Fanfics Brasil - Capitulo 26 Herança Fatal - Portiñon

Fanfic: Herança Fatal - Portiñon | Tema: Adaptada


Capítulo: Capitulo 26

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Os jornais estamparam a notícia com espalhafato:


MILIONÁRIA ASSASSINADA!


HERDEIRA DA PORTILLA CORPORATION ASSASSINADA!


ASSASSINADA HERDEIRA MILIONÁRIA!


ANAHI PORTILLA MORTA  TRAGICAMENTE!


 


Dulce não lera os jornais. Depois de depor na polícia, se refugiara no rancho, afastando-se de todos. Para ela, a vida perdera o sentido. Passava os dias na cama, embriagando-se até a inconsciência. Só comia um pedaço de pão ou uma maçã, quando seu estômago doía de fome pela falta de refeições e pela ingestão de álcool. Não queria contato com o mundo. Sua vida acabara. A dor que sentia a dilacerava, tinha vontade de acabar com a própria vida. Mas não tinha coragem, era uma covarde! Gritava isso para o espelho, que refletia sua imagem torturada.


 


Chorava enquanto bebia. Culpava-se da morte de Anahi. Se não tivesse voltado com ela ao rancho. . . se não tivesse deixado ela ir pegar a lenha. . . se tivesse insistido com ela para arranjar logo um detetive particular para descobrir quem a havia raptado. . . se não a deixasse andar sem guarda-costas. . . Agora era tarde. Ela estava morta!


 


-- Any – soluçava – Any, eu a perdi... tão linda, tão cheia de vida, de paixão... e agora está morta! Morta! Nunca mais a beijarei. . . nunca mais verei aqueles olhos azul  me olharem  com paixão. . . nunca mais ouvirei sua voz, nem verei seu sorriso. . . oh, meu Deus!


 


O telefone tocava e ela não atendia. Para quê? Queria ficar ali sozinha, com a lembrança dela. Nada mais a importava.


Duas vezes haviam batido em sua porta. Ela nem se dera ao trabalho de levantar do sofá, embriagada.


 


Naquela tarde, bateram novamente. Em sua embriaguês, ouviu muito longe uma voz chamar seu nome. Nem se mexeu. O importuno que fosse embora. Apertou nas mãos a garrafa se uísque, como se fossem tomá-la dela. Era seu único consolo, a bebida, que a arremessava na inconsciência, não a deixando sofrer por algum tempo.


A porta foi arrombada e Phil Scott e Helen Wacker entraram, olhando para Dulce deitada no sofá com uma garrafa apertada contra o peito.


 


-- Veja! – Disse Phil Scott, indicando-a com a mão – Está desse jeito desde há três dias atrás, quando vim aqui pela segunda vez. Se continuar assim, vai entrar em coma alcoólico e morrer.


 


Helen olhou para o policial com gratidão.


 


-- Obrigada por ter me avisado, senhor Scott. Não sabemos se ela tem parentes para cuidar dela. Eu posso fazer isso.


 


-- Fiquei com pena dela. Queria que visse como estava, depondo na delegacia. Eu já a conhecia. Quando Anahi Portilla fugiu do cárcere do rapto, foi ela quem ajudou a pobre moça. E percebi que eram muito amigas. Agora, ficou assim com a morte de Anahi. Quer que chame um médico?


 


-- Se precisar, eu chamarei. Conhece algum por aqui?


 


-- Sim, o doutor Roberts. Vou lhe dar o telefone dele.


 


O policial escreveu um número de telefone e endereço em um caderninho que tirou do bolso. Arrancou a folha e deu a Helen.


 


-- Ele tem uma clínica ao leste daqui, indo em direção à cidade. Atende em qualquer hora.


 


Helen colocou o papel na bolsa que tinha pendurada no ombro.


 


--Obrigada, senhor Scott.


 


-- Se precisar de minha ajuda, procure-me na delegacia da cidade. Agora, fiquei tranqüilo. Estava preocupado, porque esse lugar é deserto e ela estava sozinha.


 


-- Tem alguma pista do assassino, senhor Scott?


 


-- Estamos investigando. Bem, já vou. Bom dia, senhorita.


 


Helen o levou até a porta e ele se foi. Ela colocou a bolsa sobre um móvel e aproximou-se de Dulce. Abaixou-se ao lado do sofá e a fitou, comovida. Que diferença de quando a vira pela última vez!  Estava pálida, o rosto emagrecido, olheiras escuras, o cabelo despenteado, o hálito cheirando a bebida. Um vinco de tensão entre as sobrancelhas grossas. Sacudiu-a levemente. Ela continuou imóvel, de olhos fechados. Chamou-a com suavidade:


 


-- Dulce. . . Dulce. . .


 


Ela gemeu e movimentou a cabeça, voltando-a para o outro lado. Sacudiu-a com mais força. Ela tornou a gemer e abriu os olhos. Aqueles olhos dourados estavam mortiços pela bebida. Fitou-a confusa e sua voz saiu pastosa:


 


-- Quem é você? O que quer de mim?


 


-- Dulce... Dulce Maria... não me reconhece? Sou a sua secretária, Helen!


 


Ela não demonstrou surpresa.


 


-- Não tenho mais secretária. . . – balbuciou – Não tenho nada...


 


-- Dulce. . . senhorita Saviñon. . . reaja!


 


Dulce olhou-a inexpressivamente.


 


-- Vá embora. . . quero ficar só. . . morrer. . .


 


-- Não, não vou! Vou é ajudá-la a sair desse estado deprimente!


 


Com ar decidido, Helen tirou a garrafa das mãos de Dulce, que não reagiu. Depositou-a no chão e foi para a cozinha. As louças estavam guardadas, demonstrando que Dulce não comia uma refeição regular há dias. Só havia sobre a pia latas de cerveja, dois litros de leite com restos estragados, restos de maçã e duas garrafas de uísque vazias. Recolheu tudo e jogou no lixo. Abriu o freezer e notou que havia galinha, hamburgueres e salsichas. Na geladeira, encontrou legumes embalados.


 


Com habilidade, fez uma sopa e colocou-a no fogo. Subiu para o andar superior. A porta do quarto estava aberta. Entrou e viu a cama desarrumada. Pensou que ali Anahi havia dormido com Dulce, antes de morrer.


 


Foi para o armário embutido e apanhou lençóis, cobertores e toalhas de banho. Saiu, levando tudo para a sala. Dulce continuava deitada, olhando para um ponto ignoto. Aproximou-se, depositando as roupas de cama e banho numa poltrona e inclinou-se para Dulce, puxando-a pelos braços, forçando-a a sentar. Ela a fitou inexpressivamente, sem opor resistência.


 


-- Levante-se! – Disse Helen, com energia – Vai tomar um banho. Está cheirando mal.


 


-- Não quero. . .


 


-- Vai, sim! –Disse, encarando-a com decisão – Vai sentir-se melhor, um banho a ajudará a sair desse torpor.


 


Rodeou a cintura dela, puxando-a para cima. Dulce estava magra. Ofegando, fez força e conseguiu levantá-la. Dulce ficou de pé, cambaleando.


 


-- Apoie-se em mim, Dulce – Disse, com voz suave.


 


Dulce colocou o braço no ombro dela, apoiando-se. Helen a rodeou pela cintura com o braço e deram alguns passos, cambaleantes. Helen parou para tomar fôlego e continuou. Com dificuldade, subiram as escadas e levou-a para o banheiro. Encostou-a na parede do box e levantou a blusa dela. Os seios cheios e redondos surgiram belos. Helen os fitou rapidamente, tirando a blusa. Abaixou-se e puxou a calça de malha. Dulce não usava nada por baixo e o sexo com delicados pêlos negros mostrou-se entre as coxas longas. Suspirou e acabou de tirar a calça, levantando um pé de Dulce de cada vez. Ergueu-se e amparando a ruiva com o corpo, abriu uma  torneira  da ducha. Um jato de água fria jorrou sobre a cabeça de Dulce e desceu pelo seu corpo, estremecendo-a.


Helen abriu a torneira de água quente e começou a ensaboar o corpo de Dulce. A água morna descia sobre elas, molhando as roupas de Helen.


 


Dulce tomou o sabonete de sua mão. Helen ergueu o rosto e encontrou o olhar envergonhado dela. Parecia bem melhor e a fitava admirada, com um vestígio de vergonha, o que indicava que já estava ficando consciente do que acontecia.


 


-- Deixe que eu tomo banho sozinha. Posso fazer isso – Disse, com voz pastosa, mas coerente.


 


-- Tem certeza? Não vai cair?


 


-- Não.


 


Helen sorriu para ela.


 


-- Está bem. Vou tirar minhas roupas e trocar por outra. Ainda bem que vim prevenida.


 


Saiu do banho e foi até a sala. Tirou a roupa molhada, enxugou-se com uma das toalhas que apanhara no quarto e vestiu as roupas que trouxera na bolsa grande de couro. Voltou ao banheiro. Dulce, cambaleando, enxugava-se com uma toalha. Ficou imóvel ao vê-la entrar.


 


Helen abriu o armário do banheiro e apanhou um roupão azul. Ajudou Dulce a vestí-lo. Amarrou o cinto e então  aproximou-se e a amparou nos braços.


 


-- Vamos para a sala.


 


Ela apoiou-se novamente em seu ombro. Helen sentiu o cheiro do sabonete exalando do corpo dela, a maciez do seio contra seu ombro, e suspirou. 



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Autor(a): lunaticas

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Desceram as escadas. Dulce ainda cambaleava, mas já conseguia andar sem as pernas dobrarem. Foi bem mais fácil trazê-la de volta. Ajudou-a sentar numa poltrona e foi à cozinha. A sopa já estava cozida. Passou-a no liquidificador. Dulce devia estar muito tempo sem comer nada sólido e o estômago não iria agüentar nada ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 29



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  • flavianaperroni Postado em 07/08/2015 - 03:02:46

    Super perfeita sua web,acabei de ler ela,amei de paixão,Você é uma otima escritora Parabéns

  • Postado em 07/08/2015 - 03:00:17

    Eii parabéns pela web,muito perfeita,esta realmente de parabéns,você é uma boa escritora

  • kaahs Postado em 17/09/2014 - 01:34:16

    Nossa, muito lindo esse final! *-*

  • anahivida Postado em 10/09/2014 - 23:25:58

    Final perfeito pra uma web perfeita. Amei S2

  • angelr Postado em 10/09/2014 - 23:20:55

    Ai que final lindo <3

  • angelr Postado em 09/09/2014 - 00:54:02

    hahaha ainda bem que a Anahi tava viva *__*

  • portion__laliter Postado em 08/09/2014 - 01:25:31

    posta mais na melhor parte vc não posta acho que isso foi tudo um plano da anahí desmascarar april e gary acho que ela não morreu e espero que seja ela pq se a web é portinon tem que acabar portinon

  • angelr Postado em 03/09/2014 - 23:22:54

    Nossa sua ordinaria kkkk posta mais hahaha para mim foi a Anahi nao aceito a morte dela ate agora acho q nao morreu

  • anahivida Postado em 03/09/2014 - 22:56:36

    Eu acho que quem ajudou a Dulce foi a Any... posta mais por favor!!!

  • angelr Postado em 31/08/2014 - 22:53:55

    Nossa que mulher ordinaria


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