Fanfic: Namorada de Aluguel A&D | Tema: Portiñon

Anahi narrando:

Eles foram embora e apesar de eu querer ir atrás, de falar tudo, que estava com saudades e tal, eu não fui. Tava reaprendendo a me controlar e mais ainda estava aprendendo a conviver com aquilo tudo, com a dor, com a saudade, claro que tinha horas que parecia que ía sufocar mas no fim eu sempre conseguia dar um jeito de contornar tudo isso. E assim os dias se seguiam.

Um belo dia cheguei em casa e tive uma surpresa, meu pai disse que queria falar comigo, já achei que era merda mas foi aí que eu tive a surpresa!

- Senta aí filha. - ele falou. Estava ele e minha mãe sentados no sofá, sentei entre eles que foi onde minha mãe bateu com a mão pra eu sentar.

- O que houve? Olha eu não fiz nada! - fui logo me defendendo rsrs.

- Nós sabemos filha rs. - meu pai riu.

- O que houve então? - insisti. Minha mãe pegou na minha mão e meu pai começou a falar, juro, senti medo rs.

- Bom, nós - ele olhou pra minha mãe- temos percebido que você tem mudado, anda mais responsável com tudo. Ficamos sabendo que ontem ficou em casa fazendo trabalho...- ele sorriu e eu fiquei quieta ouvindo- Enfim, eu recebi no meu escritório que está na hora de você fazer a sua revisão do carro e percebi que não tem multa nenhuma, por isso - ele deu ênfase olhando pra minha mãe- eu e sua mãe conversamos e como percebemos que você tem andado muito trsitinha ultimamente, resolvemos...- ele deu uma parada e eu observando, se virou pra trás pegando algo- te devolver isso. - quando olhei pro que ele tinha posto na minha mão nem acreditei!

- Meus cartões de crédito??

- Aham, gostou?? - minha mãe.

- Se eu gostei? AMEI!!! Brigada mãe, brigada pai!! - abarcei e beijei os dois efusivamente.

- De nada, filha. - meu pai.

- Achamos que você os merecia e volta. - minha mãe falou rindo.

- Nem acredito!! - eu estava feliz da vida!! Muito tempo depois eu podia dizer que estava feliz embora eu soubesse que era uma felicidade passageira e instantânea, eu me dei esse direito de sentí-la.

- Mas é com cuidado hein filha, sem estrapolar e sem voltar a fazer aquelas loucuras de antes, principalmente com seu carro. - meu pai.

- Ok pai, pode deixar. Brigada de novo.

- De nada. Mas agora temos outra coisa pra te falar. - ele. 

- O que? - tem mais ainda?

- Bom, hoje recebemos um telefonema da sua tia e ela me disse que sua prima está chegando aí amanhã, na verdade ela e o irmão. Ele vem procurar apartamento aqui, está querendo morar aqui e ela vem ajudar.

- Que primos, mãe?

- A Priscila, filha da sua tia minha irmã, e o irmão dela, o Rafael.

- Ah sim. - me lembrava muito vagamente deles.

- Então, eles vão chegar amanhã e vamos buscá-los no aeroporto e depois vamos almoçar e gostaríamos que você fosse conosco. - meu pai.

- Tá. - respondi e eles me olharam meio surpresos- Que foi?

- Nada, só achei que teríamos que insistir mais. - minha mãe falou, eu ri. Óbvio que não era só boa vontade né, mas eu não iria contrariá-los agora que eu tinha recebido meus cartões de crédito de volta- Bom, então amanhã vamos almoçar juntos.

- E que horas eles chegam? - perguntei.

- Meio dia, te acordamos. - minha mãe falou porque ela me conhecia né hahah.

- E eles vão ficar aqui? - perguntei de novo.

- Aham, vão. Até acharem algo. - minha mãe.

- Hum tá.

- Vamos jantar então, tô com fome. - meu pai.

- Tô com fome não pai. - falei.

- Mas vai sim, come um pouco com a gente, filha. - minha mãe pediu e acabei concordando. Eles íam encher o saco se eu falasse algo mesmo.

Fomos comer e depois resolvi ir deitar, estava feliz da vida. Liguei até pra Paty pra contar que adorou a novidade também, afinal ela sabia como eu tinha sofrido com isso, ainda mais no começo rsrs. 

Dia seguinte minha mãe me acordou umas dez horas, levantei meia hora depois hahah. Fui tomar banho e pôr uma roupa antes de descer, eles pediram pra eu comer mas não quiz, disse que comeria mais tarde, que estava muito cedo pra eu comer. Pura história, eu estava era sem fome mesmo.

Chegamos no aeroporto até um pouco antes, faltavam vinte minutos pro avião chegar e como ele atrasou, ficamos quase quarenta minutos lá esperando. Por fim eles chegaram, eu nem reconheceria, só soube que eram eles porque estavam vindo na nossa direção e também porque minha mãe saiu na frente indo abraçá-los. Meu pai também os cumprimentou, fiquei mais atrás esperando.

- Não sei se vocês ainda se lembram mas....Anahi, minha filha, essa é a Priscila e o Rafael. - sorri me aproximando dos dois, nos cumprimentamos com dois beijinhos. 

- Bom, vamos lá? - meu pai.

- Vamos. - os dois responderam e fomos andando.

Eles estavam muito diferentes do que eu mal lembrava, ainda mais ele que era todo magrinho, esquisito hhaha. Tá todo forte, mó gato mesmo. Ela sempre foi bonita mas não posso negar que está mais, afinal crescemos né rs. Sei bem de quem gostaria de conhecê-lo hahahah, não que ele fosse, bom eu não sei aina se é ou não rsrs. 

Enfim, seguimos pro restaurante enquanto meu pai dirigia mostrando a cidade a eles. Pedimos nossos pratos enquanto conversávamos, eles eram muito gente boa e pelo visto adoravam uma diversão hahah, pena que eu não estava na minha antiga forma hahah. Ele com certeza era gay, ela eu estava na dúvida ainda rsrs. O almoço se seguia muito divertido, só parei a conversa quando meu celular tocou.

- Alô. - atendi e meu pai me olhou feio, ele nunca gostava que se falasse no celular na mesa.

- Oi amiga.

- Oi Paty, tudo bem?

- Tudo. Tá aonde?

- Tô almoçando com meus pais.

- Você almoçando com seus pais?? - ela estranhou porque realmente era de se estranhar hahah.

- Aham. Minha prima chegou com o irmão e estou aqui com eles, almoçando.

- Prima, que prima, Anahi? Sério, o que você está fazendo? - eu ri.

- É sério Paty rsrs. Tô com meus pais e meus primos almoçando. - eles me olhavam sem entender.

- Hum...ok né. Bom, tô te ligando pra chamar você pra sair, vamos?

- Ah não sei, tenho que ver aqui.

- Ah vamos. Você aproveita e chama eles.

- Tá, vou ver aqui e mais tarde te ligo.

- Tá, beijos.

- Beijo, tchau. - desliguei e meus pais me olhavam- Era a Paty, minha amiga. - olhei pra eles meio que explicando pra eles entenderem- Chamando a gente pra sair.

- Opaa, festinha hahah. - Rafael falou e nós duas rimos.

- Se vocês gostam de festa, estão na cidade e com a pessoa certa rs. - meu pai falou se referindo a mim.

- É verdade, apesar que agora ela está meio devagarzinha. Mas ninguém melhor que a Anahi pra apresentar as festas daqui pra vocês rs. - minha mãe.

- Mãe!! - a repreendi por ela ter falado de mim.

- Rsrs. Beleza então. - Priscila.

- E pra onde vamos? - Rafael.

- Não sei ainda, fiquei de ligar pra ela quando chegarmos. - falei e eles sorriram.

Voltamos a comer, depois voltamos pra casa porque meus pais acharam que eles estariam cansados da viagem, duvido mas... Os dois iriam ficar no quarto de hóspedes, assim que cheguei em casa falei com a Paty e fui comunicar a eles, pra ver se eles íam querer mesmo.

Bati e eles mandaram entrar.

- Oi.

- Oi Annie. - os dois responderam.

- Atrapalho? Vocês íam dormir ou algo assim?

- Não, fala aí. - a Priscila que estava sentada na cadeira do computador falou, o Rafael deitado na cama.

- Então...falei com a minha amiga. Tem uma festa hoje na casa de um amigo nosso.

- Na casa? - ele estranhou.

- É rs, aqui temos muito isso. Fazemos muito festa em casa. - expliquei.

- Também com cada casarão que tem aqui, até eu faria. Deve ser irado! - Priscila.

- Sério? Vocês querem ir mesmo? - perguntei afinal eles estavam acostumados só com festões né.

- Claro Annie, pow! - Rafael.

- Beleza então. Mais tarde saímos daqui. - estava me levantando, porque eles podiam não estar cansados mas eu estava com sono rs- Vou tentar dormir um pouco porque tô com sono rs.

- Rs tá. - Priscila.

- Annie, vamos só nós mesmo? - Rafael.

- Meus amigos estarão lá, mas sim. Por que?

- Só pra saber. Não tem namorado... - Rafael.

- Sem namorado. - respondi sorrindo ou namorada, infelizmente, pensei.

- Ah tá. - ele.

- Bom, vou lá, até mais tarde. Podem ficar a vontade.

- Tranquilo. - ele.

- Pode deixar. - ela.

- Tchau. - abri a porta deixando o quarto deles. Botei meu celular pra despertar pra eu não ir direto e deitei pra tentar dormir um pouco.