Fanfic: PROIBIDO (ADAPTADA AYA)ROMANCE,HOT E DRAMA | Tema: PONNY

Para não ter que ficar perto dos amigos da Dulce, fiquei dando voltas pelo galpão. Ainda não acreditava que a Dulce ia mesmo me deixar ingerir droga, sem sequer me avisar. Subi as escadas e percebi que não havia casais se agarrando lá em cima. Como Alfonso conseguia controlar essas coisas? Na casa da Dulce os casais transavam até na varanda da frente, ela não tinha controle algum.

Dei uma volta pelo corredor e acabei parada em frente ao quarto onde ele dormia. Pensei em entrar, mas dei meia volta e desci as escadas. Quando cheguei lá embaixo, no meio das pessoas e da bagunça, Alfonso pegou meu braço e me arrastou escada acima de novo. Olhei para todos os lados para ter certeza que a Dulce não estava nos vendo. Ele entrou no quarto dele e trancou a porta, só então me soltou.

Olhou para mim com um sorriso.

-Você veio.

-A Dulce me obrigou.

-Eu sei.

Olhei para ele desconfiada.

-Você tem alguma coisa a ver com isso, não tem?

-Eu disse que faria você vir aqui hoje. Era o que eu queria de aniversário.

-A minha presença?

-Você.

Ele disse e deu um passo na minha direção, mas eu me afastei.

-Alfonso, nós já falamos sobre isso. A Dulce veio aqui hoje disposta a te reconquistar.

-Pior pra ela.

-Você não sente falta dos aniversários que passou com ela?

Ele começou a rir.

-Dulce, isso de você ficar tentando me obrigar a voltar com a Dulce já está ficando chato. Você precisa entender duas coisas, eu não vou voltar com a Dulce em hipótese alguma e eu só quero você.

A convicção que ele usou na frase me deixou sem argumentos. Tentei passar por ele e sair do quarto, mas ele segurou meu pulso. Não me puxou, nem nada. Só disse:

-Se você realmente não sente nada por mim, Anahi, vou deixar você em paz. Vou fazer uma viagem, mudar de cidade, qualquer coisa, e mesmo que você continue invadindo minha cabeça, não vou procurar você.

Eu não disse nada e ele se aproximou, parou de frente para mim e tocou meu rosto.

-Mas se você sentir alguma coisa por mim, por menor que seja. Mesmo que seja um desejo mínimo de me beijar, eu quero saber. Eu preciso saber, Anahi. Seja sincera.

Ele me olhava nos olhos e eu tentei mentir.

-Eu não, eu não sinto, eu... – eu não ia conseguir mentir com ele ali, me olhando daquele jeito – Eu não posso sentir Alfonso, qualquer coisa que eu sinta por você e você por mim, é proibida. Não pode haver sentimentos entre nós. É mais fácil parar com isso agora, antes que fique pior.

Ele fechou os olhos e encostou a testa na minha.