Fanfic: Namorada de Aluguel A&D | Tema: Portiñon

* Priscila e Maite tinham se falado mais cedo e marcado a hora, Priscila estava a esperando em frente sua casa, tinha pego o carro da prima. Viu Mai saindo de casa e ficou paralisada a olhando, estava linda de vestido e meia- calça.

- Oi. - Mai falou assim que entrou.
- Oi. - Priscila respondeu a olhando, sorrindo, avançou um pouco e deu um beijo na bochecha dela o que fez a morena corar um pouco- Você está linda.
- Brigada. - Mai respondeu meio sem graça, tratou logo de mudar de assunto- E aonde nós vamos?
- Você que escolhe, você que conhece bem aqui.
- Bom, tem a praia mas já fomos né. Você tá com fome, quer comer?
- Pode ser.
- Bar ou restaurante?
- Você que sabe.
- Tem um lugar novo que abriu, é um bar com videokê em cima, é bem legal. Quer ir?
- Vamos. - Priscila respondeu e elas rumaram pra lá, o lugar era perto e elas foram sem conversar muito, Mai que falou mais quando tinha que lhe explicar as direções do caminho. Priscila estacionou e elas desceram.
- Agora que eu me toquei, esse carro é da Anahi né?
- É. Eu pedi, ela emprestou.
- Você disse que ía sair comigo?
- Ela nem perguntou Mai, o que pra Anahi é estranho... Só pedi o carro e ela emprestou.
- Ela tá mal né? - Mai perguntou com uma cara nada boa, sabia que as duas estavam sofrendo, todo mundo sabia.
- Tá. Pode ser essa aqui? - Pri perguntou se referindo a mesa, estavam no bar já.
- Pode. - Mai respondeu e elas sentaram- Eu pensei que depois dessa viagem elas fossem se acertar.
- Eu também. Mas não podemos fazer muita coisa né...
- É..
- Boa noite meninas. - garçom falou lhes estendendo o cardápio- Querem beber algo?
- Boa noite. - Pri- Eu quero um chopp, dois? - perguntou olhando pra Mai quw acentiu- Dois chopps então.
- Ok. - ele saiu as deixando a sós.
- O lugar parece ser muito maneiro mesmo.
- É, está meio vazio ainda mas todo mundo fala bem daqui.
- Não conhecia não?
- Não, primeira vez.
- Aqui. - era o garçom trazendo as bebidas.
- Brigada. - as duas falaram e ele saiu.

- E então como foi lá, me conta.

- Foi ótimo, lá é demais, lindo mesmo! Aquela areia branquinha, o mar azulzinho, perfeito. - Priscila ficou a olhando enquanto ela falava, encantada com a animação da morena com tudo, aliás estava encantada era com ela.

- Pela animação que você está falando e pelo que a Carol falou também, realmente parece ser perfeito.

- Falou com a Carol?

- Falei, dias desses aí.

- Hum, mas vale a pena ir sim, conhecer....

- É quem sabe eu vá.....com você, aí você me mostra esses lugares lindos aí que você falou. - Priscila falou a olhando nos olhos, Mai ficou meio sem graça e sorriu, em seguida mudou de assunto.

- Vai querer comer? - Mai.

- Pode ser se você dividir alguma coisa comigo.

- Pode ser pizza?

- Pode. - Priscila respondeu e elas pediram, comeram enquanto conversarvam.

* Falaram um pouco de tudo, Mai contou mais da viagem e Priscila contou da sua mudança e como seria tudo. O bar foi começando a encher mais e como elas tinham acabado com a pizza se animaram pra irem lá em cima e conhecerem o videokê. 

* Chegaram lá e estava bem cheio, a princípio ficaram mais olhando e se divertindo com as cantorias.

- Você tá loira? - Mai virou a olhando e soltou essa do nada- Não tinha percebido.

- Poxa, muito obrigada pela parte que me toca. Nem percebeu nada em mim ficando a noite quase toda conversando comigo.

- Não é isso mas é que lá estava escuro, aqui está claro e deu pra ver direito.

- Hum. Mas eu não tô loira, apenas está mais claro meu cabelo.

- Tá lindo. - Mai soltou sem querer, ficou até meio sem graça depois. Priscila percebeu mas não pode deixar de provocar.

- Ficou nada, você nem percebeu.

- Já disse o porquê. - Priscila riu.

- Eu sei, tô brincando contigo. Eu te perdôo. - piscou pra ela- Mas só porque você falou que eu tô linda rs. - Mai ficou roxa nessa hora, disfarçou virando pro lado bebendo o que ainda estava na sua mão.

* Ficaram em silêncio depois disso, apenas olhando em volta e aos poucos foram se soltando mais, já que estavam bebendo desde a hora que chegaram, não estavam bêbadas mas soltas como a bebida proporciona. De vez em quando Mai falava algo em seu ouvido devido a música alta e Priscila a tocava, de leve, nada demais mas pras duas era um passo a mais já.

- Vem. - Priscila a puxou.

- Pra onde, tá maluca?? - Mai viu que ela a puxava na direção do videokê.

- Vamos cantar. - Mai estacou no meio quando ela disse isso.

- Não. Você tá doida, eu não sei cantar!

- Nem eu, nem elas. Vem, vai ser divertido. - Priscila a puxou de novo e quando ela viu estava na frente do aparelho já com o microfone na mão- Quer escolher a música?

- Eu vou te matar quando a gente sair daqui. - a morena falou em tom de ameaça.

- Hahhaah. Tá. Vou escolher então.

* Priscila escolheu, elas cantaram duas músicas e no fim da primeira Mai tinha se soltado um pouco mais, as duas riam e o pessoal em volta também, ninguém estava ali prestando atenção na música e sim se divertindo, a maioria na verdade estava bêbada. Com o fim da segunda música, Mai entregou o microfone, antes que Priscila inventasse mais moda.

- Você canta muito bem. - Priscila falou brincando com ela, Mai estava na frente então ela sussurrou no seu ouvido.

- Ah muito. - Mai se virou rindo também, nenhuma das duas tinham percebido a aproximação, só mesmo quando os rostos estavam quase colados e o riso morreu no rosto das duas- É....eu preciso beber alguma coisa, tô com a garganta seca. - Mai falou fugindo dali praticamente porque Priscila já olhava pros lábios dela. Priscila a seguiu e bebeu também, estava com sede.

- Quer sair daqui? - Priscila perguntou encostada no bar, olhando pra frente, Maite estava na mesma posiçao que ela.

- Quer ir já?

- Só sair daqui, vamos dar uma volta lá fora? - agora a olhou ao pedir.

- Vamos. - as duas deixaram o bar e foram caminhar. Ambas em silêncio, Priscila olhava o local ao redor. 

- Aqui é muito legal mesmo.

- É.

- Não conhecia...

- É uma área meio que nova da cidade.

- Hum...- Priscila continuou olhando ao redor, os prédios, a paisagem- Deve ser legal morar aqui.

- Deve sim mas deve ser mais caro.

- Será? - Mai a olhou, elas pararam.

- Acho que sim. Por que, você moraria aqui?

- Por que não?

- Sei lá....- Mai riu e deu de ombros.

- Gostei daqui. - as duas sorriram.

- Não custa ver né, procurar....

- É, vou ver se eu descubro.

- Você já viu alguma coisa?

- Ainda não, vou começar segunda.

- Hum. Se quiser ajuda.... Tô fazendo nada mesmo, posso te ajudar. É só falar.

- Posso mesmo? - Priscila deu dois passos na direção dela que ficou parada, isso as deixou perto.

- Claro ué, qualquer coisa é só falar.

- Posso falar mesmo? - Priscila deu mais um passo tocando em sua cintura.

- A-aham. - guaguejou pela proximidade.

- Qualquer coisa? - Priscila escorregou a boca pra perto do ouvido da morena, colando mais seus corpos.

- U-hum. - Mai respondeu e Priscila voltou a olhá-la nos olhos mas estavam tão perto que nesse movimento Priscila tocou na franja de Maite, parou com a boca a milímetros. Priscila olhava diretamente pra boca dela que estava de olhos fechados.

- Tô com saudade da sua boca. - sussurrou se aproximando mais e a beijando.

* Tocou com uma das mãos no rosto da morena e Mai a abraçou pelo pescoço, Priscila foi a empurrando pra trás a encostando num carro que estava estacionado ali. Mai a puxava pela nuca por baixo dos cabelos enquanto Priscila a apertava pela cintura, elas tentavam resistir e não parar o beijo mas o ar foi faltando mesmo.

- Estava com vontade de fazer isso desde a hora que te vi. - Priscila sussurrava enquanto explorava o pescoço dela.

- E por que não fez? - Mai perguntou da mesma forma se entregando aos carinhos e a abraçando apertado.

- Sei lá, fiquei com medo de você não querer, só estar aqui por amizade. - estavam se olhando agora.

- Mas eu estou aqui por amizade. - Mai sorriu brincando com ela ao dizer.

- Uma amizade colorida então? - Priscila fez o mesmo roçando os lábios.

- Tá. - as duas sorriram e iniciaram outro beijo mas dessa vez Mai parou- Pri, eu acho melhor a gente sair daqui.

- Por que? - conversavam com as bocas quase coladas.

- Sei lá, tá tarde....acho melhor.

- Podemos ir pro carro, quer?

- Melhor.

- Tá. Mas não é pra eu te levar em casa não né? - Mai sorriu da carinha que ela fez, a abraçou pelo pescoço ao responder.

- Não.

- Tá, então vamos. - as duas foram em direção ao carro de Anahi que não estava estacionado muito longe dali. Mai estava quase abrindo a porta da frente quando Priscila a parou- Vamos entrar aqui atrás? - Mai a olhou estranhando- Juro que não vou fazer nada que você não queira, só quero conversar mesmo e aqui é mais confortável.

- Tá bom. - a morena aceitou e Priscila abriu a porta pra ela entrar, entrando em seguida.

* A conversa foi pro espaço, elas engataram um beijo que mal acabava e recomeçavam outro, respiravam entre os beijos mas estavam ofegantes, Priscila ousou um pouco mais a mão, passando na barriga da outra por baixo da blusa. O desejo foi tomando conta e elas se empolgaram, Priscila forçou o corpo dela sobre o da morena que pseudo deitou mas pareceu recobrar a consciência em seguida.

- Espera Pri, calma. - Mai voltou a sentar-se obrigando Priscila a fazer o mesmo.

- Desculpa. Eu....eu me empolguei, desculpa.

- Calma. Eu só acho que a gente deve ir com calma.

- Claro, voc^3 tá certa. Eu que....- a olhou negando com a cabeça- Desculpa, não sei o que me deu. - Priscila se endireitou se afastando um pouco.

- Calma, tá tudo bem.

- Só não quero que você fique chateada ou se trave comigo por causa disso, desculpa, não vou fa...- Mai a calou com um beijo.

- Calma menina. - estavam com a boca perto ainda, Mai segurava o seu queixo ao falar- Não tô chateada com você, só tô pedindo calma.

- Vai ter. - Priscila sorriu- Desculpa mesmo. - quem sorriu agora foi Maite, se aconchegou mais perto dela lhe dando mais um beijo. 

- Você queria conversar? - falou quando pararam o beijo.

- Aham. - Priscila adotou uma voz mais séria agora.

- Fala então. - Mai se virou pra olhá-la.

- Olha, eu sei que não combinamos nada, eu nem sei o que você tá pensando disso tudo também mas eu queria te contar uma coisa. Eu sei que a gente não tem nada mas eu queria que você soubesse.

- Pode falar.

- Eu....- Priscila começou de cabeça baixa e ao continuar a olhou- lá onde eu morava eu tinha alguém. - quando ela falou isso Mai a olhou- Não era namoro nem nada mas era alguém que eu....ah eu gostava.

- Hum. Então você estava com ela quando ficou comigo? É ela né?

- Sim, é ela. Luisa. E sim, estava mas como te disse não era namoro, era....eu não sei o que era mas não era namoro.

- E cadê ela? Quer dizer....você está aqui comigo....

- Ela ficou lá, ela não vem.

- Não? - Mai se surpreendeu.

- Não. Como eu disse não era namoro, a gente ficava numa frequência grande mas ainda assim não era namoro, não tínhamos fidelidade uma com a outra, apenas respeito e amizade. E eu terminei com ela. - mais uma vez Mai a olhou.

- E por que você está me contando isso?

- Porque eu queria que você soubesse, porque eu não sei o que vai acontecer daqui pra frente mas eu não queria mentir pra você.

- Mas você pode. Quero dizer.....a gente não tem nada, então...

- Eu sei. - Priscila a interrompeu- Mas eu e ela acabou mesmo, não tem mais nada.

- Eu não sei o que te dizer....

- Você não precisa dizer nada. - Priscila a olhava sorrindo meigamente, fazendo carinho no seu rosto- Eu só queria te contar. - Mai balançou a cabeça no sentido afirmativo- Vem cá, senta aqui comigo. - Priscila se recostou na porta abrindo as pernas indicando pra ela sentar no meio, Mai a olhou- Vou fazer nada não, só quero ficar assim com você. - ela foi e Priscila a abraçou passando as mãos em volta dasua cintura- É muito bom só ficar assim com você. - Priscila falou aspirando o cheiro dos cabelos dela.

* Maite não falou nada, recostou a cabeça no peito dela e ao perceber suas mãos juntas se tocou de que provavelmente Priscila já tinha ficado assim com muitas outras pessoas antes.

Não podia negar que não gostou muito de saber dessa história, não que ela pensasse que Priscila nunca tinha ficado com ninguém mas saber assim causou um incômodo nela, lá no seu íntimo esperava que fosse só com ela apesar dela saber que não. E isso aguçou sua curiosidade.

- Como ela é? - falou pegando Priscila de surpresa.

- Ela quem?

- A menina, como ela é?

- Ah, ela é legal, simpát...- Maite a cortou.

- Fisicamente.

- Ah. Ela é loira, alta, tem os olhos cor de mel mais ou menos, magra...

- É bonita então?

- Sim, é. Mas por que você está perguntando isso?

- Quantas foram? - Mai perguntou ignorando o que ela havia perguntado.

- Quantas foram o que?

- Quantas garotas você já namorou?

- Só duas, mas duraram. Por que você quer saber isso Mai? - perguntou puxando seu rosto pra olhá-la.

- Nada ué, só tô querendo te conhecer. Não posso?

- Pode. - Priscila respondeu a olhando, segurando seu queixo- Você ficou chateada com isso né?

- Não, claro que não. Por que eu ficaria chateada com isso?

- Não sei mas você ficou.

- Claro que não Priscila. - Mai sentou-se- Aliás eu acho melhor a gente ir, tá tarde já.

- Viu como ficou!!

- Não fiquei mas está tarde mesmo. É melhor irmos. - Mai fez que ía levantar dali e se afastar.

- Pára. - Priscila a puxou pelo braço fazendo a morena a olhar- Eu quero você. - quando ouviu isso Mai a olhou, sentiu uma queimação no peito ainda mais quando sentiu a mão da outra no seu rosto e a boca dela se aproximando da sua. Priscila a tomou os lábios ao mesmo tempo que a puxou pela cintura pro seu colo, sentiu algo diferente naquele beijo, uma necessidade de mostrar pra ela que ela era melhor que essa tal Luisa aí, Ao pararem o beijo Priscila falou- Eu posso levar o maior fora da minha vida mas eu quero arriscar e tentar porque você está me tirando o sono, menina. E você pode ter certeza que se você me disser sim eu vou ter a maior paciência do mundo porque eu quero que tudo dê certo.

- Eu não sei, eu tô confusa com tudo isso que está acontecendo....

- Eu sei, eu sei que você tá. - Priscila fazia carinho no rosto dela- Eu também nunca fiquei com uma menina "hétero", também tô confusa, com medo porque eu não sei muito o que esperar, a única coisa que eu sei é que eu posso me dar muito mal nessa história mas eu não me importo, eu quero tentar. Por você, eu quero você. - de novo aquela frase e de novo aquela queimação no peito da morena seguida de uma acelerada no coração, coisa que ela nunca tinha sentido antes.

- Vamos deixar rolar?

- É só o que eu tô pedindo, deixar rolar. - Mai sorriu e em seguida se beijaram, ficaram mais um tempo se curtindo e em seguida foram embora, porque realmente estava ficando bem tarde mesmo. Priscila a deixou em casa e seguiu pra da prima, as duas dormiram com um sorriso bobo nos lábios. 

* Carol ficou com pena de Bernardo e acabou ficando com ele lá brincando, afinal ele era uma criança e não entendia o que estava acontecendo, ela até tentou deixar ele brincar sozinho mas ele não quiz, reclamou então ela ficou lá com ele mas não podia deixar de checar o celular volta e meia e percebeu que não tinha mensagem ou ligação alguma de Julia, aquilo a estava deixando ao mesmo tempo cabreira e chateada. Pensava que a namorada tinha esquecido dela, dando mais vazão ao pensamento que ela estava tendo desde que voltou de viagem e a viu.

Fátima, mãe de Dulce, tentou mais uma vez ir ao quarto da filha e mais uma vez Dulce não abriu a porta, Gabriel conseguiu a convencer a deixar a filha. A verdade é que Dulce lá pelas tantas de tão cansada de chorar e ficar naquela, naquel sofrimento todo pegou um remédio, um calmante daqueles e tomou, como ela não estava acostumada com aquele tipo de remédio isso a fez apagar, por isso não respondeu a mãe. Foi acordar apenas no dia seguinte.

Mais tarde quando Fátima conseguiu distrair Bernardo que depois de um tempo não quiz mais brincar e só queria a irmã, Carol resolveu subir pro quarto. Teve a idéia de entrar na internet, quem sabe Julia estava lá mas nada, acabou encontrando umas amigas da época de Nova York e ficou batendo papo mais porque elas puxaram assunto mas depois ela acabou até se distraindo, afinal eram suas amigas e ela sentia falta das meninas também. Só quando o papo acabou que ela resolveu desligar o computador, pensou até em mandar uma mensagem pra Julia mas desistiu e doi tomar banho mas quando saiu do banho não resistiu e mandou.

msg: Cadê vc?? Me liga, quero falar com vc. Te amo, bjs.

* Ficou esperando um tempo mas não obteve resposta, aquilo foi a irritando. Resolveu ligar e só dava fora de área o que só a deixou mais puta ainda e desistiu de correr atrás, estava realmente chateada. Mais tarde seu pai bateu no seu quarto dizendo que eles íam sair pra lanchar e perguntou se ela queria ir, acabou indo porque achou que assim poderia se distrair, foram todos menos Fátima porque ela achou que Dulce poderia precisar dela, Gabriel desistiu de argumentar quando viu sua cara, então foram os três mesmo. Funcionou, ela conseguiu se distrair um pouco, quando estavam chegando em casa o celular dela toca, olhou e viu que era Julia.

Atendeu, mas com uma voz não muito boa.

- Alô.

- Oi.

- Oi, peraí. - Carol pediu porque estavam entrando em casa e não queria falar com ela ali, na frente de todos.

- Oi mamãe. - Bê.

- Oi meu amor, papou tudo? - ela perguntou pra ele mas olhando de relance pra Gabriel que acentiu.

- Papei mamãe.

- Que bom.

- Gente, eu vou subir, tô cansada. - Carol.

- Tá bom, boa noite filha.

- Boa noite. - Fátima.

- Tchau Cah. - Bê.

- Tchau meu amor. - deu um beijo nele e então subiu ainda com o telefone no ouvido, quando entrou no seu quarto de volta- Oi Julia.

- Oi. Tá em casa não?

- Acabei de chegar.

- Hum.

- Posso saber onde você se escondeu o fim de semana todo?? - a voz de Carol não era nada boa.

- Desculpa, eu só vi sua mensagem agora. Minha mãe me arrastou pra casa da minha vó hoje de manhã, só cheguei agora e o celular descarregou.

- E ontem??

- Ontem tinha gente aqui, não deu pra te ligar mas você também não ligou.

- Porque aconteceram umas coisas aqui, mas te mandei mensagem mais tarde.

- Eu não vi, já devia estar dormindo. Mas o que aconteceu aí?

- Ah, a Dulce que está mal, ela e a Anahi terminaram.

- De novo?

- Pois é. - Carol respondeu e as duas ficaram em silêncio, Carol queria falar tanta coisa mas achava que Julia estava muito estranha, ela estava toda fria no telefone com ela.

- Bom, Carol liguei só pra falar contigo mesmo, eu tô cansada, vou dormir.

- Ok. Posso te ver amanhã?

- Não sei, minha mãe pediu pra eu sair com ela. - Carol sentiu a voz dela meio vacilante.

- O que está acontecendo que agora sua mãe quer sair com você toda hora?? Você não era disso.

- Ah sei lá, ela só pediu.

- Hum. Mas você vai ficar o dia todo com ela? Não podemos ir no cinema pelo menos mais tarde?

- Acho que sim.

- Tá bom, eu te ligo amanhã então.

- Tudo bem, beijos.

- Beijo, tchau.

- Tchau.

- Te a....- Julia desligou antes de deixar ela concluir. Ela ficou chateada mas mesmo assim ligou de volta.

- Alô.

- Eu estava falando!

- Ah desculpa, achei que você tinha acabado. Fala.

- Eu disse que te amo. - isso fez Julia dar um sorriso.

- Eu também.

- Tá, até manhã então.

- Até... - elas desligaram.

* Carol sabia que tinha alguma coisa errada, Julia estava muito diferente, ela não era assim, normalmente era toda carinhosa com ela, nunca que ela iria sumir assim como fez e dar essa desculpa esquisita. Na cabeça dela até passou uma coisa mas ela se recusou a acreditar, não queria acreditar que Julia fosse capaz de traí-la, não depois de ter confessado que a amava, não tinha nexo. Acabou dormindo pensando nisso.

Julia por outro lado tinha contado uma mentira pra namorada, ela não tinha saído nada e nem ía sair amanhã mas ela estava fugindo porque não queria encarar Carol, passou o fim de semana todo sofrendo pra achar uma saída mas não tinha, não queria perder a namorada mas também não sabia como fazer, não aguentava mais mentir pra ela. Acabou pegando no sono também tentando pensar em algo pra não encontrá-la amanhã.