Fanfic: Férias Misteriosas | Tema: Rebelde

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Dulce

Nossa tarde passou muito divertida até que Poncho, sem querer, derrubou Mai no chão e a machucou. O que deixou Dé furioso e quase começou uma briga, mas conseguimos acalma-lo. Acho que ele gosta mesmo dela. Dé sempre foi calmo e nunca gostou de violência, o que deixou os meninos surpresos.

Ficando ali parada não me senti útil e fui ajudar Ucker a pegar a caixa de primeiros socorros.

 
Ele subiu num pequeno apartamento que ficava um pouco distante do campus, parecia um escritório, acho que devia ser do pai dele ou algo parecido. Subimos dois lances de escadas e paramos numa segunda porta enquanto ele
destrancava a porta.

- Acho que meu pai deixou a caixa aqui em algum lugar.. – ele falou procurando em um dos milhares de armários que havia. Tudo bagunçado e cheio de poeira.

- Uau, será que vocês sabem o que é uma faxina? Sem ofensa. – eu digo tossindo e ele ri.

- Meu pai não liga para essas coisas, mas temos sim uma faxineira. Mas ela não gosta de vir aqui nessa parte do apartamento. – ele disse.

- Ué, porque não? – pergunto.

- Achei! – ele grita parecendo contente consigo mesmo.

A caixa de socorros é uma maleta vermelha gigante e coberta de poeira. Ucker assopra para a poeira sair, mas não tem jeito.

- Vou pegar um pano, volto já. – ele diz e sai com pressa.

Fiquei observando mais o lugar enquanto Ucker não voltava. O lugar parecia imundo, cheio de poeira e bagunçado, mas havia algo nele que além de espirros, me causava arrepios.
Tentei não pensar nisso e tentei abrir a caixa, me ajoelhei e vi que a tranca
estava emperrada. Também, com tanta poeira, pensei.

Tentei abrir com toda a minha força, mas ainda não dava. Droga.

- É só um jeito que ela tem. – A voz de Ucker me assustou e eu caio de bunda no chão.

- Voce, realmente, precisa parar de fazer isso. – eu digo sorrindo para ele que parece envergonhado.

- Vem, eu te ajudo. – ele me da sua mão e eu aperto ela me levantando fazendo nossos corpos se tocarem e meu coração acelerar.

Olhei para sua boca e me imaginei chegando mais perto, e foi isso que ele fez. Ele apertou minha cintura junto a ele e me aproximou devagar. Até que um pote de vidro cai no chão fazendo um barulho infernal e eu me desvencilho dos braços dele.

- Vem, vamos sair daqui. – ele pega minha mao e com a outra pega a maleta.

- Mas você não vai limpar o pote que caiu? E afinal, como ele caiu? – perguntei nervosa.

- Deve ter sido algum bicho. – ele sorri.

**

Depois que cuidamos do ferimento de Mai decidimos limpar tudo. Dé parecia um cão protetor perto dela o que me fez sorri. Eles formavam um belo casal. Esperava que Mai percebesse isso e devolvesse o mesmo carinho que ele sentia. Apesar do que aconteceu com ela no passado que é uma espécie de tabu para a turma. Não queremos machuca-la e por isso não falamos nisso. Mas Dé é exatamente do que ela precisa para começar a viver novamente.

Eu sorrio e fico pensativa enquanto dou uma geral na cozinha.

- Eles estão juntos? – Ucker me pergunta apontando para Dé que levava Mai para todos os lugares em seus braços.

- Eles são tao fofos juntos, não acha? Mas, não, eles não são. Por enquanto, não.  Derrick era o tipo pegador sabe? Pegava geral e tal, e Mai era a alegre que gostava de todos e que agora é fechada e calada. – eu disse.

- E ele está gostando dela? Ele me lembra um cachorro que tive quando era menor. Ele me seguia até a escola. – ele falou.

Joguei o pano de prato nele de brincadeira.

- Dé não é um cachorro. – eu falo.

- Foi só uma forma de colocar as coisas, perdão madame. – ele se curva e pede desculpas. Eu rio e jogo agua nele.

Ficamos um tempo brincando e conversando até que voltamos para a sala e vejo o pessoal discutindo sobre um acampamento à noite.

- Meu pai tem uma barraca tamanho gigante lá atrás, eu posso emprestar se vocês quiserem. – Ucker fala.

Todos nós curtimos, só Angie que faz careta, mas não diz mais nada.

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