Fanfic: Namorada de Aluguel A&D | Tema: Portiñon

Dulce narrando:

- Dul, vai fazer o que agora a tarde? - Carol perguntou depois de entrar no meu quarto.

- Não sei, acho que nada. Por que?

- Vamos pro hospital comigo..... Nem deve estar tão cheio hoje lá....

- Seu pai vai também?

- Aham.

- Que horas?

- Ah, daqui a pouco. Lá pra umas quatro horas. Vamos?

- Tá, vamos.

- Êêê rs, vou falar com ele então. Ah, sua mãe pediu pra avisar que já está pondo o almoço.

- Ah tá, já vou.

Troquei de roupa pq eu ainda estava de pijama e desci pro almoço. Estavam todos já sentados à mesa, inclusive meu irmão.

- Então vamos ter sua compania hoje lá no hospital Dul? A Carol me falou. - Gabriel.

- É rs.

- Que bom filha que resolveu. - minha mãe.

- Você vai adorar! - Gabriel.

- Eu acho ótimo tudo isso mas e a faculdade de vocês, como que está? - mãe.

- Tá tudo certo mãe, já fiz algumas inscirções e agora é só esperar.

- Ninguém respondeu?

- Ainda não. - falei e senti minha mãe olhando pra Carol mas depois desviou, pode ter sido impressão ou nada a ver mesmo.

- Essas coisas demoram memso, amor. - Gabriel.

- É, eu sei. - mãe- E você Carol, tudo certo também?

- Tudo rs. Como a Dul disse é só esperar.

- Mas eu tenho certeza que vai dar tudo certo e vocês vão passar pra onde querem e de preferência aqui pertinho de nós. - Gabriel olhou pra minha mãe, tocando na sua mão que estava sobre a mesa e os dois riram. Nós também, nos olhando.

Quando tudo isso de inscrição começou as coisas estavam tão diferentes, nem sei como vai ser agora mas também não adianta me desesperar por algo que nem aconteceu ainda. 

Terminamos o almoço e depois de um tempo fui tomar banho pra irmos pro hospital, confesso que estava ansiosa. Tinha mandado uma mensagem pra Anahi avisando que adorou também a idéia, me incentivou mesmo a ir, ela estaria no shopping com a prima, a mãe e a tia. Chegamos lá, o Gabriel nos levou pra sala dele, mas logo teve que sair pra dar uma ronda pelo hospital, ficando só nós duas. A Carol começou a me mostrar umas coisas, como funcionava e tal, depois mostrou os procedimentos que ela às vezes fazia.

- Eu sei que assim parece muita coisa Dul mas você vai pegar rapidinho, vai ver.

- Espero rs.... Mas é tudo muito legal, tô adorando.

- Rs.... Viu! Te falei, poderia ter vindo antes quando eu te chamava.

- É....- me sentei na cadeira de frente pra mesa, ela estava sentada na cadeira do outro lado- mas sei lá, acho que aquela época eu não estava com cabeça pra isso.

- Eu sei....- ela falou e ficamos quietas, olhei sem querer pra mão dela que estava sobre a mesa e falei.

- Que anel é esse Carol? - nunca a tinha visto com aquele anel.

- Ganhei - ela puxou a mão pra mais perto de si sorrindo- de Natal. - completou.

- De quem? Não vi.

- Meu pai. Ele me deu ontem mas como você não estava em casa né... - me olhou sorrindo, provocando. Sorri abaixando a cabeça- Foi pra Anahi né?

- Fomos. - respondi suspirando e me encostando na cadeira, cruzei os braços.

- Fomos?

- É. Estava o Chris e o Rafa lá, a prima dela e a Mai, eu te liguei mas você não atendeu.

- É, fiquei sabendo.... A Pri me contou.

- A Pri, prima da Anahi?

- Aham. Falei com ela hoje, pelo telefone.

- Não sabia que vocês tinham ficado tão amigas assim....

- Ela é legal, gostei dela.

- E gata né. - falei e nós duas rimos.

- Verdade mas nada a ver não, ficamos amigas mesmo.

- Ué mas nada impede né? Ela é bonita, legal como você disse e seria até bom, já ficaria em família hahah.

- Hahaha, isso é. Mas foi amizade mesmo.

- Hum... - ía continuar o papo mas aí o Gabriel entrou.

- Oi meninas.

- Oi Gabriel.

- E aí pai, tudo bem?

- Tudo filha. Tô vendo que a Carol já te mostrou algumas coisas né Dul? - ele falou ao ver uns papéis espalhados pela mesa dele.

- É, ela me mostrou algumas coisas.

- Legal. Mas eu vim aqui pra saber se você não quer dar uma volta comigo pra conhecer o lugar e tal?

- Adoraria! - respondi empolgada.

- Que bom! Vamos então? - ele falou e eu acenti- Filha, você fica aí pra qualquer coisa você resolver?

- Claro pai. Podem ir tranquilos. - ela falou e o Gabriel se virou sorrindo pra mim e falou.

- Faz o seguinte então Dul, pede a minha secretária um jaleco, eu sempre tenho alguns sobressalentes aí. É melhor você estar com um pra não implicarem.

- Tá. - falei e saí atrás da tal secretária. 

* Na sala.

- Tudo certo, minha filha?

- Aham. - Carol respondeu com um sorriso nos lábios.

- Tô vendo, você está toda alegre....

- Tô feliz pai. - ela o abraçou.

- Que bom! - ele deu um beijo na sua cabeça e se separaram.

- Pai, posso pedir uma coisa?

- Claro.

- Se alguém, qualquer um, perguntar você diz que foi você quem me deu esse anel? - ela pediu o mostrando o anel.

- É lindo filha, mas não fui eu que te dei rs.

- Eu sei rs, mas fala, por favor?

- Tudo bem. É dessa pessoa misteriosa?

- É.

- E você não quer que ninguém saiba?

- Não, me ajuda, por favor? Prometo te explicar tudo depois.

- Ok, te ajudo. - ela sorriu feliz e o abraçou mais uma vez- Sem problemas filha. - deu um beijo na cabeça dela.

- Pronto. - Dulce interrompeu a conversa deles, havia acabado de entrar na sala e já estava de jaleco.

- Ótimo. Vamos então?

- Vamos. - Dul acentiu e os dois saíram pela porta pra explorar o hospital.

Ele foi me mostrando tudo, não era tão grande assim na verdade estava mais pra uma clínica porque a emergência não era tão grande mas tudo funcionava bem. E ele explicou que a idéia era essa mesmo, não queriam competir com os hospitais, a função era atender alguns casos e fazer o atendimento de emergência mas os mais graves eram encaminhados pro hospital mesmo. Me apresentou alguns médicos e funiconários, passamos pela ala infantil e eu me tardei um tempo ali rs.

- Já sabe a área que você quer, Dulce?

- Neuro.

- Neurologia? - acenti- É uma boa área, difícil. É preciso estar sempre estudando.

- Eu sei...- sorri de leve ao respondê-lo.

- Mas pra quem gosta é muito recompensador. Eu particularmente não sou muito fã não rsrs.

- É.... a Carol também não gosta rsrs, acho que só eu mesma que sou louca rsrs.

- Hahhaah. Todo médico tem um pouco de louco. Já ouviu esse ditado?

- Já rs.

Andamos mais um pouco mas depois tivemos que voltar porque o fluxo foi aumentando e ele teve que começar a atender. 

Fiquei lá na sala com a Carol e em alguns casos que ela atendeu, mais casos clínicos, fui junto e ela até me deixou fazer alguns procedimentos mas depois o movimento foi abaixando e ficamos meio sem ter o que fazer. Ela sugeriu que fôssemos fazer um lanche na cantina do hospital, porque se alguém precisasse nos chamariam, aceitei. A cantina nem estava muito cheia, já era noite, só o fluxo mesmo de algumas pessoas que íam comprar algo mas logo íam embora, ninguém se demorou muito por ali.

- Já imaginou a gente daqui um tempo trabalhando aqui.... - falei a olhando- Bom, não necessariamente aqui mas você entendeu...

- Rs.....é, passou muito rápido!

- Pow, muito!! Parece que esse ano passou um em cinco de tão rápido que foi, tanta coisa que aconteceu. - falei e sorrimos, voltei a olhar pra frente, pra vista que tinha da janela até que ela me chamou.

- Dul.... - a olhei- você e a Anahi, como estão? - suspirei. Droga, não queria falar daquele assunto! Eu não sabia o que dizer.

- Não sei...- dei de ombros- Às vezes é tão fácil, outras tão difícil.

- O que?

- Estar com ela.....- dei uma pausa- e lembrar de tudo. Sabe....- comecei a falar e ela me observava atentamente- às vezes eu consigo lidar bem com tudo mas às vezes parece que tudo vem como um furacão e me derruba! É foda!

- Você não consegue perdoar né? - ela perguntou com uma voz sentida, achei estranho aquilo.

- A traição dói mas o que mais me dói é que eu perguntei, eu perguntei várias vezes se tinha algo mais e ela dizia que não. Aquela vez da boate - a olhei e ela acentiu se lembrando da cena- a gente conversou e eu perdoei ela, perdoei mesmo. O que custava ter me falado?? Odeio pensar que fui feita de idiota por ela, ou elas sei lá!

- Entendi. É complicado mesmo.

- Não acho complicado, ela que fez ser assim mentindo pra mim. Por que as pessoas tem essa necessidade de mentir?

- Às vezes ela achou que era o melhor a se fazer na hora.....às vezes mentimos pra protegermos o outro....

- Foi o que ela me disse também! Mas eu não acredito nisso, nunca vi mentira proteger alguém de alguma coisa! Mentira só acaba com os relacionamentos, seja ele qual for.

- É....pode ser. - ela falou e abaixou a cabeça em seguida. Depois a levantou mas não me olhou- Bom, vamos? - suspirou- Já ficamos muito aqui.

- Aham, vamos.

Voltamos lá pro escritório do Gabriel, ainda ficamos mais algumas horas por lá mas o movimento tinha abaixado mesmo então fomos embora. A Carol depois daquela conversa mal abriu a boca ou me olhava, até perguntei se estava tudo bem mas ela disse que era só cansaço, resolvi respeitar. 

Chegamos em casa e fomos direto jantar, estávamos todos com fome, durante o jantar minha mãe quiz saber como foi e tal, estava toda empolgada, contei tudo e mais uma vez a Carol falou pouco. Quando acabamos falei que ía subir pra tomar banho, a Carol fez o mesmo deixando só minha mãe e Gabriel na sala. A primeira coisa que fiz quando subi foi realmente tomar banho, queria tirar aquele cheiro de hospital de mim além de estar muito cansada.

Depois de tomar banho e me arrumar me deitei na cama e peguei o celular pra ligar pro meu amor. Ela logo atendeu.

- Oi amor.

- Oi bebê, tudo bem? - perguntei depois de um suspiro, de cansaço mesmo rs.

- Tudo ótimo. E a minha médica mais linda como anda?

- Hahaha, ainda não, mas tudo ótimo. Adorei!

- Tô vendo pela sua voz. Mas me conta, como foi?

Contei tudo pra ela na riqueza de detalhes, se ela estava achando chato eu não sei, mas ela ouviu tudo e sempre me incentivando. Ficamos mais um tempo conversando e combinamos de nos encontrar amanhã, depois desligamos, eu estava cansadona mesmo e ela também pela tarde no shopping rs. 

* Carol assim que subiu, antes de tomar banho resolveu ligar pra Julia, não estava bem depois da conversa com Dulce e precisava ouvir a voz dela. Ligou e ela demorou um pouquinho mas atendeu.

- Alô.

- Oi Ju.

- Oi linda, tudo bem?

- Aham. - Carol respondeu mas Julia percebeu a voz dela estranha- Posso dormir hoje com você?

- Hoje? Pode ué.....mas aconteceu alguma coisa?

- Não.

- Tem certeza? Tá com uma voz meio estranha.

- Tenho. É só saudade mesmo....- Carol falou e não que não fosse, mas não era só isso.

- Rs. Ok, vem então.

- Tá. Mais tarde eu vou, vou tomar banho e vou sair quando todo mundo estiver dormindo e tenho que voltar cedo amanhã antes deles acordarem pra ninguém desconfiar de nada.

- Tudo bem, sem problemas. Eu te espero....

- Tá, beijos.

- Beijos. - desligaram e Carol foi tomar banho e pegar uma roupa pra dormir pra levar e as coisas de dormir. 

* Priscila foi outra que assim que chegou em casa do shopping resolveu ligar pra Maite, a morena não tinha ligado então ela resolveu.

- Alô.

- Oi Mai, Priscila. Tudo bem?

- Oi Pri, tudo e você?

- Também. Achei que você ía me ligar....

- Ah eu ía mas......ah num sei, fiquei sem jeito, achei que você talvez pudesse ter esquecido e tal....

- Esquecido? Hahha, mas eu falei com você ontem, sua doida.

- Ah eu sei mas sei lá....

- Você é sempre envergonhada assim com todo mundo ou é só comigo?

- Acho que é com todo mundo....- Mai sorriu ao final da frase o que fez Priscila sorrir também.

- Então comigo não precisa mais, combinado rs?

- Tá rs.

- Mas e aí, vai querer minha ajuda mesmo ou...?

- Se você puder, quero sim.

- Quando você quer fazer?

- Ah você que sabe, o dia que você puder pra mim tá bom.

- Amanhã? - Priscila arriscou, queria vê-la de novo.

- Pode ser.

- Onde você quer fazer? Quer ir a algum lugar, alguma biblioteca.....você que conhece aqui, onde é melhor?

- Podemos ir na biblioteca ou então aqui em casa porque já tenho algumas coisas aqui mas como está no laptop podemos ir em qualquer lugar, onde você preferir....

- Você que sabe. Se quiser, pode ser na sua casa....

- Ok, então aqui em casa amanhã. Por volta de quatro horas, pode ser?

- Perfeito.

- Tá.

- Quer que eu leve alguma coisa ou você já tem o material aí?

- Ah eu tenho bastante coisa aqui mas se você quiser trazer algo, pode trazer.

- Tá, eu vou ver uns sites que eu tenho aqui no computador e qualquer coisa levo amanhã.

- Tá bom então. Brigada de novo Pri.

- Deixa pra agradecer quando eu tiver feito alguma coisa mesmo tá rs? - Mai riu- E fora que eu já te disse como pode me agradecer.

- Ah, o barzinho.... Pode deixar, não esqueci não rs.

- Tá. Me manda seu endereço por mensagem depois então.

- Tá, pode deixar. Beijos então.

- Beijo, boa noite.

- Boa noite Pri. 

* Priscila foi deitar ansiosa com tudo aquilo, antes de dormir ainda foi pesquisar o que ela tinha pedido e rapidamente achou, já estava acostumada e quando se sabe o que e onde procurar tudo é mais fácil né....rs. Mas aí foi achando outras coisas que achou interessante pra ela mesma e se ditraiu, quando foi ver eram mais de duas da manhã, resolveu dormir pra estar bem amanhã.

No dia seguinte.....

Priscila e Maite estavam no quarto dela fazendo o trabalho, realmente Priscila sabia como fazer, por onde ir e com o que Mai tinha escrito já, o trabalho foi fluindo.

- Você é uma gênia sabia? Eu estava há quase um mês empacada nessa frase.

- Haahha. Você só estava indo pelo caminho errado mas foi você quem fez isso tudo praticamente, eu só dei um empurrãozinho rs.

- Ou seja, tudo praticamente né rsrs.

- Nem tanto Mai, nem tanto rs....

- Hum tá.....mas vamos lá que ainda tenho que terminar isso aqui. - Mai falou e elas voltaram pro trabalho.

* Priscila estava levando aquilo a sério, fazendo como se fosse pra ela mas era inevitável de vez em quando não ficá-la admirando mas também com aquele short curto que ela a recebeu, era meio difícil né rs! Se pegou várias vezes a olhando e se punia em seguida, forçando a concentrar-se no trabalho.

- Ai, tô cansada. - Mai falou se espreguiçando na cadeira e Priscila forçou não olhá-la porque no movimento ela tinha deixado a barriguinha de fora- Vou pegar algo pra beber pra relaxar um pouco, pelo menos. Quer parar um pouco não?

- Pode ser. - agora sim Priscila a olhou.

- Vou lá pegar então. Quer o que? Uma água, um suco, cerveja.... - ela tinha se levantado ao perguntar.

- Vou lá com você. - Priscila fez o mesmo.

- Então vamos. - as duas desceram então, foram em direção a cozinha. Priscila percebeu a casa vazia e perguntou.

- Cadê seus pais, Mai?

- Trabalhando. Tem ninguém mais aqui não.

- Hum. - Priscila estava tentando arranjar assunto porque vê-la desfilando daquela forma na frente dela estava difícil, ainda mais quando Mai se apoiou na geladeira e abaixou pra ver o que tinha.

- Vai querer o que, Pri?

- Pode ser um suco mesmo. - respondeu e se virou, parou de olhar hahah.

- Morango?

- Pode ser. - Mai pôs a jarra em cima da mesa e serviu as duas. Em seguida as duas foram se sentar no sofá enquanto bebiam.

- Nem acredito que estou acabando isso, parece que tô tirando um peso das costas.....

- Rs. E quando sai o resultado?

- Há deve ser daqui umas duas, três semanas.

- É pra faculdade daqui né, esse trabalho?

- É.

- E é a que você quer mesmo ou está só mandando pra aumentar as possibilidades?

- Se eu passar em outra é claro que vou mas se desse pra ser nessa seria ótimo. Além de ter a bolsa é perto de casa né....rs. E é uma boa faculdade.

- É. Fiquei sabendo....

- Ficou? - Mai perguntou estranhando. Afinal como ela saberia- Anahi que te falou?

- Não. Quer dizer, ela falou que também quer essa mas não foi por isso que fiquei sabendo não.

- Como então?

- Eu recebi uma proposta pra trabalhar lá.

- Ah mentira?

- Não. Mas ainda não sei, tô pensando ainda se aceito ou não.

- Então se você aceitar viria morar aqui.

- Teria né....rs.

- Seria legal.

- Seria?

- Claro ué ou você não gostou da cidade?

- Gostei. E das pessoas também. - Priscila respondeu sorrindo e Mai sorriu também ao olhá-la.

- Bom, vamos voltar? Porque ainda tenho que levar uma menina pra sair....

- Ah é? - Priscila riu, mais pelas más intenções que aquela frase provocou em seu penamento.

- Claro. Prometi, tenho que cumprir rs. - as duas sorriram- Vamos? - Priscila acentiu e as duas subiram novamente. Voltaram ao trabalho por mais algumas horas, por volta de umas sete horas elas finalmente terminam tudo- Nossa, nem acredito!

- Acho que você já tem um trabalho Mai rs.

- Ficou ótimo, nem acredito!

- Pois pode acreditar, está pronto pra ser mandado.

- Muito obrigada mesmo Priscila! - deu um abraço seguida de um beijo no seu rosto, Priscila retribuiu sorrindo.

- De nada.

- Bom e então, vamos sair? - Mai se levantou.

- Opa, vamos!

- Vou só tomar um banho, você se importa?

- Claro que não Mai, vai lá. Te espero.

- Tá. Já venho, dois minutos.

- Tudo bem, vou te esperar lá na sala tá?

- Por que? Fica aí....

- É que vou aproveitar e ligar pra minha mãe. - Priscila falou já saindo, porque sabia que não ía conseguir ficar ali com ela saindo do banho e se trocando.

- Tá. 

* Priscila não ía nada ligar pra mãe, ficou lá na sala se distraindo, jogando no celular e ouvindo música. Mais de meia-hora depois e nada dela aparecer, então ela resolve ir ver se ela já estava pronta, estava demorando muito. Como a porta estava aberta ela acaba entrando mas vê o quarto vazio e chama por ela.

- Oi Pri, tô aqui no banheiro, pode entrar.

- Não, eu espero. - ficou na entrada do quarto.

- Tô só acabando a maquiagem, dois minutos.

- Tudo bem, eu espero. - Pri falou e em menos de dois minutos Mai saiu do banheiro, quando ela levantou a cabeça e a viu foi difícil disfarçar. Ela estava linda segundo os olhos de Priscila, nem tão arrumada assim mas a maquiagem realçou seu rosto e a franja jogada daquele jeito.

- E então, tá bom? - Mai perguntou porque Priscila ficou quieta a olhando.

- T- tá....ótimo. Muito bom. - Priscila tentava disfarçar, não olhar muito mas estava difícil por isso sugeriu que fossem logo- E então, vamos?

- Vamos. - Mai pegou a bolsa e elas foram.

- E onde a gente vai? - Pri perg quando estavam batendo a porta de casa.

- Pensei da gente ir em um desses quiosques aqui da praia mesmo, à noite é bem legal e em alguns tem até música ao vivo.

- Legal, gostei.

- Deixa o carro aí, depois você pega. A gente vai de taxi, é melhor.

- Tá, tudo bem, vamos então.

* As duas pegaram o taxi e em pouco tempo estavam sentadas em um dos quiosques que a essa hora ainda não estava muito cheio. As duas pediram uma cerveja e no momento bebiam enquanto conversavam.

- Já tinha vindo aqui? - Mai.

- Sabe que não, apesar da casa da Anahi ser aqui perto, nunca vim. A gente sempre falava que vinha mas nunca consegui conhecer rs.

- Agora conseguiu rs.

- Pois é, consegui. E não poderia ter sido em compania melhor. - Pri deu aquele sorriso ao final da frase, Mai também.

- Por falar em Anahi, você falou pra alguém que vinha me ajudar?

- Não. Não sabia se você queria..... Você falou?

- Também não, mas não vejo problema.

- É, nem eu.

- Bom e você quer comer alguma coisa? Deve estar com fome....

- Só se você comer comigo.

- Tá, vamos escolher algo então. - acabaram pedindo uma porção de batata frita e pastéis. Estavam comendo e conversando quando começam a ouvir um som vindo ao longe, Priscila virou pra olhar.

- É música isso?

- É. A música ao vivo que te falei. - Mai falou e em seguida olhou no relógio- Começa a essa hora mais ou menos.

- Que legal..

- Quer ir lá ver?

- Vamos? - Pri pediu e ela acentiu, elas pediram a conta e se levantaram em seguida indo na direção da música.

- Tem em vários quiosques Pri, quer ficar aqui mesmo? Esse é de música mais calma, brasileira. Aliás é o que fica mais cheio.

- Ah vamos ficar aqui mesmo, gostei da música rs. 

* Elas ficaram em pé mesmo, estava meio cheio ali. Algumas pessoas estavam até dançando, outras cantando, bem animado. Priscila além de ouvir a música tesava dando uma olhada geral no ambiente e percebeu um menino as olhando, na verdade eram dois, eles estavam juntos. Quando ela viu que eles a viram olhando desviou o olhar na hora e começou a reparar como tinha gente bonita ali e era óbvio que as duas recebiam olhares mas aquilo começou a incomodá-la e Mai parecia imune aquilo, parecia nem perceber, estava apenas curtindo o som e o ambiente. E toda hora ela sentia olhares e quando olhava era dos tais garotos, cada vez mais isso a irritava.

- Mai, está com sede não? - sussurrou pra ela poder ouvir.

- Tô. A cerveja acabou né? - ela falou olhando pro copo das duas.

- É. Vou lá pegar, fica aí. Cerveja mesmo?

- Aham. - Mai respondeu e Priscila foi até o quiosque comprar, demorou um pouquinho porque estava cheio e quando voltou se surpreendeu porque Mai não estava mais sozinha, os tais dois garotos estavam ali com ela. Priscila chegou por trás a entregando.

- Toma.

- Ah brigada Pri. - se virou pra ela- Esses aqui são o Marcelo e Bruno. - os meninos sorriram e Priscila deum sorriso sem graça pra eles e em seguida se virou pra frente, os ignorando completamente. Mas logo um deles veio puxar assunto com ela.

- Priscila né? - ele perguntou e ela mal olhou pra ele e fez que sim.

- O meu é Bruno.

- É, eu ouvi quando ela falou. - foi seca e o garoto engoliu essa rs. Tentou continuar a puxando assunto mas Priscila sempre o cortando, estava mais interessada em Mai, o menino continuava falando com ela que parecia estar gostando, pois volta e meia eles sorriam. Aquilo a estava irritando demais ainda mais com aquele pirralho do lado dela falando.

- Você não está muito afim de papo né? - o garoto falou finalmente se tocando.

- Não. - ela continuou olhando pra frente, não o olhava.

- Mas por que? Eu...- agora sim Priscila o olhou, cortando.

- Olha só, por que você não vai procurar alguém da sua idade? - foi seca e o menino ficou boquiaberto, sem saber o que dizer- Na boa, olha só, não tô afim tá. - largou o menino lá e foi na direção de Maite- Mai, tô indo. - falou e ela se virou pra Priscila.

- Já? Mas por que? - Mai perguntou e em seguida desviou o olhar pro menino que antes falava com Priscila, que estava parado as olhando com uma cara nada boa.

- Pode ficar aí se quiser, depois a gente se fala. - Priscila falou e estava saindo quando Mai a puxa pelo braço.

- Peraí, mas por quê?

- Cansei, tô afim de ir pra casa. Depois a gente se fala.

- Não, peraí. - Mai falou porque Priscila já ía sair de novo- Vou com você.

- Não precisa, pode ficar aí. - os garotos apenas olhavam.

- Não, vou com você! - Mai falou firme e ela desistiu de contra argumetar, até porque seu carro estava na garagem dela. Maite se despediu dos meninos enquanto Priscila já tinha até se afastado, as duas resolveram voltar andando e foram o percurso quase todo em silêncio, Priscila resolveu ficar na dela pra não se chatear mais, afinal não tinha direito nenhum de reclamar de qualquer coisa.

- Bom, já vou então. - Priscila disse quando pararam em frente a casa, encostada no seu carro.

- Tá tudo bem, Pri? - Mai perguntou aproximando um pouco dela.

- Tá ué.

- Você ficou meio estranha de repente. Aconteceu alguma coisa, eu fiz algo?

- Não, claro que não. Eu só tô cansada mesmo. - Priscila respondeu e Mai ficou a olhando por um tempo pra depois afirmar com a cabeça.

- Ok. Brigada por tudo de novo então.

- Tudo bem, qualquer coisa me liga se precisar de algo mais.

- Pode deixar. - Mai respondeu sorrindo e Priscila resolveu ir antes que....

- Bom, tô indo, tchau.

- Tchau. - Mai respondeu e se adiantou pra dar dois beijinhos no rosto dela mas quando virou o outro lado, as duas se confundiram e acabaram selando de leve seus lábios. Afastaram-se no susto- Desculpa. - Mai pediu toda sem graça.

- Desculpa eu. Foi mal e...

- Tudo bem. - Mai respondeu pra evitar o clima mas estava sem graça ainda.

- Tá. Tchau então.

- Tchau. - Mai falou mais uma vez e entrou em casa enquanto Priscila entrou em seu carro, quando percebeu que ela fechou a porta abaixou a cabeça apoiando no volante.

- Caralho Priscila!! - brigou com ela mesma esfregando o rosto. Suspirou forte encostando a cabeça no banco agora, tentando controlar a respiração que estava acelerada- Pára com isso! Ela é hetero, pára antes que dê merda!! - respirou fundo mais umas vezes tentando se acalmar e deu partida no carro, indo pra casa.