Fanfic: Namorada de Aluguel A&D | Tema: Portiñon

Foi minha última palavra dirigida à ela naquele estacionamento, saí dali a deixando pra trás e não faço idéia de como eu consegui chegar em casa.

Minha vista estava embaçada pelo choro e eu só conseguia pensar em como seria daqui pra frente, como viver sem ela dps de ter tido tudo aquilo com ela mesmo tendo sido uma mentira? Eu tentava me convencer disso, que foi tudo uma mentira pra ver se eu conseguia ficar com raiva dela mas o amor ainda falava mais alto e esse bendito amor que me fazia sofrer e chorar que nem uma louca!

Cheguei em casa e me tranquei no quarto, minha mãe bateu algumas vezes na porta mas eu disse que estava com dor de cabeça e iria dormir e que não queria falar com ninguém. A única coisa que eu sabia fazer era chorar e ler e reler aquelas cartas, malditas cartas! E que no final estavam certas né, Anahi nunca mudou, era tudo parte do joguinho dela.

Fui interrompida da minha sessão sofrimento por umas batidas na porta.

- Não quero falar com ninguémmmm!!! - gritei em meio ao choro- Me deixa mãe.

- Não é sua mãe, sou eu. - era o Ucker.

- Ucker eu não q..

- Abre a porta Dul, eu já sei de tudo. Me deixa entrar? - fiquei surpresa quando ele disse saber de tudo, resolvi deixá-lo entrar até porque eu sabia que ele não desistiria e minha mãe poderia ouvir e querer saber o que houve. Então, abri a porta e voltei a me deitar na cama, ele não falou nada, sentou ao meu lado e ficou fazendo carinho no meu cabelo. Não aguentei e desabei no choro no colo dele. Fiquei por muito tempo chorando no colo dele sem nada dizer.

- Des...culpa. - falei quando consegui me acalmar, saindo do abraço dele.

- Não tem nada pra pedir desculpas, pequena. - ele falou todo carinhoso limpando meu rosto- Eu vim aqui pra isso e não pra perguntar como você tá porque eu já imaginava e tô vendo rs. - sorri também- Me diz, o que aconteceu? - contei pra ele que ficou um tempo me olhando estranho, sem nada dizer.

- Que foi?

- Você não acha que exagerou não?

- Exagerei?? Você ouviu o que eu disse Ucker?? A Anahi estava com a Julia na mesa sendo que me disse que ía ao cinema com a Paty e a Mel!

- Mas elas não chegaram lá depois?

- Sim mas memso assim. Eu sei que ela mentiu pra mim, não é a primeira vez que eu vejo ela com essa garota e ela diz que não é culpa dela! - me irritei, levantando.

- Ok, se você diz, deve conhecê-la melhor que eu.

- Aham. - eu estava de costas pra ele ainda- Eu sei que a Paty deve ter enchido a sua cabeça falando que a culpa não é da Anahi pra você vir aqui falar comigo mas eu não acredito! - o olhei.

- Claro que não Dul! Ela nunca faria isso e muito menos eu me prestaria a um papel desses. Você é minha melhor amiga aliás muito mais que isso, você é como uma irmã pra mim, você sabe! - suspirei abaixando a cabeça, eu estava descontando na pessoa errada minha frustação- Olha, eu sei que você está irritada e magoada, por isso vou relevar rs. - ele veio me abraçar e eu aceitei o abraço- Agora ela realmente que falou comigo, fiquei sabendo por ela e ela ficou muito triste mesmo por você ter achado que ela armou pra Anahi encontrar a Julia pelas suas costas. 

- Foi o que pareceu Ucker! - me soltei do seu abraço.

- Mas não foi pequena, ela nunca faria isso! Você sabe, a conhece. Ela gosta muito de você.

- Eu também achava isso.

- Pois pode acreditar. Tô te falando, em mim você confia né? - me perguntou rindo.

- Aham.

- Então....bom depois vocês conversam e se acertam de qualquer forma.

- Aham. - respondi meio despreocupada, tinha coisas mais importantes e piores pra pensar agora- Mas vem cá, vocês não estavam brigados? Como ela te contou?

- Nao estávamos brigados, tivemos umas discussõezinhas só rs. Mas eu liguei pra falar com ela que contou.

- Hummm. Então aproveita e parem de brigar por bobeira pra não acabarem assim. - falei me referindo a mim mesma.

- Dul, tenho certeza que você e a Anahi ainda vão voltar. Foi só um desentendimento.

- Não Ucker. Dessa vez acabou mesmo, eu não quero mais! Cansei de ser feita de otária pela Anahi!

- Acho que você deveria ouví-la pelo menos uma vez pra depois tirar conclusões e aí sim se ela tiver feito isso mesmo que você acha, te enganado, eu serei o primeiro a te apoiar a não ficar mais com ela! - fiquei pensando no que ele disse mas não respondi nada- Pensa nisso pequena. - fez um afago nos meus cabelo e em seguida me deu um beijo na cabeça.

- Ok. Vou ver se agora eu consigo deitar e dormir um pouco.

- Tá certo. Descansa mesmo. Tchau meu amor, qualquer coisa me liga tá? - me abraçou.

- Pode deixar. - falei no abraço ainda e quando nos soltamos agradeci- Brigada Ucker.

- Imagina. Sabe que tô aqui pra isso. - ele deu um sorriso acompanhado por mim- Bom, tô indo lá. - ele se levantou e foi até a porta- Tchau.

- Tchau. - respondi e assim que ele fechou a porta voltei ao meu martírio de pensar e chorar por ela. Passei a madrugada toda assim, acordada, chorando.

* Assim que saiu da casa da Dulce, não foi direto pra casa, sentiu uma vontade de dar uma volta e no meio resolveu ir atrás de Paty na casa de Anahi, meio que seguindo o que Dulce lhe disse. Imaginou que ela estivesse lá ainda.

- Ucker? - ela perguntou surpreso ao vê-lo parado, encostado na moto.

- Paty. - se virou pra ela, pondo o capacete em cima da moto.

- O que você está fazendo aqui?

- Ah, eu estava lá na Dulce até agora mas ela quiz ficar sozinha um pouco, aí vim aqui ver como você estava. Eu ouvi o Luke lá no treino dizendo que não ía te ver hoje então.. - ele falou rindo arrancando um sorriso dela também.

- É, eu ía dormir aqui com ela também mas ela não quiz.

- E como ela tá?

- Ah..- Paty começou a falar respirando fundo- sabe como é a Anahi né, cabeça dura, se faz de durona, mas ela não tá bem não. Ela não fala, mas dá pra ver!

- É...a Dulce tá arrasada! Mas também né depois de tudo. 

- Olha Ucker é melhor a gente nem falar sobre isso porque senão vamos acabar discutindo.

- Tá certo, desculpa. Mas então, quer uma carona pra onde você estiver indo rs... Aliás pra onde você está indo?

- Não sei mas não queria ir pra casa.

- Pensei que você ía pro Luke já que não vai dormir mais aí.

- Não. - ela falou sorrindo fazendo uma careta.

- Quer dar uma volta então? - ele perguntou lhe oferecendo o capacete.

- Aceito. - ela respondeu sorrindo e pegando. Os dois subiram na moto, no primeiro sinal Ucker se virou pra trás perguntando.

- Pra onde vamos?

- Você que sabe. Onde você quer ir?

- Quer tomar um sorvete? - ele perguntou.

- Nesse frio?

- Assim que é bom. - ele respondeu sorrindo.

- Tá bom, então vamos. - e sendo assim os dois foram pra sorveteria.

- Quer de que, Paty? - ele perguntou lá dentro já.

- Doce de leite com morango. - ela respondeu e ele fez uma careta a olhando.

- Sério?

- Aham. - ela respondeu e então ele se virou pra atendente pedindo o dela e o dele que seria de côco com menta. Assim que a moça os entregou o sorvete os dois foram lá pra fora, na varanda sentar- Se eu morrer de frio a culpa vai ser sua. - ela falou rindo.

- Eu te esquento. - ele falou piscando pra ela enquanto eles sentavam, arrancando riso dos dois.

- Quer provar? - Paty ofereceu a ele que aceitou, ele fez o mesmo.

- É bom mas o meu é melhor. - Ucker respondeu sorrindo depois de provar o dela.

- Rs. - ficaram um tempo em silêncio e quando Ucker a olhou viu que ela estava toda arrepiada.

- Tá com frio?

- Um pouco. - ela respondeu.

- Toma. - ele falou tirando seu casaco e dando pra ela.

- Não precisa Ucker. - ela ainda tentou recusar mas ele já tinha tirado e punha nela.

- Pára de bobeira, você está cheia de frio aí.

- Mas e você?

- Eu aguento. - ele falou sorrindo, realmente estava meio friozinho ainda mais com o sorvete. 

- Ah tá. Igual aquele dia da viagem que você disse que aguentava e ficou lá morrendo de frio.

- Não, mas agora é diferente.

- Por que? - ela quiz saber.

- Porque eu nunca deixaria você passar frio pra eu ficar de casaco. - ele respondeu a olhando, Paty sorriu pelo que ele disse, ele deu um leve sorriso pra ela também. Ficou-se um silêncio até que ele falou novamente- Você acha que elas conseguem se acertar? - Ucker perguntou ainda de cabeça baixa.

- Não sei. - Paty falou após um suspiro- Vai depender do que vai acontecer, eu espero que sim. - Paty falou olhando pra baixo.

- É uma pena, elas pareciam estar tão bem. - Ucker.

- É, pois é. - Paty respondeu e ficaram os dois cada um no seu canto pensando até que forma interrompidos por uma pessoa que passava assustando os dois, porque ela já foi puxando a mão de Paty. Ucker na mesma hora puxou a mão dela de volta.

- Calma, não querem que eu leia a sorte de vocês? - a mulher que parecia uma cigana perguntou.

- Não, não estamos interessados! - Ucker falou ríspido se levantando e puxando Paty com ele.

- Vocês formam um casal muito bonito mas.. - ela estava falando mas Paty a interrompeu.

- Não somos um casal!

- Eu sei. - a mulher respondeu a olhando no fundo dos olhos- Mas precisam ser fortes porque..- agora foi Ucker que a interrompeu.

- Tá bom, não queremos saber. Vem Paty, com licença senhora! - ele falou friamente puxando Paty com ele, quando estavam bem afastados que ele parou de puxá-la.

- Que foi Ucker? Calma. - ela falou parando perto da rua, perto da moto dele.

- Eu não gosto desse povo, são tudo espertos.

- Tá mas calma! - ela pediu porque ele estava nervoso ainda- Quer ir embora? - Paty perguntou vendo como ele tinha ficado.

- Se você quiser eu te levo. - foi a resposta dele.

- Eu perguntei se você quer. - ela falou encostada na moto dele, se olharam antes de Ucker responder.

- Não. Você quer? - ele quiz saber e ela antes de responder lhe deu um sorriso o entregando o capacete.

- Me leva pro seu lugar preferido. - ele pegou o capacete da mão dela também sorrindo e os dois subiram na moto. Ele dirigiu por pouco tempo até chegar ao local que ele queria- Uma quadra de basquete? - ela perguntou ao constatar o local, tirando o capacete.

- Você pediu meu lugar preferido. - ele respondeu rindo, desligando a moto e tirando o capacete também.

- Claro, como não. - Paty falou descendo da moto, rindo.

- Mas essa não é uma quadra qualquer, é onde eu aprendi jogar basquete. - ele falou com um sorriso no rosto.

- Quem te ensinou?

- Meu tio. - ele respondeu olhando pra cesta, ela ficou o olhando vendo seus olhos brilharem e foi surpreendida por ele a olhando depois.

- E você, sabe jogar ou só sabe torcer? - ele perguntou rindo.

- Jogo a beça se você quer saber! - ela falou e ele riu duvidando dela- Não tá acreditando? Se tivesse uma bola aqui você ía ver como eu acabava com você!

- E quem disse que não tem? - Ucker foi pegar a bola que eles sempre escondiam numa espécie de esconderijo que eles tinham ali, e que só eles mesmo sabiam. Voltou com uma bola de basquete- Aí. - ele disse jogando a bola pra ela.

- Tá me desafiando? - ela perguntou o olhando.

- Me mostra o que você tem de melhor. - ele respondeu a olhando, os dois ficaram se olhando, um olhar que escondia muito mais coisa do que uma simples partida de basquete.

- Ok. - ela respondeu depois de um tempo, tirou o casaco dele jogando em cima de uma mureta que tinha ali- Eu começo. - falou e Ucker acentiu com a cabeça.

* De início ele não levou muito a sério que ela sabia jogar então tava jogando mole, mas depois viu que não era brincadeira, que ela sabia mesmo jogar. Tanto é que estava empatado o jogo, 2 a 2.

- Quem fizer agora ganha. - Paty falou com a bola na mão, Ucker acentiu e ficou a olhando, olhou tanto que nem se deu conta que ela passou facinho por ele e ía fazer a cesta que decretava a vitória dela. Quando viu deu uma corrida a abraçando por trás.

- Não! - falou brincando e segurando ela, fazendo ela rodar mas mesmo assim Paty conseguiu jogar a bola.

- Hhahahah, acertei! - ela falou depois que viram a bola cair na cesta- Ganhei! - ela falou rindo ainda e virando a cabeça pra trás porque Ucker ainda a abraçava por trás rindo também, mas quando viram como estavam o riso foi morrendo e Paty foi saindo daquela posição, se virou pra ficar de frente pra ele e ía se afastar mas Ucker não deixou a segurando pela cintura. Os dois ficaram se olhando, Ucker levou sua mão até o rosto dela- Não faz isso. - Paty pediu sentindo seus corpos colados e as bocas se aproximando. Ele não a obedeceu e nem respondeu apenas colou mais seus corpos- Ucker..

- Paty, eu vou te beijar. Se você não quiser é só me parar. - ele falou e sem soltá-la foi indo em direção a sua boca, devagar. A única coisa que ela conseguiu fazer foi apoiar suas mãos no peitoral dele numa tentativa ridícula de fingir que queria que ele parasse.  

* Os dois se beijaram. Um beijo lento de início que foi ganhando ritmo e velocidade aos poucos, um beijo de quem esperava há um tempo por isso. Os dois se abraçavam cada vez mais como se pudessem fundir um corpo no outro, Paty bagunçava os cabelos dele os puxando enquanto Ucker a apertava pela cintura acariciando sua barriga. Eles pararam o beijo completamente ofegantes e sem desgrudarem suas testas. Paty levou os dedos aos lábios inferiores dele respirando fundo.

- Desculpa mas eu não estava conseguindo mais segurar a vontade. - Ucker respondeu e Paty deu um sorriso ao ouvir mas teve que falar a verdade.

- Você sabe que não podemos, eu não posso. - ele respirou fundo antes de se afastar um pouco dela e falar.

- O Luke.

- É. Ucker, você é maravilhoso em todos os sentidos mas eu não posso, eu tenho namorado. Quem sabe se fosse em outra época, de outro jeito. - ela falou o olhando que deu um sorriso amarelo se afastando um pouco dela.

- Tudo bem, eu sei. É melhor a gente ir né?

- Você ficou chateado. - ela falou o puxando pelo braço o forçando a olhá-la.

- Claro que não Paty, é que tá tarde mesmo. É melhor irmos.

- Tudo bem. - ela respondeu e os dois se afastaram, ele foi pegar o casaco e logo os dois subiram na moto e em questão de minutos ele estava na porta da casa dela, Paty desceu o entregando o capacete- Brigada. - ele deu um sorriso em resposta ao agradecimento dela, ficaram se olhando mas como ngm falou nada ela resolveu se despedir- Tchau. - se virou mas Ucker não a deixou sair a segurou pelo braço.

- Tá tudo bem né, com a gente? - ele perguntou ainda a segurando e automaticamente sua mão foi descendo pelo braço dela, o fazendo segurar em sua mão. Ela acentiu com a cabeça sorrindo pra ele- Me dá um abraço então? - ele pediu e ela se aproximou dele porque este ainda estava em cima da moto, se abraçaram apertado por um longo tempo.

- Tenho que ir, Ucker. - ela sussurrou ainda abraçada a ele que não respondeu apenas acentiu com a cabeça sem soltá-la também- Tchau. - falou da mesma forma lhe dando um beijo de leve no ombro.

- Tchau. - ele respondeu da mesma forma sem soltá-la, aliás nenhum dos dois saía da posição.

- Eu tenho mesmo que ir Ucker. - e dizendo isso ela se soltou dele, os dois sorriram e ela foi lhe dar um beijo na bochecha mas como ele não esperava sem querer virou o rosto e acabou sendo um selinho.

- Descul..- ele ía se afastar quando percebeu mas Paty não deixou, o segurou pelo rosto iniciando mais um beijo.

* Ucker que de início ficou surpreso em seguida correspondeu a segurando pela nuca com uma mão e a outra na sua cintura enquanto Paty o puxava cada vez mais pra si. Pararam o beijo, Paty o olhou sorrindo e foi se afastando murmurando um tchau pra ele que ficou a olhando entrar em casa pra depois dar a patida na moto e sair dali com um sorriso besta nos lábios. O mesmo que Paty tinha no rosto até chegar em seu quarto e dar de cara com uma foto sua com o namorado, o que a fez cair de volta na realidade e ver a merda que ela fez. Acabou adormecendo chorando em sua cama pela confusão toda que estava sua vida agora