Fanfic: Namorada de Aluguel A&D | Tema: Portiñon

- Graças a Deus não aconteceu nada demais, foi só a pancada mesmo. Por isso a dor de cabeça, Anahi.
- Como sabe meu nome? – Anahi.
- Todo mundo aqui conhece a filha do Dr. Henrique.
- Hum. – ela respondeu revirando os olhos- Eu já posso ir embora então?
- Rs, daqui a pouco. Vamos esperar uma hora pra ver se está tudo bem mesmo, aí se tiver eu te libero.
- Uma hora? – Anahi.
- Annie! – falei a repreendendo.
- Rs, bom vou pedir pra uma enfermeira vim fazer um curativo nessa testa.
- Tá bom. – Dulce.
- Até daqui a pouco meninas. – falou e saiu.
- Eu quero ir embora! – ela se virou pra mim com uma carinha de choro, fazendo bico, achei graça e não tive como não rir.
- A gente já vai. – peguei na mão dela e vi que estava fria- Sua mão está fria..
- Eu odeio isso Dulce. Odeio hospital, médico e qualquer coisa que me lembre isso, odeio essas paredes brancas, quero sair daqui!
- Rs. – não tive como não sorrir, estava achando muito engraçado vê-la assim com medo.
- Qual a graça?
- Nada, só que nunca imaginaria você com medo de hospital, justo você...seu pai sendo médico.
- Vai ver que é por isso que eu odeio.
- Rs, mas fica calma tá, a gente já vai e enquanto isso eu tô aqui com você. – falei enquanto fazia carinho na sua mão, nesse momento a enfermeira entrou.
- Olá, boa noite.
- Boa noite. – ela virou o rosto pra ela mas sem soltar minha mão.
- Vamos ver isso aqui.. – ela falou olhando pra testa dela.
- Aii. – Anahi gemeu quando a enfermeira tocou num ponto dolorido.
- Desculpa. Pelo visto vamos ter que da ponto aí, vou preparar a anestesia.
- Precisa mesmo disso? – Anahi.
- Quer tomar sem anestesia? – a enfermeira perguntou e Anahi fez careta pra ela.
- Não. – de bico, hahhah, tão linda até com a testa toda cortada.

Enquanto ela preparava senti meu celular que estava na minha mão vibrar, Anahi me olhou eu vi no visor que era Maite.

- É a Mai.
- Hum. Por falar nisso cadê o meu?
- Não pode celular aqui. – a enfermeira.


- Eu sei, desculpa. – falei pondo ele no silencioso.
- Bom, vamos lá. – ela veio se aproximando com a agulha, Anahi fez cara feia e a enfermeira rindo falou- Aperta a mão da sua amiga aí..pode apertar né, querida? – me perguntou.
- Pode sim. – sorri também pra Annie tentando passar-lhe força, a enfermeira começou a injetar a anestesia e Anahi me apertava forte, apesar de nem doer rs. Depois da anestesia ela deu os pontos bem mais tranqüila, Anahi já não estava sentindo mais nada.
- Prontinho. Bom, o médico daqui a pouco vê aqui falar com vocês, tá? – ela falou e saiu.
- Doendo? – perguntei.
- Nem tô sentindo.
- Acho que a idéia é essa né..rs.
- Rs. Cadê o menino? – me perguntou olhando pra cama onde ele estava anteriormente.
- Já foi, teve que enfaixar o braço mas ele tá bem.
- Óbvio, eu amaciei a queda pra ele. – ela falou meio brava.
- Mas graças a Deus você está bem também.
- É..e você o que estava fazendo ali? – me perguntou levantando a cabeça pra me olhar.
- Nada, apenas passeando.
- Hum. – ela falou recostando a cabeça no travesseiro e levando a mão na testa, acabou esquecendo e batendo no machucado onde estava ralado, porque nos pontos ela não sentia mais nada- Ai.
- Calma, sua testa está toda ralada.
- Tá muito inchada?
- Só um pouquinho..quer ver? – perguntei e ela acentiu com a cabeça, peguei um espelho que tinha na minha bolsa e entreguei a ela.
- Nossa, tô horrível! – falou me entregando o espelho.
- Tá nada, continua linda. – falei acariciando seu rosto, ficamos nos olhando mas alguém fez um barulho na porta entrando.
- Vejo que já está melhor né? – o médico entrou falando.
- Já posso ir? – Anahi.
- Rsrs, sua vontade de ficar aqui conosco me lisonjeia Anahi. – eu ri- Mas se tudo correr bem em mais ou menos vinte minutos venho aqui te liberar. Bom, eu trouxe aqui os remédios que você terá que tomar, tanto pra desinchar quanto pra dor e também você terá que voltar aqui pra retirar esses pontos em dois dias. – ele falou me entregando.
- Ok.


- Bom, daqui a pouco eu volto. Tchau.
- Tchau. – respondemos. Assim que ele saiu me lembrei da minha mãe e me veio outra coisa na cabeça.
- Annie, você não tem que avisar seus pais?
- Eles não estão aqui.
- Hum. – falei abaixando a cabeça- Mas nenhum tio nem nada?
- Não precisa Dulce, não foi nada demais.
- Mas sei lá né, eles podem ficar preocupados..
- Não vão!
- Mas..
- Esquece Dulce, não precisa.
- Ok.

Ficamos mais um tempo ali até que finalmente o médico voltou dizendo que poderia liberá-la.

- Tudo certo então? – ela perguntou se sentando na cama.
- Calma, levanta devagar, você ainda precisa de repouso. – médico pediu e eu balancei a cabeça em sentido afirmativo pra ele.
- Posso fazer isso em casa né?
- Pode sim. Só preciso que você ligue pros seus pais pra eles assinarem pra eu te liberar.
- Isso vai ser impossível!
- Por que?
- Porque meu pai está num congresso no Canadá e minha mãe foi com ele, só voltam em três dias.
- Sem um responsável não posso te liberar.
- Eu não posso assinar me responsabilizando? – perguntei.
- Quantos anos você tem?
- Dezessete. – respondi.
- Sinto muito, mas não.
- Olha Dr.. – Anahi começou-
- Gustavo.
- Então Dr Gustavo..não tem nenhum responsável pra assinar, mas o senhor mesmo disse que não foi nada demais, quebra esse galho aí vai, até porque você não me quer ocupando uma maca na sua ala por três dias só por casa de burocracia né? – ele ficou a olhando até responder.
- Ok, vou liberar, mas só porque conheço muito bem seu pai e se você me prometer voltar aqui amanhã pra eu ver como você está.
- Prometo! – respondi, ela sorriu.
- Ok então podem ir. Só precisam passar na recepção pra assinar os papéis e pegarem as coisas dela.
- Tudo bem. – Dulce. Ele já ia saindo quando Anahi o chamou.
- O senhor não vai me dar nem um atestado pra não precisar ir a aula amanhã? – Anahi.
- Não abusa Anahi. – e saiu rindo da sala.
- Só você rsrs. – Dulce.
- Ué nada mais normal tá rsrs.


- Rsrs. Vem, vamos. – ajudei ela a se levantar e fomos pra recepção, assinei os papéis e a moça entregou os pertences dela que tinham sido resgatados pelos bombeiros e entre eles estava o celular dela- Aí, seu celular.

Saímos do hospital e pegamos um táxi a caminho da casa dela, afinal eu não podia deixá-la sozinha nesse estado. No caminho liguei meu celular e tinha duas mensagens da Maite, ela percebeu e então falou.

- Liga logo pra ela.
- É, vou ligar. Minha mãe te mandou melhoras, eu liguei pra ela enquanto você estava fazendo os exames. – ela sorriu e eu peguei o telefone pra ligar pra Mai.

Liguei e expliquei o que tinha acontecido, ela perguntou se a Annie estava bem e logo desligamos.

- Ela deve me odiar né!
- Por que?
- Porque eu sei que ela me odeia.
- Hahahah, não viaja. Ela te desejou melhoras!
- Hum, tenho até medo rs.
- Boba. Aí, chegamos. - descemos do carro e quando estávamos em frente a porta dela, perguntei- Tá com a chave aí, Annie?
- Tô. - ela abriu a porta e assim que entramos uma das empregadas da casa apareceu na sala.
- Senhorita Anahi, boa noite.
- Boa noite Maria. - assim que ela levantou o olhar e viu o corte e o curativo na testa dela, se preocupou.
- Meu Deus senhorita, você está bem?
- Tô Maria, não foi nada, eu tô bem.
- Mas o que aconteceu?? - ela continuava preocupada.
- Ela está bem Maria, foi só um tombo mas já está tudo certo, estamos voltando do hospital agora. - expliquei.
- Ah sim, ah que bom! Desculpa senhorita mas é que me preocupo, cuido de você desde pequenininha. - sorri mas Anahi ficou meio impassível.
- Ok. Vou subir Maria.
- Quer que prepare alguma coisa pra vocês? Estão com fome?
- Não, obrigada. - Anahi.
- Mais tarde seria bom, mas Maria se você puder providenciar esses remédios. - falei entregando as receitas a ela. 
- Ah vou providenciar sim, pode deixar.
- Tá brigada, vamos subir Annie?
- Vamos.