Fanfic: Namorada de Aluguel A&D | Tema: Portiñon

Dulce narrando:

Apesar de estar tentando a todo custo não transparecer principalmente pra ela eu não consegui e eu sei que ela tinha percebido. Aquelas cartas sempre me deixavam assim mal, pra baixo mas aquela segunda em especial estava me derrubando, a pessoa tinha acertado em cheio mesmo. Ainda tinha o fato dela saber meu nome.

Quem será essa pessoa??

Mas eu estava tentando abstrair isso, tanto que passei o dia todo pensando nisso, nem lembro de que foi a aula. Eu tentava pensar pelo lado bom né, teria a tarde toda com ela pra tentar esquecer isso e ficarmos bem. Era o que eu pensava pelo menos, mas na hora da saída tive a notícia que caiu como uma bomba no meu colo, era como se tudo agora fizesse sentido mas ainda assim eu me recusava a acreditar que a Anahi faria isso comigo assim, ela não podia. Ela não era tão boa atriz assim, ou era??? Com esses pensamentos eu fui pra casa. Na minha cabeça eu não podia acusá-la não ainda pelo menos, sem provas!

Fiquei o dia todo me controlando e pensando no que fazer, a toda hora me vinha a mente o que a Carol falou que era bobeira minha e tal....mas não tinha como evitar de pensar, já que aconteceu exatamente o que a carta falava! Mas poderia ser coincidência também né? Enfim, esses pensamentos me dominaram durante a tarde. Fiquei esperando ela me ligar mas não ligou, mas também né, depois dos foras que eu dei nela nem eu ligaria. Acabei pegando no sono porque não tinha dormido direito durante a noite, estava muito ocupada chorando.

Mais tarde quase na hora de sair minha mãe me acordou, tomei outro banho, me arrumei e fui com eles. Gabriel passou aqui pra nos pegar, enquanto o esperava liguei pra Anahi pra avisar que estava saindo mas ela não me atendeu. Fiquei mais puta ainda mas pra ninguém e muito menos a Carol perceber, porque ela ía perguntar, tratei de disfarçar logo.

Rapidamente chegamos na tal casa. Por ironia ou não do destino era perto da rua da Anahi. A casa era bonita por fora, parecia grande e realmente era. Quando entramos pude comprovar isso, eram cinco quartos, dois andares, duas salas, a cozinha grande, era bem bonita mesmo mas eu sinceramente nem estava me importando muito com isso. Acabei entrando em um dos quartos do andar de cima e estava lá parada olhando pela janela quando ouço uma voz.

- Legal né? - me virei e era a Carol.

- É sim. - respondi sem o mínimo ânimo.

- Você não tá bem né? - se sentou na cama me olhando, dei um sorriso amarelo pra ela- Aquilo ainda?

- Também.

- O que mais? - quando eu ía falar qualquer coisa o Gabriel entrou.

- E aí meninas, gostaram? - se aproximou abraçando a Carol, que já havia se levantado, de lado.

- Aham. - falamos as duas ao mesmo tempo.

- Que bom. - ele andou em direção a janela- É uma ótima casa não é mesmo?

- Sim. Mas e então, tá certo já? - perguntei.

- Vai depender da sua mãe, Dul. - sorriu- Mas por mim eu fechava negócio rs. Bom, vamos voltar pra lá? Vocês já viram a cozinha?

- Não. - respondi.

- Então vamos, vem filha. 

Fomos lá olhar a cozinha, eu não estava me aguentando mais ali, olhei o celular e nada da Anahi ter ligado. Aquilo estava me agoniando demais. Finalmente eles resolveram ir embora e o Gabriel deu a idéia de irmos lanchar o que meu irmão adorou né, adora uma bagunça, nunca vi rsrsrs. Mas eu não queria, não ía conseguir comer mesmo.

- Eu combinei de encontrar a Anahi pra jantar. - avisei e senti a Carol me olhando mas nem a olhei de volta pra ela não perceber a minha mentira rs.

- Ah é filha? Nem sabia.

- Pois é mãe, como não deu pra ela vir, aí combinamos.

- Tudo bem então. Mas e nós, vamos? - Gabriel.

- Simmm. - meu irmão.

- Será que vocês podem me deixar no colégio no caminho? - pedi.

- No colégio, mas por que? - minha mãe estranhou.

- Combinei de me encontrar com ela lá, ela deve estar acabando o treino. - respondi.

- Treino, à essa hora?? - Carol estranhou, novamente não a olhei.

- É, pois é. - depois disso o silêncio reinou.

Mas eles me deixaram lá no colégio, me despedi de todo mundo saindo do carro em seguida.

Segui direto pro local do treino dela, a escola estava vazia obviamente, afinal era tarde da noite. Continuei andando até chegar no ginásio e continuava tudo silencioso, fui estranhando aquilo, tudo escuro. Abri a porta do ginásio e nada, não tinha ninguém lá. Foi automático, uma lágrima desceu pelo meu rosto, eu não podia acreditar naquilo! Não podia, ela não podia estar fazendo aquilo comigo de novo, não depois de tudo!!

Fechei a porta e me encostei na própria. A tristeza foi dando lugar a raiva. Peguei meu celular e disquei pra ela. 

- Oi Dul. - atendeu de primeira com a voz toda fofa, mas na hora não fez efeito nenhum pra mim.

- Onde você está Anahi? - minha voz era carregada de raiva.

- Em casa. Por que? - perguntou como se fosse a coisa mais inocente do mundo. Eu dei uma risada sarcástica- Que houve Dul, onde você tá?

- No colégio! Em frente ao ginásio, onde você me disse que estaria!

- Ah mas é que acabou sendo desmarcado e...- a interrompi, mais desculpas!

- E você não podia me avisar por que???

- Você não estava com a sua mãe, estava esperando você me ligar e ía avisar mas eu acabei pegando no sono aqui, desculpa. - eu não conseguia nem responder tamanha era a minha raiva, minha voz falhou- O que você tá fazendo no colégio? - perguntou depois de um tempo.

- O que você acha Anahi?? - falei dando uma risada irônica no final.

- Se eu soubesse tinha ído te encontrar....me espera que eu tô indo praí.

- Talvez se você atendesse o celular ou tivesse qualquer interesse de me ver, você saberia.

- Não fala assim Dul poxa....eu dormi, estava cansada.

- Aham, valeu Anahi. Tchau.

- Não, espera! Eu tô indo praí, aí conversamos.

- Não vem, não vem porque eu tô indo embora.

- Não Dulce, por favor! - não respondi nada- Dul...- respirei fundo- Por favor me espera? Depois se você quiser, vai embora, mas vamos conversar por favor?

- Ok Anahi, vê se não demora!

- Tô saindo daqui, beijo. - ela falou, eu nem respondi, desliguei em seguida. Fiquei lá a esperando, no ginásio mesmo só que acendi a luz, é claro.  

Uns vinte minutos depois meu celular tocou e era ela.

- Onde você tá? - perguntou assim que atendi.

- No ginásio.

- Vem aqui pra frente, tô aqui no estacionamento. - desliguei o celular sem respondê-la e fui ao seu encontro. Cheguei lá e vi o carro dela, também era o único no estacionamento aquela hora da noite, bati no vidro e ela abriu- Entra, tá frio aí fora. - não queria entrar mas realmente estava gelado! Entrei quieta, cruzei os braços e fiquei esperando ela falar alguma coisa- Vai falar comigo não? - a olhei de rabo de olho sem descruzar os braços. Ela ficou me olhando e eu dei uma risada sarcástica negando com a cabeça- Que foi? Vai começar a me acusar já sem nem me ouvir??? - ela se virou completamente na minha direção mas eu continuava olhando pra frente.

- E eu nem tenho motivos pra isso né Anahi!! - eu estava me sentindo naqueles desenhos animados que saía fumaça pela cabeça tamanha era a minha raiva.

- O treino foi desmarcado Dul, já te disse. - ela por outro lado mantinha a voz calma. Bufei revirando os olhos.

- Por que não me avisou?

- Eu estava esperando você chegar e me avisar, já te disse, não queria te atrapalhar lá com a sua mãe só que eu acabei pegando no sono. - tive que rir né, a cada desculpa meu ódio aumentava mais.

- Dormiu Anahi??? Você acha que eu sou idiota??

- O que você tá querendo dizer com isso? Óbvio que eu não te acho idiota! - ficamos nos olhando- Você não acredita em mim....acha que tô mentindo? - fiquei a olhando sem falar nada- Mais uma...estava demorando! - agora quem olhou pra frente largando o corpo no banco foi ela.

- Também acho, demorou demais. - falei num sussurro mais pra mim, tanto é que ela nem ouviu e continuou falando.

- Não adianta nada a gente conversar e você dizer que vai confiar em mim né? Acabamos sempre tendo a mesma briga!

- Adiantaria se você não mentisse pra mim! - me exaltei de novo.

- Eu não menti!! - ela também, se virou pra mim.

- Mentiu!! Disse que ía ter uma droga de treino que eu nunca vi ser a noite e justo hoje é, não atende a droga do celular e quando eu chego aqui me deparo com um ginásio escuro e adivinah só....sem treino!!!

- Eu já disse o que aconteceu!

- E eu não acredito em você!

- Novidade né Dulce! Quando você acredita em mim??

- Talvez eu tenha acreditado mais do que deveria, Anahi. - a raiva havia dado lugar a amargura e tristeza.

- Como assim? - a dela era surpresa. 

- Tudo isso aqui é uma farça, nada é real!

- Do que você tá falando?

- Você sabe. Da gente, de tudo isso aqui. - fiz um círculo com as mãos nos apontando.

- Não é farça Dulce, é uma aposta. Pelo menos foi como começou e por vontade sua! - ela frizou bem essa última parte.

- Pois é...vontade minha. Mas foi um erro. - levantei a cabeça pra olhá-la, eu tinha lágrimas nos olhos, ela me olhava surpresa.

- Erro?

- Aham. Mas pode deixar que vou consertá-lo.

- Ahm, como assim? O que você tá querendo dizer com isso? Terminar? - ouví-la dizer isso foi ainda pior do que pensar e olha que eu achei que nada superaria essa dor mas pelo visto estava enganada! Tive que abrir e fechar a boca umas duas vezes até conseguir que essas palavras saíssem da minha boca.

- Era o que vc sempre quiz num é mesmo? - nem eu sei como consegui falar, as lágrimas banhavam meu rosto já.

- Não Dulce, não é, por favor não faz isso. - ouvi um certo desespero na sua voz, ela chegou perto de mim tocando meu rosto.

- Por que?

- Porque não, pára! - suas duas mãos tocavam meu rosto.

- Me dá um motivo Anahi.

- Eu não vou aguentar ficar sem você, por favor. - vi os olhos dela cheios d`água também mas eu precisava de mais, só isso não estava funcionando mais ainda mais depois daquela carta, depois de tudo aquilo.

- Por que?

- Porque não.

- Por que?

- Você sabe Dulce.

- Não, não sei. Me fala! - eu dei uma última chance a ela, percebi que ela travava uma luta internamente, mas eu não aguentava mais viver daquele jeito!- Imaginei. Ok, tchau então Anahi. - peguei na maçaneta pra abrir a porta do carro mas ela me segurou.

- Espera. Onde você vai?

- Embora Anahi. Eu...- não consegui terminar de falar, minha garganta travou por causa do choro.

- Não! Eu não vou deixar você fazer isso! - ela segurava meu rosto com as mãos, bem próxima a mim.

- Por favor eu....não aguento mais isso. - caí no choro, não aguentava mais segurar. Ela então me abraçou.

- Dul, calma. Me ouve...- pediu fazendo carinho nas minhas costas. Me afastei dela balançando a cabeça negativamente.

- Não quero mais Annie, não consigo. Me leva embora, por favor....por favor. - encostei a cabeça no banco chorando ainda. Ela não falou mais nada, deu a partida no carro e fomos em silêncio até a minha casa, assim que chegou fui abrindo a porta mas mais uma vez ela me segurou. 

- Não vai assim, não faz isso com a gente, por favor.

- Quem tá fazendo é você. - falei um pouco mais calma- No dia que você puder me falar alguma coisa me procura.

- Dulce, por favor. Não quero terminar com você, não faz isso. Por favor! - suspirei cansada, eu não tinha forças nem pra discutir mais e à essa altura eu já tinha me acovardado de novo, não ía conseguir dizer de novo pra terminar, porque só de pensar um bolo já se formava no meu estômago. É, eu sou muito idiota mesmo!!

- Tá bom Anahi não terminamos pelo menos não agora mas depois a gente conversa sobre isso. Agora eu preciso ir....- olhei pra minha casa- preciso deitar, minha cabeça tá explodindo!- ela me olhou muda e soltou meu braço, saí do carro segurando o choro, não queria que ninguém me visse assim em casa.

Falei com a minha mãe me segurando e só me desabei no choro de novo quando cheguei no meu quarto. Chorei muito como há muito tempo eu não fazia, acho que desde que comecei com ela eu não chorava assim. Automaticamente me lembrei de tudo que dizia naquela e nas outras cartas, me levantei abruptamente e num rompante de raiva peguei todas e rasguei. Como se aquilo fosse me adiantar alguma coisa, não adiantou e eu caí no chão com aqueles restos de papéis na mão. Aquilo estava me sufocando, me desesperando e eu não estava aguentando mais segurar aquela barra sozinha, precisava de alguém nem que fosse só pra me ouvir.

Em dois segundos me levantei daquele chão, me arrumei mais ou menos e fui pra casa dele. Precisava do Chris, dos conselhos dele, das palhaçadas que fossem dele.

- Oi tia, tudo bem? - falei quando a mãe dele abriu a porta.

- Oi querida, tudo sim. Quer falar com o Chris né? - me deu passagem.

- É sim, ele tá aí?

- Tá lá no quarto, pode ir lá. - ela apontou na direção, eu agradeci e fui atrás dele, bati na porta e ele me mandou entrar ainda sem saber que era eu. Abri a porta devagar, ele estava sentado de frente pro computador.

- Dul? - me olhou meio surpreso por me ver ali.

- Oi. - me aproximei dele.

- Que foi, está tudo bem? - estávamos tão perto que ele me abraçou e foi só eu senti seu abraço que eu desabei no choro de novo- Ei, que foi, o que aconteceu? - eu não conseguia falar nada, ele foi me levando pra sentar na cama ficando ao meu lado. Quando consegui me acalmar contei tudo a ele, tudo mesmo, sem esconder nada!- Caramba Dul, desde quando isso? Mais alguém sabe?? 

- Não sei Chris, tem uns meses já. - fungava entre as respostas, mas não chorava mais.

- E você acha que é verdade?

- Eu não sei...- suspirei- às vezes eu tenho certeza que não mas em outras acontecem essas coisas estranhas que me fazem duvidar. Tipo hoje, foi muito estranho!!!

- Nossa..eu não sei nem o que te falar! - dei um sorriso fraco.

- Não precisa falar nada, na verdade acho que eu só precisava desabafar isso com alguém.

- Você deveria ter me contado isso ou pra alguma das meninas. Nem a Carol sabe? - neguei com a cabeça.

- Mas ela está desconfiando de alguma coisa, porque desde ontem quando essa carta chegou, a última, eu não tô conseguindo me controlar. Até a Anahi percebeu, tenho certeza.

- Isso é. Hoje ela veio conversar comigo perguntando se eu sabia de alguma coisa, ela está achando você estranha.

- E você falou o que?

- Nada. Afinal eu não sabia mesmo de nada. - o olhei sem falar nada, ele se aproximou de mim pegando nas minhas mãos. Suspirou antes de começar- Olha Dul, eu sei que é tudo muito estranho mas eu acho que você não pode acusar sem ter certeza.

- Pensei nisso também. - abaixei a cabeça.

- Já pensou em falar com ela, contar?

- Tá maluco Chris?? Claro que não! - me levantei- Até porque mesmo que seja verdade ela nunca vai me falar!! Vai negar até a morte.

- É...pode ser. - eu estava em pé andando pelo quarto- E você não tem nem idéia de quem possa ser? - ele perguntou, respondi que não com a cabeça mordendo o lábio, nervosa. Aquela história estava me tirando o sono, a razão, tudo!!- Vamos descobrir então!

- Como??

- Sei lá. Passa a prestar mais atenção nas coisas ou pessoas à sua volta.

- Já pensei nisso mas nunca chego a conclusão nenhuma, quem poderia querer fazer isso?

- Não sei também Dul. - ficamos em silêncio pensativos até que ele falou- Tira a prova então.

- Ahm, como assim?

- Ué, testa. Na próxima carta se ele ou ela falar alguma coisa, vai tirar a prova por mais que possa doer, faz isso.

- Tipo seguir ela? - perguntei pensativa me sentando na cama novamente.

- É. - o olhei e em seguida olhei pra baixo- Não teria coragem? - perguntou percebendo a minha hesitação, o olhei sorrindo- Você não tem outra opção. Ou é isso ou é esquecer essas cartas e viver em paz com ela mas sem ficar toda hora jogando na cara! - respirei fundo ao ouví-lo, eu sabia disso tudo mas meu coração não estava deixando que eu fizesse isso. Abaixei apoiando a cabeça nas mãos- Do que você tem mesmo medo Dul? 

- Da verdade..- o olhei sem sair da posição- de descobrir que isso possa ser verdade, eu não sei se eu vou aguentar Chris...eu..- parei de falar porque senti um nó na garganta.

- Mas você tem que saber Dul, olha seu estado. Como você quer continuar assim? Esperando um dia receber uma carta e ficar imaginando se tudo que ela te diz é verdade ou não? É isso que você quer?

- Não, claro que não.

- Então..

- Mas Chris, eu não vou aguentar! Se ela..- de novo!

- Vai sim! - ele me abraçou vendo que eu estava a ponto de chorar- Vai ter que aguentar minha amiga e outra, eu não acredito que a Anahi seja capaz disso, não agora, não essa Anahi que eu conheci agora. - o olhei sorrindo, eu também queria acreditar nisso mas parecia que tinha sempre um diabinho na minha cabeça me testando- Agora...- ele ainda estava abraçado a mim- se ela estiver fazendo isso mesmo, é porque não te merece! Aí você parte pra outra! - concluiu sorrindo como se fosse super normal.

- Como se fosse fácil assim!

- Não, não é mas é o que será preciso fazer. Vai ficar o que? Se rastejando e implorando por uma coisa que nunca vem?? - neguei com a cabeça.

- Não. Eu sei, você tá certo. - ele deu sorriso convencido me fazendo sorrir mais ainda mas fomos interrompidos pelo som do meu celular, era mensagem. Peguei pra ver.

- Quem é? - ele perguntou.

- É dela. - falei ainda olhando por celular mas sem abrir a mensagem, não tinha coragem ainda. Resolvi não ler- Não vou ler.

- Por que não? Me dá aqui, deixa eu ver. - puxou o celular da minha mão e começou a ler, logo vi um sorriso despontando nos seus lábios, o olhei curiosa- Acho que você devia ler. - me entregou o celular, ele sorria. Peguei e comecei a ler. 

msg: queria muito estar com vc nos meus braços pra poder te abraçar e vc não chorar mais, nunca mais. Mas vc não deixou.....eu entendo, talvez eu não deixasse tbm, mas mesmo assim eu tô aqui pra te dizer isso, que não importa o que vc pense põe a mão no seu coração que eu sei que ele vai te dizer qual é a verdade Dul.

eu que nunca tinha chorado por ninguém, chorei 2 vezes já por vc. sei que talvez eu seja uma patricinha mimada e imperfeita pra vc mas eu juro que faço as coisas tentando acertar, não queria nunca mais te ver sofrendo. Me desculpa tá por ser tão imperfeita? Desculpa por não saber dar o que vc precisou aquela hora lá no carro....

durma bem...até manhã.

do seu amor....bjss.

Acabei de ler com um sorriso também e o rosto molhado, limpei as lágrimas e dei um forte suspiro sem falar nada. Quem falou foi ele.

- Vai pra casa Dul....pensa....não age por impulso.

- Eu sei. - respondi abaixando a cabeça.

- Amanhã vocês conversam na escola.

- É...- suspirei- vou fazer isso. Brigada amigo. - abracei ele- Te amo.

- Também te amo minha ruivinha. - fez uma bagunça no meu cabelo e nós dois sorrimos. Saí de lá e fui pra casa dormir, ou tentar ao menos.