Fanfic: Namorada de Aluguel A&D | Tema: Portiñon

Anahi narrando:

Entramos no quarto e nos sentamos na cama dela, uma de frente pra outra.

Eu estava nervosa, tinha que falar pra ela da conversa com a Julia e não sabia como ía ser, como ela reagiria, mas eu já estava mais do que decidida, ía falar. Mas no momento estávamos mudas, acho que as duas pensavam em como começar, respirei fundo e tomei coragem pra falar.

- Pode falar. - eu disse e ela acabou falando ao mesmo tempo- Fala você. - falamos novamente ao mesmo tempo. Paramos nos olhando e rindo- Fala. - eu disse.

- Não, fala você. Pode começar. - ela pediu e eu tomei coragem mais uma vez pra começar, respirei fundo. Peguei na mão dela e comecei.

- Ok. - suspirei novamente, ela me olhava- Lembra aquele dia que conversamos e você me contou das cartas? - ela fez que sim com a cabeça- Então....lembra também que eu disse que era armação e que iria descobrir?

- Você descobriu? - ela pareceu assustada.

- Calma. Quando você me contou, eu fiquei pensando e cheguei a uma conclusão, só poderia ser uma pessoa, a Julia. Então eu fui falar com ela..

- Eu não acredito nisso. - ela se levantou mas continuei falando, agora não tinha como parar mais.

- Fui perguntar se tinha sido ela, se ela sabia de algo e..

- Pára Anahi, não quero ouvir. Chega! - ela tava com as duas mãos no ouvido, encostou a cabeça na parede de olhos fechados.

- Dul, me ouve. - fui até ela, parando à sua frente.

- Não Anahi, eu não quero saber. Pára, por favor. - vi os olhos dela cheios de lágrimas, a ponto de chorar mas eu não ía deixar.

- Dul me ouve. Não aconteceu nada, eu só fui encontrá-la porque eu queria tirar essa história a limpo, fui por nós. - ela virou o rosto- A Paty foi comigo, se você quiser pergunta pra ela, se você não acredita em mim...

- A Paty foi?

- Foi. Eu pedi pra ela ir. Primeiro porque eu sabia que você teria essa reação aí e segundo porque eu não queri ficar sozinha com ela, não tenho nenhum interesse nisso.

- E o que ela falou?

- Quem?

- A Julia.

- Falou que não foi ela e que não sabe de nada. Mas sei lá, ela ficou irritada meio nervosinha do nada, eu não sei se ela estava realmente falando a verdade.

- É, eu também achei que poderia ser ela.... Mas você não deveria ter ído atrás dela!

- Mas Dul...

- Não quero ouviu? Não quero mais você atrás dela! - ela falou irritada mas eu sorri, era isso mesmo que eu estava entendendo? Se ela não queria quer dizer que...- Promete?

- Mas eu preciso descobrir quem...

- Não precisa, esquece isso. - ela fez carinho no meu rosto e na nuca chegando mais perto- Já foi, passou. - ela me abraçou enterrando o rosto no meu pescoço e eu me deixei ser abraçada.

- Passou? - perguntei da mesma forma querendo entender o que ela estava querendo dizer com aquilo.

- Passou. - ela me olhou nos olhos ao responder, me deu um selinho.

- Quer dizer que.....eu e você....- parei de falar porque nem eu estava acreditando no que eu estava ouvindo- Você vai aceitar voltar pra mim? - acabei perguntando. 

- Mais ou menos. - ela "fugiu" dali e parou de costas pra mim.

- Como assim mais ou menos? - perguntei e ela se virou pra mim.

- Você sabe que eu te amo, não tenho nem porque negar porque você sabe. Só que....sei lá Annie, eu quero ficar com você, quero muito mas fica sempre um diabinho na minha cabeça falando....."ah será que é verdade mesmo, será que o que ela te diz é verdade, será que ela está mesmo onde ela diz estar?" Essas coisas....me desculpa mas é mais forte que eu.

- Já entendi Dulce. Você não confia no meu amor, acha que é sacanagem ou sei lá mais o que! - agora quem se irritou fui eu! Eu estava me preparando pra sair daquele quarto mas ela me segurou pelo braço, me encostou na parede.

- Não é isso, é só.....- respirou fundo soltando meu braço- é mais forte que eu! Não tem um só dia que eu não pense nisso, não tem um só dia que eu não deseje estar com você.

- Eu não tô te entendendo então Dulce, o que você quer? O que você está pretendendo com tudo isso, me dizendo essas coisas?

- Tô te pedindo paciência. E enquanto isso...

- Enquanto isso? - perguntei porque ela parou de falar, parecia com medo.

- A gente poderia ficar...

- Ficar? - eu estava incrédula!

- É. Olha só - ela passou as mãos no rosto, chegou mais perto de mim- vamos começar de novo? A gente vai ficando, se conhecendo...

- É, só que a gente já se conhece.

- Mas não assim Annie, tô te pedindo outra coisa. Eu quero conhecer essa Anahi - apontou pro meu peito- quero ver como a gente vai ser namorando.....é isso.

- E isso não seria a mesma coisa que um namoro?

- Mais ou menos. O que eu quero é saber se eu vou conseguir lidar com isso tudo, com essa desconfiança que ainda tem em mim. Eu não quero voltar com você e tornar sua vida e a minha num inferno desconfiando de tudo que você está fazendo ou me falando. - não falei nada e ela continuou- E também queria pedir outra coisa.

- O que? - tem mais??

- Que ninguém soubesse, que fosse em segredo, pelo menos por enquanto.

- Por que??

- Porque parece que é só falar que estamos namorando que surgem mil pessoas querendo nos atrapalhar, fora que eu ainda não tô preparada pra responder todas as perguntas que viriam quando todos soubessem que estamos ficando e não namorando. Você sabe que eles íam ficar perguntando porque não voltamos, quando vamos voltar......enfim, essas coisas.

- Hum. - foi só o que eu disse.

- E então você aceita? - ela tava com o rosto quase colado ao meu e isso atrapalhava meus pensamentos. Não consigo pensar com ela assim.

- Uma coisa que eu não entendi direito ainda. Esse "acordo" aí, não sei como chamar é exclusivo?

- Como assim?

- Quero saber se você vai ficar só comigo e vice-versa ou se podemos ficar com outras pessoas caso queiramos?

- Por que?? Você quer ficar com outra pessoa? - ela se afastou um pouco pra dar o ataquezinho.

- Quero entender Dulce.

- Não. Você só pode ficar comigo e vice-versa.

- Hum. - balancei a cabeça junto. Eu estava achando aquilo uma loucura fora que às vezes achava que era uma forma dela ficar comigo sem me bancar, mas sei lá, às vezes também entendia o lado dela. Eu estava numa confusão só.

- Vai aceitar ou não? - se aproximou de novo.

- Dizem que o amor é cego né? Deve ser mesmo e o meu coração deve ser surdo porque isso está com toda cara de merda, mas fazer o que....Eu não consigo ficar longe de você. - ela abriu o sorriso mais lindo me prensando na parede- Eu aceito.

- Também não consigo ficar longe de você. - ela sussurrou com nossos lábios se roçando, antes de me beijar. 

O beijo começou lento como todo beijo apaixonado é mas aos poucos foi ganhando intensidade e quando percebi estávamos as duas na cama, ela por cima de mim e nos beijávamos. Só parei quando senti a mão dela na altura da minha barriga por dentro da blusa.

- Dul...espera. - eu estava ofegante.

- Que foi? - ela também.

- É melhor parar porque senão nós duas sabemos onde vai parar.

- E qual o problema? Você não quer?

- Não é isso mas está tarde e eu tenho que ir.

- Ir?? Por que?? - ela se sentou na cama- Você não vai ficar aqui??

- Eu tenho que ir pra casa Dul. - eu tinha me sentado também, só que estava do lado dela e quando falei isso ela abaixou a cabeça.

- Você está puta! Eu sabia..... - olhou pro lado- estava bom demais pra ser verdade...

- Do que você está falando? - a olhei.

- Do que conversamos. Você pensou melhor e não quer mais.

- Você tá louca?? - me aproximei dela a tocando no rosto pra ela me olhar- É claro que não tô puta, eu só tenho mesmo que ir.

- Por que? - ela fazia aquela carinha de cachorrinho sem dono, acabei sorrindo, parecia um bebê.

- Porque eu tô aqui desde sexta amor, eu tenho que ir pra casa. Fora que se você quer que seja escondido mesmo não posso ficar aqui direto que vão desconfiar.

- Eles vão acabar sabendo uma hora, eu só não queria espalhar isso aos ventos.....Poxa, eu pensei que ía dormir com você hoje.

- Amor, olha só....eu tô há muito tempo aqui na sua casa já, tô ficando sem graça já também, fora que não tenho mais nenhuma roupa aqui. Mas isso não quer dizer que tô puta, eu só vou pra casa porque meus pais estão reclamando já mas amanhã podemos sair.....você me liga, eu passo aqui ou vamos pra algum lugar....cinema...sei lá. Tá? - ela continuava com o olhar tristinho, deu de ombros.

- Tá né. - me levantei pra pegar minhas coisas. Quando olhei ela estava na cama com o olhar triste, aquilo sempre me derrubava.

- Ah não fica assim não, vem cá. - me aproximei da cama, estendendo minha mão, ela pegou se levantando parando na minha frente- Me dá um beijo de despedida vai? - pedi já me aproximando dela, toquei seus lábios de leve e aos poucos ela foi me abraçando e eu a ela. Foi um dos beijos mais gostosos que eu dei nela, sem pressa, saboreando mesmo o beijo. Nos separamos devagar e ela me abraçou, afundei a cabeça no pescoço dela respirando fundo, sentindo o cheirinho dela.

- Queria tanto dormir com você hoje...- sussurrou.

- Não faz assim, é maldade....

- Tá funcionando rs? - me soltei rindo dela.

- Vamos comigo lá pra casa.

- Melhor não, vai que o Rafa e o Chris aparecem lá, fora seus pais...

- Ué eu posso ficar aqui com sua mãe e você não com meus pais?

- É diferente né Annie, você conhece minha mãe e ela te adora.

- Tá bom então. Me leva na porta?

- Aham, vamos. Pegou tudo aí? - me perguntou na porta.

- Peguei. - descemos e não tinha mais ninguém ali- Tchau. - me virei pra ela na porta da casa dela, afinal estava frio lá fora ficarmos nos despedindo lá.

- Tchau. Vai com cuidado hein. - me abraçou pelo pescoço.

- Pode deixar meu amor. - dei um beijo nela- Boa noite, eu te amo.

- Também te amo amor. Boa noite. - me deu outro beijo- Até manhã.

- Até. - respondi, pisquei pra ela e joguei um beijo no ar pra ela que me sorriu enquanto me afastava. Entrei no carro e joguei mais um beijo pra ela antes de ir embora pra casa. 

Cheguei em casa e sofri aquele interrogatoriozinho básico por parte dos meus pais, expliquei e em seguida pedi licença e subi. Eu estava cansada e queri dormir, em três dias aconteceram tantas coisas que eu estava meio surpresa ainda mas ao contrário do que ela achou, não havia ficado puta só não tinha certeza se isso daria certo, mas ao longo desses anos eu aprendi uma coisa: Jogar com o que temos! O que nesse caso era esse acordo ou sei lá o que, que tínhamos firmado. Com o tempo ela ía ver que poderia voltar a confiar em mim plenamente, eu só precisava ter paciência mas agora não, agora eu iria dormir.

No dia seguinte acordei com meu celular tocando, atendi de olhos fechados ainda.

- Alô.

- Bom dia, estava dormindo?

- Oi Dul...estava.

- Desculpa mas é que fiquei com saudades...

- Também fiquei.

- Ficou nada, você estava dormindo! - ri da voz que ela fez porque imaginei o biquinho que ela devia estar agora.

- Boba. Que horas são?

- Uma hora da tarde.

- Nossa, já?

- Pois é.

- Vou levantar então. - falei me espreguiçando na cama.

- Tá, vai lá. Depois você me liga.

- Pode deixar, beijos.

- Beijo.

Ela desligou e me levantei. Fui no banheiro, lavei o rosto, escovei o dente, essas coisas.... troquei de roupa e desci. Ao chegar lá embaixo me deparei com meus pais, Rafa e Chris na sala.

- Ué vocês estão aí? - falei.

- Bom dia pra você também Anahi. - Chris e as gracinhas dele.

- Boa tarde né? - respondi do mesmo jeito.

- Pois é. Dormiu hein filha. - pai.

- Estava cansada pai. - dei um beijo nele.

- Cansada por que, filha? - mãe.

- É....por que Annie, você estava cansada? - Chris me olhava rindo, me provocando.

- Sei lá, estava cansada mãe. - respondi ignorando as palhaçadas dele- Oi Rafa, tudo bem? - dei um beijo nele também.

- Tudo e você?

- Ótima. - respondi e senti os olhares do Chris pra mim mas fingi que nem vi.

- Que bom que acordou filha, o almoço deve estar quase chegando. - pai.

- Nós pedimos. - minha mãe explicou porque eu já estava surpresa de alguém ali ter feito comida.

- Hum tá.

- Bom, eu vou lá falar com a sua avó enquanto a comida não vem. - mãe.

- E eu vou tomar um banho, se chegar vocês atendem. - pai.

- Ok. - falei e eles se foram deixando só nós ali. 

- E aí como você tá? - Rafa.

- Tô bem e vocês?

- Tranquilo. - Rafa respondeu.

- Como foi o fim da festa? - Chris.

- Foi legal. - respondi.

- Legal?? Ah qual é Annie, conta aí. - Chris falou e antes de eu responder minha mãe voltou a sala me salvando.

- E aí, chegou?

- Ué você não ía falar com a vovó? - perguntei.

- Ela saiu. - ela respondeu e ouvimos a campainha- Aí, chegou.

- Oba! Tô cheio de fome. - Rafa.

- Filha, chama seu pai lá. - minha mãe falou enquanto ía atender a porta.

- Cadê ele?

- Saindo do banho.

- Tá. - fui lá chamá-lo que já estava quase descendo quando eu cheguei. Descemos e sentamos todos juntos pra comer, o ambiente estava ótimo, super descontraído e eu estava comendo como há muito tempo não fazia, aliás esse foi o comentário do Chris.

- Muito tempo que eu não te via comendo assim, Annie.

- Tô com fome ué...

- Tô vendo rs.

- Tadinha, deixa ela, realmente tinha tempo que ela não comia bem assim. - meu pai.

- Ihh vão ficar regulando minha comida? - me estressei.

- Não prima, come aí. Realmente essa comida está uma delícia. - Rafa. 

Depois disso voltamos a comer, até sobremesa minha mãe tinha pedido mas aí eu não aguentei, comi só um pedaço da torta. Comecei a sentir meu celular que estava pra vibrar no bolso do short, não fui olhar quem era mas imediatamente imaginei que seria a Dulce, só podia. Eu tinha esquecido de ligar pra ela, quer dizer até tinha lembrado mas desisti porque com o Chris e o Rafa aí eles podiam desconfiar de algo, mas depois acabaei esquecendo mesmo. Parou de tocar mas não deu nem cinco minutos depois e voltou a tocar, aproveitei que o Chris tinha levantado com minha mãe pra tirar as coisas e fui pra varanda atender.

- Oi.

- Por que você demorou?

- Desculpa mas é que o Chris e o Rafa estão aqui e sabe como o Chris é né?

- Hum.

- Mas pode falar, tô aqui na varanda agora.

- Vamos sair? Quero te ver. - sorri igual uma boba pelo que ela falou.

- Quer ir aonde meu amor?

- Qualquer lugar, só quero te ver. Tô com saudade de te beijar já.

- Dul...- foi quase um sussurro, ela me arrepiava até pelo telefone- não faz isso, pára vai.

- Então diz que vai me ver.

- Vou, claro que vou. Daqui uma hora passo aí, pode ser?

- Aqui não, melhor no shopping que ninguém vê.

- Tá bom então, em uma hora no shopping. Vou desligar agora.

- Tá, beijos, te amo.

- Também!

Desligamos e eu voltei lá pra dentro. Fiquei mais um tempo lá pra disfarçar e depois dei uma desculpa pra subir e tomar banho. Quando desci eles continuavam na sala mas minha mãe estava vendo um programa de moda e meu pai e os dois estavam conversando.

- Gente, tô saindo. - avisei.

- Vai sair, pra onde, filha? - mãe.

- Cinema mãe.

- Tá bom. Tchau pai, meninos...

- Vai com quem, Annie? - Chris.

- Ah umas amigas aí..

- Amigas? - Chris.

- Aham, tchau. - falei querendo sair rapidamente.

- Tchau filha. - meu pai falou quando eu já estava na porta- Aproveita.

- Valeu pai, tchau. 

Saí e assim que cheguei no shopping liguei pra ela que já me esperava na frente do cinema, eu tinha me atrasado rs.

- Oi. - falei sorrindo quando a vi.

- Oi. - falou da mesma forma, ficamos nos olhando sem nos tocar, afinal estávamos no shopping.

- E aí, qual filme, escolheu? - tentei disfarçar meu nervosismo que eu não sabia porquê.

- Não. - ela se virou de costas pra mim, pra olhar os filmes, olhei na mesma direção que ela- Sei lá, pode escolher. - dei de ombros porque eu também não sabia, na verdade eu só queria ficar com ela. A verdade é que eu não conseguia parar de olhar pro corpo dela, aquele decote, a calça apertada, a boca que ela mordia volta e meia quando falava algo comigo.

Terminou que escolhi uma comédia romântica qualquer porque a real era que eu não tinha a mínima intenção de ver filme nenhum. Compramos o ingresso e entramos, já estava na hora, comprei só um chiclete. Ela até estranhou eu não ter comprado nada mas disse que havia acabado de comer, pura mentira, era só nervosismo mesmo.

Sentamos na poltrona designada, lá atrás, comprei já na intenção rs. Assim que as luzes apagaram encostei minha cabeça no ombro dela que fez carinho nela, fechei os olhos dando um beijo no pescoço.

- Estava com saudade. - sussurrei e ela se virou pra mim.

- Eu também....- olhou pra minha boca- morrendo...

Nos beijamos, não consegui conter. E não tinha nada de calmo no beijo, muito pelo contrário, a gente estava quase se agarrando ali no cinema. Me afastei um poquinho pra separar aquelas divisórias entre as duas cadeiras e assim que o fiz ela praticamente veio pro meu colo mas não podia né, mas eu dava vários puxões na cintura dela. Nosso ar faltou e eu desviei os beijos pro pescoço dela, ainda bem que não tinha ninguém atrás de nós senão não iriam ver o filme hahah.

- Você botou essa blusa pra me provocar? - sussurrei no ouvido dela, subi a mão pra um dos seios chegando até o decote e ela gemeu.

- Ann...hummm..- ela parou de falar quando sentiu a ponta do meu dedo no bico do seio dela.

- Shh...- pedi porque fiquei com medo que alguém ouvisse algo, até olhei pra frente pra me certificar mas estavam todos prestando atenção no filme.

Então nós continuamos mais preocupados com o nosso "filme" rs, a mão dela também ousava e ela a pousou no meu sexo sobre a calça, o apertando. Agora quem teve que se controlar fui eu.

E assim se seguiu o filme, nenhuma das duas viu nada. Ficamos nesse agarramento o filme todo mas não passamos disso, depois fomos comer e fui a deixar em casa. Ela nao queria mas até parece que a deixaria andando sozinha essa hora da noite, parei um pouco antes da casa dela e ela desceu do carro depois de mais uns amassos.

Fui pra casa feliz e leve.

Os próximos dias passaram assim e como prometi a ela não comentei nada com ninguém, nem com a Paty. Nas aulas pouco nos víamos mas em compenação nos falávamos toda as noites antes de ir dormir e às vezes durante o dia todo, o nosso "namoro" parecia mais intenso agora do que no começo, talvez o proibido desse essa vontade toda. Parecia que era só nos vermos ou uma ouvir a voz da outra que tudo começava, como agora...

- Tô com saudade de você amor.

- Também tô Dul mas é que está meio puxado pra mim, com o jornal e o vestibular. Não sou cdf igual você que não precisa estudar. - comentei rindo.

- E como está tudo? Tudo bem no jornal?

- Aham, tudo ótimo. Só eu que tô cansada.

- Imagino....Tá deitada já?

- Aham.

- De pijama?

- Tô.

- Camisola?

- Tô. - repondi respirando fundo e descendo um pouco meu corpo, já prevendo o que vinha.

- Imagino. Deve estar uma delícia nela...

- Dul...pára..- era quae um gemido.

- Por que? Queria tanto estar aí com você....sentir seu cheiro, seu corpo...Não aguento mais ficar sem você Anahi.

- Nem eu mas...

- Eu fico louca só de imaginar você nessas suas camisolas...- ela sussurrou com aquela voz que me enlouquecia e eu não consegui fazer nada diferente de soltar um gemido, então ela continuou- seu corpo todo....as coxas firmes.....sua barriguinha lisa....esses seios lindos que me fazem me perder facilmente que agora devem estar arrepiadinhos...

- Es...tão..- eu mal conseguia falar tamanho era meu nível de excitação.

- Os meus também...

- Dul...por fav..or..

- Que?

- Não faz...is..so. - eu pedi mas ao mesmo tempo sem conseguir me controlar, descia minha mão pelo meu corpo que estava em chamas devido a provocação dela.

- Por que? Você n...- a fala dela foi interrompida pelo meu gemido, minha mãe estava sobre meu sexo molhado que eu havia apertado pra tentar conter o tesão, o que estava sendo uma tarefa muito difícil!

- Ahhnn amor...- ela gemeu também.

- Olha o que você está...ahnnn...faz..endo comigo.....pára...

- Por que? Não quer? Ontem você não se opôs...- a voz dela era falha também.

- Eu sei mas...- respirei fundo tentando me conter- depois eu fico com mais saudade de você.

- Também tô morrendo de saudade. Preciso te ver. Se eu tivesse como ía aí agora.

- Tá louca? Tá muito tarde, amanhã a gente se vê lá na escola.

- Nada de escola. Amanhã eu quero te ver em outro lugar, num lugar que você seja só minha!

- Tô contando as horas...

- Também contarei...- ficamos as duas em silêncio, eu tentava controlar minha repiração.

- Vamos dormir então?

- Acho que vai ser meio difícil dormir agora mas posso tentar. - ela tinha um leve sorriso na voz o que me fez sorrir também.

- Boa noite.

- Boa noite meu amor. Durma bem.

- Você também, beijos.

- Beijos.

E assim desligamos o telefone e eu precisei de muito auto-controle e sangue frio pra conseguir abaixar o calor que eu estava sentindo, depois de longos minutos e alguns copos gelados d`água finalmente dormi. 

Dulce narrando:

Estávamos as duas numa mesa dum restaurante porque quando a encontrei na saída do jornal ela estava morrendo de fome, tadinha. Eu por mim tinha ído pra outro lugar com ela, porque eu estava morrendo de sdd mas estar com ela me fazia esquecer de tudo, parecia que tinha passado o dia todo com ela.

Enfim, ela tentava me contar algo enquanto eu tentava pela milésima vez sei lá, roubar um beijo dela.

- Deixa eu falar amor...é sério.

- Tá, fala. - me afatei bufando, tinha que me controlar. Ela parecia realmente excitada pelo que queria falar.

- A Mai..- interrompi ela.

- Mai?? - me surpreendi porque convenhamos a Anahi chamando a Maite de "Mai" era no mínimo de se espantar- Realmente as coias mudaram desde que terminamos..

- Deixa eu falar? - ela pediu e eu fiz um gesto com a cabeça, então ela prosseguiu- Amanhã ela me pediu pra fazer uma entrevista no jornal e é fora daqui, numa faculdade fora da cidade, não muito longe mas teria que passar o dia lá. Então....- ela sorriu, aquele sorriso maroto, puxou de leve minha cadeira pra ela e eu só ouvindo- estava pensando que de repenteee....você podia ir comigo.... Eu faço a entrevista e depois somos só nós....sozinhas....onde ninguém vai ver, onde você pode ser só minha e eu só sua sem termos que nos preocupar com nada. O que você acha?

- Eu acho perfeito. - sorri feliz.

- Que bom. Vamos amanhã de manhã então tá?

- Combinado. Agora será que você pode parar de me enrolar?

- Eu tô te enrolando? - ela continuava com aquele sorriso, safado me provocando.

- Pede a conta logo, vai. Vamos sair daqui. - pedi com quase desespero nos olhos que foi correspondido por ela. Em menos de quinze minutos estávamos do lado de fora do restaurante.

- Pra onde? - ela perguntou assim que saímos de lá.

- Não sei, qualquer lugar desde que seja com você. - me aproximei tocando de leve seu rosto, que fechou os olhos e sorriu. A abracei.

- Eu não sei pra onde podemos ir..- sussurrou ainda abraçada a mim.

- Nem eu...- abri os olhos, nos olhamos- mas ainda temos o carro né...- sorri apontando pra ele que estava ali perto. Ela acabou sorrindo também e me puxando pela mão pra lá.