Fanfic: Namorada de Aluguel A&D | Tema: Portiñon

- Oi Anahi.

- Oi tia, a Dulce tá aí? - perguntei entrando porque ela tinha me dado passagem já.

- Tá. - respondeu fechando a porta atrás de mim.

- Posso ir lá falar com ela? - perguntei. Ela ficou me olhando e depois pegou no meu braço.

- Vem aqui um minuto Anahi, quero falar com você. - me pediu, estranhei mas obedeci, nos sentamos no sofá- O que aconteceu? - perguntou me olhando.

- Nada. - ela deu um sorriso fraco, de leve após a minha resposta.

- Olha Anahi, eu conheço a Dulce e mesmo que não conhecesse tá na cara que aconeteceu alguma coisa. Ela passou o dia todo no quarto, não quiz falar com ninguém. - ela foi falando e eu abaixei a cabeça- Eu não sei exatamente o que houve porque ela não quiz falar comigo mas alguma coisa aconteceu, tô certa? - ela perguntou agora procurando meu olhar que estava meio baixo ainda, a olhei.

- Acho que ela está chateada comigo. - falei abaixando a cabeça, assumindo a culpa.

- Independente do que for- ela tocou a minha mão que estava sobre a minha perna num gesto de carinho- conversem. - sorri meio fraco pra ela.

- Vou fazer isso, pelo menos tentar. - falei dando um sorriso de canto.

- Tenta sim minha filha, ela não quiz falar com ninguém hoje mas tenta, quem sabe você consegue rs. - ela falou me encorajando, sorrindo pra mim.

- Tá. - levantei e fui até o quarto dela.

Bati na porta mas como ninguém respondeu fui a abrindo devagar, o quarto estava meio escuro, acho que ela estava dormindo. Fechei a porta com cuidado e fui me aproximando da cama. Realmente ela estava dormindo.

Deitei na cama com cuidado ao lado dela pra que ela não acordasse, fiquei parada a olhando por um tempo, só observando mesmo, não queria que ela acordasse porque assim pelo menos eu poderia observá-la sem ela reclamar ou brigar comigo. Uma mecha caiu nos seus olhos, fui tirar a prendendo atrás da orelha mas mantive minha mão em seu rosto fazendo carinho, o que a fez despertar.

- Annie. - ela falou abrindo os olhos devagar, mesmo no escuro deu pra perceber os olhos dela um pouco vermelhos, só não sei se foi de choro ou sono. 

- Oi, sou eu. - respondi baixinho sorrindo.

- O que você está fazendo aqui, o que aconteceu?

- Vim conversar com você. - falei e ela ficou quieta me olhando, esperando eu continuar, então prossegui- Vim te explicar aquilo que eu falei aquela hora, eu..- ela me interrompeu.

- Você não precisa explicar Annie, você não fez nada demais, não está errada. Você não é obrigada a gostar de mim só porque eu...- interrompi ela.

- Não é isso. - falei negando com a cabeça ao mesmo tempo- Você entendeu errado, quer dizer você entendeu certo eu que falei errado. Enfim...- balancei a cabeça porque eu estava me enrolando toda- eu falei aquilo mas não quiz dizer, pelo menos não daquela forma.

- Como assim? Não entendi nada.

- Rs...às vezes nem eu entendo rs. É complicado.

- O que é complicado? - a olhei, respirei fundo antes de responder.

- Vou te explicar mas antes será que você pode me dar um beijo? - ela ficou parada me olhando e aos poucos fui me aproximando, ela pareceu ter acordado pois começou a chegar mais perto de mim também. Demos um beijo lento, de começo só de lábios aos poucos que ela foi abrindo a boca deixando nossas linguas se tocarem. Paramos o beijo com vários selinhos.

- Você não devia estar no treino? - me perguntou assim que nos separamos.

- Não consegui ir.

- Por que, aconteceu alguma coisa? - perguntou preocupada.

- Aconteceu. Fiquei a tarde inteira esperando alguém atender a minha ligação e como isso não aconteceu, não consegui fazer nada. - falei rindo e ela me olhava com uma expressão de dúvida.

- Você não foi ao treino por causa de mim? - a olhei rindo.

- Você realmente não tem noção do que fez e tem feito comigo né? - perguntei a segurando pelo pescoço. Ela não se manifestou e eu continuei- Talvez nem seja lá grandes coisas pra você ou pra qualquer outra pessoa mas pra mim é. - ela me olhava com cara de quem não estava entendendo nada- Quanto tempo a gente está juntas Dul...seis meses?

- Cinco meses e meio. - me corrigiu, eu sorri da precisão dela.

- Então.... Eu sei que o começo não foi bom e também sei que a grande responsável por isso fui eu, eu sei. - agora ela prestava atenção, me olhando nos olhos- Mas Dul...- sorri respirando fundo, olhei pra cima tomando coragem pra falar aquilo, pra mim era muito o que eu ía falar mas eu precisava porque eu estava vendo que eu realmente podia perdê-la, e somente o pensamento estava me incomodando imagina sentir! Mas enfim, voltando ao que eu falava...- eu nunca namorei porque eu nunca gostei, nunca gostei da idéia de ficar presa a alguém, de perder a minha liberdade. Sempre zoei muito a Paty por ela ser assim, por se mostrar apaixonada pelos caras, porque eu achava que isso era frazqueza, pode perguntar a ela. Eu sempre gostei de sair todas as noites, de zuar, beber, fumar...nunca gostei de ficar com as mesmas pessoas e de ficar depois de namorinho porque me irritava, porque todo mundo logo já criava uma expectativa de algo mais que não aconteceria, por isso sempre preferi ficar sozinha. 

- Tá Anahi, já entendi que você não gosta de namorar. Se você veio aqui só pra m.. - a interrompi, porque pela forma que ela estava irritada não estava entendendo o que eu estava querendo dizer.

- Deixa eu terminar Dulce. Olha só...- me sentei na cama cruzando minhas pernas de frente pra ela que continuava deitada- eu não gostava mas no entanto estou aqui há cinco meses e meio como você mesma disse.

- Você está aqui por causa da aposta. - ela me cortou de novo.

- Errado. - me sentei um pouco mais perto dela- Eu não estou aqui por causa da aposta, eu estou aqui porque eu simplesmente não consigo.

- Não consegue o que?

- Dulce, eu não consegui fazer nada do que eu devia fazer hoje simplesmente porque você não me atendeu, porque a forma como você me olhou lá no banheiro depois que eu falei aquela merda está me corroendo desde a hora que você se virou de costas. É que eu sou uma idiota, eu tenho sido uma idiota com você mas eu não quero mais ser, eu quero fazer direito só que sozinha eu não sei.

- O que você está querendo dizer com isso? - ela perguntou se levantando, se sentando a minha frente.

- Basicamente que eu não estou aqui por causa da aposta. Eu tô aqui por você e por mim também. - respirei fundo-

Há uns meses atrás quando você veio com essa proposta pra mim eu tive a certeza de que a minha vida iria virar um inferno..

- Eu sei, você me falou isso algumas vezes. - ela me interrompeu com um sorriso no canto dos lábios.

- Então...mas não foi o que aconteceu, talvez no começo sim mas hoje eu vejo que não. Você me mudou completamente! Hoje eu faço coisas que eu nunca imaginei fazer rs, há quanto tempo a gente não sai sei lá pra uma boate sem ser aniversário de alguém? E eu vivia nas boates antigamente, quantos sábados eu já passei em casa com você e quantos domingos passamos só eu e você??

Se alguém me falasse isso há algum tempo atrás eu ía rir na cara dessa pessoa, porque era algo surreal pra mim mas hoje eu vejo que não é! Até parar de fumar eu parei, praticamente. Não que tenha sido só por você mas talvez se você não tivesse na minha vida eu não faria isso. E tudo que eu tô te falando é pra você saber, não é pra você achar que eu tô arrependida ou coisa e tal, porque eu não tô! - me aproximei dela, tocando em seu rosto- Eu não posso te dizer que eu te amo ou que eu senti ciúmes da Carol porque eu realmente não sei o que eu senti ou sinto quando vejo ela com você, a única coisa que eu posso dizer é que eu não gosto, me irrita porque eu não suporto nem a idéia dela tocando em você ou mesmo de você abraçar, tocar ou olhar pra ela da forma que você me olha. 

- A forma como eu te olho é só sua Annie, porque eu olho pra você com amor. E isso é privilégio só seu, porque o meu amor é só seu!! - ela falou com os lábios próximos ao meu, sorri ao ouvir.

- Me perdoa por ter sido uma babaca com você mais cedo? Eu falei aquilo só porque eu estava com raiva.

- Tem certeza? - me perguntou olhando nos olhos.

- Aham. Você acha que se eu não tivesse nenhum sentimento por você eu estaria aqui até agora, nervosa e angustiada pra ouvir da sua boca que você me perdoa?? Se eu não estivesse nem aí, nem estaria aqui Dul.

- Isso quer dizer que...

- Que eu quero ficar com você. - puxei ela pra mais perto de mim, a pondo no meu colo.

- Eu também quero você Annie mas eu preciso que você me fale alguma coisa, não aguento mais sofrer por sempre ter que ficar imaginando o que você sente mas a verdade é que eu não sei de nada, concretamente.

- Eu não quero te dar esperanças e depois...

- Nem eu quero - me cortou- mas eu preciso saber alguma coisa. - respirei fundo levantando a cabeça e a olhando. Eu precisava falar.

- Eu sei que nenhuma outra pessoa poderia ter me mudado e feito o que você conseguiu fazer comigo em tão pouco tempo - respirei fundo mais uma vez tomando coragem pra falar o que eu estava pensando- assim como eu sei que se tem alguém que pode despertar algum tipo de sentimento mais profundo em mim é você! - ela me olhou acho que meio sem acreditar com um sorriso no rosto.

- Você está querendo dizer que pode vir a gostar de mim?

- Tô. - falei finalmente o que eu estava tentando sufocar esses dias todos, finalmente!!

Ela que já estava no meu colo praticamente me agarrou rs. Fui supreendida por um beijo de tirar o fôlego enquanto ela me puxava pelo pescoço, retribuí o beijo a abraçando também como se desse pra chegarmos mais perto uma da outra, coisa que era impossível porque estávamos quase uma em cima da outra mas aos poucos eu fui diminuindo o ritmo do beijo, porque se continuasse daquele jeito ía nos levar a outra coisa e não era o que eu queria agora.

- Dul, espera, calma....sua mãe pode entrar aí a qualquer hora. - enquanto eu falava isso senti meu corpo ser jogado na cama, mas apoiei os cotovelos impedindo que eu deitasse, ela se inclinou sobre mim, deitando sobre o meu corpo.

- Ela não vai entrar. - respondeu entre beijos na minha boca, à essa altura ela já tinha me "derrubado" na cama, meu cotovelo não estava mais apoiado. 

- Dul...Dulce, pára. - peguei o rosto dela entre as mãos pra fazer ela parar.

- Que foi Anahi?

- Não foi pra isso que eu vim aqui. - falei e ela ficou me olhando.

- Foi pra que então?

- Pra ficar com você. - a puxei pro meu colo- Pra cuidar de você. - continuei e senti o estômago dela se remexendo, fazendo barulho- Você comeu hoje? - perguntei e ela levantou a cabeça me olhando meio sem graça.

- Não.

- Não comeu, por quê?

- Sei lá, estava sem fome. - respondeu dando de ombros.

- Não pode Dulce! - falei séria e ela me olhou sorrindo- Tá rindo de que?

- Nada, desculpa...- ela falou negando com a cabeça também- é que eu não tô acostumada com você assim...rs.

- Assim como?

- Cuidando de mim.

- Pois pode ir se acostumando, anda, vamos levantar que você vai comer.

- Agora? - ela perguntou ainda deitada na cama, eu estava sentada a olhando.

- Aham, agora.

- Mas...- ela tentou reclamar mas nem dei atenção.

- Anda Dulce, vai se arrumar! - falei dando um tapinha na perna dela, ela reclamou um pouquinho mas logo se levantou. Até que não demorou muito rs, saímos do quarto com ela resmungando. A mãe dela estava na sala.

- Ahh saiu do quarto!

- Oi mãe. - ela se virou meio sem graça pra mãe, eu estava ao lado.

- Oi filha, e aí tudo bem? - perguntou me olhando.

- Tudo. - ela respondeu e eu olhei pra mãe dela sorrindo.

- Vocês estavam indo pra algum lugar? - mãe dela perguntou.

- Nã..- Dulce ía falar mas a interrompi já imaginando.

- Na verdade viemos aqui pra fazer ela comer. - falei.

- Pois é né, você não comeu nada hoje. - a mãe dela concordou comigo.

- Exatamente. Daqui a pouco está desamaiando aí de fome.

- Não pode filha.

- Eu tô aqui sabia? Vão ficar aí conversando como se eu não tivesse aqui. - ela falou se irritando.

- Não adianta ficar irritadinha não, você vai comer. Tá com o estômago até reclamando já. - eu falei e a mãe dela nos olhou rindo, porque a Dulce estava de bico haha.

- Bom, acho que ainda sobrou um pouquinho da lasanha que eu fiz pro almoço.

- Lasanha? - ela perguntou fazendo careta.

- Você gosta tanto filha.

- Eu sei mãe, mas sei lá, hoje não tô afim. Sei lá meu estômago está meio enjoado.

- Deve ser porque você está o dia todo sem comer nada. - a mãe dela falou- Mas se quiser posso fazer outra coisa, sei lá...o que você quer?

- Não precisa tia, vai dar trabalho. - me intrometi e as duas me olharam- A gente pode sair pra comer alguma coisa?

- Tem certeza? Eu posso fazer alguma coisa. - a mãe dela insistiu.

- Não precisa tia, vai dar trabalho. - respondi a ela e em seguida me virei pra Dulce- Vamos?

- Tá, vamos, já que não tem jeito mesmo. - eu e a mãe dela rimos, em seguida nos despedimos dela e saímos, eu estava de carro. 

- E então, quer comer aonde? - perguntei já dentro do carro.

- Tanto faz Annie, você que sabe.

- Pode ser numa lanchonete? Que aí tem de tudo? - perguntei e ela deu de ombros, virou pra janela e ficou olhando a paisagem sem falar mais nada. No primeiro sinal que paramos a chamei- Dul, tá tudo bem? - ela me olhou afirmando que sim com a cabeça- Quero dizer...com a gente, tá tudo bem?

- Tá amor, por que?

- Sei lá...você tá quieta....distante, nem me olhou direito.

- Desculpa. - ela me olhou dando um sorriso lindo- Não é nada com você não, é que eu tô meio enjoada. - ela falou fazendo carinho no meu rosto. Sorri pra ela, ía dar um beijo mas começaram a buzinar e não deu.

Enfim chegamos na lanchonete, estava até com bastante gente pra uma quinta a noite. Logo que nos sentamos o garçom veio nos atender.

- Eu vou querer um sanduíche com salada pra acompanhar, pra beber um suco. - falei pra ele que ficou parado esperando enquanto a Dulce resolvia o que ía querer olhando o cardápio- Vai querer o que? - perguntei pq ela não se resolvia.

- Não sei, não tô com vontade de nada.

- Mas tem que comer Dul. - falei e ela me olhou sem vontade- Pede um sanduíche então, pelo menos isso você come.

- Não quero hamburguer.

- Não precisa ser hamburguer Dul, pede outro sanduíche aí. - olhei pro garçom que já nos olhava impaciente- Me dá, vou escolher pra você. - peguei o cardápio da mão dela e escolhi, em seguida pedi pro garçom- Traz esse sanduíche e uma coca pra ela, por favor.

- Coca? Prefiro um suco também.

- Mas você está enjoada, coca é melhor. - falei entregando o cardápio pro garçom, ele acentiu com a cabeça saindo dali em seguida. Quando a olhei ela sorria pra mim- Que foi?

- Você...cuidando de mim...rsrs. Brigada. - ela me olhou sorrindo em seguida deitou a cabeça no meu ombro, dei um beijo no topo da cabeça dela, fou quando ouvi alguém me chamando.

- Anahi?

Quando olhei estavam parados a minha frente a Mel, Rick e o Poncho.

- Oi gente. - respondi e senti a Dulce tirando sua mão que estava enlaçada a minha, apoiada na minha perna e levantando a cabeça.

- Nunca esperei te encontrar numa lanchonete como essa rsrs. - Poncho.

- Pois é, as coisas mudam. - falei sem dar muita bola pra eles.

- Tá se vendo...- Mel falou destilando o veneno dela, fingi que nem ouvi.

- Oi Dulce, tudo bem? - Poncho.

- E aí gente? - ela falou tentando ser simpática, se ajeitou na cadeira apoiando as duas mãos na mesa. Mas claramente nem eu nem ela estávamos nem aí.

- Estão chegando ou indo? - Rick perguntou.

- Acabamos de fazer nossos pedidos. - falei olhando pra frente pra ver se o garçom chegava, peguei na mão dela sobre a mesa que se surpreeendeu me olhando, eu não fazia muito isso na frente deles. Mas eu não a olhei pra não dar muito ibope pra eles, pra eles não perceberem que isso não era uma coisa normal. Senti o olhar da Mel me queimando! Ficou um silêncio e em seguida ouvi a voz do Rick. 

- Bom, a gente já estava indo - ele pegou na mão da Mel- vamos gente?

- Vamos. - os dois responderam, e a Mel não parava de nos encarar.

- Tchau meninas. - Poncho.

- Tchau Poncho. - falamos ao mesmo tempo.

- Tchau gente. - eles falaram antes de sair.

- Tchau. - respondemos também quando eles já estavam saindo.

- Aff!! Como você aguenta hein?? - ela falou assim que viu eles longe.

- Nem ligo. - respondi perdendo completamente a noção porque eu estava quase beijando ela ali, sorte que o garçom chegou com o nosso pedido. Mas com certeza ele percebeu e depois ficou olhando. Fui gorssa com ele- Algum problema? - perguntei o encarando porque ele não saía dali.

- Não, desculpe. Com licença. - só assim ele saiu, e todo sem graça.

- Annie, não precisava disso né. - ela falou rindo.

- Cara abusado!

- Hahahah.

Bom, dps dessa comemos em paz, mais tarde estávamos saindo da lanchonete, fomos direto pra casa dela porque estava tarde já.

- Tá entregue. - falei puxando o freio de mão assim que chegamos à sua casa, ela se virou no banco ficando de frente pra mim.

- Brigada...por tudo. - me virei de frente pra ela também e antes de falar neguei com a cabeça.

- Eu que tenho que te pedir desculpas. - ela sorriu me deixando sem entender, em seguida se aproximou de mim pondo o dedo sobre meus lábios, pra eu ficar quieta.

- Vamos parar com isso então e esquecer?

- Tá. - sussurrei porque a boca dela roçava nos meus lábios.

- Me beija então.

Ela pediu e eu que estava de olhos fechados, os abri levantando a cabeça. Sem deixar de olhá-la fui me aproximando a segurando pela nuca até colar nossos lábios.

Dei um beijo lento e calmo nela, abrimos a boca aos poucos até deixar nossas linguas se tocarem. Senti a mão dela na minha cintura enquanto eu fazia carinho na sua nuca, aos poucos nossos corpos se aproximaram sem nós nem percebermos assim como nosso beijo acelerou. Ainda bem ela parou porque se não nem sei rs.

- É melhor a gente parar. - ela falou ofegante.

- É...também acho, você também tem que entrar. - falei fazendo carinho no rosto dela.

- Aham, eu vou rs. - ela me deu um selinho- Vai com cuidado tá? - ela ajietou meu cabelo, pondo uma mecha do meu cabelo pra trás. Concordei com a cabeça.

- Ah Dul, me lembrei disso agora. Conversei com a Paty, ela concordou em viajar conosco.

- Ah é?

- Aham. Pode avisar ao Ucker. - falei sorrindo, ela riu também.

- Então quer dizer que vamos viajar esse fim de semana?

- Aham, mas oh boca fechada hein, pra ninguém desconfiar.

- Eu sei. Bom, amanhã eu falo com o Ucker então.

- Tá. Agora é melhor eu ir mesmo porque tá tarde.

- Vai sim, tchau amor. - me deu um beijo.

- Tchau. - respondi depois do beijo.

- Te amo. - ela falou me dando mais um selinho, sorri e ela abriu a porta do carro pra sair- Tchau.

Assim que ela entrou em casa parti pra minha, estava tarde e eu cansada porém feliz por tudo que tinha acontecido. E pasmém, eu não estava arrependida por ter me aberto com ela.