Fanfics Brasil - Noites do Oriente {DyC} (Terminada)

Fanfic: Noites do Oriente {DyC} (Terminada)


Capítulo: 4? Capítulo

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      - O xeique Den Ibn Ahmed tinha quatro
filhos, dos quais Hassan era o predileto e por isso seu sucessor direto. Mas
ele não possuía filhos. Os três irmãos demonstraram franco descontentamento com
isso. Por fim, lbn Ahmed compreendeu que um homem sem filhos não seria de fato
a escolha mais certa para a condução de Qu`Har. Depois de consultar os
conselheiros, montou-se numa companhia para controlar a produção de petróleo e
os rendimentos da Qu`Har, e Hassan, ainda o preferido, passou a administrá-la.
Foi uma decisão sábia, pois com Hassan a companhia se diversificou e cresceu, e
os lucros são empregados para beneficiar não apenas a família, mas também seu
povo. Talvez você não saiba, mas os ancestrais de Rassan pertenceram a uma
pequena tribo que ficou famosa por sua bravura e independência. Foi um dos meus
antepassados que persuadiu o xeque a mandar os filhos se educarem no exterior,
e a partir daí começou a relação entre a família de Hassan e a minha. Papai diz
que seu padrasto compensou amplamente a dívida moral para com o meu avô através
do volume de negócios que ele nos deu e continua dando até hoje. . .


      - E você, não concorda com isso?


      - Sem dúvida, ele tem sido generoso -
admitiu Philippe -, todavia poderia tornar a ajuda mais efetiva. Por exemplo,
um cargo importante em uma de suas inúmeras companhias representa pouco para
ele e seria de inestimável valor para nós. Concorda?


      Como Dulce sabia que, para seu padrasto,
um homem, deveria vencer na vida com seu próprio esforço, preferiu não
responder. Em algumas ocasiões, Philippe mostrava-se agradável e encantador,
mas não parecia tão dedicado ao trabalho quanto o pai. No entanto, era natural
que, acostumado a uma vida sofisticada em Paris, Philippe, ambicionasse uma
riqueza maior para o futuro.


      Sem dúvida ele a achava atraente, se
casaria com uma mulher também rica, mas talvez uma francesa calma e. tranqüila
que acabasse fechando os olhos para os negócios do marido. Ela jamais faria tal
coisa, concluiu, surpresa com o próprio pensamento. Só se casaria com um homem
capaz de amá-la intensamente e compartilhar com ela todos os acontecimentos de
sua vida profissional e emotiva. Sorriu com tristeza: com certeza existiam
poucos homens dispostos àquela comunhão verdadeira. Mesmo o padrasto, que amava
Helen, tinha interesses dos quais a excluía.


      Será que sua mãe conhecia o passado de
Hassan?, perguntou-se.


      Claro que sim, embora nunca tivesse
comentado nada com ela. Mas por quê? Precisava admitir uma coisa: só depois de
ter voltado da Suíça é que sua mãe começou a tratá-la como adulta, e não podia
esquecer que, para ela, sempre seria a filhinha querida e inexperiente.


      Dulce refletiu que havia amadurecido
muito nos últimos anos.


      Tinha uma sensibilidade que atraía as
pessoas com problemas, a procurá-la e a desabafar-se com ela. Esse tipo de
experiência colaborou para fortalecer ainda mais os traços maduros de sua
personalidade.


      Nem por isso deixava de compreender que,
quando se está envolvido emocionalmente, torna-se muito difícil encontrar
qualquer solução ou julgar com imparcialidade.


      Fazendo um balanço de sua vida,
prometeu-se uma coisa: ser fiel a si e jamais fazer concessões que não achasse
necessárias e justas.


      - Aborreço você com toda essa conversa? -
perguntou Philippe.


      Dulce respondeu com um sorriso. Na
verdade, estava interessada. E mesmo que não estivesse, pensou Philippe,
orgulhoso e egoísta como era, não acreditaria que ela pudesse se cansar com a
história. Para ele, as mulheres sempre se sentiam encantadas com sua presença.


      - Não, de jeito nenhum - respondeu pausadamente.
- Por favor, continue.


      - Ainda não lhe contei o melhor. Quando a
mulher de Hassan percebeu que ele não seria o cabeça de Qu`Rar, mas só
administraria os negócios de longe, pediu o divórcio. Oh, sim, as muçulmanas,
segundo o Corão, têm esse direito, porém poucas chegam a utilizá-lo.


      Sem uma família rica e poder para
sustentá-las, as divorciadas levam uma vida em geral infeliz. Mas ao que
parece, Miriam nunca desejou casar com Hassan, e sim com o irmão mais velho
dele. Hassan recusou as demais esposas permitidas pelo Corão. Ele já estava
ciente de que seria impossível ter um filho e contou a meu pai que a
perspectiva de enfrentar problemas com três esposas não o entusiasmava.


      Assim, além de dar-lhe o controle
absoluto dos rendimentos do petróleo, o pai dele escreveu no testamento, com a
presença de toda a família, que Hassan escolheria seu próprio sucessor - entre
os membros da família, é claro. Fazer o contrário seria absurdo; mas excetuando
essa exigência, Hassan viu-se livre para indicar quem quisesse, e até a época
do casamento com sua mãe a opção tinha recaído sobre Christopher.


      Philippe não demonstrava, mas o tom de
voz denunciava que havia um clima de oposição à figura de Christopher. Gostaria
de lhe perguntar a razão, Dulce pensou. Seria. por causa dele que o padrasto
não as linha levado até Qu`Rar ou nunca havia trazido nenhum membro da família
para visitá-los? Intrigava-se cada vez mais com o tal desconhecido. Em nome de
quê ele ousava afastar as duas famílias? Ela sabia que muitos árabes
desprezavam os compatriotas que se casavam com pessoas de outra cultura, mas,
pelo que Philippe ,contou, Christopher não havia cortado relações com o tio, e,
com certeza, não era intenção dele criar uma rixa familiar.


      - A verdade é que ninguém da família
ficou contente com o casamento de Rassan e sua mãe - continuou Philippe. -
Afinal de contas, Hassan é um homem rico e poderoso, e, embora Christopher
possa herdar dele esta posição, a idéia de que toda riqueza será partilhada por
estrangeiros ultrapassou os limites de tolerância da família.


       Uma palavra chamou a atenção de Dulce,
uma palavra que ela repetiu diversas vezes a si mesma:
"estrangeiros".


      - Que estrangeiros? - perguntou, ansiosa.


      - Então você não sabe? - replicou
Philippe, satisfeito. - Na veias de Christopher corre uma ,mistura de sangues.
De fato, ele deve Hassan ser aceito pela família e ocupar uma posição
importante. Ele é filho do irmão caçula de Hassan que, quando jovem, estudou
numa universidade de Paris. Foi lá que acabou conhecendo a mulher que seria a
mãe de Christopher, embora não tivesse casado com ela. Ninguém da família ficou
sabendo do caso e da criança, até que Suad foi assassinado numa briga de rua.
Hassan viajou então para Paris para se inteirar dos acontecimentos e descobriu
que o irmão vivia com Jeannette. Ao constatar que ela estava grávida de Suad,
ofereceu-lhe dinheiro em troca de plenos direitos legais sobre o bebê, quando
este nascesse. Jeannette concordou e, tão logo nasceu a criança, o tio levou
para Qu`Har. Comenta-se na família que Hassan tinha a intenção de criar Christopher
como o filho que não pôde ter, e até o momento de Christopher ir para a escola
viveu sob a proteção dele...


      O coração de Dulce ficou cheio de dor,
tocado pela dramática história daquele menino abandonado. Como Christopher
podia ser tão ingrato com quem tinha lhe salvado a vida de um destino incerto?
Como podia ele, criado como filho verdadeiro pelo tio, ignorá-lo, quase se
voltando contra ele? E Hassan? Por que nunca lhe contou sobre a existência
daquele homem?


      Como se lesse os pensamentos dela,
Philippe começou a fornecer respostas para todas as perguntas, mas antes que
pudesse completá-las foi interrompido pela chegada de Hassan e monsieur
Sancerre, que o chamaram para se juntar a eles.


      - Ah, esses homens! - exclamou madame
Sancerre, acompanhando com os olhos a saída de Philippe. - Mas não resta
dúvida, petite de que Philippe prefere a sua companhia à do xeque e do pai.


      - A senhora não estará sendo injusta? -
replicou Dulce, querendo ser gentil.


      - Ora, vamos, chérie - protestou a
senhora. - É uma mulher encantadora. Então não percebeu que Phillippe tem uma
forte queda por você?




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Autor(a): lovedyc

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     CAPITULO II             - Então não notou mesmo que Philippe está interessado em você? disse Rassan, conversando com Dulce sobre o jantar da noite anterior, quase repetindo as palavras de madame Sancerre.       - Ele é simpático - ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 842



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  • stellabarcelos Postado em 06/09/2015 - 17:17:04

    Que fanfic fofa!

  • anjodoce Postado em 14/03/2010 - 17:35:11

    Amei, perfeita.
    Que bom que meus amores ficaram juntinhos.
    Estarei com você na sua próxima web BB.
    Beijos!!!!! *-*

  • anjodoce Postado em 14/03/2010 - 17:35:10

    Amei, perfeita.
    Que bom que meus amores ficaram juntinhos.
    Estarei com você na sua próxima web BB.
    Beijos!!!!! *-*

  • anjodoce Postado em 14/03/2010 - 17:35:10

    Amei, perfeita.
    Que bom que meus amores ficaram juntinhos.
    Estarei com você na sua próxima web BB.
    Beijos!!!!! *-*

  • anjodoce Postado em 14/03/2010 - 17:35:08

    Amei, perfeita.
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    Estarei com você na sua próxima web BB.
    Beijos!!!!! *-*

  • anjodoce Postado em 14/03/2010 - 17:35:06

    Amei, perfeita.
    Que bom que meus amores ficaram juntinhos.
    Estarei com você na sua próxima web BB.
    Beijos!!!!! *-*

  • anjodoce Postado em 14/03/2010 - 17:35:05

    Amei, perfeita.
    Que bom que meus amores ficaram juntinhos.
    Estarei com você na sua próxima web BB.
    Beijos!!!!! *-*

  • natyvondy Postado em 14/03/2010 - 17:24:49

    *-* linda

  • natyvondy Postado em 14/03/2010 - 17:24:42

    *-* linda

  • natyvondy Postado em 14/03/2010 - 17:23:59

    *-* linda


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