Fanfic: Namorada de Aluguel A&D | Tema: Portiñon

* No dia seguinte Carol foi acordada pelo despertador às sete da manhã, colocou na soneca umas três vezes, sabia que se atrasaria mas nem estava se impotando muito, afinal nem sabia como Priscila estaria e não iria largar ela ali e ir embora. Estava na cama ainda com aquela preguiça quando seu cel tocou, olhou e era Julia, levantou pra atender. Priscila ainda dormia.

 - Oi amor. - foi pra varanda falar.
 - Oi. Eu achei que tinha sonhado que você saiu no meio da noite, mas quando acordei e não te vi, percebi que era de verdade. - Carol sorriu.
 - Não sonhou mesmo não amor. Eu recebi um telefonema da Pri chorando, dizendo que estava aqui em casa, por isso saí. Mas você estava com tanto sono que te deixei dormindo e vim.
 - Hum. E o que aconteceu?
 - Eu não entendi direito, a Priscila estava louca amor, nunca vi ela desse jeito. Mas pelo que entendi, a Mai terminou com ela.
 - Sério?! - Julia perguntou espantada.
 - Pois é. Mas só vou saber direito quando ela acordar. 
 - Deve ser verdade, pelo jeito que você falou que ela estava....
 - É. Amor, eu nem sei que horas vou chegar na faculdade hoje. Não posso deixá-la aqui, assim.....
 - Claro amor, fica com ela. Eu vou e te passo depois, mas me liga me dizendo como ela tá depois....
 - Pode deixar bebê, ligo sim. Boa aula e bom dia pra você!
 - Bom dia minha linda! Beijos, te amo.
 - Também. Tchau.
 - Tchau, Ju. - elas desligaram e Carol voltou pro quarto, Priscila ainda dormia então ela foi escovar os dentes e lavar o rosto, afinal já tinha acordado mesmo. Quando voltou ao quarto, Priscila estava de olhos abertos- Bom dia. - Carol sorriu a olhando.

 * Priscila fechou os olhos, passando a mão sobre eles.
 

- Carol? O que eu tô fazendo aqui?
 

* Carol andou até ela que parecia meio perdida mesmo, olhando em volta.

 - Não lembra de nada? - Carol sentou na cama ao lado dela.
 - Lembro de ter bebido, depois fui na casa...- ela parou de falar, olhando pro lado- Mas não lembro de como vim parar na sua cama.
 - Não me admira, pela quantidade que você bebeu.... A forma que você chegou aqui, mal conseguia andar....
 - Desculpa. - Pri abaixou a cabeça envergonhada.
 - Não precisa pedir desculpas. Tô aqui pra isso mesmo. - ela a olhou sorrindo e Pri acabou sorrindo tbm, mas logo voltou a ficar triste- Quer me contar o que houve agora? Ontem você não falava coisa com coisa.

 * Priscila suspirou passando a mão no cabelo, depois se sentou na cama.

 - Minha cabeça tá pesando cinqüenta quilos! - ela estava de cabeça baixa com a mão na nuca.
 - Imagino.... 
 - São que horas, Carol? - continuava de cabeça baixa.
 - Sete e trinta e cinco.
 - Preciso de um banho, tenho q dar aula às nove.
 - Vai lá. - Priscila levantou e foi até o banheiro.
 

* Carol ficou ali sentada na cama. Estava preocupada com ela.
 Uns minutos depois Anahi bateu na porta, entrando em seguida.

 - E aí?
 - Ela está tomando banho, disse que tem a dar uma aula.
 - E como ela tá?
 - Além da ressaca? Evitando o assunto, eu perguntei mas ela desconversou.
 - A coisa foi séria?
 - Tá parecendo.... E a Dul, cadê?
 - Tomando banho também. - Anahi tinha tomado já e já estava trocada.
 - Contou pra ela? 
- Aham.

 * Carol suspirou sem saber o que dizer. Elas ouviram o barulho do chuveiro ser desligado e logo depois Priscila saiu de lá, enrolada na toalha.
 

- Cah, me empresta uma roupa? Eu...- parou de falar ao ver Anahi ali.
- Oi. - Anahi quem falou.
- Oi Annie.
- Pode pegar Pri, sabe onde é. - Priscila fez que sim com a cabeça e foi até o armário. 

* Carol e Anahi se entreolharam. Priscila pegou a roupa e foi até o banheiro se trocar, quando voltou não deu uma palavra também, as duas a olhavam.

 - Sua toalha. - Priscila a entregou.
 - Vai contar o que houve ou vamos fingir que não aconteceu nada aqui? - Carol falou por fim, não estava agüentando aquele suspense.
 - Não foi nada, tá tudo bem. - ela evitava olhá-las, se virou de costas. Não queria falar porque tava evitando o assunto, só de se lembrar já sentiu seus olhos lacrimejarem.
 - Bem, Priscila? Você pode ter esquecido mas eu lembro muito bem do estado que você estava! Que foi? Ela terminou contigo, foi isso? - Priscila continuava de costas, não respondeu. Carol foi até lá e a virou- Fala com a gente.
 - Pra que? - a voz dela embargou e os olhos lacrimejaram.

 * Anahi foi até ela a abraçando e foi só o que precisou pra ela desabar no choro.
 

- Pri, a gente sabe que dói, mas calma. - ela estava mal, triste, mas não era o choro descontrolado e desesperado da noite passada. Mas doía do mesmo jeito.
 - Ela disse que não me ama, nunca me amou, só se confundiu com os sentimentos. - falava entre lágrimas mas já as olhando.
 - Não. Ela não disse isso! Disse? - Carol.
 - Ainda disse que foi só pra matar a curiosidade dela e que é muita coisa pra enfrentar por mim!

 * Anahi olhou pra Carol perplexa.
 

- Não tô acreditando que a Mai falou isso! - Anahi.
 

* Ouviram batidas na porta e logo Dulce entrou, Priscila se virou, não queria que a visse chorando.

 - Tudo bem? - ela perguntou entrando e indo na direção de Anahi pra abraçá-la. Anahi deu um beijo na cabeça dela e Dulce percebeu o clima estranho- O que houve?
 - Houve que a sua amiga terminou comigo, isso que houve! - Priscila se virou falando e Dulce a olhou surpresa, não estava sabendo de nada.
 - A Mai? Mas por quê?
 - Porque eu fui apenas um brinquedinho na mão dela! Porque é isso a todas fazem! - Priscila passou por elas pegando sua bolsa que estava em cima da mesa- Eu vou embora.
 - Calmaí Pri! - Anahi foi até ela- Não sai assim, vamos conversar....
 - Não quero conversar Anahi, quero esquecer! Esquecer que um dia eu a conheci, isso que eu quero!
 - Pri, você tá de cabeça quente, da tem....- Carol falava mas ela a cortou.
 - Muito obrigada por ter me ajudado ontem Carol, mesmo. Mas agora eu preciso ir e não quero falar mais dessa garota! Eu tenho uma aula pra dar.
 - Pri, calm....- Anahi tentou falar mas ela já tinha saído porta a fora. Passou pelo pai de Carol e a mãe de Dulce lá embaixo que nem um furacão e foi direto pra porta.
 - Nossa! - Dulce falou as olhando- Nunca vi ela assim....
 - Nem eu. E é isso que me preocupa....- Anahi.
 - Ela está com raiva gente, vamos dar um tempo pra ela....- Carol.
 - Será que a Mai falou aquilo mesmo pra ela? Eu não tô acreditando até agora! - Anahi.
 - O que ela falou? - Dulce.
 - Que não ama ela e que tudo não passou de curiosidade. - Anahi explicou.
 - O quê?? - Dulce a olhou perplexa.
 - Foi o que ela disse....- Anahi.
 - Não é possível, não acredito nisso! - Dulce.
 - Também não tô entendendo nada, mas dps eu vou falar com ela, agora ela não vai ouvir, não adianta. - Carol.
 - Tá certa, também vou fazer isso. Bom, acho que a gente tem que ir né? Tá na hora já....- Anahi.
 - É, tá sim. - Dulce disse depois de comprovar no relógio a hora.
 - Podem ir indo, ainda vou tomar banho. - Carol.
 - A gente te espera. - Dulce.
 - Vai se atrasar pra aula. - Carol disse a olhando, sabia como ela odiava se atrasar.
 - Te espero Carol. Né, amor? - se virou pra Anahi.
 - Claro.
 - Tá bom então. - Carol falou e foi pro banheiro, as duas foram esperá-la la embaixo, aproveitaram pra comer algo. . 

* Chegaram na aula por volta de umas nove horas. 
Anahi estranhou ao chegar lá e não ver Mai, depois com as horas passando percebeu que ela não iria mesmo. E esse foi o assunto aquele dia, ela acabou contando o que sabia e ficaram todos perplexos e preocupados. Anahi mandou mensagem pra Dulce dizendo que ela não tinha ído, a ruiva ficou mais preocupada ainda.
 Eles tentaram procurar Priscila na hora do intervalo mas não a acharam de forma alguma. 
Na sala de Dulce e Carol, elas contaram pra Julia o que aconteceu e a reação dela foi a mesma.

 - Quer saber?! Eu vou lá. - Dulce disse decidida na hora do intervalo.- - Aonde? - Julia.
 - Na Mai, preciso falar com ela e ver como ela tá. Tem alguma coisa errada nessa história.
 - Também tô achando. - Carol- Acho que vou contigo.
 - Melhor não Carol, se formos as duas a mãe dela pode desconfiar. Outro dia ou outra hora você vai. - Dulce.
 - É, tem razão....- Carol.
 - Ok, vou lá então. Até mais tarde....
 - Bjs. - Carol respondeu e ela saiu.

 * Pegou um ônibus e foi, nem avisou Anahi porque não sabia como seria a conversa, e afinal de contas ela não ía querer esconder nada da prima, depois contaria a ela.
 Bateu na porta e a mãe dela veio atender.

 - Olá Dona Marcela, bom dia.
 - Olá Dulce.
 - A Maite não foi a aula hoje. Ela tá doente?
 - Nada demais, apenas uma dor de cabeça.
 - Hum. Será que eu posso vê-la? - Dulce perguntou e a mãe dela ficou a olhando meio desconfiada- É que eu trouxe o material da aula de hoje, vamos ter um teste semana que vem e achei que seria importante ela não perder. - inventou essa desculpa na hora e como ela estava com uma mochila a mãe dela não desconfiou.
 - Ok, pode ir lá. Mas não demore.
 - Pode deixar. - ela deu passagem e Dulce entrou. A mãe dela subiu na frente e Dulce foi atrás, abriu a porta do quarto da filha.
 - Tem visita.
 - Não quero falar com ninguém! - Mai gritou. Ainda estava deitada e o quarto escuro.
 - Sou eu. - ela ouviu a voz de Dulce e escondeu a foto de Priscila embaixo do travesseiro- Eu trouxe a matéria da aula de hoje, Mai. - quando ela falou isso Mai a olhou, estranhando.
 - Vê se estuda direito. Vou deixar vocês aí. - a mãe dela saiu e Dul se aproximou da cama, Mai se virou de barriga pra cima.
 - Como você tá? Fiquei sabendo de tudo.....
 - Como? - Mai a olhou.
 - Priscila ligou pra Carol assim que saiu daqui ontem de madrugada.
 - E como ela tá?
 - Arrasada, Mai, mas foi a aula hoje. - ela despirou fundo.
 - Cuida dela, por favor? Não deixa ela fazer merda. - Dulce fez que sim com a cabeça.
 - Mai, que história é essa que você disse pra ela que era muita coisa pra agüentar e que você não a ama? Você disse isso? - Mai fez que sim, mas olhou pro lado- Por que?
 - Porque é a verdade.
 - Se fosse verdade você não estaria do jeito que tá! - Mai continuou a não olhá-la- Não confia mais em mim? - Mai a olhou.
 - Confio, claro.
 - Então me conta a verdade, porque eu sei muito bem que você ama ela! - Mai abaixou a cabeça de novo- A gente se conhece há mais de dez anos, Mai, lembra quantas vezes eu chorei no seu colo por causa da Anahi me esnobava, eu estava lá também quando você começou a gostar dela, quando ficou com medo de ficar com mulher.....vai me deixar de fora agora? Depois de tudo que passamos juntas?!

 * Mai virou o rosto pro lado.
 

- É sua mãe, não é?
 - Não, nada a ver.
 - Tudo bem, se você não quer falar, vou respeitar mas eu sei que tem alguma coisa aí. Você ama ela sim, e muito, senão não estaria com essa cara de choro e jogada nessa cama. - Mai não a olhava- Mas se você quiser ou precisar de um ombro amigo, eu tô aqui, mesmo que você não queira me contar o que houve, eu tô aqui. - Dulce apertou a mão dela e Mai a olhou, estava com lágrimas nos olhos. Dulce sorriu ao olhá-la.
 - Brigada. - Mai disse com dificuldade, a voz estava embargada pelo choro.
 - A hora que você quiser, tá? - Mai fez q sim na cabeça e se sentou na cama, abraçando Dulce quase desesperadamente, precisava de um abraço, estava sofrendo, só não podia falar o que estava acontecendo.

 * Ela chorou uns dez minutos seguidos abraçadas a Dulce que manteve a palavra e não falou nada, apenas confortou a amiga. Quando passou aquele acesso de choro, Mai se separou da amiga, mas olhou pra baixo.
 

- Desculpa. Molhei sua camisa toda. - Dulce se aproximou dela a abraçando de novo.
- Eu não sei porque você fez isso mas o que eu sei é que quando tem que ser, é. Então você pode terminar com ela, tratar ela mal que uma hora vocês vão se reencontrar. 
- Não Dulce, eu não quero mais as...- Dulce a cortou.
 - Mai, não tenta me enganar tá? - Mai a olhou- Eu não vou contar nada pra ela, pode deixar, mas eu sei que isso com certeza é coisa da sua mãe. - Mai tentou falar algo- Só não deixa ela comandar sua vida e na hora que você quiser me contar, eu vou estar aqui pra ouvir....- Mai só a olhou, não disse nada- Dulce se levantou- Mas vou te deixar em paz, já que você não quer conversar.....e também daqui a pouco sua mãe sobe, ela pediu pra não demorar.
 - Brigada Dul, por tudo. - Mai respondeu e Dulce sorriu, depois saiu.

 * Dulce poderia ter voltado pra faculdade, ainda pegaria o resto de aula, mas preferiu ir pra casa. Ao chegar lá ligou pra Anahi.
 

- Oi amor.
 - Oi Annie. Tá em casa?
 - Tô. Você não tinha que estar em aula?
 - Tô em casa.
 - Por que?
 - Fui falar com a Mai.
 - E aí??
 - Ela tá péssima também, mas ela disse e repetiu as mesmas coisas que a Priscila disse.
 - Então é sem volta mesmo?
 - Parece que sim. Mas sei lá, não tô entendendo nada. É óbvio que o real motivo não foi esse, mas ela não fala.
 - Não sei o que pensar.... A Priscila sumiu hoje também, a Carol ligou, eu liguei, mas ela não atende.
 - Que merda hein amor!
 - Pois é. Mas já que você tá em casa, eu tô em casa, quero te ver, vem pra cá!
 - Agora?
 - Aham, agora. Quanto tempo que eu não passo uma tarde com você....
 - Verdade. - Dulce sorriu- Tá, eu já vou.
 - Tô esperando....
 

* Pouco tempo depois Dulce ligou de volta pra ela, Anahi estranhou porque não teria dado tempo dela ter chegado.
 - Oi amor.
 - Não fica brava? - Dulce pediu prendendo o riso.
 - Por que, o que foi? Vc não vem mais?
 - Vou. Quer dizer, se você quiser eu vou. É que minha mãe me viu em casa e pediu pra tomar conta do meu irmão e como eu falei que ía sair com você, ela falou pra levar ele. Enfim, ele ouviu e agora quer ir. O que eu faço? - ela riu e Anahi acabou rindo também.
 - Traz ele, amor.
 - Não vai ficar brava?
 - Claro que não. Por que eu ficaria brava do seu irmão vir?
 - Ah, sei lá....vai que você estava pensando em outra coisa.... - Anahi deu uma gargalhada alta.
 - Que mente mais suja dessa minha mulher hahaha. Não, pode trazer ele, a gente da uma volta mas a noite a senhorita não me escapa!
 - Uiii. Tá hahaha. Daqui a pouco tô aí então, ele tá tomando banho.
 - Tá bom, beijos. - desligaram e Dulce foi tomar banho também e se arrumar. 

Anahi narrando:

- Amor, cheguei.

- Quer entrar com ele não?

- Melhor não porque ele tá num fogo pra ir logo pra esse parquinho.

- Hahaha. Tá, tô descendo.

Desligamos e peguei meu celular, dinheiro e a chave de casa, avisei a empregada que estava saindo. Eles estavam na porta de casa.

- Naniiii! - ele veio até mim correndo, como sempre hahah.

- Oi Bê, tudo bem? - me abaixei até ficar na altura dele.

- Tudo.

- E meu beijo? - pedi e ele me deu um beijo me abraçando pelo pescoço em seguida.

- Que beijo gostoso! - dei um beijo nele também e ele logo saiu me puxando pra Dulce.

- Vamosss.

- A gente já tá indo, apressado. - a Dul falou passando a mão no cabelo dele bagunçando- Oi amor. - me deu um beijo na bochecha. Evitávamos nos beijar na boca na frente dele.

- Oi.

- Meu cabelo Dú. - ele reclamou porque ela mexeu e o olhamos rindo.

- Ai, ai, eu guento com isso hahaha. Parece até seu filho, Anahi.

- Hahahah. E então, vamos ou não vamos nesse parquinho? - perguntei o olhando.

- Vamos!! - ele respondey batendo palminha e todo animado. Nós duas rimos e a Dul pegou na mão dele.

- Então vamos. Me da a mão pra atravessar. - fomos andando e conversando até chegar no parquinho.

Assim que chegamos no parquinho ele saiu correndo pra brincar com a bola que tinha trazido, eu e a Dul nos sentamos num banco que tinha ali.

- Que milagre foi esse.....você matando aula assim....- eu falei e ela se virou pra mim ao responder.

- Ah, fiquei com preguiça de ir rsrs, mas depois a Carol me passa a matéria.

- Pois eu adorei a idéia, deveria fazer mais vezes isso.

- Não inventa também, não posso ficar perdendo aula assim.

- Estava demorando pra nerd voltar hahaah.

- Não sou nada nerd! - ela falou emburradinha, olhou pro irmão depois voltou a me olhar.

- Você? Você é a pessoa mais nerd que eu conheço Dul...- eu ria.

- Olha quem fala, você também agora não falta aula, até estudar, estuda....

- Realmente, mas ninguém supera você. Minha nerd....- sussurrei no ouvido dela e ela sorriu.

- Quem diria né? Anahi Portilla namorando uma nerd...

- Namorando não, noiva. - falei com o dedo em riste mas brincando com ela.

- Pior ainda então né....hahaha. Como é que era? - ela olhou pra cima como se tentasse se lembrar de algo- Ah sim....eu tenho nojo de você, nunca vou encostar um dedo em você! - ela falava imitando minha voz.

- Quem falou isso? - eu ri ao perguntar.

- Você. - ela também ria.

- Minha voz é um pouquinho melhor que essa hein....

- Não é nada. É essa voz de paty mesmo hahaha. - eu só balancei a cabeça fazendo que não e ela riu mais ainda.

- Pois é, paguei com a língua.... Aliás, eu nunca te perguntei isso porque nem lembrava mas já que tocou no assunto. Você chegou a pagar o Ucker? Porque terminamos antes do prazo e ele nunca me falou nada.

- Eu paguei a ele no dia seguinte que você aceitou, Annie.

- Tudo? - ela fez que sim com a cabeça.

- Só não te falei nada porque senão você não ficaria comigo.

Fiquei olhando pra ela rindo, balancei a cabeça. Ela era louca hahaha.

- Você é louca, sabia?! Como você da aquele dinheirão todo por uma pessoa que você mal conhecia?

- Eu teria pago o triplo só pra te beijar. - agora ela me olhava séria.

- O triplo? - aproximei o rosto do dela sorrindo.

- Aham. - ela respondeu olhando pra minha boca. Sorri e desviei o rosto pro pescoço dela.

- Eu agradeço todos os dias pela sua loucura! - sussurrei e depois dei um beijo no pescocinho, ela sorriu encostando a cabeça no meu ombro, mas não durou nem um minuto porque ouvi ela gritando pelo irmão.

- Volta Bernardo! - quando olhei ele estava parado no meio do parque apontando pra bola.

- Foi lá. - estava meio longe e tinha um rio ao fundo.

- Eu pego. - ela levantou indo até ele que continuava parado no mesmo lugar que ela mandou. Mas ela não chegou a ir lá, uma garota que não sei da onde surgiu veio com a bola na mão e o entregou.

- Aqui. - ele pegou.

- Brigada. - a Dulce falou com a menina- Como se diz?

- " Gado". - a menina sorriu.

- Não vai pra longe, brinca lá perto da gente. - a Dulce falou com ele e se virou pra sair, a menina viu ela vindo na minha direção e me deu um sorriso de canto dos lábios, depois se virou e saiu. Não entendi nada. A Dulce voltou a sentar ao meu lado enquanto o Bê brincava ali na frente com a bola.

- Vamo joga bola, Dú?

- Jogar bola? - ela o olhou.

- É, futebol. - ela me olhou rindo- Você também Nani. - olhei pra ele espantada e ela deu uma gargalhada.

- Essa eu quero ver! - ela me olhou rindo ainda.

- Pois vou jogar melhor que você, vai ver. - dei um tapinha na cabeça dela e levantei. Ela continuou a rir pegando a bola, o Bê foi atrás e eu tbm né....

- Eu começo. - ele gritou e a Dul chutou a bola pra ele. Ele até que chutou direitinho, umas três vezes de um pro outro até que ela mandou a bola na minha direção.

- Vai você agora, amor. - ela me olhou e riu. Eu chutei, toda torta mas chutei.

- Tem vergonha de chutar mais fraco que uma criança não? Hahaha.

- Chutei fraco porque era pra ele, besta.

- Aham, sei. - ela ria.

- Sou o goleiro agora. - ele falou todo animado. Ela deu alguns chutes depois me deu a bola e chutei, quase furei hahah.

- Amor, a bola tem que chegar nele sabia?

- Você é chata, hein? - ela riu.

- Vem Bê, agora sem goleiro. - ela falou- Tem que pegar a bola de mim. - ele, tadinho, foi e ela driblou ele, ficou zoando com a criança e eu só olhando- Vai deixar o menino sozinho Annie? Coisa feia....- ela me olhou rindo e claro que quando eu fui ela me driblou, afinal eu não sabia jogar aquilo e ela estava se divertindo com isso. Ela passou o pé sobre a bola e eu a segurei pela cintura, acabando com a graça dela- Assim não vale!

- Vai Bê, pega a bola. - gritei pra ele que veio correndo pegar.

- São os dois contra mim agora é? - eu continuava segurando ela.

- Goooll. - ele gritou todo feliz. Larguei ela.

- Isso não vale, é roubo.

- Vale sim hahah. E roubo é isso. - roubei um selinho dela e a brincadeira continuou. Ela zoando a gente e eu agarrando ela de vez em quando. Bernardo que adorou a farra hahaha. Eu estava morta meia-hora depois.

- Cansei. - ela falou sentando no chão.

- Maisss. - ele pediu abraçando ela pelo pescoço.

- Depois Bê, a Dú cansou.

- Tô morta também. - sentei no chão também.

- Mais Naniiii...

- Você não cansa não, menino? - puxei ele e enchi ele de cosquinhas, deitando ele no meu colo. Ele ria me pedindo pra parar.

- Eu tô com sede. Quem quer água? - Dul perguntou e eu parei, o menino estava ficando vermelho já hahaha.

- Eu! - ele gritou levantando a mão, ainda no meu colo.

- Também quero.

- Fiquem aí que eu vou lá pegar então. - ela levantou e eu continuei brincando com ele ali, mas nada de bola! Hahaha. 

Mas como criança não para dois segundos, ele começou a correr e querer que eu fosse junto, mas eu não tinha condições hahaha, deixei ele ir mas sem ir pra longe. Estava prestando atenção nele e nem vi a menina se aproximando, só quando ela falou.

- Seu filho é lindo. - olhei pra cima porque ela estava em pé e eu sentada e vi que era a menina daquela hora, da bola.

- Ele não é meu filho. - disse me levantando.

- Ah não? Pensei....afinal, os dois são lindos. - fiquei MEGA sem graça e desviei o olhar.

- É....eu tenho que ir lá, ver ele...- apontei pra ele e me virei pra sair, bateu um vento e acho que entrou algo no meu olho, começou a coçar- Ai. - gritei na hora começando a coçar porque eu levei um susto rs.

- Que foi? Tudo bem? - era ela.

- Acho que entrou alguma coisa no meu olho. - eu não conseguia abrí-lo.

- Deixa eu ver. Não coça.

- Não precisa, eu....- ela me interrompeu.

- Deixa de bobeira, deixa eu ver. Você não tá conseguindo nem abrir o olho. - ela se aproximou de mim pegando no meu rosto e acabei deixando porque estava doendo mesmo. Ela assoprou umas duas vezes e deu uma melhorada- Melhorou?

- Acho que sim. - falei piscando o olho.

- Consegue abrir o olho?

- Aham. - abri com dificuldade mas abri. Ela sorriu.

- Anahi! - ouvi a voz da Dulce e a olhei, só então percebi que eu estava meio perto da garota. A Dulce estava com uma cara irritada, me afastei da menina mas ela nem me deu tempo de falar, falou primeiro- Cadê meu irmão?

- Tá....- olhei pra procurar ele- ah, tá ali.

- Bê, a água. - ela gritou o olhando e ele veio correndo.

Agachou dando a água pra ele que virou num gole só, estava morrendo de sede, tadinho.

A menina continuava ali, parada ao meu lado.

Ela levantou deixando ele beber e nos olhou cruzando os braços.

- Ah....é, essa é a....- olhei pra ela- qual seu nome mesmo?

- Bruna.

- Ah sim, a Bruna estava me ajudando, acho que caiu alguma coisa no meu olho...- a Dulce a olhava querendo matar!

- Muito bonita a sua família. - a garota falou porque deve ter se tocado do olhar da Dulce pra ela né.....

- Ele não é meu filho, te disse.

- Pois é, ele não é filho dela, é meu irmão e ela é a minha noiva, então como você pode ver a família já está completa! - a menina ficou muito sem graça, confesso que prendi o riso pra não rir ali.

- Ah sim, parabéns então. - a Dulce só fez que sim com a cabeça- Eu vou lá. - ela apontou pra qualquer canto.

- Brigada. - eu disse, então a menina saiu.

- Toma Dú. - ele entregou a água a ela.

- Estava com sede hein, rapaz....- falei com ele que fez que sim com a cabeça pra mim. Olhei pra ela que estava séria ainda.

- Posso "bincá"?

- Mas não vai longe. - ele saiu correndo assim que ela falou.

- Já bebeu? - ela fez que sim com a cabeça- Nossa, tô morrendo de sede. - peguei da mão dela pra beber.

- Se não tivesse aí de papinho, teria ído comigo e bebido.

- Eu estavva olhando o seu irmão.

- Ah nossa, percebi como você estava olhando...- ela falou toda irônica olhando pro lado- Não sabia nem onde ele estava, Anahi!

- Por que você está falando assim? Qual o problema? - ela revirou os olhos.

- Acho que está tarde já, melhor irmos. - ela saiu de perto de mim, mas segurei no braço dela.

- Dulce, a garota estava só assoprado o negócio que caiu no meu olho. Pára com isso.

- Por que não me chamou? Eu faria isso!

- Você estava comprando a água, amor....- eu tive que rir dessa mas não foi pra zuar ela, foi porque achei engraçado mesmo. Ela soltou o braço irritada- Amor....- chamei mas ela não parou, sentou no banco, aquele mesmo que estávamos antes. Fui atrás né!

- Eu atrapalhei alguma coisa??

- Dulce, você tá louca?! Eu não fiz nada, algo entrou no meu olho mesmo e eu mal conseguia abrí-lo, pode ver como tá vermelho ainda. - apontei meu olho, ela olhou meio de lado mas olhou. Depois virou pro outro lado emburrada- Deixa de loucura amor. - aproximei meu rosto do dela, que continuava virado pro lado- Até parece que eu ía fazer alguma coisa com você aqui....

- Ah! - ela me olhou- Por que se eu não tivesse não teria problema?? - ela aumentou o tom de voz.

- Deixa de maluquice Dulce! Claro que não! Nem reparei na garota, eu hein! Pára de ciúme besta. - ela bufou irritada olhando pro lado. Aproximei meu rosto do pescoço dela, porque ela ainda estava de rosto virado- Acha mesmo que eu quero alguém? - coloquei a minha mão sobre a dela, a que estava com a aliança- Só quero você, sua boba. - entrelacei nossos dedos- Olha pra mim....- ela olhou e eu sorri a olhando- Não precisa ter ciúme, eu sou toda sua....- tirei a mão que estava sobre a dela e toquei no seu cabelo colocando uma mecha atrás da sua orelha. Ela suspirou.

- Dú, quelo banheiro. - o Bê apareceu apertando as perninhas.

- Vamos lá. - ela levantou pegando na mão dele- Depois vamos embora que já tá na hora.

- Vou com você. - falei pra evitar problema né.

De lá, fomos pra casa. 

- Oi. Chegaram? - era a mãe dela.

- Mamãe! - Bê correu pra ela que se abaixou ficando na altura do filho.

- Oi amor. E aí, gostou do passeio?

- Gostei. - ele falou rindo.

- Que bom. - ela desviou o olhar pra gente- Foi tudo bem, gente?

- Foi. - respondi.

- Pergunta pra Anahi como foi!

- Dul....- a olhei. A mãe dela nos olhou sem entender nada. E eu achei que já estava tudo bem.

- O que houve?

- Eu acho que tá na hora de alguém tomar um banho né? - a Dul foi até o irmão se agachando na altura dele- Vamos tomar uma banho com a Dul?

- Tá. - ele respondeu e ela o pegou pela mão e subiram. Assim que eles subiram a Fátima me olhou.

- O que aconteceu?

- Nada Fátima, besteira. Eu estava lá brincando com o Bê no parquinho e uma garota começou a puxar assunto achando que era meu filho, a Dul viu e ficou puta, com ciúme, mas eu não fiz nada.

- Eu conheço bem essas mulheres, adoram puxar papo dando como desculpa as crianças.

- Mas eu não fiz nada, juro.

- Imagino.... Mas quando o Gabriel sai com ele é a mesma coisa, cheio de mulher em cima...

- Opa! Ouvi meu nome aí? - viramos e vimos o Gabriel entrando- Oi Anahi, boa noite, tudo bem?

- Oi tudo. - sorri pra ele que foi falar com a mulher, deram um beijo- Bom, eu vou lá ver se ela quer ajuda....

- Tá, vai lá.

Subi e fui pro quarto dele, entrei e eles estavam no banheiro, ela ainda dava banho nele.

- Precisa de ajuda? - perguntei da porta do banheiro.

- Não. Já tô acabando. - acenti e fui esperar eles no quarto, sentada na cama. Logo eles voltaram com ele já todo vestido.

- Tá bonitão hein Bê, e aposto que cheiroso.

- Tô. - ele disse rindo.

- Hum....deixa eu ver....- ele veio sorrindo até mim e eu dei um cheiro no pescoço dele que sentiu cosquinha e começou a rir.

- Vem Bê, deixa eu pentear seu cabelo. - ela o chamou o puxando pelo braço. Penteou e ele inquieto querendo sair hahah- Calma. Pronto, agora sim.

- Posso ir na mamãe?

- Você sabe muito bem que não pode descer escada, Bê.

- Acho que ela subiu...- falei.

- Tá, então vai. Mas é aqui em cima hein, se ela não tiver aqui você volta, tá?

- Tá.

Ele saiu correndo, olhei pra ela que não me olhava, estava em pé dobrando as roupas dele.

- Vai ficar assim comigo, Dul?

- Tô guardando as coisas, Anahi. - puxei ela pelo braço, tirando a toalha da mão dela e jogando na cama. Ela caiu sentada no meu colo.

- Dulce, pára poxa. Deixa de ciúme bobo. Acha mesmo que eu dei em cima dela?

- Não.

- Então por que tá assim?

- Pela forma que ela estava te olhando!

- Mas amor, eu tenho culpa disso?

- Não, mas me irrita que te olhem assim, só eu posso! - ela tava emburradinha, acabei sorrindo porque foi impossível não fazer.

- Amor, eu não tenho como controlar o olhar dos outros mas eu posso te garantir que o meu é todo seu.... Te amo, meu amor. - dei um beijo na bochecha dela porque ela estava com o rosto virado pra frente.

Ouvimos batidas na porta e logo a voz da Carol, ela se levantou.

- Oi Carol.

- Oi. Sua mãe tá chamando, jantar tá na mesa.

- Tá, já vamos.

- Oi Annie.

- Oi Carol.

- Bom, vou lá....

- Tá, já descemos. - eu falei e ela desceu.

- Vamos? - fiz que sim com a cabeça e me levantei. Ela foi na frente e quando estava quase na porta eu a puxei pra perto de mim, beijei ela mas foi mais um selinho, quando tentei abrir a boca dela com a minha língua ela se afastou- Vamos. Estão esperando a gente lá embaixo.

Suspirei e descemos.

Jantamos, conversamos um pouco sobre a história da Mai com a Pri com a Carol mas a Dulce continuava emburrada, parei de tentar também, eu hein! Não fiz nada pra ela me tratar assim.

- Bom, gente, vou dormir. Tô cansada. Beijos pra vocês. - Carol se levantou. Só tinha sobrado nós três.

- Boa noite.

- Tchau Carol, boa noite. - eu falei e ela subiu, deixando a gente ali. 

Assim que a Carol subiu ela se levantou do sofá, fiquei olhando pra ver o que ela faria. Foi até a cozinha desligando a luz e depois voltou pra sala, parou no meio da mesma e me olhou.

- Você não vem? - me olhou de uma forma indiferente e aquilo estava começando a me irritar.

Ela se virou de costas pra subir e eu me levantei bufando. Ela não viu porque apagou a luz da sala, deixando só a da escada mas eu não fui atrás dela, fui pro lado oposto, aliás, na direção da porta.

- O que você tá fazendo? - ouvi a voz dela quando eu colocava a mão na maçaneta, ela estava no topo da escada.

- Indo embora.

- Deixa de palhaçada, Anahi!

- Não tô de palhaçada. Só que eu não fiz nada pra você estar me tratando assim, então eu prefiro ir embora antes da gente brigar.

- Você que sabe....- ela deu de ombros. Isso me deu mais raiva ainda!

- Tchau então. - ela não respondeu nada e eu abri a porta e saí.

Fui descendo os degraus da escada da saída repetindo mentalmente pra mim que dessa vez eu não ía voltar, não ía correr atrás, não fiz nada!

Antes de colocar o pé no último degrau, ouvi a porta se abrindo mas não parei.

- Anahi. - me virei ainda na mesma posição. Ela estava ao lado da porta- Pára com isso! .

- Tem problema não, tô acostumada a ir a essa hora. Pego um taxi aqui e vou rapidinho. - estava me preparando pra virar e continuar descendo quando ela falou.

- Pára de palhaçada, entra!

- Vai continuar me tratando assim?

- Tô te tratando normal.

- Beleza então, tchau. - me virei.

- Você tem certeza né? Você vai embora? - ela voltou a falar e me virei pra ela que já estava no pé da escada.

- Vai continuar me tratando assim?

- Não me responde com outra pergunta, Anahi! - ela se irritou só não sei porquê! Eu conheço a Dulce, sei muito bem que quando ela começa com esse "tem certeza" é porque ela quer que eu fique mas não quer dar o braço a torcer. Mas eu não ía pedir desculpas, não fiz nada!

- Você quer que eu fique? - subi um degrau deixando a gente perto. Ela não respondeu- Pelo visto não né? Tô indo. - me virei e ela me puxou pela mão.

- Você é chata com isso hein! - eu tinha me virado e ficamos perto pela puxada.

- E você, cabeça dura! - as duas falavam alto e alteradas, ela estava vermelha- Mas que saco!

Puxei ela pela cintura e tasquei maior beijão, daqueles de quando se da no meio de uma briga, que aliás era o caso, puxava ela pela nuca e pelo cabelo ao mesmo tempo e sentia as mãos dela cravadas na minhas costas. Quanto tempo que eu não dava um beijo desses nela! Ficamos sem ar rapidinho.

- Garota ciumenta, cara! - falei com nossas testas coladas ainda. Ela me beijou novamente, me abraçando pelo pescoço mas dessa vez foi um beijo mais calmo- Pára de brigar comigo por algo que eu não tive culpa....

- Me irrita essas garotas te olhando!

- Mas eu te amo, porra, entende isso!! - peguei no queixo dela e falei a olhando nos olhos- Não quero saber de ninguém mais! Quando você vai botar isso nessa cabecinha dura??

- Eu sei disso. - ela me deu um selinho- Só que na hora me irrita, desculpa...

- Com uma condição....- aproximei nossos lábios e de olhos fechados, falei.

- Qual? - ela falou da mesma forma. Aproximei meu rosto do ouvido dela e sussurrei.

- Me leva pro quarto....- fiz uma voz mais rouca e mordi lóbulo da orelha dela de forma sexy- pra cama....- ouvi ela respirar fundo e me apertou mais entre seus braços.

- Só se for agora. - ela deu uma mordida no meu pescoço e em seguida se separou de mim, me puxando pela mão, lá pra cima. 

Chegamos lá em cima, no quarto dela e assim q ela fechou a porta (trancou) ela ía se afastando acho que pra ir até a cama mas a puxei a grudando na parede, só que foi com força. Ela me olhou meio surpresa.

- Quero você aqui. - sussurrei no ouvido dela apertando sua cintura.

Depois desci os beijos pro pescoço dela, passei primeiro só o rosto depois a língua, ela começou a suspirar e se arrepiar. Me separei dela um pouco só pra conseguir olhá-la e tirar sua blusa, tirei e joguei num canto qualquer, me aproximei de novo e ela me olhava.

- Você é gostosa demais! - puxei ela pela cintura a tirando da parede e fui a beijando até a cama.

Joguei ela lá e fui por cima dela voltando a beijá-la daquela mesma forma louca daquela hora lá fora, um beijo muito urgente enquanto arranhava a barriga dela com a minha unha. Ela gemia entre o beijo e me puxava com força pelo pescoço e pelos cabelos. Desci os beijos pro pescoço dela puxando e mordendo forte, ela foi gemendo e apertando meu cabelo foi guiando minha cabeça até chegar nos seios dela. Apertei com força e fui descendo os beijos pela barriga dela vendo os pelinhos se arrepiarem e a musculatura dela ir se contraindo conforme eu passava, parei na altura da calça dela e a olhei, ela tava mordendo o lábio mas com um sorriso safado no rosto e de olhos fechados. Tirei a calça dela e ela me olhou, aquele olhar de tesão, sexy, me acendeu mais ainda, tirei minha roupa a olhando e quando acabei ela desceu o olhar pelo meu corpo e fez com o dedo pra eu ir até ela, fui e me sentei no colo dela. Eu estava apenas de calcinha e sutiã.

- Rebola.

Obedeci. Adorava quando ela falava assim, mandando. Me dava mais tesão ainda.

Ela apertava minhas coxas me olhando nos olhos sempre.

- Assim? - perguntei a olhando com uma voz rouca e safada.

Ela não respondeu, apenas sorriu e subiu a mão pela minha barriga. Deu uma apertada forte na minha barriga e me puxou na direção do corpo dela, beijou meu pescoço enquanto passava a unha pelas minhas costas, logo chegou ao fecho do sutiã e tirou. Me virou, ficando por cima.

Ela começou a chupar meus seios enquanto desceu a mão pela minha barriga até enfiá-la por dentro da minha calcinha e tocar meu sexo, ela foi direto no meu clitóris e eu não consegui segurar o gemido.

- Shh garota. - ela sussurrou no meu ouvido com uma voz brava, mordeu minha orelha- Geme baixo, só pra mim, vai....gostoso, do jeito que só você sabe...

Ela penetrou um dedo em mim e ficou de palhaçada fazendo movimentos devagares. Eu gemia e me contorcia e ela ria.

- Tá bom assim? - me olhou com aquele sorriso cafajeste no rosto e eu com vontade de mandar ela a merda.

- Não!

- Ah não? Posso tirar então? - ela fez movimento de tirar mas eu segurei a mão dela.

- Não. Pode enfiar! - fiz com força e eu mesmo enfiei- Forte. Anda logo Dulce!

- Por que você não faz pra mim então?

- Não, Dulce, eu...- parei de falar ao sentir ela chupando meu peito.

- Faz, vai.... Se masturba pra mim, Annie....- ela falou com a voz rouca e tirou o dedo dela de dentro de mim- Anda Anahi! - ela se abaixou tirando minha calcinha e ficou ajoelhada olhando pro meu sexo, esperando eu começar.

Era isso que ela queria? Tá bom então. Comecei a penetrar o dedo em mim e ela me olhava com desejo, aquele olhar me instigava a continuar, além de eu estar sentindo tesão fazendo aquilo.

- Isso amor, vai, se da prazer.... Tô vendo como você tá molhadinha....

Estava me excitando mesmo! Comecei a aumentar o ritmo e gemer mais intensamente.

- Abre o olho. Quero te olhar.

- Dul, eu....ahhh....- fechei os olhos sentindo as sensações que eu mesma provocava em mim.

- Bota mais um vai, rebola! - quando percebi ela sussurrava no meu ouvido, deitada ao meu lado na cama- Abre o olho. Olha como você é gostosa....- ela falava passando a mão pelo meu corpo todo, me apertando.

- Ahhh amorrr...- eu a olhava, tentava beijar ela mas ela sempre se afastava até que do nada ela me pediu pra parar, não entendi nada e a olhei. Quando vi, ela estava sem roupa se deitando sobre mim, com o sexo dela na minha cara. Fiz o que ela quiz, nos chupamos ao mesmo tempo e gozamos juntas também.

Ela rolou pro lado cansada e eu da mesma forma, sem ar. Depois de um tempo que ela veio pra cima de mim me beijando, me deu vários selinhos.

- Eu preciso brigar mais vezes assim com você. - falei de olhos fechados ainda, sentindo os beijos dela. Ela riu.

- É pra você nunca esquecer que é minha!

- Eu não esqueço. - abri os olhos e a olhei ao dizer isso.

- Ótimo. - ela me olhou e sorriu- Porque você não vai sentir isso nunca, com ninguém mais!

- Tenho certeza absoluta disso! É por isso que a minha noiva é você e não nenhuma delas, porque a mulher da minha vida é você! Então pára de ciuminho bobo, pára?! - ela fez que sim com a cabeça e eu me corrigi- Aliás, você não é a mulher da minha vida, você é o amor da minha vida!! - ela sorriu de novo.

- E você da minha!

Ficamos nos olhando sorrindo até que ela me beijou, nos perdemos nesse beijo de novo mas não foi além, afinal as duas estavam cansadas ainda. Além do que o dia tinha sido cansativo, acabamos dormindo logo depois.