Fanfic: Atras de mim | Tema: Levyrroni - Vondy - Ponny

Victoria estava descansando em sua suite, a conferência tinha sido definitivamente cansativa. Ela resolveu ligar para Ricardo, pois já faziam duas semanas em que ela estava em París e já sentia muitas saudades de todos, mas principalmente dele e de sua filha.
De todas as formas foi um descanso, pois estava completamente apreensiva com tudo o que estava acontecendo. Será que Juan Pablo tinha tido a coragem de contar tudo para Christopher e para Maite?! Todos os dias eram cheios de dúvida e problemas! Ela conversava muito com todos em festas, conferências, reuniões, exposições entre outros eventos. Mas só podia desabafar com Antonieta, que a tinha aconselhado falar a verdade para Maite e tentar se reconciliar. Mas como? Uma vez, ela tinha decepcionado Maite. Uma só não, várias.
Insinuações, xingamentos, rejeições, abandonos... Ela tinha machucado Maite, e sabia. Pena que ela não havia notado isso até o dia em que Maite saiu de casa.
Quantas vezes não tinha tentado fazer as pazes com Maite? Quantas vezes ela a tinha evitado?
Victoria ligou para Ricardo, e depois de alguns toques ele atendeu.
Ricardo: -Oi Vick, como está?
Victoria: -Cansada. MUITO cansada.
Ricardo: -Viu? Quem manda ser empresária! -Os dois riram. E entre conversas e piadas, eles ficaram duas horas conversando.

Maite estava jantando, quando Anahi e Alfonso entraram em casa, se beijando pra variar.
Maite: -Oi! Eu tô aqui tá?
Anahi: -Ah, Maite. Desculpa.
Alfonso: -É que a gente quer te contar uma coisa.
Maite: -O que?
Anahi: -É que a gente estava pensando em começar um namoro sério.
Maite: -Ai, que bom Any! -Disse ela se levantando e abraçando-os. -E eu quero ser madrinha do casamento viu?
Anahi: -Vish Maite, calma! Ainda estamos só no começo da relação.
Alfonso: -Ah é? E quer dizer que te eu pedisse em casamento você não aceitaria? -Ele fingiu que estava ofendido.
Maite: -Ai tadinho Any. Feriu o ego dele!
Anahi: -É, o Poncho é muito manhoso, não? -Disse ela antes de beija-lo rapidamente.
Alfonso: -Para você sempre.
Maite: -Ok, agora eu vou voltar a comer por que eu tô sobrando nisso. -Ela riu.- A comida me faz companhia.

Juan Pablo não podia continuar assim, parecia um doente terminal.
Mas era que essa dúvida, o corroía por dentro... De verdade era melhor esconder tudo e esquecer? Deixar Maite e Christopher achando que seus pais tinham morrido? Ou ele deveria contar tudo e enfrentar as consequências?
Ele decidiu que o melhor era tentar se aproximar de Maite, pouco a pouco, e depois poderia contar à ela.
Seria difícil e ele sabia, principalmente por que não era normal um doutor tentar conhecer melhor uma paciente. Juan Pablo fez uma expressão estranha. Não, isso até soava pervertido.
Ele teria que arranjar um jeito, nem que demorassem anos ele teria que dar um jeito.

William acordou no dia seguinte e se alegrou de que fosse sábado, estava meio cansado ultimamente e como Victoria e Antonieta estavam longe, o trabalho ficava mil vezes mais pesado.
Ximena e ele se encontrariam no domingo para jantar, ou ao menos ele achava que era isso, por que ela não tinha expecificado, mas de todas as formas lhe resultava exaustivo. Como tudo em sua vida.
Depois daquele mês inteiro se sentindo mal por causa de Maite, William já não queria nem sequer lembrar dela, mas era impossível.
Queria voltar a beija-la, a abraça-la, ou ao menos ouvir sua voz.
Sem pensar duas vezes, ele ligou para ela e assim que Maite atendeu ele não soube o que responder, fazendo com que um silêncio tenso estivesse presente, e que se filtrava até o outro lado da linha, por que podia sentir que Maite também estava expectante.
Maite: -Quem é?... Alô?... Alguém?... Se for uma brincadeira, eu peço para que não ligue mais por que eu...
William: -Não, não é uma brincadeira Maite.
Maite: -William? O que você quer?
William: -Te encontrar. -Ele disse as primeiras coisas que lhe vieram na cabeça, por mais que isso era para que ficasse só em seu pensamento.
Maite: -Me encontrar?
William: -Sim...
Maite: -Onde? E porque? -Sério que Maite tinha dito `Onde`? De verdade ela estava pensando em aceitar?
William: -Numa praça aqui por perto do meu apartamento. Eu só gostaria me desculpar, e eu sei que é meio difícil, que já me desculpei uma vez e que nosso último `encontro` não deu muito certo mas... De verdade eu gostaria de voltar a te ver. -Maite também, morria por voltar a ver William, mas não queria admitir. De todas as formas aceitou, não tinha por que negar afinal, nada aconteceria certo?
...
Certo?
Bom, nem ela mesma sabia. Mas confiava de que nada daria errado pelo menos. Anahi e Alfonso tinham ido passear em um parque de diversão, ou algo assim, na verdade quando eles avisaram onde iam para Maite ela estava dormindo e não prestou muita atenção. William passou o endereço e ela se dirigiu ali de carro. Enquanto ela dirigia, começou a notar que o céu escurecia. `Ah, não!` Pensou ela. Mas, nada daria errado. E foi com esse pensamento que ela continuou dirigindo. William já estava numa sentado numa das mesas da praça. Os dois se cumprimentaram rapidamente e então aquele silêncio tenso se fez presente novamente.
Maite: -E... então?
William: -Bom, como você sabe eu queria me desculpar por tudo que eu te falei. Eu sei que você está meio confusa e tudo mais... -Antes de que ele conseguisse terminar, de repente, se escutou um barulho de trovão e começou a chover muito forte. Eles não foram muito atingidos por que estavam logo embaixo de uma árvore enorme. Mas como todos sabemos, isso não é nada bom.
Maite: -É melhor a gente sair daqui debaixo não acha?
William: -Você não vai conseguir dirigir com o tempo estando assim! O que vai fazer então?
Maite: -É óbvio que eu posso dirigir sim!
William: -Não vamos discutir vai! Não é o momento nem o lugar! Vem comigo, esteja preparada pra correr. -Ele se levantou e tomou sua mão. Logo que eles saíram debaixo da árvore, começaram a correr.
Maite não sabia para onde William a levava, mas o seguiu. Eles entraram num prédio, William cumprimentou o porteiro, e foi ai que ela se deu conta. Ele estava levando-a para seu apartamento! Maite estava bem molhada e William também, se ela quisesse parar e ficar ali provavelmente iria pegar uma pneumonia, mas era muito mais preferível do que ir até o apartamento de William.
William: -Vem Maite.
Maite: -Não, eu vou ficar aqui!
William: -Pegando friagem?!
Maite: -Deve ser só uma chuvinha de verão, logo passa. -Mas em seguida um som de trovão ensurdecedor o fez sorrir.
William: -Chuvinha de verão? Tem certeza? -Maite assentiu. -Anda Maite. Vem logo antes de que eu tenha que te pegar no colo. -Maite simplesmente o ignorou, olhou para seu relógio e deu as costas a ele. Mas William a segurou entre seus braços e a levou arrastada mesmo, com Maite gritando para que ele a soltasse, mas ele não o fez. Quando chegaram ao elevador Maite se separou dele rapidamente.
Maite: -Eu não acredito que você me fez passar essa vergonha!
William: -Eu? Olha, não fui eu que dei um showzinho lá embaixo gritando `Me larga seu brutamontes`.

Fim do capitulo 15.