Fanfic: Férias Misteriosas | Tema: Rebelde

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Dulce

O dia amanheceu ensolarado e alegre. Não houve brigas na fila do banheiro nem do lanche. O que me surpreendeu. Angie estava absorta em alguma tipo de mundo paralelo e não falou com ninguém mais de duas palavras. Vivi e Ali estava entretidas em passar as fotos e os vídeos do dia anterior para o blog. Anne e Mai estavam conversando sobre filmes de ficção cientifica e os meninos falando de futebol.

Tudo parecia tao quieto. E isso me deixava ansiosa.

- Bom dia flor do dia. – a voz de Ucker me assustou, fazendo-me derrabar café na minha blusa.

-Droga.

- Whoa, foi mal, Dulce, eu não sabia que iria se assustar. – ele falou parecendo culpado.

- Não foi nada. Vou pegar outra blusa. – eu disse correndo para o meu quarto morrendo de vergonha, pois minha blusa era branca e dava para ver claramente meu sutiã e o contorno dos meus seios.

- Toma, eu te empresto a minha. – Ucker falou vendo que eu corava. Ele tirou sua blusa e passou ela por minha cabeça.

Fiquei sem reação quando fitei seus músculos sem a camisa. Corei e corri.

**

Pouco antes do almoço tentei ao máximo evitar Ucker. Não só pelo ocorrido da blusa, mas pela vergonha de ser apanhada quase babando vendo ele sem camisa. Ele me deixava sem graça e isso me incomodava bastante.

Quando voltamos para os quartos as meninas estavam fazendo um maior barulho já feito pela humanidade.

- O que houve? – perguntei vendo a cara de assustada de Vi, Ale e Mai.

- Veja isso, Dulce. – Viviana empurra seu notebook na minha cara. Reconheço o vídeo que ela gravou de mim ontem. O que ela fez piada de Angie.

- Eu me lembro. O vídeo de ontem. O que tem? – pergunto e as meninas ficam quietas.

- Assista com atenção. – Viviana me diz.

Me sento na cama perto de Mai e coloco o computador em minhas pernas. Concentrei-me em assistir o vídeo ignorando os olhares das meninas em mim. Isso estava me deixando inquieta já. Foi quando uma coisa me chamou a
atenção no vídeo. Uma sombra atrás de mim. Escura e alta.

- O que é isso atrás de mim? – pergunto espantada.

- É o que estamos tentando descobrir, fofa. – Angie diz parecendo meio ansiosa.

- Não é a sombra de uma de vocês? – pergunto e todas balançam a cabeça.

-  Claro que não, né? Se fosse eu não estaria toda arrepiada!- Angie reclama.

- Sabe o que eu acho? – Vivi fala para Angie. – Voce devia tomar um calmante de três em três minutos.

- E eu acho que você devia calar a boca, sua pirralha. – Angie revida.

- Vamos manter o foco, aqui, por favor? – Anne diz.

- Isso não é normal, pode ser um efeito da câmera, sei lá. – eu falo.

- Olha, isso não é montagem, eu nunca brincaria com uma coisas dessas, eu mesma estou com medo. – Vivi fala.

- Eu também estou. Pode ser um espirito maligno que veio para nos assustar. – Allisson fala deitando na cama com a cabeça entre as pernas.

- Olha, eu acho que isso deve ter uma explicação lógica, não tem? – eu falo rapidamente. – deve ter sido o reflexo ou algo do tipo. – eu digo.

- E qual? – Mai pergunta e todas ficam em silencio.

Peguei o notebook novamente e revi o vídeo enquanto elas gritavam e falavam umas com as outras.

- Meninas. – eu chamei a atenção.
Minha voz fraca, sentindo um calafrio percorrer minha espinha.

- O que foi? – Anne pergunta.

- Voce tá pálida. – Angie sussurra.

- Não está mais aqui. – eu murmuro baixinho.

- O que? – Mai pergunta.

- A sombra. – eu digo.

Viviana vem até mim correndo e pega o notebook das minhas mãos.

- Isso é impossível!- ela grita. – Estava aqui há um minuto. Como pode ter desaparecido? Todas a viram e depois ela some? Como? – ela parecia transtornada.

Anne fez o sinal da cruz.

- Isso é ridículo. Estamos mesmo com medo aqui pensando que isso é um espirito? Deve ter sido alguma coisa manchada ou sei lá. – Angie falou e foi ao banheiro.

Todas ficaram em silencio.

- Eu acredito. Tem algo de muito errado com esse lugar. – Mai fala e se encolhe em sua cama.

-  Eu acho que foi coisa da nossa cabeça. Estamos sem muito que fazer aí
tende a ficar monótono e nosso cérebro prega peças na gente. – Belinda falou
após uns minutos. – Eu vou ler um pouco lá fora.

- Eu sempre falo que eu só acredito vendo. E eu sei o que eu vi. Tem algo acontecendo nesse chalé. – Anne disse.

- Vamos falar para os meninos. – Ali falou.

- Eles não vao acreditar. – Vivi falou. – A prova desapareceu, lembra?

- Mas não custa tentar. – Anne falou.

- Entao vamos. – Alli pegou pelo braço de Vivi, arrastando-a.

Anne veio junto, balançando a cabeça.

Por fim, os meninos somente riram e disseram que pegamos sol demais. Fiquei ofendida com o insulto enquanto Angie e Bel ficavam caladas.

- Qual é! Vocês viram também, não irão falar nada? – Viviana gritou.

- Não temos nada para falar, querida. – Angie disse e entrou na cozinha.

- Nojenta. – Vivi murmurou.

- Voces precisam de algo para fazer, isso sim. – Cristian falou na hora em que Ucker se juntou ao grupo.

- Que tal um jogo? Meninas contra meninos? – Dé pergunta.

- Boa, cara. Vamos ver se elas são boas  mesmo. – Diego diz olhando
malicioso para a bunda de Angie.

- O que eu perdi? – Angie pergunta quando volta e se senta na beira da piscina.

- Jogo de futebol. Meninas contra meninos.- Derrick respondeu.

- Ah, não, não vou me machucar nesse jogo violento e sem noção. – ela disse.

- Eu topo. – Vivi diz.

- Eu também. – Allisson diz.

Todas as meninas toparam menos Angie e Belinda. Elas foram pintar as unhas ou algo do tipo enquanto Fercho organizava o jogo.  Era eu, Mai, Vivi, Ali e Anne contra Dé, Fercho, Digo, Ucker e Poncho. Já pressentia a derrota
iminente vindo, mas nós não estávamos querendo ganhar, eu só queria esquecer aquela sombra maldita que me fazia tremer.

O jogo começou e nós, garotas, com nosso charme, conseguimos fazer um gol. Mas os meninos rapidamente se recuperaram e fizeram dois de uma vez só.

Quase no final do jogo, Poncho estava querendo me bloquear quando colidiu com Mai, que caiu no chão, gemendo.

- Droga, foi mal, Mai. – Poncho disse.

Paramos o jogo e fomos ver os ferimentos dela. Derrick estava furioso com Poncho, quase saiu no soco com ele, pegou Mai no colo e foi direto para o seu quarto.

- Estou bem, gente, sério. Podem continuar jogando. – Mai falava com a voz fraca. Seu joelho sangrando bastante.

- Eu vou pegar a caixa de primeiros socorros. – Ucker fala.

-Eu vou junto. – eu digo querendo fazer algo de útil.

...