Fanfic: Atras de mim | Tema: Levyrroni - Vondy - Ponny

Maite estava sentada em seu sofá, assistindo tv e tentando se distrair. Sua mãe tinha voltado para sua própria casa faziam alguns minutos, e May se sentia completamente sozinha e perdida. Estava grávida.
Ela suspirou e colocou suas duas mãos sobre sua barriga, Victoria tinha perguntado o que faria, e Maite de verdade não sabia. O que poderia fazer? Deveria contar para William? Ele se alegraria? `Provavelmente não` pensou Maite. William não deveria nem sequer se lembrar dela, e apesar de que Maite sabia que ele era responsável, não ia prender William à essa responsabilidade. Seria pai e mãe para seu filho.
Maite soluçou, e só aí que notou que estava chorando. Se lembrava de cada vez em que os dois estiveram juntos, as brigas, os beijos, as conversas, até mesmo quando tiveram que dar uma de atores no parque... Ele poderia não pensar nela, mas Maite sempre se lembraria dele, sempre. Pois em cada sorriso de seu filho, ou sua filha, veria William. Já começava a imaginar como seria seu bebê, e sorriu radiantemente.
Cuidar de um bebê deveria ser difícil, Maite sabia, mas não se importava. Só tinha dois meses de gravidez, mas já queria ter seu filho em seus braços, brincar com ele, cantar musiquinhas e vê-lo sorrir e dizer suas primeiras palavrinhas. Poucas vezes tinha pensado em ter filhos, exceto em sua infância. Ter um filho era algo que ela não tinha planejado, e praticamente já tinha descartado, mas naquele momento Maite entendia o quão era bonito ter uma vida dentro de si.

Victoria voltou para sua casa, onde Ricardo a esperava em sua porta.
Ricardo: -Graças a Deus! Já estava ficando preocupado.
Victoria: -Ricardo? O que você...? Ai, me desculpa, tinha me esquecido que marquei com você hoje. É por que eu estava com minha filha, não ia demorar, mas ai...
Ricardo: -Ai...?
Victoria: -É melhor eu te contar em casa.
Quando já estiveram lá dentro, Victoria tirou seu casaco e se sentou, suspirando. Ricardo se sentou em frente à ela.
Ricardo: -E então?
Victoria: -Maite teve um enjôo e ao chegar ao médico, descobrimos que ela está grávida.
Ricardo: -Que bom Victoria! Você vai ser vovó, mas não se sinta velha, sua filha que é muito precoce. -Victoria sorriu.
Victoria: -Ah, como você sabe consolar Ricky. -Disse ela irônica. -O meu problema, é que ela não quis me dizer quem é o pai do bebê, e eu fico me perguntando se ela não está cometendo, ou já cometeu algum erro. Não sei...
Ricardo: -Um erro?
Victoria: -O mesmo erro que eu cometi. -Ela se levantou, virando-se de costas e Ricardo se aproximou.
Ricardo: -Olha, pode acontecer. Mas pode que não aconteça também. Não acho que você deva se aproximar, além do mais, você não cometeu nenhum erro. Foi abandonada pelo pai de sua filha, mas dúvido que se arrependa de ter tido Maite.
Victoria: -Óbvio que não! Mas... Isso não é a única coisa.
Ricardo: -Como não é a única coisa?
Victoria: -Eu escondi uma parte da história. -Ela se virou, com seus olhos cheios de lágrimas.
Ricardo: -Então, me conte ela agora. Prometo que não vou te julgar.
Victoria: -Está bem. -Ela andou até o outro lado da sala, pensativa, escolhendo que palavras usar. -Quando eu engravidei de Juan Pablo, eu era muito jovem, tinha apenas 17 anos e meu pai não aceitou de forma nenhuma. Como ele e minha mãe eram separados eu fui viver com ela, e óbvio que eu e Juan Pablo continuamos juntos. Algum tempo depois nasceram Maite... e... Christopher.
Ricardo: -Christopher? Você teve gêmeos? Onde ele está?
Victoria: -Não, eles não são gêmeos. Depois de ter os dois, eu comecei a trabalhar para ajudar minha mãe, e Juan Pablo não aceitava que eu ficasse tão distante de tudo por isso, mas era necessário. Eu tinha deixado de estudar, precisava trabalhar por que agora tinha filhos, e Juan Pablo era médico, mas não podia bancar tudo sozinho na cidadezinha em que vivíamos, e eu não ia deixar minha mãe me bancar. Daí ele encontrou outra, se apaixonou, e decidiu ir embora. Como já disse, éramos muito jovens e nos resolvemos em um acordo ridículo, eu ficaria com Maite e ele com Christopher, e...-Ela não pôde continuar por que sua voz se quebrou, e ela desabou, chorando. Ricardo se aproximou e a abraçou, consolando-a.
Ricardo: -Vem cá, senta. Olha, Maite não tem 17 anos, além disso tem um trabalho ótimo, e você sabe que ela nunca andou com más companhias, ou sim?
Victoria: -Não.
Ricardo: -Viu? Sinto muito pelo que aconteceu com você, mas Maite vai dar seu jeito, deixa ela resolver. O importante é que ela esteja bem. -Victoria o olhou nos olhos, e sentiu algo diferente, e pelo visto Ricardo também sentiu pois se estremeceu. Os dois se aproximaram e juntaram seus rostos, selando um beijo.

Anahi já estava quase dormindo quando seu telefone tocou
Alfonso: -Anahi, é melhor você atender.
Anahi: -Ah, não.
Alfonso: -Pode ser uma emergência.
Anahi: -Tá bom, chato. -Ela atendeu o telefone.
_____: -A quanto tempo não Analicia? -Anahi não reconheceu de primeira quem falava, mas ao escutar `Analicia` sabia exatamente quem falava.
Anahi: -O que você quer?
_____: -Hmmm... Nada não, eu não quero nada por enquanto. Só quero que você saiba que eu estou de volta à cidade, assim que logo ligarei de novo. Até mais, Analicia.
_____: -Me deixa em paz! -Mas já tinham desligado.
Alfonso: -O que foi? Quem era?
Anahi: -Ninguém não... Ninguém, só um idiota. -Mas sua voz tinha medo, e era isso o que Anahi sentia, medo.

Fim do capitulo 38.