Fanfic: Atras de mim | Tema: Levyrroni - Vondy - Ponny

(Gente, essa cena é muito "emocionante" pra passar com a minha descrição, portanto, eu vou colocar em POV da Maite, ok?)

Eu estava com Malu em meus braços, e a porta tocou. Como Eugenio estava em seu escritório, eu resolvi atender. Teria que ser alguém de muita confiança de Eugenio pra saber onde a casa estava.
Mas quando abri, a polícia entrou rapidamente, gritando sobre uma denúncia de cárcere privado, me assustando. A luz que entrou me cegou por um momento e quando eu consegui ver de novo, tinham dois policiais do meu lado, apontando com suas armas pra todos os lados e eu já estava de costas para a porta. E então, eu escutei uma voz familiar...
William: -Você está bem?
Meus olhos se encheram de lágrimas, e minha cabeça não estava mais confusa. Me virei devagar, e minha bebê apertou meu dedo, como se me desse forças pra encarar novamente William. Depois de todos esses meses, não sabia mais o que fazer. William me aceitaria depois de tudo o que Eugenio tinha feito comigo? Mas então William me abraçou, beijou minha testa e a de Malu, sem falar nada, e eu entendi que sim, ele me aceitaria. De repente, Eugenio saiu de seu escritório, berrando e pergunto o porque de tantos gritos, até que viu a polícia, e tentou sair correndo, mas os policiais foram mais rápidos e o algemaram, sem muita dificuldade. William me abraçou e me levou até o carro dele. Meu Deus, a quanto tempo eu não saía de casa? A quanto tempo eu não era abraçada a sim. Malu começou a chorar quando entrou no carro, e William a segurou, e a balançou também com muitas lágrimas pelo impacto de me encontrar e mais com a nossa filha nos braços. E como se Malu o reconhecesse, deixou de chorar e o olhou com a mesma curiosidade que tinha me olhado pela primeira vez. Rosana estava no banco de trás do carro, e quando eu percebi, me virei, e a olhei com muita gratidão. Ia agradeçe-la, mas ela só assentiu uma vez com sua cabeça, sorriu, e saiu do carro. Quando olhei pela janela, vi que levavam a Eugenio preso, e respirei profundamente, com alívio. E foi nesse instante que percebi que tudo tinha acabado.
Logo olhei de novo pra William, que sorria.
William: -Ela é tão pequenininha, quando você a teve?
Maite: -Ontem.
William: -Como um hospital te liberou tão cedo?
Maite: -É... Não foi num hospital. Foi no quarto mesmo.
William: -O que?! Eu tenho que levar vocês duas para o hospital May. Não é seguro! Fica ai que eu vou avisar o oficial de que eu tenho que levar vocês duas e depois você pode depôr contra esse estúpido.
Logo depois, ele colocou Malu no meu colo e saiu do carro. Quando voltou, estava com o celular ligado, ligando para alguém.
William: -Christopher?... A Dulce está ai?... Coloca no viva-voz... Isso, aparentemente o nosso colega Eugenio, aprontou uma das boas... Sim, ela está aqui... Vou passar pra ela. -Ele me deu o celular na mão, e ligou o carro.
Maite: -Oi... Estou mais ou menos, mas graças a Deus aquele inferno acabou... Claro... E quando eu voltar pra casa, tenho uma sorpresinha, bem pequena mesmo pra mostrar pra vocês... Está bem... Até logo. -E devolvi o celular para William. Me sentia cansada como nunca, nesses meses tive que ser muito forte e agora parecia que tudo era mais simples.

Depois de ir ao médico, ele tinha constatado que não haviam problemas comigo, nem com Malu, graças a Deus. Tinha ficado com tanto medo...
Ao chegar em casa, suspirei profundamente e tentei sorrir, finalmente estava de volta. Por um momento, eu tinha pensado que tudo estava perdido. Que nunca iriam me encontrar, e que teria que me afastar das duas pessoas mais amo na vida. Comecei a chorar, mas um choro forte, que nunca tive coragem de delatar perto de Eugenio. William me levou até o sofá, e sentou ao meu lado me abraçando. Malú já estava dormindo serenamente, apesar de que com cada soluço, eu a sacudia um pouco.
William: -Tudo já está bem, agora tudo está bem. Shhhh. Eu quero que você me conte o que aquele desgraçado te fez. -Eu não respondi nada, tinha vergonha de falar, e William como se lesse minha mente, William me abraçou mais forte. -Não precisa ter medo, eu prometo que não vou te julgar pequena. -Ao escutar esse apelido carinhoso, que eu sempre tinha escutado de William, respirei profundamente.
Maite: -Ele... me disse que tinha um de seus `colegas` com uma arma apontada pra você a todo o o momento. E se eu tentasse escapar ou fizesse algo que ele não gostasse, ele ia te matar. Mas a Ximena disse que se eu ficasse, iam tirar Malú de mim, e era o que ele ia fazer. -Eu solucei, e William me abraçou mais forte. -Então... Eu tinha receio de que se eu dissesse `não` pra ele... -Não consegui terminar, minha visão se embaçou e logo Malú acordou, abrindo apenas seus olhinhos. Senti que William se tensava, e que suas mãos se fechavam com ódio.
William: -Eu vou matar esse desgraçado.
Maite: -Não! William, eu não quero mais briga. Eu não quero mais ver ele, só isso. -William suspirou com resignação. E depois, segurou meu queixo fazendo com que eu o olhasse.
William: -Com toda essa adrenalina de te encontrar... Eu nem tinha reparado. Nossa filha é igualzinha à você. O narizinho, o rostinho, o cabelo, até os olhos.
Maite: -Não. Os olhos dela são iguais aos seus.
William: -Ela parece ter sono, que tal a gente colocar ela no berço dela?
Maite: -É, é o melhor.
Eu a levei no colo, e então entramos no quartinho que tínhamos já decorado pra ela. Eu me lembrei de tudo o que tínhamos nos divertido pintando o quarto, decorando, escolhendo tudo pouco a pouco... Antes de coloca-la em seu berço, se sentou no sofá, e William segurou um ursinho rosa, sacudindo na frente de Malu. Que sorriu pela primeira vez. William se sentou novamente ao meu lado, e me beijou. Um beijo profundo, um beijo que me acalmou completamente, e quando já estava sem respiração, notei que novamente Malú tinha dormido. Nós a levamos pro bercinho, e fomos diretamente pro nosso quarto... E foi ali, onde mostramos como sentimos nossa falta.

Fim do capitulo 55