Fanfic: manual da comquista

Seu alarme interno não havia sido acionado. Ninguém estava preparando nenhum golpe naquele momento. E se estivesse, sabia dissimular muito bem.

No meio da refeição, contudo, uma sensação estranha o invadiu. Percebeu quando seus sentidos ficaram alertas. Ele ergueu a cabeça e endireitou as costas como se tivesse soado o alerta vermelho. Seus olhos percorreram as mesas e se detiveram em uma mulher parada junto ao caixa.

Ele a conhecia. Isto é, já tivera oportunidade de vê-la. dulce salviñon. A jovem que ouvira rir no dia anterior. A mulher que trabalhava com idéias e que estava no melhor de sua forma. Se havia alguém que entendia de brinquedos e de crianças era dulce salviñon.

Foi sua ansiedade que lhe chamou a atenção. Toda sua aura estava carregada de tensão. Suas mãos tremiam ao pagar a conta.

Era bonita. Mais do que bonita. E magra. Talvez estivesse um pouco abaixo do peso ideal, mas em vez de desfavorecê-la, essa condição lhe dava um ar de delicadeza. Seus cabelos eram longos, vermelhos , presos com uma fita estreita. Estava usando uma saia lisa e uma blusa de bolinhas. Mas, no conjunto, algo não estava bem.

Teve a oportunidade de vê-la caminhar em sua direção. Seus passos eram graciosos. Pareciam os de uma bailarina. Mas a tensão a deixava rígida.

Lembrou-o alguém. Elegante, temerosa. A atriz Audrey Hepburn. A própria! Audrey Hepburn quando jovem. Ela possuía o mesmo pescoço longo e esguio e os mesmos olhos doces. A mesma fragilidade.

Seria ela quem vinha roubando os segredos da empresa? Uma coisinha linda como aquela? A resposta era talvez. Ninguém ali dentro estava acima de suspeita. Não dizem que quem vê cara, não vê coração?

Ocorreu-lhe, subitamente, que enquanto a observava, dulce salviñon  fizera o mesmo com ele. Ela sabia que ele era um agente de segurança. Era esperta, sem dúvida, e aproveitara a oportunidade para vigiá-lo. Por outro lado, sua atitude não lhe parecia apropriada. Afinal ela estava caminhando em sua direção e olhava para ele de modo fixo. Aquilo não fazia sentido.

O objeto de sua atenção, porém, não era ele. Era derick. Ela estava encarando-o e mordendo o lábio. Seus passos diminuíram de velocidade. Alguns segundos depois, ela tornou a olhar para christopher .

christopher  sustentou-lhe o olhar. Ela hesitou. Suas faces enrubesceram. Engoliu em seco. O movimento foi tão evidente que christopher  não pôde deixar de perceber. Em seguida, ela prosseguiu com os passos.

Quando alcançou sua mesa, christopher  ergueu a cabeça, certo de que ela iria lhe dizer algo ou ao menos sorrir. Em vez disso, ela sorriu para derick e virou a bandeja de forma que todo seu espaguete foi parar no colo de christopher .

dulce  olhou para christopher  Quartermain aterrorizada. O espaguete e o molho de tomates haviam atingido a parte de cima das coxas.

Examinou a bandeja. O idiota do garfo ainda estava lá. Tornou a olhar para o estrago que fizera. Seu único desejo foi que a terra abrisse e a tragasse inteira.

comentemm

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