Fanfic: Atras de mim | Tema: Levyrroni - Vondy - Ponny

Maite chegou as portas do hospital em prantos, mas não por sua dor de cabeça e sim pelo que William havia dito. Ele a desprezava tanto assim? E por que? Ela não via sentido em nada e lhe costava entender o que acontecia. De novo sentiu a maldita pontada e entrou no hospital. Depois de algum tempo ela foi chamada na sala do doutor Juan Pablo. Assim que entrou o doutor palideceu como se tivesse visto um fantasma.
Maite: -Bom dia.
Juan Pablo: -Bom... Bom dia senhorita.
Maite: -Doutor? Você está bem?
Juan Pablo: -Sim, sim... Mas, seu fichário disse que você sente fortes dores de cabeça.
Maite: -É, muito fortes!
Juan Pablo: -E a quanto tempo isso vem acontecendo?
Maite: -Desde que eu acordei hoje.
Juan Pablo: -Mais alguma coisa? Febre, enjôo, dor em algum outro lugar...?
Maite: -Não, mais nada.
Juan Pablo: -Ok, então faça um raio-x, um exame de sangue e volte aqui com o resultado.
Maite saiu da sala com o papel que indicava os exame e ele então pôde mostrar seu espanto. Não podia ser! Não podia mas era, aquela era sua filha Maite. Quando tinha lido seu nome no papel, não tinha conseguido dar crédito mas ao vê-la não teve dúvidas, Maite era sua filha. Juan Pablo ligou para Antonieta e pediu o telefone de Victoria, depois de algum tempo ele a convenceu. Ele ligou para Victoria e tardou um pouco ao atendê-lo, assim que a voz dela soou no telefone a coragem de falar com ela diminuiu mas tinha que fazer isso, queria poder falar com Maite e dizer para ela que seu pai estava ali e que de ali por diante a protegeria, mas não sem antes desfazer a promessa que havia feito a muitos anos e pra isso também deveria aceitar que Victoria pudesse ver Christopher, seu filho que tinha ficado com ele, o irmão de Maite.
Victoria: -Alô?
Juan Pablo: -Olá Victoria.
Victoria: -Juan? Como conseguiu meu telefone? O que quer comigo?
Juan Pablo: -Avisar que eu já conheci Maite e...
Victoria: -Que?!
Juan Pablo: Eu a conheci por pura coinscidência, estou trabalhando num hospital em que a Maite veio, e pelo visto ela está muito mal! E foi por causa daquela maldita promessa que eu liguei, quero desfazê-la! Já chega! Christopher não conhece sua mãe e Maite não me conhece, levaram muitos anos para que eu notasse que estava fazendo mal para Chris, que só queria sua mãe com ele e só agora eu tive coragem para ligar, por que mesmo que os dois já estejam crescidos eu quero saber sobre minha filha e você quer saber sobre Christopher, não?
Victoria: - Sabe, faça o que quiser, Maite já é maior de idade e ajuizada, não vive mais comigo e o que VOCÊ fizer não me importa! Mas sabe que isso a fará sofrer muito não? Tanto a ela quanto ao Christopher. -E desligou. Era óbvio que Victoria queria ver seu filho , mas era impossível! Sabia que se algum dos dois descobria algo se revoltariam muito contra ela e não queria esse sofrimento nem para si própria como para eles que já tinham formado suas vidas e estavam bem. Preferia continuar com esse engano...
Juan Pablo desligou o telefone e suspirou pesadamente, o que fazia? A verdade era que não podia simplesmente chegar para Maite e dar uma de darth vader e dizer `eu sou seu pai` assim como assim, ou dizer que havia enganado Christopher todo esse tempo... Quando ele e Victoria se separaram eram muito jovens e esse acordo estúpido foi o mais provável para eles, ele tinha se apaixonado por Helena, Chris à tinha como uma mãe e Helena correpondia totalmente, era uma mulher carinhosa que se preocupava sim com o seu trabalho, mas não tanto como Victoria o fazia. Bateram na porta e ele saiu de seu `transe emocional`.
Maite entrou no consultório e Juan Pablo conseguiu conter suas lágrimas. Ela lhe entregou seu raio-x e seu exame de sangue e ele começou a analisar o raio-x na luz.
Juan Pablo: -Olha, pelo que eu vejo aqui não há nada de mal, mas como as dores começaram hoje não posso ter muita certeza com que não haja nenhum problema por aqui. -Ele abriu o exame de sangue e o analisou, ficando com uma cara de preocupação inmensa. -Pelo que eu vejo você tem um começo de Anemia.
Maite: -Anemia?
Juan Pablo: -Você tem comido bem?
Maite: -Não... Não muito.
Juan Pablo: -E seu estado? Muito estresse?
Maite: -Até demais...
Juan Pablo: -Então está explicado. Dependendo do tempo em que você está estressada você pode vir a ter enxaqueca, e se esse tempo é maior, a enxaqueca por sua vez pode ser também. Agora, você apenas está no começo de anemia mas isso pode piorar muito. Então eu vou passar um remédio para passar a dor, mas lembre-se que se você não sair desse estresse continuo de nada vai adiantar ok? -Maite afirmou com a cabeça -Eu vou escrever aqui alguns alimentos que são ricos em ferro para uma melhora da Anemia.
Juan pablo passou a receita para Maite, que lhe agradeceu e saiu da sala confusa. Onde o havia visto antes? Não sabia por que mas lembrava desse doutor, de algum lugar, mas não se recordava de onde.

William estava em sua sala, ainda recordando as palavras que tinha pronunciado sem querer. Com certeza se Maite tinha acreditado que ele era um idiota, ela tinha confirmado isso ao escutar suas palavras que tinham soado cruéis, e cada vez que relembrava o que tinha dito se envergonhava mais. O que podia fazer para se desculpar? Muitas coisas, mas será que Maite aceitaria suas desculpas?
Ao fim do dia ele tomou coragem, procurou o número de Maite dentre os arquivos que ele tinha usado pra contratar ela e ligou.
Maite: -Alô?
William: -Oi Maite...
Maite: -O que você quer?
William: -Eu queria... queria me desculpar. Eu não queria dizer o que eu disse, é que eu estava atrasado e muito estressado. Sei que você deve estar me achando um estúpido e...
Maite: -Sim, estou.
William: -Mas eu queria me desculpar mesmo assim. Sei que minhas palavras foram muito duras, mas não era o que eu queria dizer. Eu podia te encontrar em algum lugar?
Maite muito bem podia manda-lo ao inferno e desligar o telefone, mas primeiro que ela estava mal pra se estressar mais e segundo que ela sentia que sua desculpas eram verdadeiras. Talvez se encontrar com ele não fosse uma má ideia, afinal, fazer as pazes com William não era o fim do mundo, e também... Por que ela estava tão nervosa com ele? Afinal, agora ela já não tinha motivos, ele tinha se desculpado. E nem sequer antes ela estava nervosa com ele, e sim consigo mesma por ser tão estúpida de se apaixonar ou ao menos sentir atração por William.
Maite: -Bem... Aqui perto tem um parque que hoje tem um evento de teatro, se quiser eu te passo o endereço e você vem.
William anotou o endereço e desligou. Maite foi se trocar, pois não podia sair de pijama e enquanto escolhia sua roupa ficava mais e mais indecisa. Ela nunca tinha tido problema para elegir roupas e as vezes até ria de Anahi por demorar tanto em se arrumar pra Carlos, e agora estava ali, nessa situação.
Resolveu simplesmente usar um jeans com uma camiseta branca.
Ela saiu e foi direto ao parque, assim que saiu do carro já avistou William encostado na grade do prédio olhando em volta até que seus olhares se encontraram e por mais que Maite tentou conter seu sorriso não conseguiu. Maite se aproximou mais e escutou que as apresentações de teatro já tinham começado.
William: -Oi. -Disse com um sorriso
Maite: -Oi William. -Maite fez um sinal com a cabeça para que eles entrassem no parque onde ao chegarem, se sentaram num banco atrás de todos para poder conversar sem atrapalhar ninguém que estava assistindo a peça.
William: -Eu gostaria de verdade de me desculpar. Sei que fui muito rude e estúpido, mas como tinha contado eu...
Maite: -Estava estressado e atrasado -Maite completou por ele.
William: -Sim.
Maite: -Pois é, eu acho que também deveria me desculpar pelo tapa, mas é que eu estava morrendo de dor de cabeça.
William: -E também pelo dia em que eu te agarrei e tentei te beijar, eu sei que não tem desculpas e tanto eu quanto você estamos namorando mas...
Maite: -Namorando? -Então Maite se lembrou da brincadeira que tinha feito para deixa-lo com ciúmes. Ela começou a rir baixinho, como uma criança que tinha sido pega fazendo arte, e William a olhou confuso. -Na verdade... Foi só uma brincadeira, eu não tenho namorado.

Fim do capitulo 8