapassava todas as aventuras de Christopher.


- Vamos levantar? Temos de chegar ao
castelo antes que meus súditos se organizem e saiam à nossa procura. Seria um
vexame se descobrissem a maneira como puni minha esposa rebelde...


Dulce sorriu com meiguice, concordando com
a sugestão marota de Christopher.


- Já imaginou? Nunca mais teriam confiança
em mim e me considerariam um líder indigno desse nome - ele brincou. - E
culpariam exclusivamente você, que me roubou toda a energia... Cá para nós,
eles estariam com toda a razão.


Antes que ela pudesse responder, Christopher
levantou-se e foi até o oásis, o sol cintilando na pele bronzeada.


Voltou meia hora depois e agachou-se ao
lado de Dulce, que continuava deitada no saco de dormir. Fitou-o com uma
expressão de paz absoluta e viu o sorriso nascer nos lábios dele.


- Vamos, preguiçosa, de pé! - Ela não se
moveu, acompanhando o olhar rápido dele sobre seu corpo. - Você assim está uma
visão tentadora! Prefere que eu volte a me deitar?


Com o coração disparado, Dulce obedeceu-o,
deixando o saco de dormir. Qual teria sido a reação dele, se não o tivesse
acatado?, perguntou-se. Uma mistura de dor e prazer percorreu-lhe o corpo ao se
lembrar dos bons momentos que tinham vivido juntos, mas Christopher já não lhe
dava atenção, preocupado em desmanchar os vestígios da fogueira da noite
passada.


Restava-lhe ficar sozinha com suas
lembranças, enquanto se lavava nas águas do oásis.


Quando voltou, Christopher estendeu-lhe
uma caneca de café, ainda quente, da garrafa térmica que tinha trazido consigo,
e beberam
em silêncio. A angústia que assombrava Dulce desde o
primeiro dia do casamento ia desaparecendo à medida que começava a viver
despreocupada o calor da manhã, e reconhecia o prazer da companhia do marido.


Esse momento de comunicação silenciosa e
confortadora durou pouco. Tão logo terminou de beber o café, Christopher se
afastou e foi até o lugar onde estavam os animais. Dulce ouviu-o saudá-los e
escutou um relinchar de contentamento, como se pudessem compreender a linguagem
humana. Concluiu que, assim como a vida do palácio crescia e se desenvolvia em
torno daquele homem capaz de se entender com todas as formas de natureza, sem
ele a partir dali sua existência dificilmente teria sentido.


 


 


A volta foi lenta, Christopher chamando a
atenção de Dulce para alguns lugares por onde passavam, mostrando-lhe a antiga
rota do comércio usada pelas caravanas que vendiam seda e que iam da China à
Pérsia. Dulce ouvia-o com interesse, ansiosa por não desperdiçar os poucos
momentos que teriam juntos naquela região.


A hostilidade que havia entre os dois
parecia ter desaparecido no calor de suas paixões, e se o tipo de
relacionamento que mantinham naquele instante não era o ideal, Dulce o preferia
mil vezes à raiva e à indiferença. Quando chegaram perto do castelo, Dulce
pressentiu que a felicidade, muito frágil, estava evaporando. Christopher era
um homem de sérias responsabilidades, e ela, como mulher de um árabe
importante, deveria colocar-se ao lado, partilhando dos momentos tristes e
alegrias da vida dele.


Por alguns instantes, quis voltar atrás no
tempo; desejou que pudessem perpetuar os momentos mágicos daquela manhã; ansiou
pela inexistência de deveres, obrigações ou responsabilidades que os
separassem.


Mas estava pensando como uma adolescente
novamente, refletiu, enquanto Zara andava com lentidão. Christopher, percebendo
isso, viu-se forçado a parar e esperar que ela o alcançasse.


Tanto o cavalo quanto o homem esbelto e
decidido que o montava pareciam demonstrar respeito pela sua natureza feminina,
Dulce, pensou, pois sem dúvida, se não estivesse ali, Christopher estaria
galopando livre e selvagem.


O castelo projetava sombras enormes sobre
o deserto. O coração de Dulce batia forte e uma lágrima pareceu querer saltar
dos olhos entristecidos. Não conseguia se livrar das boas lembranças. Naquela
noite tinha estado pela primeira vez nos braços de seu marido. Lamentava terem
de voltar, porque sabia que ele também voltaria para a vida rígida do castelo e
só quando se lembrasse da existência dela lhe faria uma visita.


A corrente de pensamentos se intensificava
à medida que se aproximavam do castelo. Alguém os observava há algum tempo,
porque, ao chegarem, os portões foram abertos com rapidez.


No pátio externo, ela viu um jipe todo
empoeirado. A expressão de estranhamento de Christopher veio reforçar os
pressentimentos amargos de Dulce. A mágica daqueles momentos no deserto não era
forte o suficiente para unir os espaços que se abriam entre eles.


Decidida a não deixá-lo perceber a
angústia que queria dominá-la, entrou no pátio forçando um sorriso. Mas lá, no
fundo do coração uma dor quase lhe rasgava o peito.


Quando viu Zanaide correndo ao seu
encontro, sentiu uma sensação de culpa por ter lhe causado tanta preocupação.
Mas esqueceu um pouco de Zanaide quando, de repente, dois braços pegaram-na
pela cintura para ajudá-la a descer.


Nisso, ouviu a voz familiar de Philippe
Sancerre.


- Dulce, petite, que história é essa de
casamento? Se queria um marido, por que não me esperou?


Sem tempo de esboçar uma reação, Philippe
beijou-a na boca, maldade estampada nos olhos.


Christopher aproximou-se dos dois, o olhar
frio, fixado em Philippe.


- Isso é privilégio de um velho amigo, mon
ami - continuou o francês. - E aposto que você não censuraria este tipo de
gesto carinhoso. Mesmo porque, tem de admitir que roubou essa jóia bem debaixo
do meu nariz!


Embora falasse com suavidade, Dulce sentiu
que por trás daquelas palavras Philippe alimentava um ressentimento em relação
à Christopher, que, naquele momento, a olhava com frieza, quase fazendo-a
desejar voltar imediatamente para a solidão e quietude do deserto.


Oh, não!, exclamou para si mesma. Philippe
não significava nada para ela. Apenas Christopher era capaz de dar vida ao seu
coração! Mas, sem dizer nada, ele lhe dava as costas e se afastava.


Philippe ainda a segurava, apertando-lhe
os braços, impedindo-a de ir atrás do marido.


Depois de passar umas instruções ao
secretário que o aguardava, Christopher voltou-se para Philippe, o rosto
endurecido.


- A que devo a honra da sua visita,
Philippe? Sei que. o deserto nunca esteve entre as suas paixões!


- Tem toda razão, Christopher. O deserto,
não. Mas é diferente, quando se trata de sua bela mulher... digo, esposa...


Dulce corou. Olhou rapidamente para Christopher,
imaginando o que estaria pensando a respeito da sugestão de que ela e Philippe
tinham sido amantes.


- Mas não vim a Qu`Har por vontade própria
- explicou Philippe. - Catherine me deu a sugestão. Ela achou que você não se
irritaria com a presença dela aqui. Ah! Claro! não estávamos sabendo do
casamento - acrescentou, lançando um olhar para Dulce. - Foi uma decisão
repentina, pelo que vejo. Não é mesmo, ma petite? Ou simplesmente foi mais
fácil ceder à pressão de seus pais? Pelo que sei, Hassan, seu padrasto, tem um
grande poder de persuasão!


Fez uma pausa e o silêncio caiu sobre
eles, enquanto trocavam olhares fulminantes.


- Christopher, você é um homem de muita
sorte - Philippe completou. - Arranjou uma esposa rica e bela... Seu tio soube
fazer a escolha certa!


Philippe tomou a mão de Dulce num gesto
mais íntimo do que a relação entre eles permitia.


- Coitadinha - murmurou com suavidade, mas
suficientemente alto para que Christopher o ouvisse. - Vendida para o
matrimônio como uma escrava em exposição no mercado! Agora me arrependo de não
ter aceito o que você me ofereceu generosamente na última vez em que estivemos
juntos. Deveria ter ouvido mais seus sentimentos e menos a voz da cautela.
Poderia não ter dado tanta importância a fato da minha família ter dependido de
seu padrasto. Hoje eu seria seu marido. Ah, ali vem minha irmã - acrescentou,
antes que Dulce tivesse tempo de negar as insinuações odiosas.


Dulce não ousou olhar mais para Christopher.
Que estaria pensando?


Só podia haver uma interpretação daquelas
palavras calculadas, ditas à queima-roupa por Philippe. Mesmo que as ignorasse,
jamais teria condições de convencer Christopher de que se tratava de mentiras;
jamais conseguiria explicar que ela e Philippe não foram amantes. Como aquele
homem era esperto, pensou com amargura. Se ao menos não a tivesse comprometido
daquela forma, se se contentasse em apenas expressar o próprio desejo de ser
amante dela, Christopher com certeza não acreditaria
em nada. Mas esforçava-se por contaminar o espírito de
seu marido, procurando semear o desentendimento entre eles, fazendo-o crer que
estava com uma mulher sedenta, capaz de entregar-se ao menor aceno de um homem.


Magoada e ferida, dirigiu-se a Christopher
e parou, pálida e espantada com o que viu: uma mulher de cabelos escuros
abraçava-o e o beijava.


- Catherine adora Christopher - disse
Philippe. - Sabe, chérie, minha família não vai gostar de saber que você está
casada com ele.


Mamãe e Catherine tinham a esperança de
que ela se tornasse a esposa dele.


- Catherine? - Dulce observou a mulher,
que continuava abraçando Christopher, os lábios colados nos dele. - Mas...
Pensei que sua mãe havia dito que Catherine ainda não estava preparada para o
casamento...


Dulce mordeu os lábios ao se lembrar, em
detalhes, do que madame Sancerre tinha falado a respeito da filha. Seria mesmo
impossível que ela não se adaptasse àquela vida como esposa de Christopher?


- Não estava preparada para nenhum
casamento - concordou Philippe -, mas a união com Christopher é outra coisa,
não é, ma chérie?


Olhou fixamente para o rosto pálido de Dulce,
que não soube como se defender.


Catherine tinha insistido para que ele a
levasse até Qu`Har, na esperança de que perto de Christopher surgisse uma
oportunidade de maior aproximação entre eles. Isso acontecendo, Philippe seria
recompensado de alguma forma. Até aquele momento não tinha desistido da idéia
de casar com Dulce, o que, inevitavelmente, ficaria para o futuro. No momento,
porém, precisava de dinheiro, já que estava endividado por causa dos jogos. Christopher,
na verdade, estava casado, mas se Catherine insistisse, e tivesse sorte,
poderia conquistá-lo. E parecia óbvio que não pouparia esforços para isso...


Philippe havia dito a Catherine que era
tolice pensar que conquistaria Christopher apenas pela atração física, mas não
pôde fazê-la voltar atrás. Ela, por sua vez, lembrou ao irmão que eles
pertenciam a uma família tradicional e importante e que tinha recursos que
poderiam ser usados para fazer Christopher tomar conhecimento dela. A partir
disso, não precisavam mais se explicar. Irmã e irmão compreenderam-se
perfeitamente, e Philippe também estava ciente de que a mãe deles, embora não
aprovasse a conduta de Catherine, ignorava quaisquer deslealdades que visassem
a um casamento vantajoso.


Quando Philippe perguntou a Catherine como
faria para viver debaixo das normas e restrições da vida de Qu`Har, ela riu
gostosamente. Segundo ela, não tinha intenção de morar num lugar como aquele.
Afinal de contas, Christopher também era francês. Era evidente que se mudariam
para Paris!


Philippe pensava tudo isso naquele
momento, enquanto observava a irmã de olhos fixos em Christopher, os lábios
entreabertos com sensualidade. Olhou então para Dulce e compreendeu o que ela
estava sentindo. Mas então aquela bobinha tinha se apaixonado pelo marido
arrogante? Tanto melhor! Todo mundo sabe que as pessoas apaixonadas estão
sempre dispostas a fazer grandes sacrifícios em nome do objeto de seu afeto. A
partir daí, começou a arquitetar um plano...


Quem sabe a vinda a Qu`Har não se
revelaria mais frutífera do que tinha imaginado? Olhou para Christopher,
recordando que haviam sido colegas de escola, lembrando da rivalidade que
existia entre ambos e da superioridade de Christopher em várias áreas do
conhecimento. Que prazer conseguir arrancar dele o troféu que ele exibia com
tanta glória!


O casamento de Dulce e Christopher, que
significou, a princípio, a frustração de todos os seus desejos e de sua irmã em
relação a um futuro tranqüilo, poderia, ainda ser destruído pela ambição de
ambos.


E depois, o casalzinho recém-unido, ao se
separar, precisaria de ombros amigos onde pudesse curar as dores de um
consórcio mal sucedido. Os pensamentos de Philippe se revelavam maquiavélicos.


Sorrindo, puxou a mão de Dulce e fê-la
voltar-se para Christopher e Catherine.


- Está vendo só, Dulce? Catherine está
apaixonada pelo seu marido. De fato...


Parou de falar de repente, como se não
tivesse muita certeza de continuar. Mas Dulce sentia uma pressão tão grande no
coração que nada mais poderia magoá-la. Philippe, como lendo os pensamentos
dela, decidiu prosseguir:


- De fato meus pais e eu acreditamos que
ele despertou nela os sentimentos que pareciam adormecidos a tanto tempo, do
contrário não permitiriam que ela viajasse para tão longe. Eles acham que Christopher
e Catherine poderão se dar muito bem, como constataram em Paris na última vez
em que ele esteve por lá, Christopher não falou com papai, mas Catherine não
tinha dúvidas sobre o que sentia, e quando finalmente foi convidada para vir
até aqui...


- Christopher convidou vocês?


Dulce olhou firme para Philippe.
Incomodado, ele deu de ombros.


- Dulce, você acha que minha irmã viria
até aqui sem convidada? Com o canto dos olhos, Dulce viu Catherine afastar-se
dos braços de Christopher. Ainda segurando a mão dele, como se aquele contato
lhe desse mais forças, ela dirigiu-se a Dulce, desculpando-se.


- Sabe, Dulce, eu e Christopher... - Não
pôde continuar. Mas não era preciso: através dos olhos da moça, Dulce entendeu
o que queria dizer. Um calafrio lhe percorreu a espinha, o medo a fez suar
frio. Então, Catherine Sancerre amava Christopher. Ele a havia convidado a ir
até Qu`Rar, mesmo sabendo que estavam casados? Mas claro, pensou Dulce. Não é a
mim que ele ama. Christopher ama Catherine!


Muito bem! Nesse caso ele jamais
desconfiará dos meus verdadeiros sentimentos! Abriu um sorriso fingindo que
aquilo não significava absolutamente nada e estendeu a mão para tocar o braço
de Philippe.


Imitava Catherine, como se amasse Philippe
há muito tempo e tivesse chegado o momento oportuno de demonstrar isso.


- Não precisa se desculpar, Catherine -
disse com alegria fingida.- Na verdade acho maravilhoso ter vocês dois aqui
conosco...


Catherine gargalhou, quebrando o silêncio
repentino.


- Oh, Christopher, sua esposa não é nada
romântica! Confesso que, se fosse recém-casada com você não iria permitir a
presença de ninguém ao nosso lado...


- Dulce é inglesa, Catherine - Christopher
observou com secura.


- Os ingleses encaram as coisas de uma
maneira diferente. Na verdade, ela parece ter gostado de rever seu irmão.


Os olhos dele pousaram na mão que Dulce
havia colocado no braço de Philippe. Mas ela não a retirou e, em vez disso,
ergueu a cabeça e enfrentou-o com ar de desafio.


- Tome cuidado, chéri - disse Catherine. -
Meu irmão é capaz de roubar sua esposa. Sabe de uma coisa? - perguntou, mudando
o tom de voz. - Não viajei todo esse tempo para chegar e ficar parada num pátio
empoeirado. Será que não podemos entrar?


Lembrando tardiamente de seus deveres de
anfitriã, Dulce chamou Zanaide e pediu-lhe que mostrasse às visitas o salão
principal e ordenasse às criadas que arrumassem os aposentos.


- Antes de sentar em qualquer lugar,
gostaria de tomar um bom banho. Estou com areia dos pés à cabeça e minha pele,
tão fina, ficou irritada. Você não a reconheceria, chérie - Catherine disse
sedutora para Christopher.


Dulce ouviu o comentário com clareza e
sentiu o rosto ficar
em brasa. Mas preferiu permanecer calada. Já bastava
ter de enfrentar aquela situação odiosa! Como poderia competir com uma garota tão
sofisticada como Catherine? Sem dúvida, Christopher não teria a menor necessidade
de ensinar a ela como fazer amar.


- Dulce poderá levá-la até o banheiro - Christopher
sugeriu, olhando para ela de uma maneira que lhe tirava todas as chances de se
recusar a obedecê-lo.


 


 


Enquanto Dulce acompanhava Catherine até o
banheiro, ambas ficaram em silêncio.


Dulce abriu a porta e afastou-se para dar
passagem à visitante.


Catherine estudou o aposento com frieza e
finalmente se demorou na frente da cama que, era evidente, ninguém tinha
utilizado.


- Pobre Dulce - murmurou com falsa
piedade. - Casada com um homem que não a deseja. Por que não tentou persuadir o
xeque Hássan a deixá-la casar com Philippe? Ele pelo menos se preocupa com
você, enquanto seu marido... está habituado com mulheres, chérie, não com
mocinhas problemáticas. Estar com Christopher é compartilhar o máximo de
prazer, de experiências! Como você sabe, quanto mais alto se chega, maior é o
tombo. Não é isso que diz O ditado? Ele não lhe falou sobre mim? Sobre nossos
planos? Quando estivemos em Paris nos aproximamos tanto...


Dulce, para sua surpresa, encontrou forças
para responder.


- Muitas mulheres acharam que estavam bem
próximas de m marido...


Catherine replicou imediata e
impiedosamente.


- Você está querendo dizer que muitas
mulheres foram amante, dele! Mas com a gente foi diferente. Christopher sabe
reconhecer a importância e a projeção da minha família. Ele jamais me
insultaria oferecendo outra coisa senão o casamento. E teria casado comigo se
seu padrasto não a tivesse imposto abertamente a ele. É mesmo sei tudo a
respeito disso...


Realmente, Philippe tinha mencionado essa
possibilidade, Dulce se lembrou, constrangida. Mas agora era tarde demais. O
que poderia fazer? Como lidaria com a irmã de Philippe? Catherine era uma
mulher prática. Desejava casar por dinheiro, mas com Christopher obteria tanto
a riqueza quanto o prazer sexual. Durante anos tentou atraí-lo nesse sentido,
com esperança de usar o senso inato de responsabilidade e honra de Christopher
para forçá-lo a uma situação de que não se livraria sem casamento. A informação
de que o xeque Rassan queria casar Dulce com Christopher soou para ela como um
choque. Christopher era metade francês e exigia de uma mulher mais que
obediência passiva. Mas Dulce era diferente. A notícia de que ela já estava em
Qu`Rar visitando a família de Hassan estimulou-a a tomar uma decisão. Imaginou
então que aproveitaria sua estada em Qu`Rar para conquistá-lo e atraí-lo para o
casamento.


E quando soube que Dulce já havia casado
com Christopher, recebeu um novo e mais poderoso choque.


Catherine estreitava os olhos ao examinar
o quarto. Como Christopher tinha podido casar com uma garota tão tola quanto Dulce?,
perguntou-se. Estudou a figura delgada da inglesa e lançou um novo olhar para a
cama.


- Christopher não divide o quarto com
você!


Era uma afirmação e não uma pergunta. Mais
uma vez Dulce viu-se com forças para retrucar.


- Nem sempre... às vezes vou para o quarto
dele.


Os olhos azuis-claros de Catherine
irradiaram despeito.


- Então... vocês dormiram juntos na mesma
cama... Mas isso não quer dizer muita coisa, petite - disse com ar de
provocação. Christopher é antes de mais nada um homem de verdade. E é assim que
ele se comporta quando não dispõe de algo mais agradável e apropriado para
satisfazê-lo.


Dulce, parada no meio do quarto, enrijeceu
o corpo.


- Ora, vamos, você não é tão ingênua
assim, a ponto de acreditar que existe outro motivo para ele estar com você. -
Catherine continuou. - Sua bobinha! Christopher é procurado por algumas das
mulheres mais desejáveis de todo o inundo...


- Você, inclusive?


Dulce arrependeu-se de ter falado com
tanta ironia, mas era tarde para voltar atrás. O pior é que tinha dado a
Catherine a oportunidade que ela tanto esperava.


- Comigo é um pouco diferente... Christopher
sabe que eu jamais me tornaria amante dele. Casando comigo, estaria se ligando
a uma das famílias mais respeitáveis da França... Uma perspectiva compensadora,
não acha, para quem veio de uma mulher que praticamente vivia nas sarjetas de
Paris?


- E você se daria por satisfeita com isso?


Dulce tencionava desarmar Catherine, porém
a garota mostrava-se mais firme que ela.


- Eu disse isso? - perguntou, dando de
ombros. - Christopher me ama, Dulce. Sei disso. O convite para eu vir até aqui
é apenas uma confirmação do amor que ele deseja consolidar através da nossa
união.


- Ele já está casado comigo, Catherine!


Ela sorriu com indiferença.


- Um casamento realizado por conveniência
e arranjado por seu padrasto. Mas logo depois que você lhe der um filho que o
suceda, ele lhe pedirá o divórcio.


Catherine falou com tanta certeza que Dulce
sentiu-se embaraçada, sem palavras para responder.


- Você fica olhando desse jeito para mim -
continuou Catherine, percebendo a vantagem que tinha sobre Dulce. - Mas já
sabia disso, não sabia? O xeque atual tem filhos, é verdade, mas nenhum deles
possui a sabedoria e a habilidade de Christopher. Além disso, cabe a Hassan
decidir quem deverá governar Qu`Har. Parece-me natural que escolha Christopher,
principalmente, se ele tiver um filho para substituí-lo. Um filho cuja mãe é a
própria filha de Hassan.


Catherine falava com uma lógica tão
incontestável, que Dulce não entendia por que não tinha percebido tudo aquilo
antes. Naturalmente Hassan exultaria se ela desse um filho a Christopher. Como
tinha sido estúpida! O casamento não seria anulado, segundo Christopher, mas
ele não havia mencionado essa outra razão por querer fazer amor com ela.


O quarto começou a girar em torno dela e
imediatamente procura a cama para sentar-se. Era bem possível que naquele exato
momento carregasse o filho de Christopher! Sentiu-se tonta só de -pensar nisso!
A culpa era toda dela; quem mais poderia culpar? Ela mesma tinha se iludido,
achando que o casamento um dia se tornaria uma união espontânea. Christopher
nunca havia falado no assunto da separação dos dois. E agora acabava de saber
que ele pensava em pedir o divórcio e substituí-la por Catherine... assim que o
filho nascesse. Com esse filho, ele poderia contar com o apoio do xeque Hassan,
e garantiria até mesmo a presença do filho no reinado independentemente da
vontade dela!


- Se você tivesse um pouco de orgulho,
abandonaria Qu`Bar, depressinha - continuou Catherine. Ou está tão apaixonada
que irá se submeter a todas as vontades de Christopher? Ele deve se divertir
muito com você, principalmente porque sabe que não ignora os propósitos e os
desejos dele! Eu não suportaria um homem que fizesse amor comigo e ao mesmo
tempo pensasse em outra mulher.


Não me sentiria muito bem se soubesse que
ele me desejava apenas para gerar um filho! - Catherine sorriu, mostrando
crueldade. - Não disse que você tinha voado alto demais, Dulce? Retirou-se em
seguida e deixou Dulce sozinha, o olhar fixo vazio.


 


 


Dulce evitou encontrar-se com Christopher
o resto do dia, mas à noite não foi fácil escapar e ela viu-se forçada a tolerar
os olhares furtivos de Catherine sobre Christopher durante o jantar. Philippe,
por sua vez, olhava-a com simpatia e falou que teria sido melhor se Christopher
e Catherine jantassem sozinhos, pois estava claro que desejava matar a saudade.


Depois do jantar, Catherine insistiu em
ouvir umas fitas que tinha trazido de Paris.


- Lembra que dançamos essa música na
última vez que você me convidou para sair? - perguntou a Christopher, ao som de
unia música romântica e sensual. Philippe e Dulce praticamente não existiam
para ela, e Dulce não se surpreendeu quando o marido e Catherine se retiraram,
indo em direção ao quarto da torre.


Christopher não tinha lhe dirigido a
atenção desde a chegada dos visitantes. Ela se sentia mal, incapaz de
pronunciar qualquer coisa, coerente, dominada por intenso nervosismo.


Ao voltarem da torre, o marido a convidou
para dançar, o que Dulce recusou por pressentir no gesto um mero dever de
cavalheirismo.


Dulce sentiu-se aliviada quando Philippe
interveio, sugerindo que ela lhe mostrasse o pátio.


Ficaram fora por uma meia hora, até que
Philippe pediu para voltarem. O salão estava na penumbra, não havia mais
música. Ao entrarem, Philippe estendeu a mão para acender a luz. Dulce engoliu
em seco quando a luz iluminou todo o salão e revelou o casal abraçado.


Christopher reagiu, desvencilhando-se dos
braços de Catherine, e Dulce agradeceu a Philippe, que agiu com rapidez,
abraçando-a.


- Desculpem-nos - disse philippe.


Dulce encontrou consolo nos braços de
Philippe, que a levou dali. Não hesitou em permitir que ele a conduzisse até a
porta do quarto. Abrindo-a, tomou-a nos braços e a carregou para dentro. Depois
a beijou.


Ela não sentiu nada. Nenhum prazer, nenhum
estremecimento. Estava esgotada, incapaz de se importar com qualquer coisa. A
dor de saber que Christopher estava lá embaixo com Catherine era forte demais!


Philippe desprendeu os lábios dos dela,
fitou-a e murmurou qualquer coisa incompreensível. Dulce abriu os olhos a tempo
de ver a figura alta do marido no limiar da porta.


- Mas que inoportuno! - murmurou Philippe.
-Não se preocupe, petite. Teremos outras oportunidades.


- Passou-se uma semana. Dulce viu Christopher
muito pouco, assim como Catherine. Estavam sempre juntos, cavalgando, caçando,
rindo.


Por causa disso Dulce foi ficando pálida e
magra, deixando Zanaide preocupada. Philippe passava uma boa parte do tempo na
companhia dela.


Certa tarde, Christopher levou Catherine
até a cidade simplesmente porque ela insistia em respirar o ar da civilização.
Philippe encontrou Dulce sentada no pátio, fitando o horizonte, inexpressiva.


- Dulce, você precisa ir embora daqui -
ele observou de repente. - Está se destruindo a troco de quê? Você não é cega.
Sabe muito bem o que há entre Christopher e Catherine.


Tomou a mão dela e deu uma batidinha de
leve com os dedos.


- Sei que o ama, petite, mas onde está seu
orgulho? Tem forças para suportar mais ainda? Você se transformou na sombra da
garota que eu conheci. Desde que cheguei não a vejo sorrir. Vá Dulce, antes que
ele a destrua por completo...


Philippe falava a verdade, Dulce pensou. E
as palavras de Catherine também ecoavam ainda dentro dela. Onde estava seu amor
próprio? Ficaria ali até nascer o filho de Christopher? O filho que o pai
acabaria lhe roubando? E ela? Ele a libertaria para que procurasse viver com
quem quisesse? Se realmente amava Christopher, queria fazer a felicidade dele
antes de mais nada, e restava-lhe aceitar que ele já tinha encontrado a paz
junto de Catherine. Que ela não gostasse da francesinha era uma coisa. Mas ele
parecia atraído por ela de verdade!


- Se pudesse, eu iria embora - respondeu e
Philippe. - Porém não posso.


- Se você realmente quer ir, eu a
ajudarei. O jipe está aí. Posso levá-la a Qu`Rar, ou, se preferir, atravessamos
a fronteira até o Kuwait, onde pegará um avião para Londres.


- Não tenho dinheiro. Eu...


- Não se preocupe com isso. Eu lhe
empresto o quanto for necessário. E Dulce... Não pense que estou fazendo isso
por puro altruísmo... - Tocou os lábios dela com dedos delicados. - Um dia,
quando a dor que está sentindo passar, espero que se lembre que eu existo e
permita que seja o marido que tanto você merece ter...


- Oh, Philippe, eu...


- Não diga nada, por enquanto... É que me
ocorreu que será melhor Christopher não suspeitar que existe alguma coisa entre
nós...


Assim ele não a procurará para trazê-la de
volta, para forçá-la a dar-lhe um filho...


Dulce não teve forças para protestar.
Estava certa de que em nenhum momento Christopher acreditaria que ela amava
Philippe. Mas em nome do seu orgulho concordou com ele, estremecendo ao pensar
que Christopher poderia sair à procura dela, arrastá-la de volta para a
humilhação que tinha experimentado desde o momento em que descobriu que ele
amava Catherine. Talvez até devesse explicar tudo ao padrasto e convencê-lo de
que Christopher ainda merecia dirigir a companhia de petróleo. Sem dúvida era o
que ele mais desejava e ela não queria privá-lo de seus direitos.


Philippe imediatamente cuidou dos
preparativos para a viagem de Daniel1e. Christopher e Catherine andariam a cavalo
na manhã seguinte, aproveitariam a ocasião para partir. Não tinham nada para
levar, com sorte chegariam no Kuwait ao anoitecer. Philippe contava com muitos
cheques de viagem e, caso precisasse, sacaria da conta do pai.


- Pense bem - ele falou, tentando
confortar Dulce. - Dentro de dois dias você estará em casa.


Em casa!, Dulce exclamou, girando a cabeça
e olhando à distância. Mas então Philippe não era capaz de compreender que sem Christopher
nenhum lugar poderia ser sua casa? Ele era sua vida! Seu mundo! E Christopher,
no entanto, não a amava!


A manhã parecia igual a tantas outras! O
sol brilhava num céu limpo e claro. Dulce ouviu Catherine e Christopher
partindo. Terminou de se vestir com rapidez e correu para a janela. Procurou
desesperada gravar a última visão de Christopher. Por um segundo teve o impulso
de descer, correr atrás dele, abraçá-lo e pedir que a amasse.


Que absurdo! O impulso morreu em
seguida. Em
nome
de Christopher, em nome dela, o melhor seria mesmo partir.


Saíram meia hora depois dos dois. Dulce
prestou atenção nas instruções de Philippe. Entraram no jipe e, antes de dar a
partida, ele a beijou de leve nos lábios. Dulce tinha deixado um bilhete para
Zanaide, agradecendo-a por tanta dedicação. Mas não escreveu uma palavra para Christopher.
O próprio Philippe explicaria tudo mais tarde, depois que ela estivesse segura
dentro do avião.


Dulce sabia que as explicações seriam
necessárias. No entanto, Christopher com certeza tiraria suas próprias
conclusões e ficaria agradecido pela oportunidade de reconquistar a liberdade
de poder casar com a mulher a quem realmente amava.


A caminho do Kuwait, Philippe explicou que
não estava tomando a estrada que levava a Qu`Rar, mas uma que ia na direção
oposta.


- Mas então vamos ter que atravessar o
deserto? - perguntou Dulce, apreensiva.


- Não se preocupe. Quando menino, conheci
Qu`Har e me familiarizei com o deserto. Dentro de umas duas horas chegaremos na
fronteira.


Quatro horas mais tarde, Philippe viu-se
obrigado a reconhecer que tinha sido demasiado otimista. O calor havia
aumentado e Dulce começava a sentir-se mal, prestes a desmaiar. E não aparecia
nem sinal da fronteira do Kuwait.


- Acho que na última bifurcação tomei a
estrada errada - admitiu Philippe. Ele franziu a testa ao bater o olho no mostrador
da gasolina. - Vamos ter que voltar.


- Não seria melhor ficarmos aqui
descansando um pouco? - sugeriu Dulce com timidez. Começava a sentir uma leve
dor de cabeça.


-Com este sol? Impossível! Se a gente não
continuar o carro vai esquentar demais. Meu Deus, que calor! - ele queixou-se.


Dulce viu que Philippe na verdade não
conhecia aquele caminho. Percebeu que, de fato, não era a pessoa ideal para se
desembaraçar numa situação crítica. Lamentava a todo instante o ambiente, o
calor, a idiotice de não haver sinalização funcional ao longo da estrada, e Dulce,
com a cabeça latejando, procurava permanecer calada.


Certa vez Christopher tinha lhe dito que
aquelas estradas ficavam obstruídas com facilidade pelas tempestades de areia.
Philippe agora se comportava como uma criança mimada, não como um adulto. Além
disso, havia a possibilidade de se perderem por completo.


O jipe andou aos trancos, pendendo para um
lado. Philippe praguejou, golpeou a lataria do veículo, mostrando-se
visivelmente irritado, para não dizer desesperado. Desceu do jipe e voltou
poucos segundos depois, um sorriso amarelo nos lábios.


- Um pneu está furado.


Dulce limitou-se a olhá-lo, sem
compreender o risco que estavam correndo.


- Quer que eu ajude a trocar?


- Não temos outro pneu!


Passado algum tempo, Dulce percebeu que
pela primeira vez não sentia medo. Sem pneu sobressalente não poderiam ir a
lugar algum com o jipe. Não sabiam onde estavam e ela imaginava que, se dali a
algumas horas não fossem localizados, provavelmente morreriam.


Uma vez conhecida a gravidade da situação,
uma estranha sensação de calma tomou conta dela. Philippe continuava
amaldiçoando as imposições do destino, chegando a culpá-la por convencê-lo a ir
para o Kuwait. Com uma clareza nunca vista, ela percebeu que Philippe era
inseguro e imaturo, sempre precisando encontrar alguém para responsabilizar por
suas próprias faltas. Christopher, até aquele momento, não tinha passado de um
bode-expiatório... Christopher, que era tudo o que Philippe não era.


Como uma mãe que tem de lidar com uma
criança histérica, Dulce procurou tranqüilizá-lo, dizendo que logo receberiam
ajuda. Era impossível que alguém passasse por ali e os encontrasse. No entanto
Philippe deixou-se levar por ela a ponto de acreditar que certamente acabariam sendo
localizados.


Dulce começou a sentir-se mal, mas diante
da impaciência de Philippe, que subia e descia do jipe, andando de um lado para
o outro, preferiu não dizer nada.


- Bom, não quero morrer aqui - disse
Philippe. - Dulce continuou em silêncio. - Já que não pode ter Christopher,
para você tanto faz morrer aqui, não é mesmo? - Dulce parecia não ouvi-lo.


- Mas que maçada! Eu e você bem que
podíamos estar juntos, Dulce, divertindo-nos por aí. Eu não posso permitir que
morra... Você é minha apólice de seguro, que me pagará dividendos tão logo
saiamos dessa encrenca. Imagino que o xeque Hassan ficará felicíssimo com o
homem que salvar a vida preciosa de sua filha, não acha?


Seria inútil Dulce argumentar que o melhor
era permanecer ali mesmo ou que o jipe era o sinal mais visível à distância.
Philippe insistiu e assim, com relutância, Dulce desceu do carro e, obediente
caminhou ao lado dele debaixo do sol abrasador.


 


 


 


 


 




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Autor(a): lovedyc

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 842



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  • stellabarcelos Postado em 06/09/2015 - 17:17:04

    Que fanfic fofa!

  • anjodoce Postado em 14/03/2010 - 17:35:11

    Amei, perfeita.
    Que bom que meus amores ficaram juntinhos.
    Estarei com você na sua próxima web BB.
    Beijos!!!!! *-*

  • anjodoce Postado em 14/03/2010 - 17:35:10

    Amei, perfeita.
    Que bom que meus amores ficaram juntinhos.
    Estarei com você na sua próxima web BB.
    Beijos!!!!! *-*

  • anjodoce Postado em 14/03/2010 - 17:35:10

    Amei, perfeita.
    Que bom que meus amores ficaram juntinhos.
    Estarei com você na sua próxima web BB.
    Beijos!!!!! *-*

  • anjodoce Postado em 14/03/2010 - 17:35:08

    Amei, perfeita.
    Que bom que meus amores ficaram juntinhos.
    Estarei com você na sua próxima web BB.
    Beijos!!!!! *-*

  • anjodoce Postado em 14/03/2010 - 17:35:06

    Amei, perfeita.
    Que bom que meus amores ficaram juntinhos.
    Estarei com você na sua próxima web BB.
    Beijos!!!!! *-*

  • anjodoce Postado em 14/03/2010 - 17:35:05

    Amei, perfeita.
    Que bom que meus amores ficaram juntinhos.
    Estarei com você na sua próxima web BB.
    Beijos!!!!! *-*

  • natyvondy Postado em 14/03/2010 - 17:24:49

    *-* linda

  • natyvondy Postado em 14/03/2010 - 17:24:42

    *-* linda

  • natyvondy Postado em 14/03/2010 - 17:23:59

    *-* linda


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