Fanfic: Namorada de Aluguel A&D | Tema: Portiñon

Anahi narrando:

Acordei no dia seguinte decidida a falar com meus pais, não queria e nem agüentava mais adiar aquilo! Desci pra tomar café mas descobri que só minha mãe estava em casa, então resolvi esperar a hora do almoço que foi a hora que ela falou que meu pai chegaria em casa. 
Durante o almoço estávamos todos à mesa, eu estava meio quieta porque eu estava nervosa, não estava nem conseguindo comer direito mas eu precisava falar por isso respirei fundo pra tomar coragem e falar.

- Eu queria falar uma coisa com vocês. - disse antes que eu perdesse a coragem.

- O que foi, filha? - meu pai perguntou.

- Fala Annie. - minha mãe também disse, eles pareciam despreocupados, bem ao contrário de mim.

- Eu não sei nem como falar isso, então eu vou falar logo!

- Aconteceu alguma coisa, filha? - meu pai.

- Sim. - respondi.

- Ai meu Deus, o que aconteceu, Anahi?? - minha mãe ficou toda nervosa.

- Calma mãe, não é nada de mal. Bom, pelo menos não pra mim....

- Ai fala logo Anahi, tô ficando agoniada! - minha mãe falou. Respirei fundo tomando coragem pra falar.

- Vocês sabem como eu nunca fui de namorar né? E você sempre reclamou né, mãe...- meu pai me interrompeu.

- Mas você está certa filha, não precisa namorar ainda. É muito nova.

- Ricardo, eu na idade dela já estava no segundo namorado.

- Mas ela não precisa. - ele falou me olhando.

- Ricardo, sabia que sua filha cresceu? Ela não tem mais cinco anos não! - ela falava com ele mas rindo, meu pai nunca ligou de eu não apresentar namorado nenhum mas mal sabia ele né, hahahah.

- Mas é minha filha, não é pra ficar com esses muleques por aí não!

- Tá, gente! Sem discussão! Posso falar? - os dois me olharam.

- Ok filha, fala. - mãe- Mas se você for anunciar que está com algum menino vai com calma pro seu pai não ter um treco hahaha.

- Não é isso, pode ficar tranquilo pai. - eu disse e ele chegou a relaxar na cadeira hahah. Teoricamente eu não estava com nenhum menino né hahaha.

- O que é então? - minha mãe perguntou e mais uma vez respirei fundo, mas eu tinha que falar. Eu prometi a Dulce que falaria, e por mim também. Levantei da mesa, dei uma volta atrás da cadeira e eles me olhavam tensos também- Fala logo, filha!

- Vou falar. - apoiei as duas mãos na cadeira- Eu nunca namorei ou apresentei ninguém por um motivo bem simples, eu nunca tinha me apaixonado antes, por ninguém. Na verdade eu nunca fui de gostar nem nada, mas....- respirei fundo de novo, os olhei- Agora mudou....

- Você se apaixonou, filha? - minha mãe se levantou e veio sorrindo na minha direção- Mas isso é uma coisa boa, porque está tão nervosa assim pra falar? - ela me abraçou olhando pro meu pai que continuava quieto sentado na cadeira.

- Não é só isso mãe.

- Tem mais? - minha mãe se soltou do meu abraço me olhando, fiz que sim com a cabeça.

- A pessoa por quem eu me apaixonei é...- parei os olhando, respirei fundo- é a Dulce. - pronto, falei.

Ficou um silêncio na sala, ninguém falava nada e meu coração bombeava que nem louco no peito. Depois de um tempo minha mãe me olhou e falou rindo, um sorriso irônico.

- Acho que eu não entendi o que você disse, filha. Repete?

- Você ouviu certo mãe. Eu disse que amo uma garota, a Dulce. - repeti a olhando.

- Você ama uma garota?? Isso quer dizer que você é lésbica? Minha filha?? - fiz que sim com a cabeça- Não. Eu não ouvi direito. Minha filha...- ela se afastou de mim, sentando numa cadeira apoiando a cabeça na mão. Fiquei olhando sem falar nada, logo meu pai se levantou da cadeira que ele estava, se aproximando de mim. 

- Conta essa história direito, filha. - ele falou calmamente pegando na minha mão e me puxando pra sentarmos no sofá.

- O que você quer saber, pai? - perguntei pra ele mas olhando pra minha mãe que continuava da mesma forma.

- Tudo! Da onde veio essa história. Por que nunca vc comentou nada sobre isso?

- Porque eu não via motivo de comentar, a vida era minha, não via motivo de contar mas eu sempre fiquei com meninas. Desde sei lá, acho que deve ter uns quatro, cinco anos...

- Meu Deus! - ouvi minha mãe falando, nós dois a olhamos mas não falamos nada. Ela tinha o rosto virado pro outro lado.

- Então você gosta mesmo de meninas?

- Gosto, pai.

- Mas você já trouxe aquele Poncho aqui, pensei que vocês tivessem namorado....

- Eu era mais amiga dele do que qualquer coisa, fiquei algumas vezes com ele mas era besteira, nunca foi nada demais. - expliquei.

- Mas então você gosta de meninos também? Não é lésbica. - minha mãe finalemente falou.

- Sou, mãe. - a olhei- Eu amo a Dulce e vou ficar com ela! - respirei fundo os olhando- Olha...- me levantei- eu não tô procurando aceitação de vocês nem nada, eu só tô contando porque vocês sempre falaram que eu excluo vocês da minha vida, então resolvi compartilhar. Aliás a Dulce é uma que sempre falou que eu devia conversar mais com vocês, que a nossa relação não podia ser daquela forma e blá blá blá, mas eu sempre achei isso besteira mas ela de tanto falar me fez ver que relamente faz falta...- desviei o olhar ao falar- Mas eu não vou deixar de ser feliz por causa do que vocês acham ou não!

- Filha calma, você já está acusando sem antes nem deixar a gente falar! - meu pai me puxou.

- Claro, olha a cara que vocês estão! - eu estava decepcionada, confesso. Eu falava que não estava nem aí pro que eles achavam mas a verdade é que era mentira, como a Dulce disse. Ela me conhecia melhor do que eu mesma.

- É porque foi muita coisa de uma vez só, você não deu tempo nem da gente processar tudo e já está na defensiva. - ele me olhou depois pra minha mãe que ainda estava sentada- Me conta direito dela. Quem é ela, da onde veio? Tudo.

- Você quer mesmo saber? - o olhei desconfiado.

- Queremos. - ele olhou pra minha mãe- Né amor? - esticou a mão pra ela que o olhou, depois olhou pra mim. Respirou fundo e se levantou.

- É. Senta Annie, nos conte. - os dois sentaram um ao lado do outro e eu no outro sofá, estávamos frente a frente. 

- O que vocês querem saber? - perguntei depois de respirar fundo.

- Da onde você conhece ela? - mãe.

- Da escola. Aliás vocês conhecem também. Ela já veio aqui em casa, fomos almoçar juntos uma vez, uma ruiva...

- É ela? - meu pai perguntou e fiz que sim com a cabeça.

- Lembra dela, mãe? - perguntei.

- Lembro. Mas vocês estão juntas desde aquela época?

- Mais ou menos. A gente esteve juntas mas...- abaixei a cabeça e logo depois levantei- ah era uma coisa meio complicada, pra falar a verdade eu não gostava dela naquela época.

- E agora gosta? - mãe.

- Aham, muito! Só que só conseguimos nos acertar tem pouco tempo.

- Por isso você estava daquele jeito há um tempo atrás, eu percebi você triste mesmo, até comentei com a sua mãe...

- Exato. Foi por causa dela que eu quiz viajar mas também foi por causa dela que eu voltei.

- Como assim? - mãe.

- Eu voltei logo porque ela foi lá, foi atrás de mim.

- Ela foi até Londres atrás de você? - meu pai perguntou meio surpreso.

- Sim, foi. - respondi com um sorriso no rosto.

- Bom, pelo seu sorriso você não precisava nem dizer que ama ela, está na sua cara. - ele tinha um sorriso no rosto ao falar- Olha filha...- ele se levantou vindo até a mim, se ajoelhou na minha frente- eu confesso que não esperava por isso mas como você falou, acho que perdemos muito tempo fora da sua vida, minha filha, e eu não quero mais isso! Por isso, eu não tô nem aí se é homem ou mulher. Se você está feliz eu também tô! E eu já gostei dela, só pelo que você falou que ela te deu força pra nos contar e nos deixar participar da sua vida....- eu sorri com o que ele falou que me abraçou. Deixer ser abraçada, ele me levantou e escondi a cabeça no peito dele, deixando meus olhos encherem d`água mas eles não viram.

- Brigada pai. - falei tentando manter a voz normal.

- Você é minha filha, não tem nada que agradecer. - ele me deu um beijo na bochecha e depois me soltou, olhamos pra minha mãe automaticamente porque ela estava na nossa frente. Fiquei a olhando esperando pra ver o que ela falaria.

- Foi ela que te trouxe de volta então? - minha mãe perguntou se aproximando. Meu pai ainda me abraçava, meio de lado, mas abraçava.

- Em termos sim, mãe. Eu voltaria mas confesso que demoraria mais.

- Isso não é fácil pra mim, eu nunca pensei nisso mas....como seu pai disse, fico feliz de ter você de novo na nossa vida assim e que você queira também minha filha, por isso e só porque ela te trouxe de volta eu acho que podemos dar uma chance a ela, à vocês....

- Tá falando sério, mãe? - eu perguntei quase sem acreditar, emocionada. Ela fez que sim e se aproximou de mim, me abraçando. Me deixei ser abraçada por ela também, ela fez carinho no meu cabelo me abraçando mais forte, eu estava me segurando pra não chorar.

- Mas agora queremos conhecê-las direito hein! Pode trazendo ela aqui, tenho que aprovar. - meu pai falou sério e eu quase acreditei, mas logo ele riu.

- Pára com isso Ricardo, não vai assustar a menina! - minha mãe deu tapinha nele, eu ri deles.

- Tô brincando filha, mas eu quero conhecer essa menina que fez esse milagre em você. Até nos abraçar você está sem reclamar hahah.

- Ah, não exagera pai. - falei meio sem graça.

- Pior que é verdade. Mais um ponto pra ela então. - mãe.

- Pode deixar que eu trago ela aqui sim, mas não é pra vocês me fazerem passar vergonha na frente dela não! - falei com medo já.

- Claro que não, filha. - minha mãe falou e depois riu, aliás os dois riram. Sei....como se eu não conhecesse! Fiquei até com medo depois dessa hahaah.

- Sei...tô com medo de vocês agora...

- Deixa de ser boba, filha. - meu pai falou e riu.

- Bom, então tá tudo bem? Não tem problema mesmo pra vocês? - perguntei pra me certificar.

- Relaxa filha, está tudo bem. - meu pai. Olhei pra minha mãe. Ela respirou fundo antes de falar.

- Não. Sem problemas, Annie. - sorri.

- Que bom! Agora, será que eu posso ir lá na casa dela contar?

- Claro, vai lá. - pai.

- Vai, filha. - mãe.

- Brigada! - falei rindo de felicidade. Dei um beijo na bochecha e um abraço em cada um- Mais tarde tô aí.

- Não chega tarde! - meu pai gritou quando eu estava quase na porta.

- Ok. - respondei da mesma forma e fui pra casa dela com um sorriso de orelha a orelha. Eles tinham aceitado! Acho que nada mais podia estragar a minha felicidade! 

* Pri estava em casa esperando Mai que tinha combinado de aparecer lá, logo a morena chegou.

- Oi linda. - elas se cumprimentaram com um selinho e Mai entrou- Tá com fome? Tô fazendo o jantar...

- Sério? - elas foram entrando no apartamento enquanto conversavam- Que namorada chique, está fazendo comidinha.... O que você tá fazendo? - elas estavam na cozinha já quando Mai perguntou.

- Macarrão com carne moída. Gosta? - Pri perguntou se encostando na bancada, ao lado do fogão de frente pra ela.

- Adoro. - Mai falou sorrindo, indo na direção dela- Estava com saudades amor...- deu um selinho nela a abraçando pelo pescoço, Priscila a abraçou pela cintura aprofundando mais o beijo e colando mais seus corpos também.

- Também estava meu bebê. - Pri fez carinho no rosto dela, deu mais um selinho- Mas deixa eu ver isso aqui antes que queime....rs...- Priscila se virou pra olhar as panelas.

- Posso tomar um banho enquanto isso? É que eu vim direto da rua, estava com a minha mãe....

- Claro amor. Trouxe roupa ou quer uma emprestada?

- Eu trouxe.

- Tá. Vai dormir aqui né? Sua mãe deixou?

- Deixou. - Mai respondeu sorrindo.

- Que bom. - Pri também sorriu e em seguida Mai subiu pra tomar seu banho, enquanto a namorada acabava de preparar o jantar.

* Elas comeram entre carinhos e beijos, depois do jantar deitaram no sofá, abraçadas.

- É muito bom ficar assim com você, sabia?! - Pri a abraçou pela cintura, enfiando a cabeça no seu pescoço.

- Melhor coisa do mundo! - Mai respondeu fazendo carinho nos cabelos dela. Pri a olhou sorrindo fazendo carinho no seu rosto, as duas sorriram.

- Acho que ainda tem uma coisa melhor....- Pri falou sorrindo, olhando pra boca dela e apertando sua cintura.

- Ah é, o que? - Mai se fez de desentendida, brincando com ela. Sorriu também olhando pra boca dela.

- Você não sabe? - Pri a puxou mais pra si, sussurrando em seu ouvido e distribuindo beijos em seu pescoço.

- Não..- Mai falou com a voz rouca, sentindo os carinhos da namorada no seu pescoço e a mão dela em suas costas, por baixo da blusa.

- Vou te mostrar então! - Pri falou rolando sobre ela, ficando por cima. Apoiou as mãos no sofá pra não fazer peso na namorada e pressionou o quadril contra o dela.

- Mostra...então...- Mai falou com aquela voz de desejo.

* Pri abaixou o rosto até ficar na altura do da namorada e iniciou um beijo. Mai a abraçou pelo pescoço, fazendo carinho na nuca dela e descendo a mão pelas costas dela enquanto Pri desceu a mão encontrando o cadarço que amarrava o short de Mai, desatou o nó enquanto sua camisa era retirada por ela, a deixando só de sutiã, era um sutiã vermelho.

- Eu acho eles cada dia mais lindos! - Mai falou tocando nos seios da namorada que praticamente saltavam pelo sutiã.

- Ah, você não vale. Olhos apaixonados sempre aumentam um pouco.....rsrs.

- Ah,, então é verdade, eu devo estar mentindo a beça pra você...- Mai falou rindo também.

- Tá me chamando de feia então? - Priscila perguntou se fazendo de ofendida mas rindo.

- Não. Tô dizendo que eu sou loucamente apaixonada por você! - Mai a puxou pela nuca em seguida, a beijando de novo. Priscila desceu a mão pro short que agora já estava aberto e enfiou a mão por dentro do mesmo afastando a calcinha dela pro lado, e a tocando ali, percebeu o quanto molhada ela estava.

- Quero te chupar...- sussurrou perto da boca dela.

- Vem...- Mai falou mordendo o lábio, a olhando. Louca de tesão já também.

- Tira a roupa pra mim. - Priscila pediu da mesma forma mas agora estava sentada entre as pernas dela.

- Eu?

- Aham. - Pri respondeu a puxando pelo braço- Vem. - a colocou sentada e Mai começou a tirar, começou pela blusa- Devagar...- Priscila a olhava com um sorriso de admiração e desejo.

- O que você tá querendo hein? - Mai a olhou, já sem a blusa, sorrindo também mas aquele sorriso safado, imaginando já o que estaria por vir.

- Nada. Só tô admirando o quanto minha namorada é gostosa! - ela falou olhando diretamente nos olhos da morena que se arrepiou toda com o que ouviu. Continuou fazendo o que ela pediu e quando estava só de calcinha e sutiã deitou- Tudo! - Priscila disse a olhando.

* Mai então levantou um pouco o quadril pra tirar a calcinha e dps tirou o sutiã. Deitou novamente completamente nua. 

* Priscila a olhou, de baixo pra cima e então subiu o corpo até colocar um dos seios dela na boca, passava a língua no biquinho, dando umas leves puxadas de vez em quando.

- Ahhh....- Mai segurava a cabeça dela contra seu corpo, remexendo o quadril. Priscila parou por um segundo e a olhando pediu.

- Vira de costas pra mim?

- O que você vai fazer? - Mai perguntei meio assustada.

- Nada que você não queira amor. - deu um beijo nela, depois continuou fazendo carinho no rosto dela- Só quero te beijar e te ficar, só isso.... Vira? - Mai resolveu virar, afinal não tinha porque não.

* Priscila começou a distribuir beijos da base do pescoço dela até embaixo, passando a língua e dando leves mordidas de vez em quando. A pele da morena ía se arrepiando com os toques dela. Quando Priscila chegou na altura da bunda, de um lado apertou com a mão enquanto que do outro passava a língua, ela sentiu Mai meio tensa por isso desceu a mão pras pernas, pra coxa e depois subiu passando os dedos pela parte interna da coxa enquanto continuava passando a lingua e beijando sua bunda, isso fez Mai relaxar um pouco e começar a soltar uns gemidos mais fortes.

- Vai logo amor! - Mai pediu meio que gemendo, apertando o sofá. Priscila desceu a mão por entre sua bunda, tocando de leve ali e depois seguiu os dedos pro seu seco, ficou ali na entradinha fingindo que ía mas não ía.

- Você já...- Mai a cortou antes dela completar. Priscila falava no seu ouvido.

- Não.

- Quer?

- Vai machucaaar ahhhh... Pri..- Mai gemeu porque Priscila tinha enfiado dois dedos nela.

- Você acha que eu te machucaria?

- Nã...o ahhhh... Você quer?

- Se você quiser me dar, eu vou amar. Mas agora eu quero que você rebole, minha gostosa. Mela meu dedo, mela!!

- Ahhhh...ahh amor!!! Vaiiiii....

* Priscila tinha aumentado o ritmo, a penetra rodando lá dentro, Mai começou a sentir uns espasmos pelo corpo todo. Rebolava rapidamente nos dedos da namorada, erguendo o quadril um pouco dando uma visão e tanto a Priscila que não agüentou e começou a beijar e lamber a bunda dela enquanto a penetrava. Ela logo gozou, gemendo alto e em seguida "caindo" no sofá.

Priscila foi subindo distribuindo beijos pelo corpo dela e ía se deitar sobre ela mas quando Mai sentiu que ela ía deitar se virou pra elas ficarem de frente. Mai estava de olhos fechados ainda quando sentiu os beijos de Priscila pelo seu rosto, foi abrindo os olhos aos poucos com um sorriso no rosto.

- Acho que a gente nunca tinha feito no sofá.

- Não. - Priscila confirmou sorrindo.

- Sobrou algum lugar ainda dessa casa rs?

- Deixa eu ver..- Priscila olhou pra cima rindo- No chão do meu quarto, na cama, banheiro, sofá...- ela contava com os dedos- Bom, acho que foi praticamente tudo, mas podemos inventar alguma coisa ainda rsrs. - Mai a olhou sorrindo e se aninhou no pescoço dela.

- Você tem alguma fantasia?

- Sexual? - Priscila a olhou ao perguntar.

- De médica que não é né amor hahah.

- Rsrs. Ah tenho...

- Quais?

- Dentro de casa?

- Dentro, fora...sei lá, qualquer coisa.

- Bom, dentro, tem algumas mas acho que não é muito viável ainda hahah.

- Por que?

- Porque acho que essa mesa não agüentaria nosso peso, o vidro melhor dizendo hahaha.

- É meio arriscado mesmo. - Mai falou olhando pra mesa, também riu e voltou a olhá-la- Mas e fora? Tem alguma?

- Várias!

- Quais?

- Por exemplo, no elevador, na escada, numa piscina....praia...

- Mas piscina e praia não dá no mesmo? As duas não são na água?

- Na praia é na areia, não na água!

- Mas na areia todo mundo pode ver!

- Eu sei, mas eu tenho essa fantasia, do perigo hahah.

- Hahah, louca! Por que você nunca me falou essas coisas? - Priscila deu de ombros.

- Você nunca perguntou ué...mas não precisamos ter pressa, tenho certeza que vamos ter muito tempo pra fazer todas essas e muito mais...- Priscila sorriu a puxando mais pra perto, deu um beijo nela mas do nada Mai parou o beijo- Que foi?

- Nada. - Mai sentou no sofá de costas pra ela. Quando Priscila olhou ela estava botando a roupa.

- O que houve, por que você está botando a roupa? - meio que sentou atrás dela. Mai estava com a blusa já.

- Nada. Eu...vou no banheiro. - levantou pondo o short e saiu na direção do banheiro, no quarto de Priscila que assim que ela saiu voltou a deitar-se no sofá, sem entender nada! Mas ficou ali deitada esperando pra ver se ela voltava depois. 

* Mai tinha dito que queria ir no banheiro só como uma desculpa, precisava sair dali, da frente dela antes que ela falasse merda. A verdade é que ficou puta, morrendo de ciúme porque durante o beijo ela ficou pensando em quantas dessas fantasias Priscila teria realizado com outras que ela já esteve, e isso a deixava louca de ciúme. Foi pro banheiro pra tentar se acalmar mas não estava adiantando, na cabeça dela só vinha imagens dela com outras garotas.

Priscila vendo que ela demorava muito resolveu ir atrás dela, chegou no quarto e viu que a porta do banheiro estava fechada, resolveu bater pra ver se estava tudo bem porque ela estava demorando muito.

- Mai? Mai? Tá tudo bem? - ela não respondeu mas resolveu sair- Amor, que foi? - Priscila perguntou quando Mai passou por ela direto.

- Nada. - ela estava de costas.

- Aconteceu alguma coisa? - Pri se aproximou- Eu falei ou fiz alguma coisa que você não gostou?

- Não. - Mai continuou sem olhá-la.

- Te machuquei? - agora Priscila a puxou ao virar.

- Não Priscila, já disse que não é nada!! - ela se afastou da namorada sentando na cama, de lado.

- Por que você está assim então? - Priscila se ajoelhou e tocou na mão dela ao perguntar.

- Já disse que não é nada. - Mai respondeu olhando pro outro lado e tirando a mão do contato dela.

- Amor não tô entendendo! Por que está me tratando assim? - Priscila sentou-se na frente dela- O que foi que aconteceu ali da sala pra agora?? - Mai não a olhou e também não respondeu, por isso Priscila insistiu- Hein? - tocou no rosto dela, a fazendo olhar.

- Quantas dessas você já realizou com essas garotas que você já esteve?? - Mai perguntou a olhando nos olhos, cheia de raiva ainda.

- Ahm?? - Priscila não entendeu nada, não se ligou do que ela estava falando.

- Você entendeu Priscila! Quantas dessas fantasias você já realizou com alguém? - Priscila ficou parada a olhando por um tempo depois que ela falou. Só então respondeu.

- Foi por isso que você ficou assim? - Mai se levantou, não querendo assumir e nem que Priscila visse o ciúme e a raiva que ela estava.

- Amor...- Priscila a puxou pelo braço a virando- Isso não tem nada a ver...

- Quantas então?

- Pra que você quer saber isso?? Pra gente brigar?

- Se eu vou brigar ou não, o problema é meu! Mas eu quero saber!

- Não! O problema é nosso porque é comigo que você vai brigar! - Mai virou o rosto e Priscila suspirou, elas estavam se exaltando e não era o que ela queria- Amor, presta atenção..- ela pegou o rosto da namorada entre as mãos- o que aconteceu, aconteceu, é passado, não importa. O que importa é a gente, é o presente e o meu presente e meu futuro é com você! - Priscila se aproximou pra beijar ela mas Mai se esquivou se soltando do contato.

- Pára de conversinha Priscila! - ela sentou na cama de novo.

- Não é conversinha, é a verdade!- sentou na frente dela na cama- Você quer saber isso pra que, me diz?? Vai te fazer bem saber isso??

- Porque sim!

- Pra quê?? Eu, por exemplo, ía odiar saber o que você fez ou deixou de fazer seja lá com quem for! Porque eu morro de ciúme só de pensar em alguém te tocando ou o que seja!

- Porque eu quero saber Priscila! Pra saber quando você estiver comigo e vai estar comparando!

- Comparando Mai?? Que isso?! Que horas eu comparei alguma coisa??

- Ah tá, Priscila, até parece né!! Eu sei que eu não tenho experiência nenhuma com isso, você é a primeira garota que eu fico. É óbvio que você compara, é até normal!!

- Você só pode estar de sacanagem comigo! Tá até me ofendendo falando isso! Parece até que eu tô com você só por causa de sexo!

- Só por causa não. Mas que conta, conta, eu sei.

- Conta. Mas o que conta mesmo é o fato de eu estar apaixonada por você! Poderia aparecer a deusa do sexo aqui que eu não ía querer! Eu amo você! Tudo que aconteceu antes, aconteceu!

- Você me ama por isso fala essas coisas, mas não quer dizer que seja o melhor na cama. Eu sei que não é, eu sei que eu não devo ser boa o suficiente pra você, e....- Priscila a interrompeu.

- Amor, pára de falar tanta besteira! - ela chegou mais perto tocando em seu rosto- Você é perfeita...pra mim! É tudo que eu sempre quiz! Não tem isso de não ser suficiente. - Priscila se aproximou mais dela, roçando seus lábios.

- Viu. Você acabou de assumir que é só porque me ama!

- Mai, não surta!! - Priscila passou a mão no rosto, nervosa com aquela conversa já- Tá bom, você quer saber?? Eu vou contar! - Priscila se irritou- Quer saber de quem primeiro? - Mai deu de ombros- Quer saber tudo né? Ok. Teve uma vez que eu estava numa festa que tinha uma banheira e...- Mai não agüentou mais ouvir e saiu do quarto, Priscila foi atrás a pegando pelo braço no corredor- Agora você vai ouvir, não queria?? Agora eu vou falar! 

- Não. Pára! - Mai abaixou a cabeça cobrindo o rosto com as mãos- Eu não quero ouvir! Eu vou embora, desculpa. - ela saiu mas Priscila a puxou de novo e a abraçou.

- Não vai nada. Você vai ficar aqui. - Mai estava com a cabeça enterrada no pescoço dela, Priscila ouviu ela fungar, não chorava muito, eram algumas poucas lágrimas.

- Por que você fez isso? - Mai deu um tapa no ombro dela mas Priscila continuava a mantê-la ali.

- Fiz o que? Ai.

- Me fez sentir isso! Odeio sentir ciúme, você deve estar me achando uma boba!

- Vamos conversar? - Priscila pediu a olhando, segurando seu rosto.

- Acho melhor eu ir...- ela abaixou a cabeça ao falar, meio envergonhada.

- Não quer ficar comigo? - Pri perguntou segurando o rosto dela, secando as poucas lágrimas que molharam o rosto dela.

- Quero. Você que deve estar me achando uma boba, criança...- Priscila a interrompeu pondo o dedo na boca dela pra ela parar de falar.

- Tá falando besteira de novo. Vem comigo, vamos conversar...- Priscila pegou na mão dela a levando pro quarto. As duas sentaram na cama, uma de frente pra outra- Presta atenção no que eu vou te falar. Eu tenho 25 anos e tudo que eu já passei hoje eu vejo que valeu a pena, porque talvez se eu não tivesse cometido todos esses erros que eu cometi, hoje eu não seria a pessoa que eu sou e talvez eu estaria cometendo esses erros com você e não estaríamos tão bem como estamos agora! Então não importa o passado, passado é passado.

- Eu sei, eu sou uma boba mesmo...

- Você não é nada boba...- ela pegou na mão de Maite que olhava pra baixo, com o toque a olhou- Você disse que não tem experiência com isso, que eu sou a primeira mulher que você fica, mas isso não tem nada a ver. Ou você acha que eu também não penso que você já teve outras pessoas? Penso! Só que eu tento abstrair porque senão eu surto!! Eu morro de ciúme de você também, talvez eu consiga disfarçar um pouco melhor que você....talvez pelas coisas que eu já vivi...- deu de ombros no final da frase.

- Você deve me achar uma criança boba né?

- Não Mai, eu não acho. - Priscila sentou mais perto dela, tocando em seu rosto- Como eu disse, eu acho que talvez eu consiga controlar melhor meu ciúme mas isso não quer dizer que eu seja menos insegura, menos ciumenta ou mesmo que te ame menos porque acho difícil encontrar alguém que ame alguém mais que eu te amo! - Mai a olhou sorrindo, encantada, boba, apaixonada. Deu quase um pulo pra parar no colo de Priscila que a segurou.

- Desculpa! É que eu acho você tão fofa, linda, apaixonante que eu acho que devem ter milhões de garotas por aí atrás de você.... Essa Luísa mesmo, ela...- Pri a interrompeu com um selinho.

- Não tem Luísa nenhuma! Não tem ninguém, só você!! Eu te amo!

- Também te amo. - Priscila a puxou pela nuca, se beijaram e ela as virou deitando Mai na cama e fiando sobre ela.

* O beijo era intenso, parecia que a briga tinha aguçado a vontade das duas de estarem juntas. Priscila roçou seu corpo no dela, as duas suspiraram forte entre o beijo.

- Tá vendo como você me deixa? Acha mesmo que eu não fico satisfeita? - Priscila sussurrou entre os lábios dela.

- Eu tenho medo de você enjoar de mim, de te perder...- Priscila sorriu pra ela, incrédula.

- Meu amor, isso é IMPOSSÍVEL! - deu bastante ênfase a essa palavra- Você só vai me ter longe da sua vida se você me expulsar, do contrário....- ela negou com a cabeça e Mai sorriu pra ela, fazendo carinho no rosto dela. As duas ficaram se olhando com um sorriso no rosto- Desculpa ter falado com você daquele jeito, eu não podia nunca ter pedido a paciência daquela forma com você. Eu odeio o fato de ter te feito chorar, foi a primeira e ultima vez, eu prometo!

- Esquece...- Mai falou a olhando, fazendo carinho no rosto dela.

- Eu juro que nunca mais vou fazer isso. - Mai sorriu mais uma vez fazendo que sim com a cabeça. Ela puxou o rosto de Priscila de novo, mais pra perto e iniciou um outro beijo, dessa vez bem mais calmo. 

* Mai a virou na cama calmamente e com todo cuidado, com a mão foi descendo pelo corpo dela, que ainda estava de sutiã, ao chegar na altura da coxa apertou.

- Ahhh...- ela foi subindo a mão até chegar na altura da barriga de novo, soltou o botão do short e passou as unhas arranhando a pele ali, Priscila mais uma vez gemeu.

* Mai então desceu o corpo passando a distribuir beijos molhados pela região da barriga, foi descendo até chegar na altura do short, deixando um rastro de pelinhos arrepiados por onde passava. Retirou o short a deixando só de calcinha, depois voltou o olhar pra cima, foi engatinhando até chegar na altura dos seios dela, soltou o fecho do top que era na frente sendo olhada por Priscila que mordia o lábio de tesão. Quando Mai encostou a língua no bico duro de um deles, ela gemeu jogando a cabeça pra trás fechando os olhos.

- Ai amor....vai....- Mai enfiou a mão por dentro da calcinha dela, brincando com o clitóris mas sem penetrar- ahhh...isso!! - Mai desceu os beijos até a altura da calcinha, tirou ela por completo e quando ía aproximar sua língua de lá, Priscila a chamou- Espera amor.

- Que foi, não quer? - Mai levantou a cabeça pra perguntar.

- Quero. - ela sentou na cama- Deita. - pediu já empurrando Mai pra deitar que parou o movimento apoiando os cotovelos na cama.

- Ah não! Nem vem, eu quero você agora!

- Eu sei. Deita! - ordenou de novo empurrando a namorada contra a cama, Mai aceitou vendo ela vindo na sua direção.

* Ainda não tinha entendido direto o que ela queria. Priscila foi indo de joelhos na cana na direção do rosto dela, quando chegou na altura da boca dela parou.

- Eu quero isso. - ela falou sentando no rosto dela. Mai entendeu e abriu a boca pra receber o sexo melado da outra na sua boca, passava a língua num movimento de baixo pra cima, sugando e penetrando de vez em quando. Olhava pra cima e via Priscila rebolando de olhos fechados, se segurando no espaldar da cama- Ahhhh....isso, assim.... Vai gostosa! Aii...delícia...

* Mai estava ficando excitada também vendo ela gemer daquele jeito. Subiu as mais encontrando os seios da namorada, os apertou e massageou brincando com os bicos. Depois desceu ima das mãos arranhando as costas dela, pressionando em seguida seu quadril contra sua boca.

- Ahhhh!! Aiiii...isso, mais forteeee!! Ahhhh....- ela apertou mais o espaldar contra os dedos, seu corpo começou a tremer. Ela sabia que ía gozar por isso acelerou os movimentos, rebolando cada vez mais na boca da morena. Não demorou muito pra gozar!

* Saiu de cima de Mai com as pernas tremendo e deitou ao seu lado, tentando normalizar a respiração completamente acelerada.

Mai deu um selinho nela, deitando meio de lado meio por cima dela e sussurrou próxima ao seu ouvido.

- Te amo.

- Eu também meu bebê. - falou ainda de olhos fechados mas ouviu a risada da outra. Abriu os olhos ao falar- É e sempre vai ser o melhor sexo da minha vida! Porque eu nunca amei ninguém do jeito que eu te amo!! E pra mim o que faz ficar bom é o fato de ser você, de eu te desejar sempre e cada vez mais, é o fato de eu ficar excitada só de ver você gemendo, a forma que você se entrega eu sei que é especial porque eu sei que não seria assim com mais ninguém, só é porque é com você! - Mai estava com os olhos lacrimejados.

- Desculpa eu ser uma boba insegura?

- Você é linda e perfeita! - Priscila a puxou pra um beijo rápido nos lábios, depois Mai deitou a cabeça no colo dela e ficaram as duas assim, em silêncio, Priscila fazendo carinho nos cabelos dela e Mai aproveitando o colo. 

* Depois de um tempo em silêncio, uns vinte minutos, Priscila falou.

- Tá dormindo, amor?

- Não. - respondeu a olhando.

- Esqueci de te contar uma coisa. Era pra ter te falado desde a hora que você chegou mas esqueci.

- O que foi? - Mai achou que poderia ser algo sério.

- A Carol me ligou hoje..- Mai a cortou.

- A Carol te ligou, por quê? - virou de bruços na cama, ficando de frente pra Priscila.

- Porque sim ué. Por que, ela não pode me ligar?

- Pode. Eu só.... Esquece. Fala.

- Ela quer sair.

- Sair pra onde?

- Sei lá, pra um barzinho aí, beber alguma coisa. Ela falou que você depois que começou a namorar sumiu.

- Ah legal, ela te liga pra ficar reclamando de mim!

- Ela não reclamou amor, ela só comentou. Na verdade ela disse que nós depois que começamos a namorar sumimos.... Então, vamos?

- Pode ser. Mas quem vai, vai todo mundo?

- Na verdade seria só nós quatro...- Pri falou esperando a reação dela.

- Que quatro? Nós duas e ela e a Julia?

- É. - Priscila a olhava mordendo o lábio, só esperando. Mai fez uma cara estranha e Pri pensou: "fudeu" Afinal ela já tinha dito que sim pra Carol- Não quer?

- Ah amor, essa Julia não me desce. Liga pra ela e inventa uma desculpa qualquer e...- Mai parou de falar ao ver a cara estranha de Priscila- Que foi que você está com essa cara?

- É que eu meio que tinha dito que sim.

- Ah que legal! Agora vocês resolvem as coisas por mim. - Mai sentou-se na cama.

- Não é isso amor mas é que eu achei que não tinha problema, pensei que você fosse querer ir....- Mai estava olhando pro lado- Vamos vai?

- Não tô afim Pri de ficar aguentando a Julia. Eu não gosto dela, não adianta!

- Poxa amor, mas é pela Carol. Você não é amiga dela?

- Sou. Mas só nós quatro? É demais pra mim. - Pri sentou também, se aproximando dela- Eu não sou você que virou a melhor amiga das duas do nada!

- Não é do nada amor, eu faço isso pela Carol! E eu não sou amiga da Julia, mal falo com ela. Só trato bem porque é como o Chris disse, tô dando oportunidade pra menina, o Chris disse que ela é legal. E a Carol, eu gosto dela, nos tornamos amigas. Qual o problema disso?

- Nenhum. - Mai falou mas na verdade pensou outra coisa. Pensou que o único problema é esse ciúme que ela sente de vez em quando da amizade das duas, mas pra isso teria que falar que sabia do beijo das duas e não queria, ainda mais depois da cena de ciúme que teve hoje- Mas então por que eles não saem os quatro??

- Pára de bobeira, Mai! Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Os dois são amigos dela, ela precisa dos dois, não tem que escolher um ou outro. - Mai suspirou olhando pro lado- Ela é sua amiga, amor. Você acha certo virar a cara pra ela agora? Você já pensou se fosse ao contrário? Se fosse você no lugar dela e seus amigos te virassem a cara?

- Se fosse eu no lugar dela eu nunca teria me envolvido com a Julia!

- Ah é? Quer dizer que se fosse comigo você ía terminar comigo por causa de um erro??

- Você nunca faria isso, Pri!

- Talvez.... Mas mesmo assim, é só uma saída. Não tô pedindo pra você virar melhor amiga dela.

- Eu sei, mas eu não vou conseguir fingir. Fora que acho que a Dulce pode achar que é sacanagem com ela ou coisa assim....

- E aí você não vai sair com a Carol por causa da Dulce? Acha legal ficar do lado da Dulce e se afastar da Carol sendo que as duas são suas amigas.

- Eu não tô escolhendo lado nenhum, muito pelo contrário! Eu não quero me meter nessa briga das duas!

- Mas se você deixa de sair com a Carol por medo do que a Dulce vai achar, é escolher lado sim. Tá deixando ela escolher o que você vai fazer!

- A questão não é essa amor.

- Qual é a questão então?

- É que eu não acho pouco o que a Julia fez como você está querendo fazer parecer....

- Eu também não acho pouco! Eu não disse isso hora nenhuma, não esquece que a Anahi é minha prima, achei muita sacanagem mesmo o que elas fizeram!! Mas aí vai fazer o quê?? Crucificar a garota pra sempre?? Até porque a Carol não tem culpa disso e eu sei como ela está sofrendo, ela se faz de forte mas ela tá mal. Ela mal ou bem, perdeu três amigos de uma vez só!

- O Chris continua sendo amigo dela, aliás eu também!

- Você não está agindo como amiga dela, amor, desculpa falar, mas não tá. - Mai suspirou olhando pro lado. Se sentia entre a cruz e a espada- Olha, - Priscila chegou mais perto tocando no rosto dela- eu sei que você não é assim, que você não é de guardar essas coisas....vamos vai? A Carol ía adorar se você fosse, eu sei que ía significar muito pra ela se você fosse....

- Você é insistente hein! - Mai a olhou ao dizer. Priscila riu.

- Aham. Eu ganhei você. - quem riu agora foi Mai- Vai amor, dá uma oportunidade pra menina.....é só uma saída, só isso. Eu sei que por você, você não estaria fazendo esse jogo duro todo, isso tudo é pela Dulce. - Mai a olhou- Quem sabe assim ela não percebe que a Julia não é essa má pessoa que ela acha? Que ela se arrependeu? E que a Carol gosta mesmo dela e não teve muita escolha....- Mai ficou a olhando. Priscila estava a deixando sem argumentos já.

- Não sei....

- Ah amor...- ela puxou Mai pro colo dela- Eu sei que você quer....admite vai....- Priscila deu um beijo no pescoço dela.

- Isso é jogo baixo....- Mai falou fechando os olhos e Priscila riu- Pára amor, assim eu não consigo pensar.

- Hahaha. - Priscila parou e a olhou- Então diz logo que sim, vai? - Mai suspirou antes de aceitar.

- Ok. Mas só por você....porque você é chata e insistente.

- Eu sabia! - Pri deu um beijo estalado na bochecha dela sorrindo- Vou mandar mensagem pra Carol avisando.

- Ué, você não disse que já estava certo?

- Tá. Mas ela falou que só ía acreditar quando eu falasse com você.

- Hum. Tá explicado porque ela te ligou! Vocês duas andam cheias de segredinhos né?

- Hahaha. Nada de segredinhos. - Priscila largou o celular abraçando ela e a jogando na cama.

- Não vai mais mandar a mensagem?

- Vou. - ela respondeu mas não saiu de cima de Mai, lhe deu um beijo estalado nos lábios.

- Vou tomar um banho enquanto isso então.

- Outro, amor?

- Depois dessa canseira toda que você me deu, eu tô toda suada.

- Canseira? - Pri sentou na perna dela- Eu nem fiz nada....ainda.

- Nem começa Priscila! Eu preciso de um banho. Anda, sai de cima. - ela empurrou Priscila de cima dela, tudo na brincadeira.

- Tá bom, vai lá. Vou mandar a mensagem e já vou também.

- Pode ser de banheira? - perguntou ao sentar-se na cama.

- Você que manda, meu amor. - ela se aproximou dando mais um beijo em Mai, depois pegou o celular pra mandar a mensagem e combinaram pra depois de amanhã e a morena foi pro banheiro.